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3. Hanging in the Balance

Um shoutout para essas pessoinhas que até o momento de eu postar esse capítulo, foram a causa da fic não flopar e ter mais comentários no CAPÍTULO ANTERIOR:

Angel_Fallen15 (⭐️), lgbtopaz (⭐️), ACat1615, ValmirBelissimo, littleRedhead15, Judithfranca, Nath_1D4EVER, OhShitLarry (⭐️), NandaV25, stylesangelx, kinghouis, endxftheday (⭐️), hazzalostgirl (⭐️), MagnuseAlecBane (⭐️), rainbowladie.

⭐️: são as minhas estrelinhas por serem a maioria dos comentários.

Uma dica: eu faço igual YouTuber com meta de like e espero ter pelo menos 100 comentários para postar o próximo capítulo. É o meu combustível e motivação ><

Bem-vindos novos leitores! Espero que todos estejam bem. Amo vocês.

Boa leitura, Pills.

~o~

Harry sai do metrô, alongando as costas doloridas depois de outra noite apertada em seus aposentos. Pelo menos sobreviveu o primeiro dia e agora está preparado para o segundo.

Ele anda ao redor do prédio até a entrada dos funcionários. Do outro lado, um grupo de cirurgiões joga basquete antes do turno de trabalho.

- Passa para mim, eu tô livre! – Zayn berra para o companheiro de time que se diferencia por estarem sem camisa.

O moreno pega a bola e dribla o adversário com confiança, almejando a cesta. Ele gira para longe de um denfensor e pula, enterrando a bola na cesta. Os parceiros de time correm até ele para baterem na mão em comemoração.

A bola rola para fora depois da cesta, parando nos pés de Harry. O rapaz carrega a bola.

- Ora, vamos lá, Styles. – Zayn encoraja ao ver o amigo. – Vai jogar ou mandar ela de volta?

- Styles, de lá do centro da cidade! – Harry se apresenta como se fosse um locutor de jogo, firmando os pés.

Antes que Zayn possa reagir, o cacheado pula e joga a bola por cima da cabeça dele.

- Toma essa!

A bola entra na cesta, da distancia que valeria 3 pontos.

- Quêêê? – Zayn fica boquiaberto, a voz aguda pelo choque. – Como caralhos—

- Você acabou de ser superado! Por um médico residente! – uma cirurgiã residente provocou.

Os outros cirurgiões se debruçam com as risadas. Zayn balança a cabeça, descrente.

- Vai pegar sua bola, Malik. – Harry sorri inocentemente.

- Jogada de sorte, vou estar pronto da próxima. – Zayn sorri de volta, revirando os olhos.

...

Harry está se arrumando com Clare no vestiário. Sarah entra segurando uma caixa embaixo do braço.

- Feliz terça! Eu assei biscoitos.

- Primeiramente, muito barulho para 6 da manhã. – Clare reclama da voz animada da colega de trabalho. – Segundamente, como você achou tempo para fazer esses biscoitos?

- Meu namorado ronca como um cortador de grama, então só fiquei fazendo biscoitos e procurando por apartamentos online. O açúcar ajuda a combater a falta de sono!

- Então sem arrependimentos do dia seguinte depois de todos concordarem bebados de morarem juntos? – Harry esboça um sorriso, suspendendo uma das sobrancelhas.

- Está falando sério? – Clare diz como se nem fosse mais uma possibilidade e sim uma regra. – O clube de salsa embaixo do meu apartamento durou até 4 da manhã. – ela está estressada com o fato.

- Olhem o que eu encontrei! – Sarah mostra no celular. – Cinco quartos, acessível para cadeira de rodas, alguns minutos de metrô do Edenbrook... E está dentro do nosso orçamento! É muito bom para ser verdade!

- Porque provavelmente não é. – Clare fica firme no seu papel de negativa do grupo.

- Nós temos que pegar esse lugar! – Harry se entusiasma. – É perfeito!

- Harry, você não aprendeu nada do armário em que vive?

- Eu achei o armário através de um grupo de rede social. Esse está num site oficial de imobiliária. Além do mais, você não quer uma boa noite de sono?

- Okay, okay – ela se convence. – Mas se tiver qualquer indicio que fica embaixo de um laboratório de metanfetamina, continuaremos procurando outro lugar.

- Fechado! – Sarah dá um pulinho. – Vou mandar uma mensagem para o proprietário agora. Um lugar bom desses vai ser pego rápido! Se ele nos responder, vamos ter que assinar hoje.

- Como? – Harry põe as mãos na cintura, unindo as sobrancelhas. – Todos temos turnos de 14 horas.

