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Capítulo 9

"A vida é movimento.

Mudança é agitação de dentro.

Agitar é a alma querendo mudança."

Desliguei o celular e fiquei olhando para rua, em três minutos eu chegava ao prédio, poderia fazer mais um quarteirão. Atravessei a rua eu foquei uma roupa na vitrine de uma loja. Parei em frente analisando e fiquei com vontade de entrar. Meu medo chegou junto e bateu no meu ombro. Pensei na frase de Jaque: uma roupa bonita.

Respirei fundo e entrei.

Duas moças, do outro lado do balcão, tinham a atenção no computador. Elas levantaram a cabeça em minha direção e uma sorriu para mim, mas a outra que veio ao meu encontro.

— Pois não, como posso ajudá-la?

— Gostei daquele conjunto — mostrei a vitrine.

Ela me olhou de cima a baixo e respondeu:

— Creio que não temos o seu número. Mas posso ver outros modelos.

Na hora que ela falou a primeira frase eu já arrepiei os pelos da nuca, mas na segunda fiz com que eles se abaixassem. Lembrei da primeira impressão do poema e resolvi dar mais um crédito.

— Pode me mostrar? — perguntei em um fio de voz.

— Acompanhe-me.

Ela foi até o outro lado onde havia uma arara com roupas em cabides. Puxou uma e devolveu. Pegou outra, olhou para a roupa depois para mim, devolveu. E assim foi com mais duas ou três peças.

— Acho que não vou ter nada. Pode ser legging e camiseta? Acho que é o que fica melhor para o seu "porte."

— Porte?

— Sim, seu corpo. Sei que não deve ser fácil para você achar uma roupa legal.

— Eu não quero legging e camiseta! Quero uma roupa bonita.

— Então vai ser difícil.

— Você nem sabe qual é o meu número para começar — falei irritada.

— Estou acostumada com roupas querida e apenas com um olhar já tenho uma ideia, e no seu caso nem é muito difícil errar, não é mesmo?

Aquela altura eu já trincava os dentes de raiva.

— Difícil vai ser eu errar sua cara dessa distância também se você abrir mais uma vez essa sua boca para falar assim comigo — falei já com a voz alterada.

A outra moça veio até nós correndo.

— O que está acontecendo? — Olhou para mim e a para a atendente. — Tudo bem, Mônica?

Olhei na cara dela para entender qual era sua posição dentro daquela loja. Mas ambas vestiam igualmente, sem condições de saber.

— Essa moça acha que pode falar de qualquer maneira comigo por eu ser alta e gorda. Ela não sabe atender uma cliente.

— Eu posso te ajudar? Mônica, por favor, se desculpe e vá terminar o que eu fazia.

— Desculpe-me — disse e saiu pisando duro.

— Eu também peço desculpa a você, com certeza ela não falou por mal, não está muito acostumada a trabalhar direto com o cliente.

— Sei não, acho que ela não está é acostumada a lidar com pessoas...

— Como eu posso te ajudar? Que tipo de roupa você precisa? — interrompeu-me.

Àquela altura eu desejava ir embora daquele lugar, mas respirei fundo e dei mais uma segunda chance.

— Quero uma roupa diferente. Nada de legging!

— Um vestido é uma boa opção, sempre dá um caimento legal. É para uma ocasião especial?

— Não. Precisava de algumas roupas novas apenas.

Ela andou pela loja e tirou algumas peças e começou a fazer a mesma coisa. Na terceira tentativa eu já me estressei. Virei-me para ela e agradeci saindo da loja. Já na porta, do lado de fora, eu escuto as duas caindo na risada. Tive tanto ódio que comecei a caminhar e na hora que percebi corria e chorava.

Entrei pela porta que levava às escadas para esperar a Jaque em prantos.

— O que foi? — perguntou ela me assustando.

Depois de contar o acontecido entre soluços e choro, ela disse:

— Vamos voltar lá, agora!

— Não! — disse firme.

— Vamos sim! Enxuga esse rosto e vamos dar o troco a essas duas pilantras.

