❪13❫ chapter thirteen
━━━━━━━━━━━━━━━━━━❪blue eyes❫
Theo e eu ainda conversamos por um bom tempo, até termos que voltar para nossas respectivas aulas. O resto da tarde até que passou rapidamente, e logo, já estávamos indo para loft. Infelizmente, não teríamos como adiar essa explicação ao outros, mas poderíamos omitir algumas informações, pelo menos por agora.
Ao chegarmos, respirei fundo tentando me acalmar. Não seria fácil entrar naquela parte do nosso passado, uma que já estava bastante esquecida.
Entramos acompanhada de Scott e Kira que haviam chego em simultâneo conosco. Os outros já nos esperavam, alguns pacientes, outros não. Stiles nem deixou nós respirarmos direito, foi logo fazendo suas rotineiras perguntas sem fim.
— O que foi aquilo ontem? E aquele pena? O que significa?!
— Calma Stiles! Respira... — peço calmamente, ele respira fundo tentando se acalmar e parece funcionar, já que fica em silêncio, mas com uma expressão emburrada. — Para podermos explicar, temos que começar a contar uma parte do nosso passado que não gostamos de lembrar.
Todos estavam em silêncio nos observando, esperando a continuação, atentos as nossas palavras.
— Após a morte dos pais da Scarlett, houve um momento em que ficou insuportável ficar na cidade que causou tanto sofrimento a nós. Diariamente eram lembranças e mais lembranças, até que decidimos nos mudar. — Megan começou. Engoli em seco.
É tarde da noite e eu me encontro sentada no banco de madeira de balanço, preso as vigas. No silêncio da noite, um grilo é o único barulho em todo esse breu de madrugada. O céu está cheio de estrelas e é mais nítido observar com as luzes apagadas, uma caneca da viúva negra com chocolate quente está preso a minha mão e logo, levo a minha boca dando um gole, sentindo a quentura descer por minha garganta. Minha atenção é desviada para a porta ao escutar um barulho, não me assustei, já que sabia ser a Megan. Era só questão de tempo até ela vir até mim.
— Sem sono? — questionou caminhando até mim enquanto aperta seu cobertor duas vezes maior envolta de si. A única coisa que se via era suas pantufas, que por acaso não são nada adulta, do personagem Sullivan de Monstros S.A.
— Totalmente.
Um vento frio passou por nós e me estremeci, sentindo meus pelos se arrepiarem com isso. Megan percebendo, se sentou ao meu lado e jogou metade do cobertor sobre meus ombros, dividindo comigo. Sorri me ajeitando melhor, e ao estarmos confortáveis, passei o copo com o conteúdo marrom para ela que não pensou duas vezes e tomou um grande gole, soltando um barulho de satisfação.
Ficamos em silêncio por alguns bons minutos, observando a noite e dividindo o chocolate quente até não haver mais nada na caneca estampada com a Natasha Romanoff, minha vingadora preferida. O que posso dizer? Mulheres fodas quebrando o pau e chutando bundas de machistas me alegram.
— Até quando iremos ficar aqui? — Megan quebra o silêncio.
— O que quer dizer? — pergunto observando o céu, claramente me fazendo de desentendida. Eu sabia que uma hora ou outra teríamos essa conversa, mas desde então, tenho evitado ao máximo isso. Não sei se teria forças para deixar meu lar que há tantos anos vivo. Cresci, vivi, sofri e amadureci nessa casa, não é fácil me desfazer desses laços.
— Você sabe do que estou falando. — bufou se levantando do balanço sem o cobertor sobre si. A olhei confusa ao perceber seu olhar sobre mim. — Vem.
Pegando meu braço e o puxando para cima, Megan me fez levantar do balanço, deixar a caneca no chão e pegar o edredom para segui-la até o quintal. Ao perceber que eu ainda não havia entendido aonde ela queria chegar, bufou e tomou o objeto das minhas mãos, logo, o estendendo sobre a grama bem aparada.
— Você quem vai lavar depois.
— Cala a boca e deita, Scarlett. — revirou os olhos e se deitou, a acompanhei. Como o cobertor é muito grande, após eu me deitar ao seu lado, ela puxou as pontas para podermos nos cobrir. Viramos um verdadeiro enroladinho de salsicha, quis fazer a piada, mas sei que não é o momento e desisti. Fiz uma nota mental de na próxima não deixar a oportunidade passar.
— Tem certeza que isso é o melhor para nós? — após alguns segundos em silêncio, o quebrei com essa pergunta, mesmo que eu já saiba a resposta.
— Nós duas sabemos que você já sabe a resposta. — ao escutar isso, suspiro. Bingo, ela como sempre me pegando no pulo. Nenhuma novidade, afinal.
— E para aonde iríamos? Suponho que já tenha uma ideia. — me dou por vencida. Não havia mais nada a se fazer, como também não havia nada para nós nessa cidade.
— É claro que eu tenho. — sorriu divertidamente ao perceber minha desistência. — Mystic Falls.