- Flerta com nossos residentes veteranos. Isso sempre me dá o que eu quero. – Clare aconselha, um sorrisinho malicioso no rosto.

- Pff. Aham, tá.

Clare segura no braço de Harry e o olha através dos cilios, entreabrindo os lábios.

- Não acredita em mim? – usa uma voz doce e baixa.

Harry olha para ela chocado, a fazendo rir.

- Te peguei. – ela se afasta, saindo do vestiário.

- Não pegou não! Eu nem curto mulheres! – ele vai atrás.

Harry, Sarah e Clare passam pelo saguão principal, onde Ed e Niall os encontram.

- Hora da verdade, vamos conhecer nossos veteranos. – Ed arqueia as sobrancelhas sugestivamente, cruzando os braços em sua cadeira de rodas.

- Eu espero que sejam legais. – Harry se inclina para ele, falando mais baixo a parte seguinte. – Eu escutei umas historias de veteranos que são um pesadelo e tornam o primeiro ano dos estagiários um inferno.

- Por isso que você tem que dar tão bem quanto recebe. – Clare diz.

- Acho que são eles! – Niall fala por cima de todo mundo, alarmado.

Do outro lado do saguão, Harry vê uma dupla de veteranos falando com um grupo de estagiários.

- Ah, oi, estagiários! – Yen os cumprimenta quando chegam mais perto. – Bem aqui, com os outros. – ela indica o espaço.

- Levem o tempo que precisar, temos o dia todo. – o homem da dupla diz sarcasticamente e os 5 amigos se apressam para se juntar aos outros.

- É tão bom ver tantos rostos novos prontos para aventuras incríveis! Eu sou a Dra. Chalotra, mas para vocês, sou apenas a Yen!

- E eu sou o Dr. Steve Aoki. – o homem asiático de cabelo preto liso e longo, que agora está amarrado num coque, se apresenta. – Temos seus casos do dia. Venham e peguem eles. Não me peçam por algo melhor do que pegarem. Eu irei fingir que você não existe.

Os estagiários se adiantam para pegar as designações. Harry vai até a Yen, por já ter falado com ela e conhecido brevemente no dia anterior. Ela parece ser mais aberta e simpática do que o Dr. Aoki.

- Oi, Dr. Styles! – ela dá um sorriso grande e caloroso. – Se lembra de mim?

- Claro! – ele sorri com as covinhas. – Pode me chamar de Harry.

- Eu e Steve seremos seus mentores durante o ano de estágio. Nós iremos designar e monitorar seus casos e ajudar se você encontrar qualquer problema. Nosso proposito é ensinar e guiar. Pense em nós como sua rede de segurança, okay? Não importa o que aconteça, passaremos por isso juntos. – Yen entrega a ficha do paciente dele. – Próximo!

Enquanto Yen entrega casos para os outros, Harry acaba escutando Dr. Aoki depois de entregar o da Clare para ela.

- Eu não sou seu amigo. Não sou sua mãe. Sou seu médico mentor. Entendido?

- Totalmente, doutor.

Aoki se vira para encarar outro estagiário.

- Uou. Ele soou como...

- Um babaca? – Clare completou ao ficar do lado dele. – É, mas estou acostumada. Como é a Yen?

- Reencarnação de arco-íris e flores.

- Eca, vou ficar com o babaca.

- Okay, jovens, vocês tem seus casos. Vão em frente e abram as asas! – Yen os motiva.

- O que estão esperando, um tapete vermelho? Se mexam! – Steve entra em contraste com o tom leve e alegre dela.

Umas horas depois, Harry recebe uma mensagem no pager para se encontrar com Yen e se reúne com o grupo de estagiários por lá.

- Espero que estejam todos animados! Estamos para começar rodízios! Todos iremos andar por aí como grupo liderados por um médico supervisor, e vocês vão apresentar seus pacientes e perguntas de campo. Hoje, temos uma convidado muito especial... Bom dia, Dr. Tomlinson!

- Vamos botar esse show na estrada, sim? – Louis vai direto ao ponto.

- Faremos rodízios com Dr. Tomlinson? Isso é incrivel! – Niall sorri e logo depois faz uma careta. – E também acho que vou vomitar.

- Vamos ver quem os estagiários vão matar hoje. – Louis indica com a cabeça para o seguirem.

Harry balança a dele em negação, sussurrando para Sarah:

- Por que ele tem que agir como um babaca?

- Algo a dizer, Dr. Styles? – Louis nota a pequena interação.

Os outros estagiários sussurram entre si, impressionados que Louis saiba o nome de Harry.

