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Capítulo 17

Sérgio estava no salão da academia do prédio onde moravam, suando no supino reto. Decidira voltar aos treinos há alguns dias, e mal podia acreditar como havia conseguido ficar tanto tempo sem treinar. Seus músculos agradeciam.

Já passavam das sete da noite e ele decidiu parar, pois estava treinando desde as cinco e meia, logo que saíra do trabalho.

Pretendia sair para algum lugar, distrair a cabeça e relaxar um pouco.

Assim que entrou no apartamento, encontrou um Jader sério e bravo.

Deu alguns goles na água que estava na garrafa que havia levado consigo para a academia e acenou com a cabeça para o primo:

-Quê que tá pegando?

Jader demorou a falar.

-Você tá fazendo de novo, não é?

-Fazendo o quê?

-Aliás, não acho que você esteja fazendo de novo. Você provavelmente nunca parou de fazer isso.

Sérgio estava com preguiça de fazer o desentendido, por isso disse:

-É, nunca parei.

-Eu sei. Você também não faz questão de esconder. Abri seu computador e vi as mensagens. Você continua dando uma de mula para os traficantes do Rio de Janeiro.

-Mula eu não sou não, nunca fui. Eu apenas faço as negociações, e divulgo as paradas para os caras.

-A troco de quê, Sérgio?

-A troco de dinheiro, Jader. Dinheiro, já ouviu falar? Cash, money, grana. É isso que eu ganho e é por isso que eu faço o que faço. Ou você acha que eu me contento com aquele salariozinho de merda de publicitário que ganho na JM??

-Não sei do que você está reclamando. O salário não é ruim.

-Não é ruim. Mas eu quero muito mais do que isso. Eu quero muito mais!- Sérgio deu mais um gole na água.- Se você viu as mensagens, também deve ter visto as fotos dos comprovantes de depósito, viu que eles pagam bem. Muito bem, inclusive.

-Eu vi. Mas é um dinheiro desonesto, não vale a pena.

-Não vale a pena pra você, que não está ganhando. Pra mim, vale sim.

-Sérgio...

-E aquele papo de me dedurar para o João Marcos, pode esquecer, eu não estou mais envolvendo o nome da empresa, ok? Portanto, ninguém tem que se meter.

Jader o fitou.

-Você é um criminoso.

Sérgio riu.

-Eu prefiro o título "homem de negócios".

-Sabe muito bem onde vai parar se continuar com isso...

-Tá, tá, Jader! Quer saber? Fica aí dando as suas lições de moral para as paredes. Eu vou tomar um banho. Hoje é sexta feira, eu quero sair. Vou beber, vou me distrair, vou relaxar... é disso que eu preciso. Se eu fosse você, faria o mesmo!- Sérgio piscou para o primo.

-Eu, não. Vou buscar Ana Lúcia e vamos pra casa dos meus pais. Ela e Doralice querem maratonar Grey's Anatomy a noite toda.

Sérgio revirou os olhos e saiu da sala, rumo ao banheiro.



🍷

Anabella esperava por Martín dentro do seu Maserati cinza às oito em ponto, como combinado.

Ela finalmente havia cedido e concordado em sair com ele, por isso estava ali.

Ele saiu depois de ter ouvido a buzina rápida, fechando a porta de casa e gritando para dentro:

-A pizza chega em quarenta minutos, pai!

Anabella destravou a porta do carro para Martín, que entrou, sorridente.

-Pizza? Pensei que seu pai gostasse de cozinhar.- Ela observou.

-Cozinhar é a paixão dele. Mas às sextas feiras é de lei: ele adora pizza às sextas!- Respondeu, fechando a porta.

Anabella fechou os vidros do carro e ligou o ar condicionado.

-Você é bem pontual, hein?- Martín disse.

Anabella deu de ombros.
Martín olhou ao redor, ainda com um sorriso contente no rosto.

