Jihyo | pov

Seja consciente, seja racional.

Martelei essa afirmação na minha cabeça a semana toda, mas era difícil quando eu tinha uma garota que eu sequer sabia quem era me mandando cantadas e fotos picantes.

Anteontem, recebi uma foto dela usando lingerie, e me perguntei como seria capaz alguém tão jovem ter um corpo lindo daqueles.

O fim do ano letivo deixava qualquer professor louco da cabeça. A única solução para esse tipo de problema, era um pouquinho de diversão nos fins de semana.

Por esse motivo, resolvi ir em uma festa, para me distrair. Me sento em um tamborete no bar e peço um drink sem álcool, observando o movimento.

Às vezes eu me sentia meio velha para essas coisas. A maioria das pessoas que estavam lá eram adolescentes ou estudantes da faculdade, e os mais velhos que tinham, eram só os empresários e homens que vinham para cá trair suas mulheres.

Depois do drink, o barista insistiu tanto para eu beber mais, que acabei pedindo umas doses de todo o tipo de bebida que tinha alí, já sentindo meu corpo ficar meio grogue por causa do efeito do álcool. Minha cabeça latejava e a música alta em meus ouvidos me faziam querer vomitar, além de que os rostos que eu via pareciam mais como borrões.

— olha só quem eu encontrei — uma voz familiar, porém desconhecida fala em meu ouvido — Está bebendo, Park Jihyo?

Levanto a cabeça meio zonza e tento olhar para a dona da voz, mas não enxergava nada, apenas borrões.

— Não muito — digo virando uma dose de champanhe.

— É, eu não bebi nada.

— por quê? Não gosta?

— estou livre de álcool hoje, mas você me deixa embriagada — ela diz e dou uma gargalhada.

Finalmente consigo ver seu rosto, mas não reconhecia, por estar muito bêbada. Ela sorri e sinto vontade de derreter com aquele sorriso de orelha a orelha e a pele brilhando, refletindo as luzes do bar.

— caralho…

— O que foi? Ficou impressionada? — ela pergunta tirando a jaqueta, me fazendo suspirar ao olhar para o decote da blusa — Eu disse que você não poderia dizer não quando me visse, professora.

Ela era tão linda, eu poderia beijar ali mesmo.

Não, Jihyo. Você está bêbada, não pode fazer isso.

— Se você me beijar, não deixarei ninguém descobrir — ela diz e se aproxima do meu ouvido, mordendo levemente o lóbulo da minha orelha — No entanto, todos saberão que não poderão chegar perto de você a partir de agora.

A mistura das bebidas, o sono e a náusea não me deixavam pensar direito. Beijei seus lábios sem hesitar, sentindo sua boca doce em direto contato com a minha. Ela sorriu quando eu agi e colocou as mãos em minha cintura, se sentando em meu colo na cadeira do bar. Suas mãos deslizaram para minha nuca, acariciando a região suavemente enquanto nossas línguas lutavam por dominância. O gosto da mistura de sabores de bebida em nossas bocas, deixava o beijo ainda mais gostoso e emocionante.

É como se aquele sabor de seus lábios, eu só pudesse provar quando a beijasse.

Quando nos separamos do beijo, sinto a euforia percorrer em minhas veias, mas ela logo acaba quando percebo o que eu havia acabado de fazer.

Eu estava ferrada.

Me levanto imediatamente e a coloco no chão.

— isso não deveria ter acontecido — digo assustada — E-eu preciso ir!

E simplesmente saí correndo do bar, sentindo os meus pés doerem por causa daqueles malditos escarpins. Chamo um táxi e meu celular logo faz um som, e é então que na barra de notificações, vejo uma mensagem daquele número que me mandava mensagens com frequência.

"Você ainda será minha, professora"

NOTES

Tava aqui fazendo minhas contas, e nos meus cálculos matemáticos, essa fanfic provavelmente vai ter uns 20 capítulos. Estou pensando em fazer outras versões dela (outros shipps) quando ela terminar, então quero que dêem ideias.