- Não, Dr. Tomlinson. – Harry responde por fim, erguendo a cabeça. – Desculpa.

Ele queria falar em nome dos estagiários, mas preferiu não gastar a energia ou começar o dia da pior maneira possível. E ninguém estava pedindo para ele fazer isso, então é melhor ficar na dele.

- Foi o que pensei. Na verdade, por que não começamos com o seu paciente?

...

Louis e Yennefer lideram os estagiários para um quarto de paciente. O homem na cama se senta.

- Meus olhos estão com problema ou vocês estão se multiplicando?

- Bom dia, sr. Downey. Eles se multiplicam, é horrivel. – Louis entra no humor sarcástico com o paciente.

O filho do Robert brinca com os brinquedos no chão despreocupadamente, ignorando a súbita presença de várias pessoas estranhas.

- Pega essa, Capitão America!

- Desculpa pelo Tom. A escola dele está em recesso. Eu normalmente o trago comigo para trabalhar. – Robert informa.

- Sem problemas, Robert. – Harry fala com seu paciente que conheceu mais cedo. – Pessoal, esse é Robert Downey Jr. 43 anos. Ele é meu paciente com Dr. Horan. – gesticula para Niall se juntar.

Niall dá um passo em frente, ficando tímido com o olhar do Louis.

- Vai em frente. Apresente. – o supervisor incentiva.

- Esse é Robert Downey Jr. 43 anos... Desculpa, Dr. Styles já disse isso. – Niall percebe, não evitando o nervosismo. – Ele, huh... Sofreu...

- Ele vai ter 44 anos quando você terminar. – Louis interrompe.

Niall fica completamente vermelho e se silencia. Harry pega a atenção do amigo, falando mudo "vamos, Niall. Você consegue". Niall pega a ficha de Robert, que treme em suas mãos. Alguns estagiários abafam risos desconfortáveis.

- Como eu estava dizendo, Dr. Tomlinson... Ele esteve num acidente de carro único.

- Eu não me lembro de nada do acidente. – Robert acrescenta antes de Niall continuar.

- Depois de costurar suas lacerações, encontramos sangramento interno via ultra-som.

- Como irão tratar? – Louis indaga.

- Hã... Repouso e controle dos sintomas?

Louis afirma com a cabeça e Harry dá um olhar reconfortante para o irlandês. Niall mexe a boca sem voz para o agradecer.

- Não acham que deveriam estar levando o sangramento interno mais seriamente? – Katie Shaffer os interroga com os braços cruzados atrás do grupo.

Harry enrijece a mandíbula, se perguntando mentalmente se ela está querendo os prejudicar ao fazê-los parecer serem ruins.

- Nós consideramos cirurgia, mas o sangramento não é severo o bastante para o procedimento tão invasivo. Se algo mudar, iremos reavaliar. – Harry responde confidente, inabalado com a tentativa dela de os derrubar.

- Por quanto tempo precisarei ficar nesse lugar? – Robert suspira.

- Uma semana. Talvez mais. – Niall informa.

- Uma semana? – Robert se desagrada. – Vocês acabaram de dizer que não era tão severo. Não posso ficar uma semana sem trabalhar! Tenho uma criança e contas para pagar! Estar aqui já me custa muito.

- Sinto muito, Robert, mas...

- Você não sente nada! Está me mantendo aqui para ganhar dinheiro! Eu já li sobre hospitais assim. – ele fala por cima de Harry.

- É frustrante, eu sei. – Harry resolve simpatizar com o paciente ao invés de ser razoável. – Mas não é em vão. Seu sangramento não requer cirurgia, mas um movimento em falso e as coisas podem se tornar dessa para pior. Temos que recuperar sua saúde, Robert. Tem pessoas contando com você.

Robert olha para Tom, brincando no chão.

- Okay, faça o que tem de fazer. – ele acaba compreendendo.

- Vamos continuar. – Yen os retira do quarto e vai para o próximo caso de outro estagiário.

...

Harry passa as próximas horas circulando de quarto em quarto. Já olharam o paciente da dupla do Ed, da Sarah, da Clare e até da Katie. Até finalmente...

- Parabéns! Vocês sobreviveram seu primeiro rodízio da manhã. Não foi tão mal, foi? – Yen anuncia.

- Por favor, notem que cada paciente de vocês estava vivo da última vez que os vi. Se não estiverem no mesmo estado amanhã, não se deem ao trabalho de mostrarem o rosto por aqui de novo. – Louis põe pressão.

- Ei, Harry? – Niall fala em murmúrio com o amigo. – Obrigado por me incentivar a me recompor e fazer meu trabalho mais cedo. Eu fiquei nervoso, mesmo sabendo o que falar.

