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20. Presentes e Antigas Sensações

Roslindale, Boston, Massachusetts
25 de dezembro, 08 h

S C A R L E T T

Me sentia exausta, com uma certa dor de cabeça, mas confortável no que parecia ser a cama do quarto de Chris. Me aninhei entre os lençóis quando senti cócegas no meu pé. Os segundos de paz duraram realmente pouco, logo eu senti o que com certeza era uma almofada ou travesseiro contra as minhas costas, me fazendo erguer a cabeça na direção de onde veio, vendo Evans rindo. Peguei o travesseiro que eu usava e joguei nele, sem esperar reação de alarde, acertando a cabeça em cheio.

— Filha da-

— Acha mesmo que xingar mãe ou pai funciona comigo? — Questiono, sentando na cama, e o vejo sorrir.

— Droga… De qualquer forma, atingi meu objetivo. Bom dia!

— Você é um ótimo despertador. — Ironizo.

— Vai tomar um banho. Após o café eles vão trocar os presentes.

— Ok. — Concordo, levantando e me espreguiçando — Ei... Obrigada por me trazer, ontem…

— Eu disse que traria. Não te deixaria morrer na casa dos meus pais.

— Adorável da sua parte.

— Anda, vou te esperar para comer.

Chris sai, e eu sigo para o banheiro, me desfazendo da minha roupa e indo para a ducha. A água quente me ajudou na manhã fria e eu pude relaxar os músculos. Não molhei o cabelo, mas penteei quando saí, deixando-o organizado e bonito, solto.

No quarto, tranquei a porta apenas por precaução e peguei minha bolsa, tirando de lá uma legging grossa preta e um suéter cinza e branco, com a frente estampada. Vesti uma lingerie e a roupa que escolhi e passei um perfume fraco. Peguei o celular, e calcei os sapatos, descendo logo em seguida.

Os Evans já estavam reunidos na sala de jantar e a comida servida. Ajudei Lisa e Robert com os últimos detalhes e logo nos sentamos, da mesma forma que ontem. Aquele era um dos melhores cafés da manhã que eu tomei em dias. Bolos, pães, torradas, até mesmo rabanadas antecipadas, comemorando o natal. Waffles, suco e frutas.

Comi, me sentindo cheia e deixando meio waffle no prato, não aguentando nem mais respirar. Chris me encarou, claramente me julgando por deixar comida, e pegou a metade, dobrando ao meio e mordendo, voltando a conversar com o irmão, mas agora com a cabeça apoiada no meu ombro. Ao fim do café, todos seguiram para a sala de estar, e começaram a trocar seus presentes.

Eu estava mais afastada, apenas observando, e esperando o momento certo para entregar os que havia trazido. O momento era bonito, por isso sequer intervi. Os sorrisos das crianças cercadas de brinquedos, da mãe recebendo os melhores mimos dos filhos, e dos filhos, ainda agindo como crianças, recebendo presentes dos pais… Aquilo… Me deixou mais emotiva do que eu imaginei que deixaria. Foi um momento puro, e eu me senti grata de estar presente em algo tão íntimo.

Observava tudo sorrindo, vendo cada uma das reações, e limpei discretamente uma lágrima insistente ao ver Lisa tão feliz com os quatro filhos. De certa forma ela me lembrava Melanie. A mulher a quem eu raramente chamava de mãe. Havia perdido esse costume há muitos anos. Mas ainda assim me lembrava dela. E de como eram boas as manhãs de natal com a família reunida.

Por um milésimo de segundo me permiti sentir saudade. Não dela, ou de Karsten. Não. Eles não mereciam esse sentimento. Não vindo de mim. Mas senti saudade de Hunter, principalmente. De Vanessa, Adrian e Christian. De como era tê-los comigo nas manhãs de natal, e como eu sempre me sentia uma eterna criança nesses momentos.

Nem sempre pelo presente, mas pela sensação que aquele momento me passava. A intensa felicidade. O amor quase palpável. Ah, era tão bom. Eu ousei querer aquilo de volta, mas não aconteceria. Nunca mais. Porque eu nunca mais os teria comigo. Não os quatro. Estávamos separados, e a tendência era continuar. Porque todos são orgulhosos demais para voltar naquela casa, onde tudo aconteceu, ou ainda sofriam com o trauma.

