Vingança.
POV LUDMILLA
Eu não conseguia acreditar no que estava vendo. Aquela foto estava rolando em todas as redes sociais existentes. As pessoas me chamando de corna e xingando Brunna de tudo quanto é nome. Eu não podia acreditar que isso estava acontecendo.
Brunna ainda dormia e não fazia ideia do que estava acontecendo. Ia surtar quando soubesse. Eu tinha que fazer alguma coisa, e rápido. Não podia deixa-la sozinha em um momento desses, ela não aguentaria. Peguei o celular e disquei o número do Zayn..
- Alô? — Zayn falou, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa.
- Preciso que compre uma passagem pra Londres pra mim. O mais rápido que puder. — Falei sem mais delongas.
- Você viu a foto que tá rolando nas redes sociais?
- Vi.
- Você não pode ser vista com Brunna. — Ele disse e bufei. Sabia que Zayn estava desesperado. - Vocês tem que fingir que terminaram e..
- Não vou ficar longe dela. Não vou fazer o que você falar. Brunna precisa de mim e eu vou ficar perto dela você querendo ou não.
- As pessoas estão te chamando de corna Ludmilla. Se tiverem a certeza que Brunna beijou a Miley mesmo com você, você vai ser motivo de zoação pro resto da vida. — Respirei fundo. Estava sem paciência nenhuma.
- Francamente, meu querido, eu não dou a mínima. Eu sei o que aconteceu e sei que Brunna não beijou a Miley. Isso é total armação. Então, por favor, compre a passagem agora pra mim e só me ligue pra confirmar o horário. — Desliguei sem esperar por respostas.
Eu estava começando a ficar com um ódio matador de alguns fãs e haters da Brunna. Eu não estava me importando muito com o que estavam falando de mim, nunca dei muita importância. Mas Brunna ultimamente estava se preocupando muito com o que as pessoas falavam dela, e quando acordasse e visse tudo que estavam falando, iria surtar.
Vi pela câmera e Brunna ainda dormia tranquilamente, como se estivesse tendo sonhos bons. Encontraria um pesadelo quando acordasse. Queria estar ao lado dela na mesmo hora, mas era impossível. Peguei o celular novamente e disquei o número de Patrícia..
- Patrícia? — Falei quando ela atendeu.
- Sim.
- Ahmm... Onde você está e o que estava fazendo? — Perguntei.
- Estava dormindo, Ludmilla. — Ela respondeu. - Aconteceu alguma coisa? — perguntou desconfiada e vi que não sabia de nada.
- Ok. Mantenha a calma e faça exatamente o que eu mandar.
- Fala logo Ludmilla. Você tá me assustando.
- Tem uma foto rolando na internet da Brunna beijando a Miley.
- QUE? — Patrícia gritou tão alto que fez meu ouvido doer.
- Por favor, você precisa ter calma. — Pedi tentando acalma-la. Mas Patrícia parecia estar tendo um ataque cardíaco do outro lado e me preocupei. - Pega o celular da Brunna e não deixa ela entrar na internet de jeito nenhum. Se for possível deixe ela presa dentro do quarto o dia todo. Eu chego ai amanhã e eu vou cuidar dela.
- Você não está com raiva dela? — Patrícia perguntou. Parecia não estar entendendo nada e percebi que Brunna não havia contado sobre o beijo.
- Miley agarrou ela no camarim, Patrícia. Algum filha da puta tirou uma foto bem no momento e tô achando que foi tudo armado, porque a foto está em HQ. — Falei, começando a imaginar as armas mortais que usaria para matar Miley e Cara. Só conseguia desconfiar das duas.
- Você tem razão. Vamos procurar saber mais. — Ela falou e parecia mais calma.- Vou fazer o que você falou, mas pode ter certeza que Brunna vai desconfiar, ela não é boba.
- Eu sei. Caso ela veja, fique perto dela e não deixe que ela saia do quarto até eu chegar ai, ok?
- Ok. — Patrícia falou e eu desliguei. Deixei a câmera ligada e fui arrumar as malas.
...
Meu carro entrou pela parte de trás do hotel e mesmo assim muitos "fãs" conseguiram me ver. Muitos já sabiam que eu estava indo para Londres e claro que sabiam também que era para ver Brunna. Foi uma gritaria e só. Muitos pareciam não entender. Para eles Brunna tinha me traído, por isso não entenderam nada quando me viram entrando no hotel para vê-la.