- Eu acredito em você. – ele não precisava de justificativa.

O grupo se dispersa e Harry começa a se afastar quando Louis o impede.

- Você não, Novato. Você tem mais um para apresentar.

- Eu tenho? – Harry é pego desprevinido.

Louis o leva para outro quarto. A mulher na cama se senta. O sorriso dela ilumina o lugar, apesar do braço estar em uma tipóia. Tem olhos graúdos azuis, sobrancelhas grossas e cabelo loiro.

- Por favor, me diga que você é meu novo médico.

- Eu espero que sim. – ele não fazia ideia, mas foi simpatico como com todo paciente.

- O médico dela resolveu ir jogar golfe ao invés de fazer o trabalho, então eu o dispensei e ele foi demitido. Ela é sua agora, Dr. Styles. Vai em frente, apresente o caso.

- Aaah sim, fale de mim. – ela brinca.

Harry pega a ficha desconhecida no final da cama hesitantemente e lê.

- Okay, vamos ver... Paciente é Cara Delevingne, 28 anos e ela tem o rádio fraturado precisando ser engessado.

- É isso? – Louis instiga por mais.

-...Sim? Isso parece uma pergunta teste. – Harry fica atento.

- Cara, diga para o Dr. Styles qual seu real problema.

- Temo que seja cancêr, doutor.

- O quê? – Harry arregala os olhos. – Mas sua ficha diz—

- Cheque a contagem de células na última página. Indicação de...?

- Carcinoma neuroendócrino de grandes células!

- No meu pulmão esquerdo, sim. – Cara confirma.

- O real problema nem sempre é óbvio. Se fosse, deixariam qualquer idiota se tornar médico – Louis dá a lição. – Apesar de deixarem, de qualquer forma.

- Eu não entendo. Se você foi admitida pelo câncer, como que quebrou o braço?

- Eu estava vindo para cá para fazer outra tomografia computadorizada, eu ia pegar o metrô, mas eu vi uma bicicleta abandonada na lateral da rua. Eu sempre quis andar de bicicleta, mas nunca tive uma quando criança – ela conta. – Então, quando vi uma só jogada ali, eu achei que era um sinal! Caí na primeira esquina. Quebrei o braço numa lata de lixo, aparentemente sou um lixo em andar de bicicleta. – fez o trocadilho.

- Cara, o que você fez foi perigoso. – Harry a repreende, preocupado do jeito que é, mesmo mal a conhecendo. – Com seu câncer já tão avançado, qualquer coisa pode comprometer sua saúde.

- Com todo o respeito, médico muito atraente, minha saúde já é bem comprometida.

- Dr. Styles, qual é nosso plano de tratamento para Cara?

- Eu ia dizer que precisamos engessar o braço dela, mas agora—

- Ótimo. Faça isso. – Louis concorda.

- Mas e o—

Louis o ignora, saindo do quarto.

- Não se preocupe, doutor. Meu tratamento já foi definido. – Cara o assegura. – Eu vou ter que marcar uma cirurgia depois do meu exame hoje.

- Então, vou engessar seu braço e te encaminhar para esse exame, como isso soa?

- Trágico, para o primeiro encontro.

- Você está tentando flertar comigo? – Harry dá um sorrisinho com a atitude da paciente, franzindo o cenho.

- Tentando? Ei, achei que eu tivesse sendo bem direta. Desculpa, posso parar se quiser.

- Eu acho que você deveria se concentrar em ficar melhor. – ele suspira.

Cara força um sorriso, mas Harry pega a tristeza por trás da ação.

- Vou tentar. Eu percebi que, se vou morrer cedo, tenho que viver o máximo que puder. Enquanto posso.

- Ei. – Harry a repreende outra vez, pela atitude negativa dessa vez. – Você não veio para um dos melhores hospitais do país para morrer. Não na minha supervisão. Agora, me dê seu braço. – o cacheado imobiliza o braço dela com o gesso.

- Obrigada, Dr. Styles.

- Harry. – ele dispensa a formalidade.

- Okay, Harry. Se não se importa, você quer ser o primeiro a assinar meu gesso?

Harry escreve "Melhore logo!" e Cara semicerra os olhos ao tentar decifrar a caligrafia.

- O que está escrito?

- "Melhore logo", você não consegue ler?

- Todos os médicos escrevem como se fosse com os pés. Vocês tem que atingir um certo nivel de ilegibilidade antes de se formar?

- Fica bem, okay? – Harry solta uma respiração acompanhada de um breve riso. – E fique longe de bicicletas!

...