Eu senti saudade, mas foi momentâneo. Muito rápido. Tão rápido quanto aquela lágrima escapou, mas eu a limpei com ainda mais agilidade, sem que ninguém percebesse. Ou esperando que ninguém percebesse. Consegui disfarçar bem quando Lisa de aproximou, um pouco acanhada e com certa vergonha, talvez por estar de mãos vazias, mas eu já a havia confortado tanto sobre isso que sequer sabia mais o que dizer.

— Mil perdões, minha querida, de verdade. Eu teria lhe comprado algo bonito se soubesse que viria. Nenhum de nós tem algum presente para você.

— Não se preocupe, Lisa. — Digo, chamando-a pelo primeiro nome, como ela tanto quis. — Meu presente é terem me acolhido tão bem aqui, é poder presenciar esse momento.

— Ah, você é um doce, menina! — Ela diz, sorrindo boba e me dá um abraço.

— Mas… Eu não podia chegar de mãos vazias, certo?! — Digo, sorrindo, contornando aquela emoção que sentia.

— O que-

— Por favor, se sentem. Tenho algo para todos.

Puxei a bolsa dos presentes, começando por Lisa e Robert. Para ela, um quadro pintado a mão e emoldurado, e um porta retrato que cabiam diversas fotos. Para ele, um conjunto com três canecas, também desenhadas a mão, as que eu achei mais bonitas — e quase fiquei para mim. Depois, Carly, Ryan, Ethan, Miles e Stella, sendo respectivamente  uma pulseira de prata, um moletom original dos Celtics, um carrinho de metal de controle remoto, um robô, também de controle remoto, e duas pelúcias, uma do Mickey, uma da Minnie.

Depois, para Scott, três pares de meias de Rick and Morty, e para Shanna, uma coleção de livros de suspense, que só descobri que ela gostava após fuçar bem o Instagram dela. Após entregar os de todos, vê-los abrir e ser extremamente agradecida, me afastei, entregando o leãozinho de pelúcia para Dodger, e apertando, vendo sua reação com a música de "O Rei Leão" que tocava.

— E o seu, bonitão. — Digo, entregando a Chris um pacote embrulhado.

— Comprou um para mim?

— Sim. Qual a surpresa?

— Comprei um para você, queria te fazer se sentir mal porque eu ia te dar algo e você não ia me dar nada.

— E mais uma vez eu te surpreendo. Já virou costume. — Digo, dando de ombros, vendo ele rolar os olhos.

Chris pega o último presente que havia sobrado da pilha e me entrega, e nós dois nos sentamos juntos no sofá, aproveitando que sua família havia se dispersado. Eu abro o meu presente, vendo-o bem embrulhado e muito cheiroso. Era uma camisola de seda em branco e renda, e acompanhava um cardigan do mesmo tecido, e um conjunto de lingerie com a mesma renda, delicado e também em branco.

— Eu não sabia o seu gosto e tamanho, mas a Margot me ajudou.

— Então também teve uma cúmplice? Muito bem. Eu amei.

— Você teve?

— Hemsworth. Abre o seu.

— Olha o fundo do seu.

Eu o faço, vendo que guardava um outro presente. Era dali que vinha o perfume extremamente cheiroso. O vidrinho era mediano, e estava cheio, lacrado. Era um Cartier Baiser Volé. A caixa era linda e a fragrância muito boa.

— Achei que gostaria.

— E gostei. Obrigada, burguesinho. — Digo, sorrindo gentil. — Anda, abre o seu.

Ele o fez, abrindo a caixa. O primeiro presente que tirou foi um boné. Sabia que ele gostava e alimentei esse vício. Era em um azul bastante escuro, com a estampa da NASA. O segundo presente foi um moletom. O tecido era todo em algodão, extremamente confortável, e em um azul bonito e vibrante. O terceiro e último presente era um medalhão de São Cristóvão, em ouro. O que fez Chris me encarar com extrema surpresa.

— Simboliza proteção. Imaginei que gostaria. O santo tem o seu nome, achei conivente.

— É lindo, Scar. Obrigado. — Chris diz, sorrindo bobo.

O sinto me puxar pela cintura, me fazendo esquivar dos presentes, e ele me abraça. Eu retribuo, mesmo que não gostasse tanto assim de contato físico. Aquele me fez sentir... Bem. O abraço dele era confortável. Me fez querer ficar ali por mais tempo. Quando me solta, Chris abre o medalhão, encaixando no próprio pescoço e fechando, observando o mesmo.

— Obrigado, burguesinha. — Diz, rebatendo o apelido. — Gostou dos seus?

— Sim, muito. Obrigada.

— Não há de quê.