Eu não tinha notícias dela, sabia que ela já sabia de tudo porque liguei para Patrícia assim que cheguei em Londres. Porém Brunna ainda não sabia que eu estava indo pra lá. Imaginei que ela estivesse achando que eu estava com raiva e não atendia as ligações dela.
- A senhora não pode entrar aqui. — Um segurança que estava no andar do quarto de Brunna me barrou.
- Meu querido, sou a namorada dela. É claro que eu posso entrar.
- A senhorita Brunna pediu para não ser perturbada. — Ele repetiu aquilo e bufei. Minhas mãos estavam fechadas e eu estava pronta para socar a cara daquele homem, até que Patrícia saiu do quarto de Brunna e pareceu aliviada quando me viu.
- Ai meu Deus! Que bom que chegou! — Falou e pegou na minha mão me puxando. - Deixe. Ela pode entrar. — Patrícia falou e o cara assentiu. Olhei dentro dos olhos dele e cerrei o cenho. O rapaz abaixou a cabeça e Patrícia me puxou para dentro do quarto. Olhei para cama e vi uma criatura minúscula toda enrolada em um lençol branco. - Olha quem tá aqui — Patrícia falou e Brunna continuou imóvel.
- Falei que não queria ver ninguém. — Brunna falou e percebi que estava chorando.
- Nem a Ludmilla? — Patrícia falou e Brunna virou a cabeça lentamente, só para ter certeza de que eu estava ali mesmo.
- Oh meu Deus, Ludmilla— Disse um pouco desesperada e deu um pulo da cama pulando no meu colo.
Brunna estava diferente. Estava com olheiras e seus cabelos estavam despenteados. Seu rosto molhado e os olhos vermelhos me fizeram ter a certeza de que ela estava chorando a dois minutos atrás. Ela continuava linda, mas vê-la daquela forma fez com que meu coração se partisse em mil pedaços. Eu precisava anima-la de alguma forma, se é que fosse possível. - O que está fazendo aqui? Você enlouqueceu?
- Enlouqueci por você. — Falei e a beijei. Senti o gosto salgado das lágrimas dela em seus lábios. O beijo dela era tão gostoso, eu sentia muita falta. A abracei com toda força e ela parecia estar mais aliviada por me ver ali.
- Vou deixar vocês duas conversarem sozinhas. — Patrícia falou e já ia saindo.
- Obrigado. — Agradeci sorrindo e Patrícia retribuiu. Brunna me soltou e foi deitar na cama e eu me deitei ao lado dela. - Como você tá?
- Como você acha que estou? Não tá me vendo? É só olhar pra mim. — Respondeu ignorando minha pergunta.
- Eu não estou me importando com o que estão falando Brunna..
- Não minta. Eu sei que você se importa sim. Você quer que eu me sinta bem, mas eu sei que você não tá bem com isso. — Brunna falou e percebi que estava um pouco nervosa. - Será que eu preciso te lembrar que tá todo mundo te chamando de corna?
- Não precisa..
- Acho que isso... Sabe... A gente não dá mais certo — Arregalei os olhos. Não podia acreditar no que estava escutando. Eu a encarei e Brunna tinha um olhar triste. Respirei fundo, uma, duas, três vezes e falei..
- Como você pode perceber, paciência não é uma das minhas virtudes. Bom, na verdade eu não tenho nenhuma virtude, mas se eu tivesse, paciência certamente não seria uma. — Brunna parecia não entender aonde eu queria chegar. - Se eu perder o mínimo de paciência que ainda me resta, eu juro, de verdade, que vou te amarrar, te amordaçar e vou te esconder em um porão pro resto da sua vida pra você aprender a nunca mais pensar na possibilidade de me deixar. Isso está fora de questão, não está entre as opções que você tem.
- Eu não estou brincando Ludmilla...
- Eu também não estou. Você não faz ideia do que significa perder você. — Falei e levantei da cama, já me sentindo um pouco desesperada. E sem perceber, estava andando de um lado para o outro. - Eu te amo. Entendeu? Eu farei tudo ao meu alcance para protegê-la. Eu não posso imaginar minha vida sem você.
- Ludmilla, me perdoa. Eu só quero que entenda que as pessoas vão dizer.. — Ela falava calmamente, mas eu já não tinha nenhum controle sobre a minha voz, não conseguia pensar direito.