-Isso está mesmo acontecendo? Estou mesmo dentro do seu carro e vamos sair para jantar, juntos?- Ele disse, sorrindo cada vez mais, incontrolavelmente.

-Não se anime tanto.- Ela disse, começando a dirigir, calmamente.

-Argh! Por que passou tanto perfume, Martín? Está atacando a minha alergia!- Anabella coçou o nariz, nervosamente.

-Ops, desculpa. Só quis ficar cheiroso pra você.

Anabella revirou os olhos.

Martín a observou, enquanto ela dirigia.
Usava um vestido preto de alças, pouco decotado, rente  aos joelhos. Provavelmente usava saltos nos pés e seu cabelo castanho estava solto.

-Você está linda. O preto lhe cai bem.- Martín disse.

-Obrigada.- Anabella respondeu, apenas, sem se voltar para ele.



🍷

-Ah, qual é! Não era esse o lugar que eu tinha em mente.- Martín reclamou, quando Anabella parou em frente à um pub.

-Martín, você achou o quê? Eu te disse no telefone que precisava falar com você. Podemos tomar alguma coisa, enquanto conversamos.- Ela disse, adentrando o lugar, com Martín logo ao lado.

Como era sexta feira, o pub estava relativamente cheio. Anabella ia ali vez ou outra, e já até podia reconhecer alguns rostos. Eram quase sempre as mesmas pessoas.
Mas neste dia, obviamente, haviam muitas novidades.

-Pensei que iríamos jantar em um restaurante bonito e aconchegante, com uma mesa reservada só para nós dois.- Martín continuou, enquanto se sentavam nos muitos bancos de madeira altos que haviam, de frente para o balcão.

-Esse pub é aconchegante.- Anabella retrucou.

-Sim, mas não é um restaurante. Você definitivamente, estragou a minha idéia de jantar romântico!

-Quer parar de reclamar?- Ela disse, entredentes, quase se arrependendo de ter aceitado sair com Martín.- Nós não somos um casal para ter um "jantar romântico!" Viemos conversar, apenas isso. E aproveitando que estamos num lugar onde tem comida e bebida, vamos comer e beber. Será que pode ser?

Martín realmente estava decepcionado, porém se lembrou de que só de ter conseguido arrancá-la de casa já era uma grande vitória e por isso, sorriu, assentindo:

-Tudo bem. Então vamos aproveitar.

Um dos garçons trouxe-lhes sem demora a bebida gelada, e então, pediram dois hambúrgueres artesanais, com alguns acompanhamentos.

Além do mais, o pub era sim um lugar tranquilo, reservado até, onde parte das pessoas da cidade iam ali frequentemente socializar e até resolver assuntos de negócios.

O próprio Vicente às vezes parava ali, para conversar com clientes, enquanto bebiam alguma coisa.

Pensar no pai fez Anabella se lembrar do porquê estava ali.

-Martín, preciso falar com você.

-Sou todo ouvidos.

Anabella olhou ao redor, mesmo sabendo que ninguém estaria prestando atenção à sua conversa.

-Como eu te disse, hoje fui até a Vinícola.

-Sim, você me disse. Só não sei o que foi fazer lá.

-Estive averiguando algumas coisas. Assunto importante.

Ela se aproximou um pouco mais para dizer, num tom baixo:

-Tenho motivos para acreditar que há alguma coisa errada acontecendo naquela Vinícola. E eu vou descobrir... com a sua ajuda.

Ela esperou Martín assimilar o que ela havia dito e deu um gole em sua cerveja.
Ele olhava para ela.

-Eu não posso ir lá, sempre. Meu pai suspeitaria. Então preciso que você seja meus olhos e meus ouvidos lá dentro.

-Não tem problema. Posso ficar de olho em tudo pra você. Mas o modo como fala parece que você não confia no seu pai...?

Anabella não quis responder. Nem mesmo ousou falar do caso de seu pai com a Susan. Por ora, só precisava que Martín concordasse em ajudá-la.

