P.O.V Narradora

Na estrada escura, as luzes da moto de Gwen cortavam a escuridão enquanto ela acelerava em alta velocidade, indo em direção à reserva. O som do motor rugia, mas, de repente, começou a falhar. Confusa, ela diminuiu a velocidade até que a moto parou completamente.

— O que foi agora? — ela murmurou para si mesma, descendo da moto para ver o que estava acontecendo.

O ambiente ao redor estava deserto e silencioso. Apenas as árvores escuras ao redor e a estrada vazia a acompanhavam. Quando ela estava abaixada verificando o motor, ouviu o som de pneus sobre o asfalto. Um carro parou ao lado dela, e três caras saíram, visivelmente bêbados, cambaleando em sua direção.

— Precisa de ajuda, gatinha? — um deles perguntou, com um sorriso malicioso.

Gwen se levantou rapidamente, percebendo o estado dos caras. Com o coração acelerado, ela balançou a cabeça.

— Não, obrigada. Está tudo sob controle — ela disse, tentando afastá-los.

Mas um deles não se importou com a resposta e se aproximou ainda mais, passando a mão pelo braço dela.

— Não precisa ser tímida, a gente só quer ajudar — ele disse, rindo.

Gwen revirou os olhos e, antes que pudesse se controlar, deu um soco no cara, que cambaleou para trás, surpreso. Mas isso só fez ele ficar mais irritado.

— Sua vadia! — ele gritou, avançando nela com os punhos cerrados.

Antes que ele pudesse tocá-la, um segundo carro apareceu. O farol alto iluminou a cena, cegando momentaneamente todos os presentes. Do carro, Rosalie saiu, seu rosto sério e frio. Algo na expressão dela parecia distante, como se revivesse memórias que preferia esquecer.

— Soltem ela — Rosalie ordenou, sua voz fria como gelo.

Os caras riram, zombando da loira que parecia ameaçadora, mas, ao mesmo tempo, inacessível.

— Quem você pensa que é? — um deles debochou, enquanto o outro ria.

O rosto de Rosalie endureceu, e sua paciência se esgotou. Com uma rapidez assustadora, ela avançou neles, revelando sua verdadeira natureza de vampira. Os bêbados tentaram reagir, mas em segundos foram jogados para longe, caindo no chão com força. Gwen assistia a tudo, congelada, em choque.

Rosalie se virou para Gwen, sua expressão de predadora se suavizando ao ver a morena.

— Você está bem? — ela perguntou, se aproximando.

Mas Gwen, ainda processando tudo o que acabara de acontecer, não conseguiu responder. Sentiu a cabeça girar e, antes que pudesse se segurar, tudo ficou escuro. Ela desmaiou.Rosalie soltou um suspiro, incrédula.

— Eu não esperava essa reação — ela murmurou, balançando a cabeça.

Sem esforço, Rosalie pegou Gwen nos braços, jogando-a sobre o ombro como se fosse uma boneca. Depois, foi até a moto de Gwen, a pegou com facilidade e caminhou em direção ao jipe. Colocou a moto na parte de trás e, com cuidado, deitou Gwen no banco traseiro.

— Isso vai ser interessante — murmurou Rosalie, fechando a porta do carro antes de dirigir de volta para casa.

(...)

Billy chegou em casa, empurrando a porta com uma leve dificuldade enquanto seu olhar se dirigia para o interior silencioso da sala. Ele franziu o cenho, algo estava estranho. Normalmente, Gwen estaria por ali, ocupada com algo ou, pelo menos, teria dado algum sinal de vida.

— Gwen? — chamou, sua voz ecoando pela casa vazia.

Nenhuma resposta. Ele esperou por alguns segundos antes de repetir o chamado, dessa vez um pouco mais alto, mas o silêncio continuou a reinar. Billy soltou um suspiro, já sentindo o início de uma leve preocupação. Olhando ao redor e percebendo que a casa estava completamente quieta, decidiu chamar por Jacob.

— Jacob! — gritou ele, virando a cadeira de rodas para o corredor que levava aos quartos.

Segundos depois, o som de passos pesados ecoou pelas escadas. Jacob apareceu no topo, esfregando os olhos como se tivesse acabado de acordar de uma soneca. Ele desceu as escadas com as mãos enfiadas nos bolsos, um olhar desinteressado no rosto.

— O que foi, pai? — perguntou Jacob, bocejando.Billy ergueu o olhar para o filho, seus olhos estreitos.

— Onde está Gwen?—perguntou ele—Não a vi desde que cheguei.

— Não sei.—Jacob deu de ombros, franzindo o rosto em confusão.—Não a vi desde que cheguei da escola.— respondeu ele, coçando a nuca. — Talvez tenha saído para dar uma volta, como sempre faz.

Billy não estava convencido, suas sobrancelhas se arquearam em sinal de preocupação.

— E você não achou estranho? — perguntou ele, o tom mais sério. — Ela nunca fica fora por tanto tempo sem avisar.

Jacob encolheu os ombros novamente, mais desinteressado do que preocupado.

— Gwen é grande o suficiente, pai.—respondeu Jacob—Ela sabe se cuidar.

— Só espero que ela esteja bem...—Billy suspirou profundamente, balançando a cabeça.