Mais tarde no segundo dia, Harry está checando os pacientes, quando...

- Saia do caminho, Styles!

Harry se encosta na parede do corredor enquanto Dr. Tomlinson e vários outros funcionários passam por ele empurrando um paciente convulsivo numa maca. Em meio ao caos, um médico mais velho e calmo se aproxima para os encontrar.

- O que temos aqui, Louis?

- Esse é o cara que o hospital Kenmore transferiu de helicóptero. Convulsões continuas. Não conseguiram solucionar qual o problema. Os orgãos vitais falharam no caminho... Droga, nenhuma dessas camas está disponivel.

- Esse quarto de Operação está livre – o médico robusto de rosto simpático, cabelo curto e olhos azuis com quem Louis falava, abre a porta ali perto. – Vamos examiná-lo aqui.

Um grupo de estagiários e veteranos se aglomeram ao redor da comoção.

- Dr. Corden, podemos ver seu trabalho? Eu sou qualificada para—

- Para trás! – Louis dispensa a residente. – Isso não é hora para seus malditos currículos.

Eles somem na sala de operação e Zayn aparece do lado de Harry.

- Você sabe quem é esse cara, certo? Esse é o Corden.

- James Corden? – Harry eleva a voz por um segundo e se policia. – O mentor do Dr. Tomlinson? Ele dirige a unidade de diagnósticos mais elitista do país!

- Pressenti que você iria dar ataque de fã quando percebesse.

- Eu amaria vê-los em ação. – Harry diz sonhadoramente.

- Quem disse que você não pode? – o moreno mostra o cartão de acesso de cirurgião. – Posso te levar para a área de observação. Poderíamos ver a coisa toda.

- Está falando sério? – Harry quer confirmar, mas já está criando expectativas.

- Normalmente não, mas agora sim, estou falando sério.

- Vamos nessa!

- Olha só para você, quebrando as regras no segundo dia. – Zayn balança a cabeça em aprovação, como se estivesse influenciando positivamente o garoto e se orgulhasse disso.

- Cala a boca e me leva para lá. – Harry demanda, sorrindo. – Estamos perdendo as coisas boas!

Harry o segue para a entrada, tentando não chamar atenção. Zayn pega o cartão de acesso com a foto de identidade para destrancar a porta.

- Te devo uma, Zayn.

- Ah é? Vou manter isso em mente.

- Já estou me arrependendo...

Zayn e Harry se agacham pela sala escura de observação, se esgueirando para as cadeiras na última fileira. Eles conseguem escutar os médicos abaixo através de uma caixa de som na parede.

- Sexo masculino, metade dos sessenta anos. Admitido no Mass Kenmore com dores de estomago e dificuldade para respirar. Subitamente começou a convulsionar e não parou. Benzodiazepina não fez nada. – Louis faz uma rápida introdução do caso.

- As convulsões. Ele tem um histórico? – Dr. Corden procura por pistas.

- Cadê os fogos de artificio? Vão cortar o paciente ou não? – Zayn murmura.

- Zayn, eles não são cirurgiões, são diagnosticadores! – Harry olha para ele, vendo o sorrisinho do moreno no escuro. – Você está de sacanagem comigo.

- Sempre. Mas sério, eles só estão de pé conversando. Por que você não quis ser um cirurgião?

- Eu quero conhecer meus pacientes. – responde com facilidade. – Não só conversar por alguns minutos antes de serem sedados. É isso que me traz satisfação. Ajudar alguém real para mim, não só outro corpo numa mesa.

- Bom... Eu toco o cerebro deles, então tem isso. – Zayn dá de ombros, mostrando seu exemplo de intimidade com pacientes.

O time de diagnosticadores continua trabalhando o caso, falando rapidamente.

- Espera – Louis lembra de algo. – Quando estava saindo do helicóptero, ele estava falando com a técnica de emergencia médica como se ela fosse sua esposa.

- E? – James procura saber onde ele quer chegar.

- Esse documento diz que a mulher dele está morta faz 7 anos.

- Hm. Alucinações? Epiléptico criptogênico com infecção respiratória por estimulação. Adicione uma pitada de benzodiazepina falha, e...

- Você tem um S. E. R. I. F. – Louis completa.

- Síndrome de epilepsia relacionada à infecção febril! – Harry elabora a sigla, impressionado.

- Uh, você sabe o que faz. – Zayn provoca o conhecimento do amigo.

- Não devo ser subestimado. – Harry cruza os braços, assentindo.

- Provavelmente causado por distúrbio paraneoplásico... – James segura o queixo no dedo indicador e o polegar.

