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Capítulo 117 - Como se fosse a primeira vez

Olá, Xuxus!!! 

NÃO REVISADO!

Boa leitura!!!

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"Eu não quero me apaixonar se você não quiser tentar, mas tudo no que consigo pensar é na possibilidade de você querer. Querido, parece que estamos ficando sem palavras e o amor está flutuando para longe. Só diga que me ama, apenas por hoje e não me dê seu tempo, pois não é a mesma coisa. Quero sentir as chamas queimando quando diz meu nome."

Say You Love Me − Jessie Ware

Nicholas

     Quase um mês havia se passado e não falei mais com a Lívia, tinha quase certeza que ela me evitava. Tive um dia cheio no escritório. Fui para a audiência de conciliação da senhora dondoca. Graças a Deus tudo ocorreu dentro das expectativas e conseguimos um bom acordo, agendamos a audiência de divórcio, a mulher ficou bem contente.

     Hoje eu teria hidroginástica, então resolvi todos os casos mais importantes e voltei para casa mais cedo, antes do final da tarde. A Estela ainda estava na escola e a Lívia deveria ficar com ela a noite.

     Celso faz minha higiene e me troca para o exercício, eu sabia que os fisioterapeutas já estavam na área da piscina, pois eram pontuais. Sigo para o terraço e fico surpreso com a cena: Lívia está na beira da piscina com suas pernas brancas e torneadas à mostra, veste um vestido florido curto e brinca com a água, os fisioterapeutas apenas a observam em silêncio assim como eu.

     − Lívia! – Resolvo chamar a sua atenção para que os fisioterapeutas parem de "secá-la".

     − Olá! – Ela sorri levantando e caminha em minha direção. – Eu preciso falar com você, resolvi te esperar aqui porque sua mãe disse que tinha hidroginástica.

     − É verdade! – Sorrio também, estava feliz em vê-la.

     − Você prefere um lugar mais reservado?

     − Não tenho preferência, mas e você, prefere um local mais reservado?

     − É melhor conversarmos quando você terminar, de qualquer forma vou esperar a Estela chegar da escola.

     − Tudo bem. – Vejo que ela senta em uma das cadeiras dispostas na área de lazer e me observa durante todo o exercício. Eu não via a hora de tê-la perto de mim, quem sabe.

     Ao final do exercício quando os fisioterapeutas me colocam todo molhado na cadeira novamente ela se aproxima.

     − Quer ajuda para se secar?

     − O Celso fará isso, não se preocupe. – Falo tranquilamente. – Mas pode me acompanhar se quiser e até mesmo ir falando o assunto se não se incomodar.

     − Tudo bem, te acompanho. – Ela fala vindo logo atrás. Celso coloca uma fralda descartável já que eu não sairia mais de casa hoje e vejo que ela presta atenção nos mínimos detalhes, felizmente ele colocou uma toalha na minha virilha preservando minha intimidade, ela ainda não estava pronta para isso. Por incrível que pareça eu me sentia a vontade com ela; a Lívia parecia mais curiosa que qualquer outra coisa quando viu meu lado ruim e isso me deixou profundamente aliviado.

     − Será que podemos ter aquela conversa hoje? – Sugere. – Gostaria de saber mais sobre nosso relacionamento que eu não lembro e queria saber sobre sua rotina também.

     − Primeiro sente-se! O que quer ouvir logo?

     − Quero saber sobre você, tudo sobre você, depois sobre nós. – Ela se acomoda na única poltrona que há no quarto enquanto eu estava na cama e percebo que o Celso já nos deixou a sós.

     − Eu tinha uma namorada que morava em local um pouco perigoso, mas até o fatídico dia eu nunca tinha presenciado nada de ruim. No dia em questão fui deixá-la na residência tarde da noite e após ela entrar no condomínio acabei sofrendo um assalto onde eles roubaram meu telefone, meu carro e me balearam me deixando pra morrer na chuva. A bala pegou no meu ombro e a outra no abdômen saindo na coluna, deixando-me tetraplégico.

     − Oh! Sinto muito. – Ela Lamenta.

     − O início é sempre difícil, mas a gente se acostuma com as adversidades. Eu preciso de ajuda pra fazer quase tudo, preciso que me troquem, dê banho, tire da cama, coloque na cama, enfim. Tomarei medicamentos pelo resto da vida e também farei exercícios pelo resto da vida para compensar a falta de movimentos. Apesar de todo o cuidado os acidentes podem acontecer como por exemplo: fazer as necessidades na roupa e encarar um constrangimento daqueles. – Faço um breve resumo da "rotina".

     − É por isso que o nome é "acidente" por se tratar de algo inesperado. – Ela observa.

