Chapter 03
O início das aulas foi exatamente do jeito que eu esperava. Jennie me ignorando sempre que estávamos na mesma classe ou no refeitório.
As meninas se reuniam em torno dela onde quer que fosse, e ela instantaneamente se tornou popular quando mal teve que dizer uma palavra. Provavelmente o acontecimento menos surpreendente foi a reação cobiçosa de Rosé para ela.
- O que você acha, quanta chance eu tenho?
- De quê?
- De pegar Jennie.
- Não me envolva nesse empreendimento, por favor.
- Por que não? Eu sei que você não se dá bem com ela, mas você é minha única ajuda.
- Ela me odeia. Como é que eu vou ser capaz de ajudá-la com isso?
- Você poderia me convidar para sua casa, fazer com que todos estejamos na mesma sala e, em seguida, nos deixe sozinhas.
- Eu não sei. Você não entende como ela é.
- Quero dizer, eu sei que você não se dá bem com ela, mas realmente te incomoda se eu tentar fazer um movimento? Isso pode realmente ajudar o seu relacionamento com ela, se nós acabarmos saindo.
- Eu não acho que Jennie é o tipo que namora.
- Não... Ela é a porra do tipo fodida e isso é bom para mim, também. Eu fico com isso.
Meu coração estava batendo mais rápido, e eu me odiava por isso. Toda vez que Rosé trazia isso, me fazia ficar com um ciúme doentio. Era como uma luta secreta. Eu estava constantemente lutando. Eu nunca poderia admitir isso para ninguém. A parte que me incomodava mais não estava clara.
Era o pensamento da minha amiga transando com Jennie, chegando a tocá-la e viver a minha escura fantasia? Isso me incomodava, com certeza, mas eu acho que o que me chateou mais foi o pensamento de Jennie conectada em um nível mais profundo com outra pessoa enquanto ela continuava aparentemente me desprezando.
Eu odiava me importar.
Levantei minha mochila do meu armário.
- Você está louca. Será que podemos mudar de assunto?
- Ok. Ouvi que Bohyun quer te convidar para sair?
Eu bati o armário fortemente por causa dessa notícia.
- De quem?
- Ele falou com meu irmão sobre isso. Ele
quer te chamar para ir ao cinema.
Bohyun era um dos caras populares. Eu não conseguia entender por que ele estaria interessado em mim, já que ele geralmente saía com garotas que eram do seu próprio grupo de fãs. Eu realmente não pertenço a nenhum grupo.
Havia as pessoas como Bohyun, da parte mais rica da cidade, que viviam em panelinha. Depois, havia os artistas e teatrais. Então, você tinha os intercambistas internacionais. Depois, havia aqueles que eram apenas populares intrigantes ou interpretavam um papel. Jennie.
Rosé e eu estávamos no nosso próprio tipo de classificação. Nós nos dávamos bem com todo mundo, tirávamos boas notas e ficávamos fora de problemas. Ao contrário da minha melhor amiga, porém, eu era virgem. Eu só tive um namorado, Jin, que acabou terminando comigo porque eu não deixava que ele tocasse meus seios.
A notícia que se espalhou é que eu era virgem e algumas pessoas fizeram piada sobre isso nas minhas costas. Quando eu ainda via Jin nos corredores de vez em quando, eu tentava evitá-lo.
Rosé estalou seu chiclete.
- Então, de qualquer maneira, se ele te convidar para sair, devemos convidar Jennie. Ela poderia ir comigo, e você poderia ir com Bohyun. Nós poderíamos ir ver esse novo filme de terror.
- Não, obrigada. Viver com Jennie é tudo o que eu preciso de assustador.
[...]
Minhas palavras voltariam para me assombrar na manhã seguinte. Eu estava me vestindo para a escola, e quando eu abri minha gaveta de calcinhas, ela estava vazia.
Eu coloquei uma calça de yoga e marchei até o quarto de Jennie, que estava colocando uma camisa.
- O que diabos você fez com a minha roupa de baixo?
- Não parece bom quando alguém toma as suas merdas, não é?
- Eu tomei uma caixa de cigarros por menos de cinco minutos e te devolvi. Você levou cada calcinha que eu tenho! Há um pouco de diferença aí.
Eu não podia acreditar que eu pensei que ela não ia se vingar de mim por isso. Ultimamente, ela estava me ignorando mais do que o normal, e eu achei que tudo tinha sido esquecido.
Comecei a mexer em suas gavetas. Puxei rapidamente a minha mão quando toquei numa caixa de preservativos.
- Você pode olhar aqui o dia todo até que o sol se ponha. Elas não estão aqui. Não desperdice o seu tempo.
- É melhor você não ter jogado fora!
- Elas eram algumas peças quentes. Eu não poderia fazer isso.
- Isso é porque elas custam uma fortuna.
Boas calcinhas eram provavelmente as únicas coisas que eu gastava. Cada uma delas veio de uma loja de lingerie cara.
Quando eu me ajoelhei para olhar debaixo da cama, ela riu.
- Você está mostrando o rego, por sinal.
Eu pulei para cima e apertei os dentes.