— Obrigada Jaque, mas eu não tenho coragem nem de pisar na rua, muito menos entrar naquele lugar de novo.

— Mas eu tenho e vou! Venha, no caminho eu te explico o que vamos fazer.

Lavei meu rosto, no lavabo da sala de espera perto do elevador e recompôs-me, pelo menos na aparência. Em seguida saímos nós duas pela rua.

Aproximamos da loja, ela pediu que eu esperasse, e que somente entrasse quando ela me desse um sinal no celular.

Esperei ansiosa, contei os minutos e segundos. A cada milésimo de segundo era observada por mim. Até que apitou e apareceu uma mensagem.

Entre.

Eu tremia. Dei um passo, depois outro, mais um... Até aparecer a porta da loja.

— Oi Joi, entre! — falou — É nesta loja que você ia gastar?

Fiquei muda. Observei o estado que a loja se encontrava. Tinha roupas para todos os lados.

— Aqui não tem nada para nosso gosto. Tudo é feio e fora do padrão de qualidade. Uma modelo como você não pode usar essas coisas. Uma pena, pois iria deixar uma comissão "gorda" para essas mocinhas que infelizmente não sabem diferenciar uma cliente em potencial de outra. Pois, gorda, é o preconceito delas.

— Por favor — tentou falar uma das moças.

— Psiu! — ela fez — Agora não adianta mais! E o seu patrão vai saber. Boa tarde. Vamos, Joíris! Ah, guarde este nome, porque vão escutar falar muito dele e se arrependerem amargamente.

Saí do mesmo jeito que entrei. Muda e calada. Porém, com um sentimento no peito renovado.

— Não acredito que você fez aquilo!

— E você não viu nem metade! Disse a elas que trabalhava para uma agência de modelos plus side e precisava de roupas para um evento.

— E elas acreditaram assim?

— Se eu dissesse que era uma madame, talvez elas não acreditassem, mas empregada, sim!

— Não estou acreditando. — Eu ria.

— Sabe todas as roupas espalhadas sobre o balcão? Eu fiz que elas tirassem dos nichos e cabides, e coloquei defeito em cada uma.

— E que história é essa de modelo?

— Joi! Você é linda. E quem não acreditaria que é uma modelo plus?

— Acho que somente você que acredita nisto.

— Não importa! Mas agora aquelas duas aprenderam a tratar as pessoas. Venha vou te levar em outra loja, mas precisamos de um uber.

Quinze minutos depois entramos em uma galeria com lojas variadas. Chegamos falando em inglês e tentando nos fazer entender. Hilário e confuso, pois eu misturava com o espanhol quando se tornava incomunicável. O tratamento foi vip, realmente de primeira. Comprei várias roupas, inclusive um lindo vestido. Um avanço, isso porque nunca me atrevi a olhar, e agora comprei. E o melhor de tudo, gostei.

Realmente um fato eu constatei: comprar roupas quando se era bem tratada podia ser algo bem divertido.

— Joi, para completar, nós precisávamos voltar naquela loja e balançar as sacolas.

— Você é doida mesmo — falei rindo —, eu não vou de jeito nenhum.

— Até parece que você nunca viu "Uma linda mulher".

À noite contei todos os acontecimentos do dia para Paula, ela adorou e deu muita risada.

— É isso mesmo! As pessoas têm que aprender a serem profissionais. Independentes da aparência precisam atender bem as pessoas. Realmente parece coisas de filmes e novelas.

— Verdade, eu acabei me sentindo um lixo. Porém, a Jaque fez-me ver o outro lado de ser bem tratada.

— E se eu te disser que é comum, você acredita?

— Pode até estar comum, mas não é normal, Joi. É preciso respeitar a diversidade. Nem todos têm a mesma estatura, peso, porte físico e é necessário atender a todas as demandas.

— Eu pensava assim, mas as pessoas me ensinaram que estar fora de padrão não é nem normal e muito menos aceitável na sociedade.

— É preciso mudar este pensamento.

— Não serei eu, infelizmente, porque não tenho mais estrutura para essa luta injusta.