— Certo. E o que essa cidade tem a ver com tudo isso? — Liam questionou com as sobrancelhas arqueadas. Bufo com isso.
— Você nasceu de sete meses, Baby Liam? — questiono cruzando os braços e o encarando.
— Não? — respondeu confuso. — E, porque você insiste em me chamar assim?!
— Ô Deus... — descruzo os braços e levo uma mão até meu rosto, o massageando. Crianças...
— Ok... — Lydia chamou nossa atenção, fazendo-nos parar com esse diálogo sem sentido algum. — Suponho que tudo começou nessa cidade.
— Você não poderia estar mais que certa, Lydia. — Megan respondeu sorrindo irônica, com certeza pelas lembranças que vieram. — Tudo sempre começa naquela cidade.
— Já pegou tudo? — Megan questiona fechando o porta-malas do nosso carro, em seguida, me olha esperando por minha resposta.
— Sim. — respondi meio aérea, vendo na minha listinha mental se não esqueci nada.
— Ótimo! Vamos que a viagem é longa. — disse empolgada, sua animação era quase contagiante. Quase.
Entrou no carro e eu ainda encarei a casa por alguns segundos, antes de me virar e entrar no carro sem olhar para trás, mesmo que estivesse tentada a isso.
As horas pareciam se passar em câmera lenta, minha bunda já estava quase quadrada pela quantidade de tempo da qual estávamos na estrada. Eu não tinha nem forças para reclamar mais, e isso pareceu agradar Megan. Pilantra...
Abri a boca para despejar minha última reclamação, mas antes que eu possa fazer, Megan me corta.
— Chegamos.
Um calafrio percorreu meu corpo, como todas às vezes que meu sexto sentido pressentia algo. E lá vamos nós...
— Tá legal, vocês chegaram, e aí? — Stiles questionou afobado, querendo saber mais sobre a história, mas inconscientemente atrapalhando.
— Quer calar a boca, Stiles? — Derek reclamou, sua expressão séria, como sempre. Droga de ponto fraco...
— Não fala assim com ele. — brigo com Derek, ele me encara arqueando apenas uma sobrancelha. É óbvio que eu estou brincando, mas continuei com minha expressão séria apenas para ver se ele responderia. — Só eu posso falar assim.
— É, não fala assim comigo! Só ela pode... Pera aí, o quê? — ri da sua expressão ofendida.
Stiles me fez perder toda minha pose de brava, já que comecei a rir. É impossível não rir com o Stiles no mesmo ambiente, simplesmente impossível.
— Continuando... — Megan deu ênfase na palavra enquanto nos olhava repreendedora. Fiquei quieta, já que não queria contar história nenhuma e se eu fizesse mais uma gracinha, ela me faria contar sem dó nem piedade.
Havíamos nos estalados na nossa nova casa. Tudo parecia diferente, errado. Eu não pertenço a esse lugar, mas também não pertencia mais a minha antiga cidade. Agora é como se eu não pertencesse a lugar nenhum, eu me sentia errada. Totalmente errada. Sem um lugar que me trouxesse conforto.
— Que tal sairmos para conhecermos a cidade melhor? — Megan apareceu apenas com metade do corpo na porta do meu quarto. Sua animação é bastante perceptível, e para não estragar isso, concordei sem relutância. Faz tempo que não a vejo assim, não seria cruel a ponto de estragar isso. Pelo menos uma de nós está se recuperando.
Arrumei-me sem pressa, e logo estávamos caminhando calmamente pela cidade. Hora em silêncio, hora conversávamos um pouco, comentando sobre o que víamos. Até que avistamos o que parecia ser um bar chamado Mystic Grill. Megan insistiu para entrarmos para ver o movimento, e claro, não consegui dizer não.
Ao entrarmos, vimos que está lotado. A maioria das pessoas que estavam por perto, pararam o que estavam fazendo para olhar-nos. Carne nova no pedaço...
Sem me importar, entrei totalmente e puxei Megan comigo, essa que ficou um pouco constrangida pela atenção desnecessária. Não é minha culpa, ela que insistiu para entrarmos e vocês estão de prova, para caso eu precise de defesa.
Sentamos em uma mesa vazia no final do bar, logo, o garçom chamado Matt veio nos atender, e mesmo depois de um tempo, haviam alguns olhares que queimavam minhas costas. Como eu estava virada para a parede, ou seja, contra o movimento, não conseguia ver quem nos encarava, por isso, me virei para ver de quem se tratava. Na mesa continham várias pessoas, mas um olhar em específico que me intrigou. Principalmente pelos olhos azuis intensos.
.𑁍ࠬ¸𓍢 NOTAS FINAIS
.𑁍ࠬ¸𓍢 oiKKKKKKKKKKKK, dessa vez eu não demorei tanto, vai...
.𑁍ࠬ¸𓍢 eai, o que estão achando das revelações?? teorias??
.𑁍ࠬ¸𓍢 votem e comentem, pliss, se puderem, divulguem ou marquem amigos aqui que gostariam de ler, tá tão flopadinha :((
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