-... Com anticorpos antineuronais. Apenas uma coisa que podemos fazer para ganhar tempo. Precisamos colocar esse homem num coma farmacológico. – Louis determina.

- Uou. – Harry se admira outra vez com o médico que mais o inspira. – Imagina ser bom desse jeito no que você faz.

- Eu não preciso. – Zayn é auto-confiante como sempre.

Harry revira os olhos.

- Mas sei o que você quis dizer. Ser afiado desse jeito, aprimorado... Esse é objetivo, todo dia.

- E quanto a você? – Harry resolve fazer a mesma pergunta que ele. – Por que se tornou um cirurgião?

- Sempre gostei de consertar coisas. Eletrodomésticos, coisas espalhadas pela casa, sabe?

- Você acha que somos como eletrodomésticos? Pessoas são mais que isso, desse jeito parece depressivo.

- Não estou dizendo que todo mundo é um robô, ou algo do tipo. E não acho triste, acho incrível. Que algo como a gente pode se tornar autoconsciente. Pode criar arte, pode voar para a lua. Pode procurar seu lugar no universo.

- É, acho que isso é bem incrivel... – Harry tem de concordar.

Eles assistem os diagnosticadores lá embaixo colocando o paciente convulsivo em coma.

- Vamos usar midazolam – Dr. Corden instrui. – Ação rápida e taxa mais baixa de acumulação.

Um dos outros médicos injeta o paciente. Lentamente, as convulsões começam a se acalmar. Ele fica inconsciente.

- Ele está estabilizado. – Dr. Corden sorri. – Vamos colocá-lo num quarto próprio e investigar nossa proxima ação.

- Eu li um estudo de caso recente sobre antagonistas dos receptores da Interleucina-1 recombinantes nestas circunstâncias... – Louis diz.

- Finalmente botaram ele para dormir? – Zayn se empolga. – Legal. Agora vem o corte, não é?

- Você não tem jeito!

Harry bate no braço de Zayn de brincadeira e os dois gargalham. Louis olha para a janela da sala de observação. Harry se abaixa, puxando Zayn com ele, mas acaba tropeçando e caindo em cima do moreno.

- Desculpa!

- Sem problemas, acho que você não conhece a propria força.

Harry se levanta de cima do amigo.

- Vamos sair daqui antes que—

- Se alguém estiver aí em cima, eu acabarei com sua carreira. – Louis ameaça lá de baixo e se vira para outro médico. – Você, vai checar.

- Antes disso? – Zayn completou pelo cacheado.

- Yup!

Eles correm de volta para o corredor.

- De nada.

- Valeeeu, Zayn. Eu realmente te devo uma.

- Como se eu fosse esquecer.

...

Mais tarde, Harry e Niall vão checar Robert e encontram brinquedos espalhados por todo o lugar. O filho de menos de dez anos do Robert, bate dois bonecos um no outro entusiasmadamente.

- Como está se sentindo, Robert? – Niall indaga.

- Como um animal num zoológico. Seus enfermeiros ficam me alfinetando e furando o tempo inteiro.

- Você nunca ganhará, Homem de ferro! Eu irei acabar com o mundo num estalar de dedos.

- Tom, não faça barulho quando os doutores estão aqui, por favor.

- Está tudo bem, senhor. – Harry o assegura. – Gostamos de super-heróis.

Robert abaixa a voz para quase um sussurro, fazendo o filho não escutar:

- Sinto muito, ele tem transtorno de deficit de atenção e hiperatividade. Acho que estar num hospital o deixa um pouco animado demais.

- Não tem problema – Niall reforça o que Harry disse. – Você experienciou algum aumento na dor, sr. Downey?

- Não... Sem dor. Posso voltar ao trabalho agora?

- Se continuar assim, talvez daqui uns dias – Harry dá um sorriso, sendo positivo. – Tudo parece bem, talvez você saia mais cedo também—

Robert estremece de dor quando o filho faz um barulho alto de explosão.

- Robert? Fale conosco. Onde que dói? – Harry fica atento.

- Minha... Minha cabeça. As enxaquecas estão me matando.

- Será relacionado com o acidente de carro? – Niall pondera.

- Pode ser. Desculpa, Robert, mas precisaremos fazer mais exames.

...

Um tempo depois, Niall e Harry estão olhando os resultados dos exames de Robert.

- Não vejo nenhum dano fisico do acidente que possa ter causado isso. – Niall suspira. – E sua tela de toxicologia parece boa. Esse é um dos casos dificeis.

Harry recebe um insight com isso.

- Niall... E se as enxaquecas causaram o acidente?

- É uma ideia interessante!

