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31 | Dumbledore's Army

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31. A Armada de
Dumbledore
       
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   É, a AD é bom. Só que devia significar a Armada de Dumbledore, porque o maior medo do Ministério é uma força armada de Dumbledore.
 
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     As nossas vestes se enfunavam e giravam em torno do corpo enquanto chapinhavamos pela horta inundada, a caminho da aula de Herbologia, onde mal se conseguia ouvir o que a Profa. Sprout dizia, tal a chuva que batia no teto da estufa, com a força do granizo. A aula da tarde de Trato das Criaturas Mágicas ia ser transferida dos terrenos varridos pela tempestade para uma sala livre no andar térreo, e, para nosso intenso alívio, Angelina procurara a equipe na hora do almoço para avisar que cancelara o treino de quadribol.

— Que bom. — Disse Harry baixinho, ao ouvir a notícia — Porque encontramos um lugar para o nosso primeiro encontro de Defesa. Na verdade, a Rox encontrou. — E ele me olhou sorrindo — Hoje à noite, oito horas, sétimo andar, em frente àquela tapeçaria do Barnabás, o Amalucado, sendo abatido a cacetadas pelos trasgos. Você pode avisar a Katie?

   Ela pareceu ligeiramente surpresa, mas prometeu avisar a amiga. Harry, esfomeado, voltou a atenção para o seu purê com salsichas. Eu estava em frente ao menino comendo uma fatia de pudim, com Marshall deitado ao meu colo, quando ergui os olhos para tomar um gole de suco de abóbora e vi Hermione me observando.

— Que foi? — Perguntei guturalmente

— Como você disse que encontrou esse lugar mesmo? Você confia mesmo no... — E parou ao lembrar que Harry e Rony não sabiam que eu falava com os mortos — em quem te contou isso.

  Eu suspirei.
 
— Mione, não é apenas uma ideia maluca dos elfos. Dumbledore conhece essa sala também, mencionou ela no Baile de Inverno. Não foi, Harry?

  Harry pareceu pensativo, mas depois concordou.

— É... falou. — Disse ele, mas depois pareceu intrigado — Como você sabe? Ele falou disso na mesa dos campeões.

   Senti meu coração saltar, não tinha pensado nisso ainda.

— Parvati. — Disse Cedric quando apareceu no meu lado — Ela é sua amiga, não é? A indiana. Fala que ela comentou.

— A Parvati quem me disse. — Comentei e o menino não falou mais nada

   A expressão de Hermione se desanuviou.
  
— Então Dumbledore falou mesmo da sala?

— De passagem. — Dissemos eu e Harry

— Ah, bom, então, tudo bem. — Disse imediatamente, sem fazer mais objeções

    Acompanhados por Rony, gastamos a maior parte do dia procurando as pessoas que tinham assinado a lista no Cabeça de Javali, para avisar onde nos encontraríamos àquela noite. Até o fim do jantar, estávamos confiantes de que a notícia fora passada a cada um dos vinte e oito colegas que haviam aparecido no pub.

   Às sete e meia, eu, Mione e os meninos deixamos a sala comunal da Gryffindor, Harry segurando um certo pergaminho antigo, o Mapa do Maroto. Os quintanistas tinham permissão para circular nos corredores até às nove horas, mas nós quatro não parávamos de olhar para o lado, nervosos, ao se dirigir ao sétimo andar.

— Guenta aí. — Pediu Harry, desdobrando o pergaminho no alto da última escada, batendo nele com a varinha e murmurando: — Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom.

   Apareceu um mapa de Hogwarts na superfície do pergaminho em branco. Minúsculos pontos negros se moviam nele identificados por nomes, mostrando onde estavam as várias pessoas.
  
— Filch está no segundo andar. — Disse Harry segurando o mapa perto dos olhos — E Madame Nora, no quarto andar.

— E a Umbridge? — Perguntou Hermione ansiosa

— Na sala dela. — Respondeu, apontando para o mapa — O.k., vamos.

   Nós quatro saímos apressados pelo corredor até o local que Mia e Cedric me descreveram, e me levaram na noite anterior; um trecho de parede lisa defronte à enorme tapeçaria retratando a insensata tentativa de Barnabás, o Amalucado, ensinar balé aos trasgos.