- Eu sinceramente estou pouco me fodendo pra o que vão dizer. — Me aproximei dela e segurei seu rosto. - Entenda uma coisa, nada, absolutamente nada importa pra mim, só você. Você é a única coisa que eu tenho e que aparentemente me faz bem. E isso me dá um medo danado, porque olha, de todas as coisas que eu já tive, todas elas, juro, todas, não estão mais comigo. Eu só tenho você e a Jas. Eu fico com medo de perder você. E eu não sei se já te disse isso alguma vez, mas eu não posso perder você. — Eu não conseguia disfarçar nem um pouco o meu desespero. Estava simplesmente apavorada. Brunna ainda me olhava nos olhos, e os seus tinham lágrimas.
- Não faz ideia do quanto eu amo você. — Ela disse e agarrou meu rosto com força colando nossos lábios. Foi um beijo profundo, intenso e desesperado. Como se fosse uma resposta para tudo que eu disse. Ela segurou meus cabelos com força e entrelaçou suas pernas na minha cintura. Me beijava com tanta vontade que por um momento esqueci a situação em que estávamos e senti meu corpo esquentar violentamente. Era nítido o efeito que ela tinha sobre mim.
A segurei pelas coxas e a encostei na parede pressionando completamente meu corpo no dela. Apertei suas coxas com força e ela soltou um gemido baixo. Comecei a me movimentar devagar, esfregando meu corpo no dela. Minha ereção já era evidente e me senti mal por me excitar num momento desses. Mas quem se importa?
- Meu Deus, Ludmilla. Não faz isso! — Ela sussurrou no meu ouvido enquanto eu beijava seu pescoço. Talvez não fosse o momento certo pra fazer aquilo, mas eu não resistia a ela.
- Não quer? — Perguntei e logo passeando a língua no pescoço dela.
- Eu quero. — Parei os movimentos colocando-a de pé. A encarei por um tempo e levei a mão até sua calça de moletom, a abaixando lentamente sem quebrar a ligação entre nossos olhares. Abaixei sua calcinha logo em seguida e me ajoelhei na frente dela, colocando uma de suas pernas no meu ombro. Eu queria anima-la, seria a forma perfeita.
Brunna ainda me olhava. Tinha um olhar intenso e impaciente. Segurei em sua cintura e minha boca foi de encontro a sua intimidade, chupava, lambia e beijava com tanto desejo que podia sentir Brunna se contrair como se estivesse sentindo dor. Senti suas mãos pousarem delicadamente sobre minha cabeça. Agarrei-a por trás com toda força puxando-a mais para mim. Pressionei com mais força minha língua contra sua entrada e ouvi gemidos altos de Brunna, o que me deixou mais excitada. Senti suas pernas tremendo e no segundo seguinte seu orgasmo chegou.
Antes das nossas ações progredirem mais, ouvi algum ser maldito bater na porta. Olhei para Brunna, ainda ajoelhada na sua frente e ela tinha os olhos fechados e respirava com dificuldade. Subi sua calcinha e sua calça e a encarei. Ela abriu os olhos e sorriu. Eu poderia faze-la feliz todos os dias só para ter aquele sorriso.
- Abra a porta e depois volte para terminar isso aqui.. — Brunna falou e eu assenti. Abri a porta e dei de cara com Miley e Cara Delevingne. Comecei a tremer automaticamente e meu sangue ferveu. Meu planos de assassinar as duas estavam presentes na minha cabeça. As duas estavam com cara de assustadas e imaginei que elas não faziam ideia de que eu poderia estar ali.
Minha raiva aumentou ao imaginar que as duas estavam ali apenas para torturar Brunna. Num impulso e sem pensar direito, agarrei os cabelos de Miley e puxei. Coloquei tanta força ali que ela foi para no chão dentro do quarto. Eu não estava vendo mais nada ao meu redor, eu só conseguia ver Miley e pensar em como iria mata-la. Eu já não estava raciocinando.
No segundo seguinte estávamos as duas no chão, eu por cima dela, socando cada centímetro do seu rosto. Ela tentava reagir, mas não tinha tempo. Meus socos eram tão fortes que em um certo momento senti minha mão doer. Mas não me importei com a dor. Tentava tirar os braços de Miley da minha frente que tentavam de qualquer jeito proteger seu rosto. Puxei os cabelos dela com força e bati sua cabeça no chão. Miley deu um grito de dor e acertou um tapa no meu rosto. Senti um ódio borbulhante e explosivo me tomar. Eu queria mata-la. Nunca desejei tanto ver alguém morto.