- Uma enxaqueca forte enquanto dirigia, pode ter feito ele bater. Afinal, ele não lembra como aconteceu.

- Cara, eu amo um bom quebra-cabeça. – Niall esfrega as mãos, alegre.

Harry suspende as sobrancelhas para a animação do irlandês.

- Acho que precisamos fazer mais perguntas para o Robert.

...

- Robert, essas enxaquecas são recentes ou você já as teve antes?

- Eu as tenho já faz uns dias. Não eram tão ruins no começo, mas foram ficando piores.

- E você não tem outro historico de enxaquecas antes desses dias? – Niall que pergunta dessa vez.

- Não.

Harry e Niall se afastam para conferir, a voz baixa.

- Algo deve ter alavancado essas enxaquecas, mas o quê?

- O que o Dr. Tomlinson disse essa manhã...? – Harry sentia que era algo importante que precisava lembrar.

Ah sim. O problema nem sempre é óbvio. A cabeça de Harry se ilumina com isso.

- Niall, não conseguimos ver o que está causando as enxaquecas porque não há nada aí!

- Nada aí, tipo...

- Não conseguimos achar o que está causando isso... Porque é a falta de alguma coisa.

- Você está falando sobre largar algo? O quê...?

Os olhos verdes indicam o jovem Tom.

- Metilfenidato.

- A retirada de metilfenidato iria desequilibrar severamente seu nivel de dopamina! – Niall chega na mesma conclusão que o outro.

- Por isso as enxaquecas!

- Algum de vocês poderia me falar do que diabos estão tagarelando? – Robert fica curioso com a interação dos médicos.

- Robert, não estamos aqui para julgar... – Harry quem fala. – Mas você tem tomado o medicamento do Tom, não é?

- Eu... Eu... – ele fica surpreso e dividido entre admitir, escolhendo fazer o correto. – Só por um tempinho, para me ajudar a focar. Eu estava trabalhando o tempo todo, sem comer, sem dormir. Estavam demitindo uns funcionários e eu tomava mais e mais pra continuar com o bom trabalho.

- Mas aí você parou.

- Sim... Uns dias atrás.

- E isso foi o que causou as enxaquecas de abstinência, que causaram seu acidente de carro. – Niall elabora.

- Seu cerebro está desequilibrado, Robert. Mas podemos restaurar isso. E você voltará a trabalhar rapidinho. Só tente não se cobrar muito.

- Isso é mais dificil do que parece. – ele murmura.

- Sim, com certeza. – Harry dá um sorriso fraco e acolhedor.

...

Harry mostra o punho para Niall em comemoração no corredor quando saem do quarto de Robert.

- Mais um para a lista da dupla de médicos do time dos sonhos!

Niall bate a mão aberta no punho dele, desajeitado.

- Vamos trabalhar nesse toque secreto. – Harry promete, rindo.

O celular dele vibra na mesma hora que o do Niall. É a Sarah que fez um grupo e colocou o contato dos 5.

Sarah: galera! O proprietario respondeu!

Sarah: ele estava prestes a fechar o negocio com outra pessoa, mas disse que se chegarmos lá a tempo e fizermos uma oferta melhor, o lugar é nosso!

Sarah: estou indo agora, alguém pode vir comigo?

Ed: Eu posso!

Clare: foi mal, tô com um paciente. Descasem em paz, galera

- Você vai com Ed e Sarah. Eu vou ficar para trás e trabalhar com o novo tratamento do Robert. – Niall se voluntaria no lugar do amigo.

- Certeza?

- Sim. Por favor, vá e me arranja um lugar quieto para dormir.

...

Os três correram para o metrô e depois para a rua do local.

- É aqui! – Sarah aponta.

Harry não consegue juntar a mandibula do chão enquanto Nick Grimshaw, o proprietário, faz um tour do apartamento para eles enchendo a boca com o resto dos biscoitos caseiros da Sarah.

- Então, é. Essa é a sala, recentemente remodelada e tanto faz.

- É ainda maior do que nas fotos! Imagina como vai ficar quando nos mudarmos. – Sarah se empolga.

Harry fecha os olhos e imagina como seria chamar esse lugar de casa. Ele consegue ver perfeitamente.

- Nós vamos querer! – Ed fala em voz alta o que os três pensaram.

- Legal, legal. Aluguel é 10.000.

- O quê? Isso é o dobro do preço informado! – Harry fica abismado.

- Minha outra oferta é bem acima do pedido. Uns caras de tecnologia querem montar um negocio aqui.

- Não tem como a gente bancar isso, mesmo com nós cinco. – Harry fica angustiado.