— Rox? — Disse Harry e os três me olharam como se esperassem que eu explicasse como entraríamos

— O.k. — Falei em voz baixa, enquanto um trasgo roído de traças fazia uma pausa no gesto contínuo de dar cacetadas na futura professora de balé para nos observar — Temos que passar por este trecho de parede três vezes, nos concentrando muito no que precisamos.

   Quando me virei vi Mia, Arc e Cedric, eles apenas sorriram para mim, enquanto eu Mione e os meninos assim fizemos, girando nos calcanhares ao chegar à janela pouco adiante da parede vazia, e seguindo até o vaso do tamanho de um homem na outra extremidade. Rony apertou os olhos e se concentrou; Hermione murmurou alguma coisa; os punhos de Harry estavam fechados quando fixou o olhar em frente; eu apertei os olhos e tentei me concentrar também.

  Precisamos de um lugar para aprender a lutar... pensei. Dê-nos um lugar para praticar... um lugar em que não possam nos encontrar...

— Rox! Harry! Olhem! — Exclamou Hermione com vivacidade, ao retornarmos depois da terceira passagem

   Uma porta muito lustrosa aparecera na parede. Rony ficou olhando um tanto desconfiado. Eu abri um sorriso encantanda. Harry olhou pra mim, eu assenti e ele estendeu a mão, segurou a maçaneta de latão, abriu a porta e foi o primeiro a entrar, eu passei logo atrás dele, adentrando em uma sala espaçosa, iluminada com archotes bruxuleantes como os que iluminavam as masmorras oito andares abaixo.

   As paredes estavam cobertas de estantes e, em lugar de cadeiras, havia grandes almofadas de seda no chão. Um conjunto de prateleiras no fundo da sala continha uma série de instrumentos como Bisbilhoscópios, Sensores de Segredos e um grande Espelho-de-Inimigos rachado, que eu tinha certeza de ter visto pendurado, no ano anterior, na sala do falso Moody.

— Elas vão ser ótimas quando estivermos praticando Estuporamento. — Comentou Rony entusiasmado, batendo em uma das almofadas com o pé

— E olhem só esses livros! — Exclamou Hermione excitada, passando um dedo pelas lombadas de grandes tomos encadernados em couro. — Compêndio de feitiços comuns e seus contrafeitiços... Vencendo as artes das trevas pela astúcia... Feitiços autodefensivos... uau... — Ela olhou para mim e Harry, o rosto radiante, e eu vi que a presença de centenas de livros finalmente convencera Hermione de que o que estávamos fazendo era certo — Rox, que maravilha, aqui tem tudo de que precisamos! Você encontrou o lugar perfeito!

   E, sem perder tempo, ela puxou Azarações para os azarados da prateleira, sentou-se na almofada mais próxima e começou a ler.

   Ouvimos, então, uma leve batida na porta. Eu olhei para os lados. Ginny, Neville, Lavender, Parvati, Amélia e Dean haviam chegado.

— Opa! — Exclamou Dean, correndo os olhos pela sala, impressionado — Que lugar é esse?

— Uau. — Disse Lavender olhando cada detalhe admirada

   Harry começou a explicar com a minha ajuda, mas, antes que terminassemos, chegava mais gente, e precisávamos recomeçar a história. Quando finalmente deu oito horas, todas as almofadas estavam ocupadas. Harry foi até a porta e experimentou a chave que havia na fechadura; ela girou com um ruído convincente e todos se calaram, de olhos nele. Hermione marcou cuidadosamente a página de Azarações para os azarados, e pôs o livro de lado.

— Bom. — Disse Harry, ligeiramente nervoso — Esta foi a sala que encontramos para as aulas práticas e vocês... hum... obviamente a acharam boa.

— É fantástica! — Exclamou Cho, e várias pessoas murmuraram em concordância

— É estranho. — Disse Fred, examinando-a com a testa enrugada — Uma vez nos escondemos do Filch aqui, lembra, George? Mas era só um armário de vassouras.

— Não é estranho. — Falei com um dar de ombros — O nome da sala já diz tudo, não acha?