O garçom voltou com os hambúrgueres e ela esperou ele se afastar, para dizer:

-Não posso entrar em detalhes com você. Não ainda. Mas ficaria imensamente grata se você me ajudasse, Martín.

Ele pôs sua mão sobre a dela e a apertou, de um jeito suave.

-É claro que vou te ajudar. Você pode contar comigo pra tudo.

Anabella guardou bem aquelas palavras consigo.

-Obrigada, Martín.- Ela disse, e retirou a mão debaixo da dele, para pegar o hambúrguer.


🍷

O telefone de Martín tocou em certo momento.
Ele fez menção de quem ia recusar a chamada, mas Anabella disse:

-Pode ir atender, não tem problema.

Martín então desceu do banco e se afastou, já com o telefone na orelha.

Anabella ficou ali, rodando o copo já praticamente vazio no balcão, com os olhos fixos à sua frente.

A cada vez que pensava nas recentes descobertas sobre o pai, seu coração se apertava.

Que razões teria ele para procurar uma amante?
Sua mãe era uma mulher tão bonita quanto Susan Lins, embora alguns bons anos mais velha. Era muito mais sábia e era uma esposa perfeita.

Por mais que pensasse, não conseguia entender.
A percepção de que seu pai era apenas mais um homem babaca espalhado pelo mundo, só crescia dentro dela.

-Eu daria metade do dinheiro que tenho no meu bolso só para descobrir o que uma mulher tão fascinante quanto você está pensando, neste exato momento.

Anabella teve um leve sobressalto, quando o cara ao seu lado no balcão falou com ela.

Ele era alto, de pele clara e cheio de músculos. Usava óculos de grau, calças jeans e jaqueta escura. E olhava para ela como se tentasse sondá-la.

Anabella estava acostumada à sondar e não a ser sondada, por isso disse:

-Meus pensamentos valem muito mais do que você poderia oferecer.- E virou o rosto.

Geralmente era assim que ela afastava alguém com quem não queria papear ou conhecer e sempre funcionava.

Mas percebeu que o sujeito em questão era insistente e audacioso quando ele tocou seu antebraço, fazendo com que ela se voltasse novamente para ele.

-Bom, se eu adivinhar quem você é, talvez você possa enfim me dizer o que tanto pensa, olhando para esse balcão. E talvez, eu te pague outra bebida.

Anabella pensou em simplesmente dar o fora dali e deixá-lo a ver navios, mas seu olhar se fixou nele contra a sua vontade e ela disse:

-Ok, vá em frente.

Sem deixar de olhá-la, o homem começou a dizer:

-Você é uma Montenegro. Sua família produz, vende e exporta o vinho mais gostoso que eu já provei.

Anabella cruzou as pernas, virando-se totalmente para ele.

-Bem, você errou no quesito "família". Quem faz tudo isso são os funcionários.

-Mas são vocês que estão mais ricos a cada ano que passa.

Ela não pôde deixar de sorrir.

-Pode ser. Mas não valeu. Você não adivinhou nada. Tudo o que disse, todo mundo já sabe.

Ele começou a rir.

-É!- Exclamou, rindo.- Tem razão. Eu já sabia de tudo isso. Eu conheço você. Só não sei o seu primeiro nome.

Ele estendeu a mão:

-Meu nome é Sérgio Foster. Sou primo de Jader, o namorado da sua irmã gêmea, Ana Lúcia.

Anabella se surpreendeu, de verdade.
Apertou a mão dele, de volta.

-Anabella.- Disse.

-Anabella...- Sérgio repetiu o nome, como se o saboreasse, fitando-a imensamente.

Ela se sentiu rapidamente perturbada com aquilo.

E então, Martín voltou.
Ele olhou a cena à sua frente e não gostou nem um pouco.

Não sabia quem era aquele cara, mas não ia deixar ele estragar a sua noite, com Anabella.
Colocou-se ao lado dela, de frente para Sérgio, cruzando os braços, numa tentativa de demonstrar imponência.