- Talvez podemos oferecer outra coisa. Somos médicos. O que acharia de cuidados médicos de graça? – Ed usa uma vantagem a favor deles.

- Pareço um comunista para você? – Nick não se impressiona.

- Ei, Nick... – Harry usa o charme e melhor voz convicente. – Você não me parece alguém que apoia a cultura tecnológica.

- Eu apoio o mercado livre. Eles tem a grana para pagar, então estou feliz em receber.

- Eles tem grana para pagar agora, mas negocios podem falir o tempo todo.

Sarah está entendendo a linha de raciocínio de Harry em colocar o proprietario contra os caras da tecnologia e resolve ajudar.

- Eles te mostraram o plano de negócios? Eles tem bons investidores?

- Bem, uh...

- Talvez eles tenham dinheiro para durar um mês ou por aí. – Harry pontua.

- E quando pensa sobre isso, capital de risco não é apenas pessoas gastando o dinheiro do trabalho duro de outras? Para mim isso soa como... – Ed entra na tática.

- Comunismo! – Nick percebe, em choque.

- Mas aqui, você tem cinco bons e trabalhadores médicos, que sempre irão pagar o aluguel no prazo e precisar de um lugar para morar pelos proximos 3 anos.

- No minimo! – Sarah acrescenta na fala de Harry.

Nick coça o queixo, pensando nisso.

- Okay, vocês ficam com o apartamento pelo preço informado no site.

- Obrigada, Nick! – Sarah faz seu melhor para maneirar no sentimento de vitoria. – Ou devo dizer, sr. Nick?

- Ambos.

...

Harry balança a mão de Nick ao fechar o acordo e pegar as chaves.

- Bem-vindos a sua nova casa.

Sarah finalmente explode de felicidade, dando pulos e abraçando Harry e Ed.

- Conseguimos! Temos o apartamento perfeito!

- Vamos falar para Niall e Clare das boas noticias. – Harry morde o lábio para conter o sorriso e ansiedade.

...

Uns dias depois, os cinco praticamente já se mudaram. Os amigos de Harry estão tirando as coisa das caixas para arrumar nos quartos individuais.

- Essa cama é tão macia! – Sarah se joga na cama dela em deleite.

- Eu poderia colocar uma T.V de tela plana enorme aqui! – Ed fala de dentro do dele.

- Eu retiro tudo que disse sobre esse lugar ser suspeito. Me acordem em 12 horas! – Clare grita do dela.

- Nunca mais precisarei escutar alguém fazendo sexo de novo! – Niall berra no dele.

- Mais alguém levou isso como um desafio? – Clare questiona no meio das risadas ecoando pelo corredor dos quartos de portas abertas.

- Pelo menos estarão num quarto diferente! – Niall bufa.

No quarto dele, Harry revira a mala, franzindo o cenho.

- Harry? Qual o problema? – Sarah para na entrada da porta.

- Eu acho que deixei meu crachá no hospital. – ele respira fundo.

- Tudo bem, pega amanhã.

- Se eu não achar antes de ver Dr. Tomlinson pela manhã, ele provavelmente vai me comer vivo de novo. – o cacheado não quer dar a chance disso acontecer. – Nem dá 10 minutos daqui para o hospital, o metrô fica pertinho. Vou voltar antes que você note!

...

Harry está de volta no hospital, por trás da bancada da recepção. A enfermeira tinha dito que a caixa de achados e perdidos ficava ali. Ele procura num mar de crachás e canetas esferograficas até encontrar o próprio rosto. Pelo menos evitou mais uma humilhação. O rapaz põe o crachá no bolso quando escuta gritaria vindo do corredor para a sala de espera.

No instinto, Harry se agacha por trás do balcão, bem na hora que Dr. Tomlinson aparece com tudo, seguido do Dr. Corden.

- Você não pode fazer isso, James! Eu não vou deixar!

Harry os espiona do lugar que se esconde. Louis está andando de um lado para o outro zangado enquanto James o observa parado e calmo.

- Tem de ser feito, Louis. Nem tudo está no seu controle. Está na hora de você aprender isso.

- Você não é mais o meu professor!

- Eu sempre serei seu professor.

Harry se encolhe quando Louis soca a parede.

- Merda, James!

Sem mais uma palavra, Louis desaparece novamente pelo corredor.

Dr. Corden suspira antes de ir para o lado oposto. Harry se pergunta o que diabos foi tudo isso que acabou de presenciar sem o conhecimento dos envolvidos.

~o~

No próximo episódio: Quando a mais nova paciente acaba por ser uma velha amiga do Dr. Tomlinson, ele decide trabalhar o caso com Harry. Ele está pronto para o desafio?

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