— Ei, Harry, que é isso? — Perguntou Dean do fundo da sala, indicando os Bisbilhoscópios e o Espelho-de-Inimigos

— Detectores de bruxaria das trevas. — Disse Harry passando entre as almofadas para se aproximar — Basicamente eles mostram quando bruxos das trevas ou inimigos estão por perto, mas você não pode confiar neles totalmente porque podem ser enganados...

   Amélia se aproximou para olhar melhor o Bisbilhocópio, mas o objeto começou a apitar, um assobio alto e fino que invadiu todo o ambiente, fazendo todos levarem suas mãos aos ouvidos. Amélia, que se assustara, voltou logo ao seu lugar, sentando-se, emburrada, na almofada ao lado de George. O meu irmão perguntou algo pra ela em sussurro, mas não consegui ouvir, só percebi ela assentindo com a cabeça, ainda meio com emburrada.

— Talvez não esteja funcionando. — Disse Harry quebrando o silêncio que se formou desde que o Bisbilhocópio parou de apitar. Arc, Mia e Cedric que estavam a um canto se entreolharam

   Mirei por instantes o Espelho-de-Inimigos rachado; havia vultos escuros se movendo, embora não desse para reconhecer nenhum. Dei, então, as costas ao espelho.

— Bom... — Recomeçou Harry — Estive pensando no tipo de coisa que devíamos fazer primeiro e... hum... — Ele reparou que havia uma mão erguida — Que foi, Hermione?

— Acho que devemos eleger um líder. — Disse ela

— Harry é o líder. — Disse Cho, olhando para Hermione como se ela tivesse enlouquecido

— É, mas acho que devíamos votar isso como deve ser. — Respondeu Hermione sem se perturbar — Torna a coisa formal e dá a ele autoridade. Então: todos acham que Harry deve ser o nosso líder?

   Todos ergueram as mãos, até mesmo Zacarias Smith, embora o fizesse de má vontade. E, Mia por algum motivo também levantou sua mão.

— Nossas mãos não valem na votação! — Disse Arc batendo a mão direita no rosto

— Ah, é... — Fez a menina enquanto Cedric ria

— Hum... certo, obrigado. — Disse Harry, que sentia o rosto arder — E... que foi Hermione?

— Acho também que devemos ter um nome. — Disse ela, animada, a mão ainda no ar — Incentivaria o espírito de equipe e a união, que é que vocês acham?

— Será que podemos ser a Liga Anti-Umbridge? — Perguntou Angelina, esperançosa

— Ou o Grupo Ministério da Magia Só Tem Retardados? — Sugeriu Fred, no qual eu soltei uma risadinha

— Eu estive pensando. — Disse Hermione franzindo a testa para Fred — Mais em um nome que não anunciasse a todo o mundo o que pretendemos fazer, de modo que a gente possa se referir ao grupo fora das reuniões sem correr perigo.

— A Associação de Defesa? — Arriscou Cho — A AD, para que ninguém saiba do que estamos falando?

— É, a AD é bom. — Concordou Ginny — Só que devia significar a Armada de Dumbledore, porque o maior medo do Ministério é uma força armada de Dumbledore.

  Ouviram-se vários murmúrios de agrado e gargalhadas à sugestão.

— E nós vamos realizar o maior medo deles. — Disse Vega que sorria — Legal.

— Todos a favor da AD? — Perguntou Hermione com um ar autoritário, ajoelhando-se na almofada para contar — Há uma maioria a favor... moção aprovada!

   Ela prendeu o pergaminho com as assinaturas de todos na parede e escreveu em cima, em letras garrafais:

ARMADA DE DUMBLEDORE
              

— Certo. — Disse Harry, quando voltou a se sentar — Vamos começar a praticar então? Eu estive pensando, devíamos começar pelo Expelliarmus, sabem, o Feitiço para Desarmar. Sei que é bem básico, mas eu o achei realmente útil...

— Ah, corta essa. — Disse Zacarias, virando os olhos para o alto e cruzando os braços — Não acho que o Expelliarmus vá nos ajudar a enfrentar Você-Sabe-Quem, vocês acham?

   Olhei séria para aquele rosto que eu tanto queria socar até que começasse a sangrar, aquele menino era definitivamente irritante.
  