Jacob soltou um suspiro leve, finalmente percebendo a leve preocupação no olhar de Billy. Ele coçou a nuca novamente, com um toque de desconforto.

— Quer que eu vá procurar por ela? — ele perguntou, sabendo que, mesmo não parecendo grande coisa, a preocupação do pai era algo que ele sempre levava a sério.Billy hesitou por um momento antes de assentir devagar.

— Sim—disse ele—Veja se a encontra. Se precisar, chame os outros garotos.

Jacob deu um último aceno antes de se virar, saindo pela porta enquanto Billy ficava para trás, o olhar ainda fixo na porta, como se esperasse que Gwen simplesmente aparecesse a qualquer momento.

(...)

Rosalie carregou Gwen com delicadeza, seu corpo leve nos braços vampíricos que podiam esmagar pedra, mas que, naquele momento, moviam-se com a mais suave das intenções. Ao chegar ao seu quarto, Rosalie a deitou cuidadosamente em sua cama, arrumando os travesseiros ao redor. Embora ela não precisasse dormir, Rosalie gostava de ter uma cama para se deitar enquanto lia suas revistas ou pintava as unhas.

Com um suspiro quase imperceptível, Rosalie passou a mão pelo rosto de Gwen, afastando delicadamente os fios de cabelo que cobriam a sua face. O toque suave parecia quase humano, uma gentileza rara para alguém tão distante emocionalmente quanto Rosalie costumava ser.

Ela se afastou momentaneamente, caminhando até a bolsa de Gwen, onde encontrou o celular da garota. Sem hesitar, abriu a tela e rapidamente digitou uma mensagem para Billy, sabendo que, se ele não recebesse algum aviso, o homem ficaria preocupado. "Irei dormir fora, beijinhos da Gwen", escreveu, tentando imitar o jeito descontraído que Gwen provavelmente usaria. Guardou o celular novamente na bolsa e voltou a olhar para a garota, que ainda dormia profundamente, alheia ao que tinha acontecido.

Rosalie encostou-se na parede, cruzando os braços enquanto seus olhos dourados se fixavam em Gwen. A memória recente da estrada escura e dos homens bêbados mexia com ela, trazendo à tona uma raiva contida. Se ela não tivesse chegado a tempo... Rosalie nem queria imaginar o que poderia ter acontecido.

— Como essas pessoas podem ser tão... desprezíveis? — ela murmurou para si mesma, os olhos ainda presos à forma adormecida de Gwen.

Por mais que Rosalie tentasse se afastar de envolvimentos emocionais com humanos, havia algo naquela garota que a fazia querer protegê-la. Talvez porque, de alguma forma, Gwen representasse algo que Rosalie havia perdido há muito tempo — a vulnerabilidade de ser humana, a capacidade de ter uma vida comum,
apoiando-se mais na parede, Rosalie soltou um suspiro.

(...)

Billy estava sentado na sala, seus olhos fixos na porta da frente, como se esperasse que Gwen entrasse a qualquer momento. A preocupação estava estampada em seu rosto, e o silêncio da casa só fazia aumentar sua ansiedade. Ele passou a mão no rosto soltando um suspiro pesado. De repente, seu celular vibrou em cima da mesa. Ele o pegou rapidamente, esperando alguma notícia.

— Finalmente... — ele murmurou, aliviado, ao ver que era uma mensagem de Gwen.

Ele leu a mensagem com um sorriso contido, embora ainda sentisse uma leve desconfiança. "Irei dormir fora, beijinhos da Gwen." Billy sabia que Gwen às vezes agia de forma impulsiva, mas ainda assim se preocupava com ela, especialmente com tudo o que acontecia na reserva ultimamente.

Antes que pudesse guardar o celular, Jacob entrou pela porta da frente, sua expressão carregada de frustração.

— Não achei nada — Jacob anunciou, sem rodeios, passando as mãos pelos cabelos. — Fui em todos os lugares onde ela costuma ir, e nada.

Billy balançou a cabeça, tentando acalmar o filho.

— Ela mandou uma mensagem — ele disse, mostrando o celular. — Parece que vai dormir fora.

Jacob imediatamente revirou os olhos, claramente irritado com a situação.

— Ah, ótimo, ela de novo com essas mensagens de última hora! — ele bufou. — Por que ela nunca avisa antes de sair? Ela sabe que você fica preocupado, e eu tenho que sair atrás dela como um idiota!

— Você conhece sua irmã, Jacob.—Billy deu de ombros, tentando manter a calma.—Ela gosta de agir do jeito dela. E pelo menos avisou, mesmo que tarde.

Jacob cruzou os braços, ainda irritado, mas sem mais o que dizer.

— Da próxima vez, ela vai me ouvir — ele resmungou, indo em direção à cozinha. — Toda vez a mesma coisa...

Billy apenas soltou um suspiro, sem tirar os olhos do celular. Mesmo com a mensagem de Gwen, ele não conseguia afastar completamente a preocupação. Algo dentro dele dizia que havia mais naquela noite do que ela estava deixando transparecer.

Mais um capítulo amores amores, espero que gostem e me desculpem pelo erros de português amores ❤️ 🥰 ❤️ 🥰

Me 20 curtidas amores.

Tiktok novo 15:00 com spoiler do próximo capítulo.

Até o próximo capítulo amores ❤️ ❤️