- Isso é o que acontece quando você não tem nenhuma porra de calcinha!
Eu queria tanto bater nela, mas só faria isso piorar. Levantei-me para encará-la.
Jennie me deu uma rápida olhada de cima a baixo.
- Você vai tê-las de volta quando eu estiver pronta para dá-las a você. Agora, se você me der licença... - Ela passou por mim e desceu as escadas.
Eu nem sequer me incomodei em detê-la, porque ela não ia ceder.
[...]
Parei numa loja a caminho para a escola e comprei calcinhas mais baratas até que eu pudesse descobrir como pegar as minhas de volta.
Eu voltei da escola naquele dia realmente ansiosa. Entre a minha falta de calcinha e ser convidada para sair por Bohyun, eu estava com uma séria necessidade de sorvete, não qualquer sorvete, mas o tipo caseiro que eu fazia, ocasionalmente, na máquina que eu ganhei no Natal do ano passado.
Joguei todos os pedaços de sobras de doces de Halloween nela e acabou sendo uma mistura deliciosa de Snickers, Almond Joy e uma base de baunilha.
Uma vez que ele estava pronto, sentei-me no balcão com a minha tigela gigantesca e fechei os olhos, saboreando cada mordida.
A porta da frente bateu e, pouco depois, Jennie entrou na cozinha. O cheiro de cigarros de cravo e colônia flutuava no ar.
Eu odiava seu cheiro.
Porra, eu adorava o seu cheiro, queria me afogar nele.
Como de costume, ela me ignorou, indo
para a geladeira, pegou o leite e bebeu direto da caixa. Ela olhou para o meu sorvete e se aproximou de mim, pegando a colher da minha mão. Ela colocou-o na boca, devorando uma enorme quantidade.
O metal da sua argola labial bateu contra a colher que ela lambeu até que estivesse limpa.
Minhas entranhas tremiam apenas assistindo.
Em seguida, ela entregou a colher de volta para mim. Sua língua levemente roçou os dentes como uma cobra. Até seus dentes malditos eram sexy.
Ela abriu a gaveta e pegou outra colher para si. Nós duas começamos a comer da minha tigela, em silêncio. Uma coisa tão simples, mas meu coração estava batendo a mil por hora. Esta foi a maior quantidade de tempo que ela já tinha, de bom grado, me dado da sua presença.
Finalmente, no meio de uma mordida, ela olhou para mim.
- O que aconteceu com o seu pai?
Eu engoli o meu sorvete e tentei lutar contra as emoções subindo. Sua pergunta me pegou totalmente desprevenida. Eu descansei minha colher na tigela.
- Ele morreu de câncer de pulmão aos 35 anos, ele fumava desde que tinha 12.
Ela fechou os olhos brevemente e assentiu para si mesma em entendimento. Ela, obviamente, agora entendia porque eu odiava tanto o tabagismo.
Após alguns segundos de silêncio, em que ficou olhando para a tigela, ela disse:
- Eu sinto muito.
- Obrigada.
Continuamos compartilhando o sorvete até não sobrar nada. Jennie pegou a tigela de mim, lavou-a na pia, a secou e guardou. Ela então foi lá para cima, sem dizer mais nada. Eu fiquei lá embaixo na cozinha sozinha por um tempo repetindo esse estranho encontro. Seu interesse por meu pai realmente me surpreendeu. Eu também pensei novamente sobre quando ela lambeu minha colher e como eu me senti quando eu a lambi depois.
Meu telefone tocou.
Era uma mensagem de Jennie.
[Jennie] Obrigada pelo sorvete. Estava muito bom.
Quando voltei para o meu quarto naquela tarde, uma única calcinha estava cuidadosamente dobrada no meu armário. Se esta fosse a sua versão de estender uma bandeira branca, eu ia aceitá-la.
[...]
A "doce" Jennie durou pouco.
Poucos dias depois do nosso social do sorvete, ela apareceu no café onde eu trabalhava bem no meio do horário mais corrido após a escola.
O Kilt Café era na rua do nosso colégio e servia sanduíches, saladas e café. Se Jennie aparecendo não fosse o suficiente, ela também trouxe com ela, provavelmente, a garota mais bonita de toda a escola. Lisa era morena e alta, com seios chamativos.
Ela era o oposto de mim. Eu tinha um corpo mais de dançarina ou ginasta. Meu cabelo preto era reto e simples, ao contrário de seu grande e saltitante cheio de ondas.
Você poderia achar que ela seria uma puta por causa de sua aparência, mas ela era realmente muito legal.
Lisa acenou.
- Ei, Jisoo.
- Ei. - Eu disse enquanto eu colocava os menus na sua mesa.
Jennie me deu um olhar fugaz, mas estava tentando não me reconhecer. Eu não acho que ela sabia que eu trabalhava lá, porque eu nunca disse a ela.
Uma pontada de ciúme me bateu quando notei Jennie travando as pernas de Lisa com as suas de baixo da mesa.
Eu não tinha certeza se Lisa sabia que ela era minha meia-irmã. Eu nunca falei sobre ela para as pessoas na escola e percebi que ela nunca falou de mim, também.