— Usei-o contra ele. — Disse Harry calmamente — Salvou minha vida em junho.

    Zacarias boquiabriu-se feito bobo. O resto da sala ficou muito silenciosa.
   
— Mas, se você acha que não está à sua altura, pode se retirar.

   O garoto não se mexeu. Nem os demais.
  
— O.k. — Disse Harry, parecendo nervoso com todos os olhares nele — Acho que todos deviam se dividir em pares para praticar.

   Todos se levantaram na mesma hora e se dividiram, Lee já estava do meu lado, então só fez me lançar um olhar cúmplice e eu sorri assentindo. Observei que Lav fez par com Amélia, já que Pati ficou com Padma. Previsivelmente, Neville acabou sem par.
  
— Você pode praticar comigo. — Disse-lhe Harry — Certo... então quando eu contar três, então... um, dois, três...

   A sala se encheu repentinamente de gritos de “Expelliarmus!”. Varinhas voaram em todas as direções; os feitiços sem pontaria atingiram livros e prateleiras, mandando-os pelos ares. Eu era ótima em azarações e feitiços, não importava o fato de eu estar no quinto ano e Lee no sétimo, não mudava nada. Antes mesmo do garoto se dar conta a varinha dele já tinha voado pela sala e ido parar em cima de uma das almofadas, e eu ria de sua carinha surpresa.

Accio varinha. — Falei fazendo a varinha do garoto voar para minha mão

— Não valeu. — Disse Lee se aproximando de mim para pegar o objeto

— Valeu sim. — Contei rindo
  
   Observei então as pessoas ao nosso redor. Olhando à volta, achei que Harry agira bem sugerindo que praticassemos primeiro os feitiços básicos; havia muito feitiço malfeito; vários colegas não estavam conseguindo desarmar os oponentes, meramente os faziam pular para trás ou fazer caretas quando os feitiços passavam por cima de suas cabeças. Olhei para Harry, que era por demais rápido para Neville, cuja varinha saiu rodopiando de sua mão, bateu no teto em meio a uma chuva de faíscas e caiu com estrépito em cima de uma prateleira, de onde Harry a recuperou com um Feitiço Convocatório. Ele parece ter tido a mesma ideia de olhar ao redor, pois percebi ele desviar o olhar de Neville, e então...

Expelliarmus! — Exclamou Neville, e a varinha de Harry, que fora apanhado de surpresa, voou de sua mão — CONSEGUI! — Gritou Neville, cheio de alegria — Eu nunca tinha feito isso antes... CONSEGUI!

  Eu não pude evitar abrir um sorriso olhando a felicidade do menino. Por sorte, Harry encorajou-o em lugar de o lembrar que, em um duelo verdadeiro, seu oponente provavelmente não estaria olhando na direção oposta com a varinha pendurada ao lado do corpo.

Expelliarmus! — Ouvi uma voz risonha e senti minha varinha voar de minha mão, e me virei com uma cara séria para o idiota do meu namorado

— Lee Sebastian Jordan!

— Oi, princesa. — Ele sorriu divertido enquanto conjurava minha varinha de volta com o Feitiço Convocatório

— Não valeu, ok!? — Cruzei os braços, ele continuava a gargalhar

— Hey, Rox. — Me virei quando ouvi a voz de Harry me chamar — Ah... Lee você se importa de praticar com o Neville um pouco, enquanto a Rox me ajuda a ver como os outros estão se virando?

— Claro que não, cara. — Lee sorriu enquanto devolvia minha varinha

— Valeu. — Harry devolveu o sorriso e eu fui até o garoto — Posso ser o professor, mas você ainda é a louca das azarações. — Acrescentou ele pra mim

— Não sei porque me chamam assim, mas valeu. — Sorri para o menino

   Eu e Harry fomos para o meio da sala. Neville começou a praticar com Lee, mas meus olhos mesmo caíram sobre outra coisa. Alguma coisa muito estranha estava acontecendo com Zacarias Smith. Toda vez que ele abria a boca para desarmar Ernesto Macmillan, a varinha voava de sua mão, mas Ernie não parecia estar emitindo som algum. Não precisei olhar muito longe para solucionar o mistério, soltei uma risadinha, e bati de leve no ombro de Harry, apontando para meus irmãos. Fred e George estavam a vários passos do garoto e se revezavam apontando as varinhas para as costas de Zacarias.

