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Prólogo

LIVRO I

"A ficção histórica é a distopia do passado".

MD Gugik


Prólogo

"O homem é o lobo do homem". 
Titus Maccius Plautus (254 - 184 a.C.)


Humanos e lobos possuem trajetórias únicas, mas guardam algumas semelhanças. A começar pela busca... Há ocasiões em que precisam abandonar o ambiente familiar e seguro para enfrentar o desconhecido. Como quando não encontram mais alimento e se sentem ameaçados... Como quando não se identificam com as regras do grupo e são excluídos... Ou, – particularmente no caso dos humanos – são acossados pela perpétua incompletude.

Humanos e lobos podem ser rejeitados, fugitivos, movidos por diversas necessidades. A sobrevivência deles, porém, reside na flexibilidade e resiliência diante do inóspito.

Nos primórdios da civilização, desbravar territórios era uma ação que obedecia ao impulso de sobreviver e buscar uma razoável segurança. Já permanecer neles, obedecia à necessidade de manter os recursos naturais e defendê-los dos invasores. Assim é no presente, como foi no passado remoto –marcado por cataclismos e severas alterações climáticas.

Cometas, erupções vulcânicas, terremotos, maremotos, enchentes e secas... Os deuses pareciam conspirar contra a existência humana.

Houve um tempo em que um prolongado e seco inverno se abateu sobre vários territórios ocupados. A falta de chuvas fez a agricultura global definhar... Desencadeou um efeito dominó que atingiu o comércio, a economia, a ciência e a cultura. As pessoas abandonaram suas casas. As migrações e invasões em massa causaram guerras. Centenas de milhares morreram.

Os recursos globais tornaram-se tão escassos, que impérios inteiros desapareceram da face da terra. O único a sobreviver ficava às margens do rio Ar, e pertencia aos eternos e poderosos km.tauy. Mesmo eles foram abalados e seu poder e influência se reduziram consideravelmente.

Os registros daqueles tempos nebulosos se perderam nas brumas da história. Foi uma época de trevas, em que convulsões sociais reverberaram por todo o mundo conhecido. Devastação, fome, genocídio... Onde há fome, homens e lobos arreganham os dentes e lutam pelas sobras.

As milícias itinerantes ganharam força.  Grupos armados proliferaram, vagando com suas famílias por terra e mar... Alguns saquearam as cidades já existentes, onde impuseram novos comandos. Outros procuraram lugares remotos para viver, conduzidos por sinais que julgaram interpretar. Uma tentativa desesperada de reconquistar a proteção e os favores dos deuses.

Várias gerações se passaram após a seca fria e as invasões que se seguiram. Pouquíssimos testemunhos se têm daqueles tempos. Mas as consequências... Sempre estarão presentes em toda a parte. Tão silenciosas e perenes quanto a passagem dos séculos.

As trevas se converteram em um fundo obscuro e pulsante para estórias contadas ao redor da fogueira, em noites frias de inverno. Diferentes versões de narrativas surgiram, apresentando guerreiros destemidos e impérios soberbos sucumbindo à fúria dos deuses. As epopeias tornaram-se constantes lembretes de que a fortuna pode acabar num piscar de olhos... Que o declínio é o preço que se paga pelo apogeu.

Mesmo assim, inevitavelmente, novas dinastias acertaram os passos com aqueles reinos perdidos – desejando igualar-se a eles, em opulência. Talvez não houvesse escolha perante o caminhar da humanidade... Os reis miravam-se nos exemplos dos antigos heróis, liderando seus súditos como chefes guerreiros. A eles caberia a árdua tarefa de apaziguar os deuses e, assim, obter prosperidade para o povo.

À exemplo dos lobos alfas, os reis precisariam demonstrar sua capacidade de defender o território contra os possíveis invasores.

As tradições sobreviventes da era das trevas forjaram um novo tipo de líder que não podia se dar ao luxo de ignorar, muito menos temer as adversidades. Precisava enfrentá-las e vencê-las. Precisava dominar e conquistar. Precisava matar, do contrário, seria morto. Em síntese: precisava ser o mais forte.

Só assim, os deuses o favoreceriam.

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