-Boa noite?- Ele disse, num tom inquiridor, como quem diz: "Você, quem é e o que faz aqui?"

-Boa noi...- Sérgio quase completou seu cumprimento, mas Martín interrompeu:

-Costuma abordar a namorada alheia quando o namorado dela sai para atender uma ligação?- E passou o braço por cima do ombro de Anabella.

Não só Sérgio como também a própria Anabella fixaram seus olhos em Martín.

Anabella poderia muito bem ter dado uma verdadeira resposta à Martín, mas preferiu não criar caso com aquilo.

Ela já havia conversado o que tinha para conversar com ele sobre os assuntos da Vinícola e agora, estava mais do que na hora de levá-lo de volta para casa.

Fez sinal para o garçom para que ele notasse o dinheiro que ela estava colocando em cima do balcão.

Num só movimento, descruzou as pernas e se pôs de pé, ao lado de Martín.

-Acho que não precisa disso, não é, Martín?- E voltando-se para Sérgio, porém evitando olhar em seus olhos, disse:- Boa noite, com licença.

Sérgio apenas ficou ali sentado, segurando sua bebida e virando-se brevemente para vê-los sair do pub.


🍷

Anabella dirigia calada, em direção à casa de Martín.
Ele estava aflito.

-Você nunca mais vai falar comigo, não é? Eu não devia ter dito aquilo...

Ela continuou, sem olhar para ele, o olhar fixo em sua frente, apenas concentrada no ato de dirigir.

Martín se remexia no banco, inquieto.

-Pelo amor de Deus, fala comigo! Eu sei que não devia...

-Mas que droga, quer fazer o favor de ficar quieto?!- Ela vociferou, de repente.

Porém, vendo que ele parecia realmente angustiado, suavizou um pouco a voz e disse:

-Não se preocupe. Não estou brava por você ter dito que era meu namorado. Foi uma idiotice, é claro...- Ela olhou para ele.- Mas não vou te matar por isso.

O suspiro dele foi bastante audível.

-Foi num momento de... sei lá o quê.- Ele não quis dizer que estava com ciúmes, embora Anabella soubesse disso.- Só quis deixar bem claro para aquele sujeito que você não estava sozinha.

-Ok, Martín.

Com esse ok dela, ele resolveu ficar quieto pelo resto do caminho.

A noite estava bonita e um pouco fria, quando Anabella novamente parou em frente à casa onde Martín morava com o pai.

-Está entregue.- Ela disse, com as mãos no volante.

-Não quer entrar?

-Com certeza, não. Você entendeu bem tudo o que eu te disse, não é?

-É claro.- Ele fez que sim.

-Então, tudo certo.- Ela deu um breve sorriso, esperando que ele saísse do carro.

Martín se aproximou.

-Anabella, eu...- Disse, tocando seu rosto, aproximando sua boca da dela.

Anabella estalou os dedos no ar, afastando o rosto.

-Alô?! Você enlouqueceu de vez?

-N-não...- Ele gaguejou.- Eu só...

-Tentou me beijar.

-Pensei que você quisesse isso, tanto quanto eu.- Os olhos dele pareciam implorar.

-Martín, só por que aceitei sair com você, não significa que eu queira te beijar.- Ela disse, irritada.- E aprenda, nunca beije ou toque uma mulher sem a permissão dela.

-Como eu poderia saber...?

-Vou te dar uma dica: é só perguntar. Agora, saia.

Martín engoliu em seco, muito envergonhado.

-Desculpe. Boa noite...

Ela esperou ele sair e fechar a porta, e então, arrancou com tudo dali.

🍷

Enquanto vagueava pelas ruas da cidade, sua mente fervilhava de pensamentos.

Martín e suas impressões erradas sobre ela, o pai, Susan Lins, os mistérios que ela acreditava haver na Vinícola, o cara no pub...

Tudo isso passava pela sua cabeça, repetidamente e sem parar.