     − Tem razão, mas viver a situação não é algo agradável. Eu não sinto nada do peito para baixo e também não sinto o antebraço e as mãos, mas ocasionalmente sinto dores se eu passar muito tempo na mesma posição ou não tiver o descanso necessário. Eu sinto dores todos os dias, uns dias são mais fracas e outros dias são dores quase insuportáveis.

     − Não há cura?

     − É parte da tetraplegia, tenho sorte de que você me aceitou no passado mesmo conhecendo todos esses desafios. Mesmo com sua determinação ainda enfrentamos muito preconceito para viver uma relação livre como estávamos. Não é fácil ver minha vida e achar que o existe superação, o capacitismo rotula a maioria dos deficientes. Parece que há uma relação entre mente e capacidade física.

     − Os direitos deveriam ser iguais...

     − E são! Pelo menos na teoria. Então pode ver que essa coisa de "é tão bonito pena que é deficiente" não é eficaz, é preciso ser maluca e determinada para ficar com alguém como eu.

     − Bom, você pode ter perdido os movimentos, mas não a essência. – Sorri da sua observação, de certa forma ela continuava a mesma de sempre.

      − Se você pensa assim é porque se importa. Mas estou dizendo que não é fácil ficar ao meu lado, é sinal de que terá de lutar as batalhas que luto.

     − Entendo, mas apesar de estar aqui não posso garantir que estou pronta para enfrentar as situações e você terá de ter paciência comigo. – Eu estava mais que satisfeito em ouvir isso, ter a Lívia novamente é melhor que a cura da tetraplegia.

     − Darei o meu melhor. Garanto que aprenderemos juntos. Eu nunca poderei cozinhar nada para você, ou dançar, erguê-la no ar, nunca andarei novamente, mas prometo ser leal e totalmente devoto. Nunca te magoarei, tem minha palavra. – O melhor caminho era ser completamente honesto com ela.

     − No momento é mais que suficiente para mim. E sobre nós?

     − Eu te conheci em um momento não muito agradável, você estava com alguém que não vem ao caso e eu estava com dores e cansado. – Faço outro breve resumo de como nos conhecemos no elevador e sobretodo o resto.

     − E eu consegui te impedir de cometer suicídio? Aparentemente sim.

     − É aí que entra uma pessoa que você não lembra: meu amigo Rodrigo. Ele era o mais engraçado da turma. Ele me contou que estava com câncer quando eu estava na clínica; eu não poderia deixá-lo morrer sozinho, então desisti do suicídio. Você me ajudou de diversas maneiras.

     − Fico feliz em ter ajudado!

     − Gostamos do mesmo sabor de pizza, você é bastante paciente e ao mesmo tempo mandona. – Sorrimos. – Costumava me chamar de alteza, eu sempre soube que era um deboche, mas gostava do apelido. A partir do dia em que disse que era uma princesa Disney passei a chamá-la por esse título. Você ficava chateada às vezes porque sou de poucas palavras, apesar de nesse momento não tenho escolha, pois preciso contar os fatos de nossas vidas.

     − Eu estou adorando ouvi-lo.

     − Você gosta de coisas simples, isso sempre me admirou em você. Gostava de tudo que eu te comprava, nunca errei num presente porque você é fácil de agradar. Acho que na verdade eu comecei a me apaixonar no dia em que a vi cantar num evento beneficente, a partir daí você estava sempre cantando perto de mim.

     − Você não enjoou disso?

     − De jeito nenhum Você tem a voz mais linda que já ouvi! – Falei como um tolo apaixonado. Ela era a única pra quem eu mostrava minhas fraquezas. − Também me levou para conhecer a casa dos seus avós, a viagem foi um presente de aniversário.

     − É a minha cara mesmo fazer algo desse tipo.

     − Já me deu tantas alegrias e me salvou de tantas maneiras que nunca poderia quitar essa dívida de gratidão. Eu já te magoei muito e mesmo assim você me perdoou e seguiu em frente.

     − Que bom, sinal de que eu realmente gostava muito de você, não é?

     − Eu quero acreditar que sim.

     − Enfim conseguimos ter essa conversa e que pude descobrir um pouco mais sobre você, vou levar a Estela para casa, dar banho, e as demais coisas necessárias. – Ela mal tinha chegado e já queria fugir.

     − Porque não passamos um tempo juntos? Você pode jantar conosco...

     − Você precisa descansar!

     − Isso é verdade, mas ficar com você e nossa filha não me cansa. – Fiquei na torcida dos meus argumentos serem válidos, eu não tenho poder de persuasão sobre a Lív, afinal não estamos em um tribunal.

     Quando vi o sorriso da Lívia se abrindo e iluminando o seu rosto eu soube na hora que tinha boas chances de ganhar esta causa. Porém suas próximas palavras me deixaram incrédulo.

     − Eu preciso ir... – Fiquei sem compreender. Acho que meu semblante denunciava cada sentimento meu e isso parecia diverti-la. Decidi que não me faria mais de rogado. Era agora ou nunca!