— Desculpe, Harry. — Apressou-se George a dizer, quando seus olhos se encontraram — Não pudemos resistir.

— Tinham que ser seus irmãos. — Harry suspirou meio rindo — Vamos fazer assim... eu vou por um lado e você pelo outro, corrigindo os que estão errando, ok?

— O.k.

   E assim eu fiz, comecei a andar em volta dos pares, tentando corrigir os que estavam realizando mal o feitiço. Ginny fazia dupla com Michael Corner; estava se saindo muito bem, enquanto o namorado ou era muito ruim ou não estava querendo enfeitiçá-la.

— Vou te dar um conselho. — Falei me aproximando do menino — Sei que minha irmãzinha ali tem cara de brava, mas não se faça de idiota, pode desarmar ela, cavalheirismo é coisa medieval.

— Sempre tão sutil. — Ginny riu

— Aprendi com você. — Devolvi também rindo

   Michael olhou de mim pra Ginny sem entender, e nesse meio tempo, minha irmã fez sua varinha voar novamente.

— É, você é realmente minha irmã. — A parabenizei, mas logo fui olhar os demais

    Terrence Boot acenava desnecessariamente com a varinha, dando ao parceiro, Anthony Goldstein, tempo para se pôr em guarda; Nigel e Natty agiam com entusiasmo, mas sem pontaria, e eram os principais responsáveis pelos livros que saltavam das prateleiras ao redor; Luna Lovegood era igualmente instável, por vezes fazia a varinha de Dênis Creevey sair rodopiando da mão, mas, em outras, fazia apenas os cabelos dele ficarem em pé.

— Hum... — Pensei alto olhando para Dênis — Se o Dênis está com a Luna, o Colin está com...

   Mas não demorei procurando, logo avistei Colin e Vega, que eram claramente a versão mais nova do que Ginny e Michael faziam há alguns passos de distância. Um perfeitamente bom com o feitiço, e o outro extremamente péssimo, mas ao menos eram fofos.

   Eu continuava observando e ajudando os que estavam errando até que ouvi um apito, como o da Madame Hooch. Todos baixaram as varinhas. Me virei e vi que Harry quem tinha apitado.
  
— Não foi nada mau. — Disse ele — Mas decididamente há margem para melhorar. —  Zacarias amarrou a cara para ele — Vamos experimentar outra vez.

   Eu e Harry tornamos a circular pela sala, parando aqui e ali para fazer sugestões. Lentamente, o desempenho geral melhorou. Não pude deixar de notar que Amélia sabia executar o feitiço com perfeição, e a varinha de Lavender por vezes rodopiou pela sala. Cho Chang também ia bem, ao contrário de sua amiga que parecia sempre meio emburrada.  Não pude deixar de notar que Harry parecia não querer se aproximar de Cho e da amiga por algum tempo, mas, depois de dar duas voltas pelos outros pares da sala, ele foi até elas.

— Ah, não! — Escutei Cho exclamar um tanto alterada quando Harry se aproximou — Expelliarmious! Eu... quero dizer Expellimellius!, ah, desculpe, Marieta!

   A manga da amiga de cabelos crespos pegara fogo; Marieta apagou-o com a própria varinha e amarrou a cara para Harry, como se tivesse sido culpa dele.
  
— Você me deixou nervosa, eu estava fazendo tudo direito antes! — Disse Cho a Harry, se lastimando

   Eu revirei os olhos e resolvi ir para o outro lado da sala pra não os escutar, mas notei que Cedric os observava, e me senti mal por ele. Na verdade eu não sabia o que pensar.

— Ai! — Exclamei quando um livro bateu em minha cabeça — Não é pra mirarem em mim!

— Desculpa. Desculpa. Desculpa. — Pediu Natália McDonald correndo para apanhar o objeto que caíra no chão, e meio rindo — Não estou rindo por isso, é claro... é por causa do Nigel, a pontaria dele é péssima!

— Hey! — O menino protestou — Eu tô bem aqui!