Não queria voltar para casa.
Sentia-se desperta demais, ansiosa demais para simplesmente conseguir deitar e dormir.

Ponderou a idéia de ir até o Pacífico, refletir um pouco sobre tudo o que estava acontecendo.
Mas já sabia o que encontraria por lá. Apenas ela, a vista da cidade, aquela calmaria que o mirante lhe trazia e a solidão.

Pela primeira vez, não preferiu estar sozinha.
E quando caiu em si, estava dirigindo em direção ao pub, novamente.


🍷

Sérgio viu Anabella entrar no pub e sorriu.
Ela caminhou devagar até o balcão e se sentou ao lado dele.

-Sabia que você ia voltar.- Disse, sem olhar para ela.

-Por que diz isso?- Ela perguntou, também sem olhar para ele.

-Bom... você ainda não me contou o que estava pensando.

-Você não adivinhou quem eu era.

-Porque sabia quem você era.

Seguiram-se alguns minutos de silêncio entre eles; apenas ouviam os sons do pub: barulhos de copos, línguas estalando, um mpb tocando baixinho, burburinhos, risadas...

-Estava pensando em como as pessoas podem ser babacas.- Anabella disse, de repente.

-Não quer dizer os homens...?

-Uma boa parcela deles, sim. Mas me refiro às pessoas em geral.

-Ok, assim eu não me sinto oficialmente ofendido.

Anabella riu, baixo.

O garçom se aproximou para ver se iam querer alguma coisa.

-É, eu vou.- Anabella disse.

-Mais cerveja?

-Não, traz um whisky, dessa vez.- Sérgio respondeu, por ela.- E será por minha conta.

Anabella ergueu uma sobrancelha, olhando para ele.

-Você está tensa demais.- Disse Sérgio, em tom de explicação.

-Não estou. E mesmo se estivesse, não seria um whisky que me deixaria menos tensa.

-E o que seria?

Ela não respondeu.

A bebida de ambos chegou e em menos de cinco minutos, os copos já estavam vazios.

-Chega. Preciso dirigir e não quero ter problemas.

Sérgio concordou.

-Eu também, paro por aqui. Não sou mais um adolescente pra dar showzinho de bêbado por aí...

Anabella riu.

Quando já estavam do lado de fora do pub, depois de Sérgio ter pagado a conta, já passava das onze e meia da noite.

Anabella abraçou a si mesma, pois a noite em São Bento do Amaral ia lentamente ficando cada vez mais fria.

Sérgio a observou parada ali na calçada, perto do carro.

-Está na cara que você não quer voltar para casa.

Ela deu de ombros.

-Não vou mentir, não quero.

Sérgio se aproximou, devagar.

-Você não quer ir pra sua casa, mas talvez queira ir pra minha...

A frase: "Está louco?!" Quase saiu de sua boca, mas quando ela olhou nos olhos dele, por detrás dos óculos de grau, disse, rápida e clara:

-Quero.

Sérgio havia se preparado para ouvir um sonoro "não", mas verdadeiramente se surpreendeu.

-Ótimo! Eu te convidaria para entrar no meu carro, mas você está com o seu, então... vou te convidar a me seguir.

Anabella o fitou brevemente e abriu a porta do Maserati.
Sérgio balançou a cabeça, rindo e foi em direção ao próprio carro.


🍷

Havia pouco movimento no prédio onde Sérgio dividia um apartamento com Jader.

Sendo já altas horas da noite, boa parte dos vizinhos dormiam e não cruzaram com absolutamente ninguém, nem mesmo no elevador.

Anabella observou o apartamento, simples.

-Jader não está aqui?

-Não. Ele levou sua irmã pra dormir na casa dos pais deles. Parece que iam maratonar uma série, coisa assim.

-Ana Lúcia realmente adora séries.

Sérgio a observou.

-Você e sua irmã são tão parecidas, mas ao mesmo tempo, tão diferentes. Quando vi você no pub, eu não tive dúvidas de que era a irmã gêmea de que meu primo tanto falava.