Juntamos os pacotes de presente e as embalagens e levamos tudo para cima. Deixamos sobre a cama de Chris e logo descemos novamente. A mãe, pai, irmã mais velha e cunhado estavam na cozinha, conversando sobre o almoço, e após negar veementemente nossa ajuda, nós dois seguimos para a área da frente, onde Scott brincava com os três sobrinhos e Dodger.

Nos juntamos a ele, começando a brincar com as crianças, alternando entre pega-pega e pique-esconde. Era bom passar o tempo com eles assim. Me lembrava de quando os Hemsworth eram mais novos e eu era mais ativa na vida deles. Quando eu passava tardes a fio cuidando deles e de McKenna. Era bom. E os Evans-DuBrey eram ótimas crianças.

— Ok, o desafio é correr até o carro do vovô Robert e voltar. Aguentam?

Chris desafia as crianças e Stella é a única que fica de fora, voltando para perto de mim e Scott, que descansávamos nas cadeiras do jardim. Ela senta no meu colo, respirando ofegante pelo cansaço das brincadeiras, e logo levanta do meu colo e senta no chão, começando a brincar sozinha com os brinquedos espalhados e a neve.

— Chris tem muita energia, por Deus. — Scott diz, observando o irmão correr com as crianças e o cachorro.

— Muito pique. Não consigo fazer metade. — Digo, concordando com ele.

O homem tinha uma energia fora do comum. Era como uma criança num corpo grande. Ou como um cachorro. Um golden retriever.

— E aí… Vocês, passando feriados juntos… Tem certeza que não rola nada? — Ele pergunta, e eu nego.

— Nada demais. Conversamos. As vezes até flertamos. Mas não chega a nada.

— E você quer que chegue?

— Sendo bem sincera, sim. Desde a festa que eu venho esperado ele ter mais atitude, mas… Não sei. Não rola.

— Ele deve ter medo. — Shanna diz, puxando uma cadeira para o meu lado. — Chris é bem bananão quando se trata de mulher, e sendo você a dita cuja, não me surpreende nada que esteja tão receoso.

— Mesmo? — Pergunto, e os dois assentem.

— Mas, se serve de conselho, você deveria tomar a atitude. É bem difícil acontecer algo rápido se ficar esperando por ele.

Scott tinha razão. E Shanna também. Chris parecia bem esquivo com os flertes, e talvez fosse mesmo o receio, a pressão. Eu não era qualquer pessoa, não era qualquer amiga. Eu era a chefe dele. Superior em cargo, em trabalho, em muitas coisas. Ele me respeitava, e eu o respeitava.

Existia sim uma relação mútua de ódio entre nós, mas aquilo se encaixava na parte “amizade” da coisa. A atração que eu estava começando a sentir por ele — e que, dado os flertes que aconteciam vez ou outra dele para mim, e o nosso quase beijo carregado de tentativas na casa dele, ele também sentia por mim — desafiava todas essas suposições de sentimento e “não gostar” um do outro. Realmente parecia uma bobagem agora, e eu me sentia tentada a deixar isso de lado para provar dele.

— Cuidar dessas crianças cansa. — Chris diz, se aproximando, ofegante. Aquela visão estava me atentando, dado os pensamentos que eu estava tendo naquele momento. — Do que estão falando?

— De como a mamãe babou a Scarlett. — Scott toma a frente, mentindo na cara de pau, me fazendo rir.

— Ah… Já sabia que isso ia acontecer. Ela é tão adorável. — Chris diz, apertando minha bochecha, recebendo um tapa no abdômen. — Agressiva.

— Aposto que amanhã ela vai no centro comprar algum presente para você. — Shanna diz, e os irmãos concordam.

— Se a Scar for embora sem um presente, a mamãe passa mal. — Scott diz, nos fazendo rir.

— Titio, vem brincar! — Miles pede, chamando Chris e puxando sua mão.

— Vem também, tia Scar! — Ethan quem pede, me puxando, e eu levanto, seguindo os três.

— Babá do ano. — Chris caçoa.

— Para, palhaço. Eles são legais.

— São sim. Mas se prepara, vão querer brincar o dia inteiro.

— Oh céus, não sei se eu aguento.

— Aguenta sim, você é forte. Vem.

▰▰ // ▰▰

Oiee!

Eu juro, essa semana fiquei contando os dias pra postar. Nunca estive tão ansiosa assim. Prova que os capítulos que vem são bons hein?!

Espero que estejam gostando.
Nos vemos segunda com mais um!
Até , beijos;
🌷

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