  Olhei para os dois e não pude os evitar achar fofos, pareciam um casal de bebês, nem pareciam já ter quase treze anos.

— Eu sei. — Riu ela — Eu disse pra você ouvir mesmo.

— Vocês estão indo bem, mas tentem não mirar em mim, por favor. — Comentei risonha para meus dois elfos que inexplicavelmente tinham alcançado a minha altura

   Os dois sorriram e voltaram correndo para guardar o livro no lugar, e voltar a praticar. Continuei observando a volta, e me aproximei de onde Harry estava, outra vez; a varinha de Terrence passou zunindo pela minha orelha e atingiu com força o nariz de Katie Bell.

— Bom, meu pai dá muito apoio a qualquer ação antiministério! — Ouvi Luna dizer, com orgulho, para Harry; evidentemente estivera escutando a conversa dele com Cho; enquanto a menina falava, Dênis tentava se desembaraçar das vestes que cobriam sua cabeça — Ele está sempre dizendo que acreditaria em qualquer coisa sobre Fudge; quero dizer, o número de duendes que Fudge mandou assassinar! E é claro que ele usa o Departamento de Mistérios para desenvolver venenos terríveis, que secretamente dá a qualquer um que discorde dele. E depois tem o Umgubular Slashkilter...

   Eu sorri com o quão fofa e lunática a menina era. Harry murmurou algo para Cho quando ela abriu a boca, parecendo intrigada com a fala de Luna. A garota riu.

— Ei, Harry. — Chamou Hermione do outro extremo da sala — Você viu que horas são?

   Repetindo o mesmo que Harry, eu olhei para o meu relógio e me assustei ao ver que já eram nove e dez, o que significava que precisávamos voltar às nossas salas comunais imediatamente ou se arriscar a sermos punidos por Filch por estar fora da área permitida. Ele apitou; todos pararam de gritar “Expelliarmus!”, e o último par de varinhas bateu no chão.

— Bom, foi bastante bom. — Disse Harry — Mas passamos da hora, é melhor pararmos por aqui. Mesma hora, mesmo lugar, na semana que vem?

— Antes! — Pediu Dean, ansioso, e muitos concordaram com a cabeça

   Angelina, porém, apressou-se a dizer.
  
— A temporada de quadribol já vai começar, as equipes também precisam treinar!

— Digamos, na próxima quarta à noite, então. — Sugeriu Harry — Aí podemos decidir se queremos mais reuniões. Vamos, é melhor ir andando.

   Ele puxou o Mapa do Maroto e examinou-o, cuidadosamente, parecia estar pocurando sinal de professores no sétimo andar. Deixou, então, os colegas saírem em grupos de três e quatro, observando os pontinhos, ansiosamente, a ver se voltavam em segurança aos seus dormitórios: os da Huflepuff no corredor do porão que também levava às cozinhas; os da Ravenclaw na torre do lado oeste do castelo; e os da Gryffindor no corredor do retrato da Mulher Gorda.

— Te espero na Comunal. — Disse Lee, para mim, antes de sair com os gêmeos e me mandar um beijo pelo ar

— Foi realmente bom, realmente bom, Harry. — Disse Hermione, quando finalmente reataram, apenas ela, ele, Rony e eu

— É, foi mesmo! — Disse Rony entusiasmado, quando passamos pela porta e a vimos se confundir com a pedra às nossas costas — Vocês me viram desarmando a Hermione, viram?

   Eu sorri e arregalei os olhos para meu irmão.
  
— Só uma vez. — Disse Hermione mordida — Peguei você muito mais vezes do que você me pegou...

— Eu não peguei você só uma vez, foram pelo menos três...

— O duplo sentido. — Sussurrei para Harry meio rindo, enquanto os outros dois discutiam. Harry também riu com meu comentário

— Bom, se você está contando a vez em que tropeçou nos pés e derrubou a varinha da minha mão...

   E eles discutiram todo o caminho de volta à sala comunal, mas eu e Harry não estavamos ouvindo. Enquanto ele tinha um olho no Mapa do Maroto, e o pensamento distante, eu só pensava em quando a Armada de Dumbledore voltaria a se encontrar.

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