- Eu vou dar as duas alguns minutos. - Disse antes de caminhar de volta para a cozinha.
Eu vi quando Lisa a alcançou através da mesa e deu um beijo em seus lábios. Senti-me mal. Ela puxou o seu anel labial com os dentes. Parecia que ela poderia ter ronronado.
Ugh.
Eu nunca quis tanto desaparecer no ar. Eu relutantemente caminhei de volta para elas.
- Já decidiram o que vocês querem?
Jennie olhou para o menu que listava os pratos especiais do dia e sorriu.
- Qual é a sua sopa do dia?
Aquela desgraçada.
- Galinha.
- Isso não está correto. Você está deturpando isso.
- É a mesma coisa.
Ela repetiu: - Qual é... A sopa... Do dia?
Olhei para ela por um longo tempo e
duramente, então apertei o meu queixo.
- Sopa Cock a Leekie. - O proprietário era da Escócia, e, aparentemente, essa era uma especialidade lá. Cock É uma sopa de alho-porro e galinha típica da Escócia. Jennie fez questão que eu dissesse porque cock, além de galinha, também significa pênis.
Ela abriu um sorriso travesso.
- Obrigada. Eu vou querer a sopa Cock. Lisa?
- Eu vou ficar com a salada. - Disse ela, olhando entre mim e Jennie, totalmente confusa.
Eu tomei meu tempo antes de trazer-lhes a comida. Não importava para mim se a sopa estava fria. Depois de alguns minutos, Jennie ergueu o dedo indicador para eu ir até a mesa.
- Sim? - Eu bufei.
- Está sopa está ruim. Também está fria e sem graça. Você pode, por favor, substituí-la e pedir ao cozinheiro para realmente colocar algum sabor nela?
Parecia que ela estava sufocando uma risada. Lisa estava sem palavras.
Levei a sopa de volta para a cozinha e joguei-a violentamente na pia junto com o copo de cerâmica. Em vez de falar com o chef, eu tive uma ideia e decidi levar isso em minhas próprias mãos. Peguei a panela e coloquei mais sopa em um novo prato. Abri uma garrafa de molho picante e derramei generosamente na sopa.
Estava bem quente em mais de um sentido agora.
Voltei para fora e coloquei cuidadosamente em frente a Jennie.
- Algo mais?
- Não.
Voltei para a cozinha e esperei no canto para vê-la. A antecipação estava me matando. Sua língua iria praticamente cair quando ela tivesse um gostinho da minha especialidade.
Jennie tomou a primeira colherada. Ela não teve nenhuma reação.
Como pode ser isso?
Ela pegou outra colherada e então seus olhos me procuraram. Sua boca se curvou em um sorriso malicioso antes que ela tomasse outra colherada e começasse a tomar a sopa como uma bebida. Ela limpou a boca com as costas da mão, sussurrou algo para Lisa e se levantou.
Lisa estava de costas para mim quando Jennie se aproximou e me arrastou pelo braço para o corredor escuro que levava aos banheiros.
Ela me jogou de costas contra a parede.
- Você acha que você é tão esperta? - Meu coração estava batendo forte no meu peito. Sem palavras, eu balancei a cabeça enquanto ela disse: - Bem, a piada é sobre Você agora.
Antes que eu pudesse responder, Jennie agarrou meu rosto com as duas mãos e esmagou seus lábios nos meus. O metal de seu anel labial raspou minha boca, enquanto ela abriu com a língua faminta e começou a me beijar profundamente. Eu gemia em sua boca, ao mesmo tempo chocada e animada com a emboscada de sua língua quente me agredindo. Meu corpo tremia. Ela cheirava incrivelmente bem. Eu senti como se fosse entrar em colapso a partir da sobrecarga sensorial.
Em poucos segundos, o calor do molho picante em sua língua começou a penetrar na minha, que agora estava em chamas. Mesmo que parecesse que minha língua estava prestes a cair, eu não queria me afastar.
Eu nunca tinha sido beijada assim.
Então, sem mais nem menos, ela arrancou sua boca da minha.
- Não aprendeu até agora a não se meter comigo?
Ela foi embora, e eu fiquei ofegante no corredor com minha mão sobre o peito.
Puta merda.
Minha boca estava pegando fogo, juntamente com todos os outros orifícios. Eu estava latejando entre minhas pernas. Quando eu finalmente ganhei compostura o suficiente para andar de volta para fora, percebi que precisava voltar em sua mesa em algum momento. Decidi acabar com isso logo e levei a conta na pasta de couro para a sua mesa, colocando-a na frente de Jennie sem fazer contato visual. Ouvi-a dizer a Lisa para esperá-la lá na frente e que ela cuidaria de tudo.
Ela enfiou a mão no bolso e colocou algo na pasta e, logo depois, saiu. Ela provavelmente nem sequer me deixou uma gorjeta. Abri e engasguei quando, juntamente com uma nota de vinte dólares, estava a minha calcinha preta de renda favorita e escrito a caneta na conta:
Fique com o troco, ou melhor, troque para estas. Eu estou supondo que as suas atuais estão um pouco molhadas.
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