No dia seguinte, foi outra história, Jaque acabou me convencendo a ir a tal festa. Gostei do ambiente, com pessoas jovens de todos os jeitos: magra, altas baixinhas e gordinhas, negro e branco. Acabei me sentindo bem, apesar de que, não fiquei me exibindo pelo lugar.

Em certo momento, percebi um cara olhar para mim mais do que o normal. Eu não sabia como me comportar diante daquela situação. Por mais que eu quisesse evitar olhá-lo, meus olhos eram puxados para a sua direção. Foi até que ele levantou sua bebida e me ofereceu e deu-me um sorriso. Desviei os olhos e olhei ao redor, na certa, era para alguém nas proximidades e eu me achando.

Fiz de tudo para não olhar novamente em sua direção e quando a amiga da Jaque me convidou para dar uma volta, eu fui. Nem sei o porquê, mas precisava sair daquele lugar um pouco, assim se aquele olhar fosse para mim, o sujeito perceberia que eu sentada era um rosto bonito, mas em pé a figura aumentava.

A garota encontrou quem procurava e eu fiquei como uma mosca morta, abandonada, ou melhor, uma mosca não sabendo onde pousar. Resolvi comprar uma água e circular. Voltaria aonde a Jaque se encontrava e daria um jeito de ir embora, pois, pelo jeito, todos se arrumaram com um paquera.

— Posso de pagar uma bebida? — perguntou uma voz rouca muito perto, o que me fez arrepiar o ombro e estender pelo pescoço.

— Já paguei, obrigada — falei sem o olhar.

— Mas água é muito fraquinho para uma noite que está mal começando — falou ele mais próximo.

Virei meu olhar para confirmar a quem pertencia àquela voz: o próprio.

— Não acho. Água é tudo de bom — falei, olhei nos seus olhos que se encontrava na mesma direção dos meus.

— Pode ser, mas não numa quinta à noite.

— Acredito que pode ser a qualquer hora e lugar.

— Já que a bebida você não aceitou e minha companhia?

Puts! O que esse cara quer? Será mais uma aposta? Ele era mais alto que eu, bonito e um belo corpo. Não! Era brincadeira aquilo, com certeza.

— Sinto muito. — O medo apossou de mim e tentei sair.

— Ei! — Ele segurou no meu braço. — O que foi? Falei algo que não gostou?

— Não é você, sou eu, desculpe. — Saí apressada.

Cheguei à mesa em que a Jaque encontrava-se aos beijos com um cara que ela me apresentou mais cedo. Interrompi-os e comuniquei minha saída. Ela quis saber se tinha acontecido alguma coisa. Confirmei que não.

— E quem é o rapaz? É confiável? — ela olhou por trás de mim.

— Eu não vou sair com ninguém, estou sozinha, vou chamar um taxi. — Olhei em direção que ela olhava e percebi os olhos daquele cara grudados em mim.

— Tem certeza?

— Tenho. Pode ficar a vontade, eu estou bem.

Dei um beijo nela e despedi do rapaz.

Fui até a porta para ver se tinha algum taxi por perto. Nada! Coloquei a mão dentro da bolsa para pegar o celular e assustei com a voz do meu lado:

— Está correndo de mim?



Arara: É um acessório de fácil manuseio, prática e organiza peças de roupas que garante uma melhor visualização.

Uma linda Mulher: Filme de comédia romântica americano de 1990, ambientado em Los Angeles. Escrito por J. F. Lawton

Este abaixo é o rapaz que foi atras da Joíres.



❤️❤️❤️❤️❤️❤️

Hoje quero apresentar:
Sandra Tavares Racosta
Advogada e professora
Ela diz:
"Sou anorexia ao contrário. Olho no espelho e não me acho gorda!"
"Sou bem resolvida e feliz. "


🧡💚💜🧡💛💛

Será que teremos romance no ar?

Hum... Está na hora dela se libertar...

O que vocês estão achando?

Adoro os comentários

Beijos e até mais...

Lena Rossi

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