Antes que eu pudesse continuar desfigurando o rosto de Miley, senti duas mãos me puxando. Olhei em volta e vi Brunna e Cara me puxando de cima da Miley. Sem pensar muito bem, mais uma vez, virei minha mão na no rosto da Cara. Ela colocou a mão no rosto e saiu rapidamente de perto de mim, como se estivesse mesmo com medo de ser machucada de novo.
- MAS QUE INFERNO, LUDMILLA. DE NOVO! — Cara gritou com a mão no rosto. Eu já ia pra cima dela novamente, mas fui impedida por uma criatura minúscula com cara de assustada.
- Chega, Ludmilla. Por favor, você não é assim. Não vale a pena. — Brunna falou e só de ouvir sua voz me acalmei um pouco. Olhei para Miley e ela estava de bruços no chão com a mão no rosto gemendo de dor. Cara estava encostada na parede olhando para Miley no chão.
- Melhor saírem daqui se não quiserem morrer. — Falei e Miley se sentou no chão, ainda com a mão no rosto. Ela se levantou e foi até o espelho e se assustou com o que viu. Seu nariz sangrava, sua boca tinha um corte enorme e ela tinha vários arranhões no rosto.
- LUDMILLA, EU TE ODEIO! — Miley gritou, agora limpando o rosto com um pano. - Eu sei que eu merecia. Mas olha o que você fez. — Ela disse apontando para o próprio rosto. Talvez eu tivesse exagerado um pouco mesmo.
- Vai se foder. — Falei.
- Educação mandou lembrança, hein Ludmilla. — Miley falou, se olhando no espelho.
- E eu mandei você se foder.
- Calma amor. — Brunna falou segurando minha mão. Ela parecia estar horrorizada com o que tinha visto.
- Essa melação toda vai acabar. — Cara se manifestou e senti meu sangue ferver.
- O que ainda tá fazendo ai, sua vagabunda? — Falei e Cara arregalou os olhos.
- Olha como você fala comigo! — Ela se aproximou apontando o dedo na minha cara.
- Ah, me desculpa se te ofendi. Eu sinceramente achava que você já sabia que era uma vagabunda.— Falei e dei um tapa em sua mão. Brunna automaticamente entrou na minha frente, como se achasse mesmo que eu iria partir pra cima da Cara. Estava nos meus planos, mas Brunna estava muito assustada, então me controlei.
- Me aguarde, Oliveira. — Cara disse com um sorrisinho no rosto e saiu do quarto.
- Você já pode ir também, Miley. — Falei e ela e encarou.
- Você tá ferrada, Ludmilla. Sei que me bateu porque achou que eu postei a foto, mas não fui eu, foi a Cara. Sou tão vítima disso quanto vocês duas. Eu realmente beijei Brunna por impulso e me arrependo muito. Cara tem planos horríveis pra acabar com o amor de vocês duas e eu não quis ajudar. Eu pedi pra ela não postar a foto porque iria atingir vocês, mas também acabaria com qualquer chance que eu tinha de ficar com a Demi e foi exatamente o que aconteceu. Eu vim até aqui com ela, mas estava tentando impedi-la de fazer alguma maldade com Brunna. — Eu mal conseguia respirar. Estava me odiando por não ter quebrado a Cara inteira quando pude.
- O que ela quer, afinal? — Brunna perguntou.
- Quer fama. E ela acha que só vai conseguir se Ludmilla pelo menos fingir que voltou pra ela. Ela armou tudo. Cara vai sair como a boazinha que tá ajudando Ludmilla a superar uma traição. Eu já tô fodida mesmo, não tenho a Demi e minha cara tá toda fodida. Mas vocês precisam pensar em algo rápido.
- Eu não tenho medo da Cara. — Falei e Miley suspirou.
- Comece a ter. Ela sabe que agora só te atinge se mexer com a Brunna. E é exatamente o que ela vai fazer. Ela tem fotos bem íntimas da Brunna, se é que você me entende. — Ela disse e Brunna e eu arregalamos os olhos.
- Ai, MEU DEUS! — Brunna falou com a mão no rosto.
- Eu definitivamente vou matar a Cara. — Falei e sem mais delongas, sai dali e fui atrás dela. Ela queria fama? Eu daria fama a ela. Não importava aonde eu fosse encontra-la, eu queria vingança. Eu iria faze-la pagar por tudo.
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