Anabella franziu a testa.

-Jader fala sobre mim?

-É... bom, ele ficou muito surpreso quando soube que a Ana Lúcia tinha uma irmã gêmea. Ele repetia muito, parecia não acreditar.

-Ah! Ele praticamente ficou em choque.- Anabella disse, se lembrando de quando Jader a abraçou, pensando ser Ana Lúcia, e foi difícil convencê-lo de que estava equivocado.

Sérgio jogou a chave de seu carro sobre o sofá.

-Bom, mas você não veio aqui pra ficar falando sobre o meu primo, não é?

Anabella viu ele tirar a jaqueta que estava usando, também jogando-a sobre o móvel.

-Não...

Ela pensou um pouco.

-Eu vim porque... acho que queria fazer algo diferente.- Deu alguns passos, indo até a porta.- Mas também acho que já vou embora.

O corredor estava relativamente escuro e ela sentiu a voz de Sérgio atrás de si.

-Você pode ficar mais, se quiser...

Anabella não estava bêbada, mas sentia-se levemente tonta, e com zero vontade de voltar para casa, embora tivesse caminhado até o lado de fora.

Ela se virou e seus rostos imediatamente ficaram muito próximos.

Seus olhos percorreram o rosto quadrado e de traços fortes dele e inevitavelmente, se fixaram em sua boca.

Anabella era mulher, sujeita a todo tipo de sensações que qualquer outra sentia. Entretanto, quase sempre passava sem dó nem piedade por cima dessas sensações, para evitar perder tempo lidando com pessoas.

Mas aquela boca lhe parecia tão carnuda e convidativa...

-Acho que meu cérebro não está funcionando muito bem agora.- Ela deixou escapar, sem querer.

Sérgio sorriu. Num só movimento, encostou-a, à parede.

-Isso não será um problema, desde que seu corpo esteja.- Ele lhe sussurrou ao pé do ouvido, tocando seu braço, desde a mão, até o ombro.

Anabella percebeu que havia despejado aquelas palavras em cima de Martín à toa, quando Sérgio a beijou de repente, sem pedir permissão e ela não se opôs.

"Talvez eu seja uma grande hipócrita."

Ela retribuiu o beijo, sentindo seus olhos se fechar e seu corpo esquentar.
Por Deus, como aquilo era bom!

A mão de Sérgio deslizou pelo seu corpo, sentindo cada parte dele, enquanto aprofundava o beijo.

Anabella percebeu que o desejava insanamente e que seu corpo pedia por muito mais, assim como o dele.

-Eu tenho uma cama para isso...- Sérgio murmurou contra sua boca, segurando sua mão e puxando-a de volta para o apartamento.

Ele fechou a porta com um pontapé, e logo estavam no quarto.

-Bem vinda ao meu...- Sérgio não terminou de falar, pois Anabella voltou a beijá-lo, empurrando seu corpo contra a grande cama de casal.

Reclamar é que ele não iria, então cedeu aos seus impulsos mais primitivos, assim como ela cedia aos dela. Apenas retirou seus óculos, colocando-os sobre a mesinha ao lado.

Com uma perna de cada lado do corpo de Sérgio, Anabella retirou sua camisa e ele viu a oportunidade perfeita para fazer o mesmo com o vestido preto que ela usava.

Teve que parar para apreciar o corpo escultural que se revelou diante dele.

-Caramba, você é uma deusa...

Anabella o fitou com seus grandes olhos castanhos, e inclinou a cabeça para trás, quando ele abriu o fecho de seu sutiã, jogando a peça para o lado em seguida, deixando-a quase totalmente nua.

Sérgio perdeu o fôlego com a visão dos seios redondos e firmes, e a puxou para si, beijando-a com volúpia.

Anabella se deixou levar, percebendo que, se precisava extravasar um pouco, que fosse daquela forma.
E assim foi.

〰〰〰〰〰




A noite rendeu... 😏



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