     − Lívia? – Ela já estava na porta e se virou para me olhar quando chamei. – Quer ser minha namorada?

     − Já sabe a resposta desde que me viu na piscina, advogato! – Deu as costas novamente e saiu.

     Não sei ao certo comome sinto. Estou um pouco confuso dado ao enormepoder que ela tem sobre mim. Isso era um sim ou não?

     Senti uma mão suave tocando o meu rosto, assim que abri os olhos vi o sorriso da minha mãe. O que será que aconteceu?

     − Meu filho, é hora de acordar! Combinamos de jantar em família para comemorar o aniversário de seu pai, lembra?– Só agora compreendi que tinha adormecido.

     Olhei ao redor na expectativa de ver a Lívia em um canto do quarto e saber que nossa conversa foi real, mas ela não estava lá. Vi apenas o Gabriel bem sorridente e não era à toa: ele seria pai novamente.

     Concordei com eles e me deixei ser levado pelo meu irmão que trocou minhas roupas e me acomodou na cadeira de rodas. Desci em silêncio para o jantar, imaginava que minha filha estaria com a mãe. Compreendi que a melhor coisa a se fazer era dar tempo ao tempo.

Lívia

     Saí do quarto do Nick bem mais convencida de minha decisão que qualquer outra vez que o encontrei. As incertezas e o medo de ficar com ele sem saber se eu daria conta ou se eu me sentiria sobrecarregada caíram por terra.

     Nicholas se mostrou um cavalheiro mesmo sem levantar um dedo, a voz grave e suave enquanto narrava os aspectos negativos de sua vida só mostravam que ele havia amadurecido e isso não o afetava mais.

     Eu sentia em meu íntimo que poderia ser cuidada e amada por esse príncipe que sentava em uma cadeira de rodas em vez de um cavalo, da forma como sempre sonhei. Pelo pouco que pude ter contato com ele vi que suas palavras direcionadas a mim são carregadas de doçura, apesar da arrogância e prepotência aparentes.

     Peguei uma bela roupa no roupeiro exuberante da minha filha e fui para o apartamento dos meus pais. Depois de reconhecer minha falta de educação, há alguns dias, fui conversar com a Sandra que abriu o baú de memórias sobre nossa boa relação. Eu queria a todo custo tomar as rédeas da minha vida mesmo que não conseguisse lembrar-se de nada.

     A Sandra me ajudou arrumando a Estela, e também fazendo uma maquiagem muito bonita e leve. Antes de sair da cobertura ouvi os boatos que a família comemoraria o aniversário do patriarca entre eles mesmo, achei por bem aceitar o convite do Nicholas. Eu não tinha intimidade com os familiares do pai da minha filha, então não fiz questão de medespedir.

     Quando subi de volta à cobertura com minha filha deslumbrante e após colocar a senha que o Nicholas me forneceu na noite do jantar toquei a campainha e vi as faces surpresas da família real e agregados.

     Depois de examinar brevemente os rostos me detive em um dos gêmeos, provavelmente o médico, pois o outro eu nunca tinha visto. Ele também parecia petrificado ao devolver o olhar idêntico ao do Nick.

     − Lívia? – Disse com dificuldade então percebi se tratar do gêmeo surdo que eu não conhecia. Não respondi por não saber o que fazer. Tudo aconteceu em uma fração de segundos e minha filha agarra as pernas do lindo homem que sorri e a pega nos braços. Ele fasta mais um pouco e entro para o apartamento pouco a vontade. Vi a Marcela e a Lúcia que antes estavam fora do meu campo de visão e as abracei não me sentindo mais tão deslocada. 

     Minha filha fazia alguns sinais com o tio e isso prendeu minha atenção, fiquei bastante interessada em aprender. Ela veio correndo até mim e começamos a brincar no sofá. Pouco tempo depois vejo, pela visão periférica, o Nicholas entrando na sala, ele estava cabisbaixo e parecia carregar o peso do mundo nas costas, minha vontade foi de tocá-lo e absorver todas as suas dores.

     Continuei brincando com minha filha como se nada tivesse acontecido, esperaria a reação dele.

Nicholas

     Desci sem conseguir esconder minhas emoções, estava uma pilha de nervos. Guiei a cadeira apenas olhando para o chão a fim de enxergar os obstáculos, levantei os olhos aos poucos para encarar meus parentes e desejar feliz aniversário ao meu pai quando tenho a visão dos deuses.

     Lívia brincava com a Estela e fazia seus próprios cachos vermelhos pularem como molas; estava com os cabelos soltos e um vestido preto simples de alça que abraçava seu corpo nos lugares certos. Ela sorriu e levantou caminhando até onde eu estava; a emoção tomou conta de mim.

Lívia

     O Nicholas parecia angustiado quando seus olhos encontraram os meus, seu colo estava convidativo, sendo assim só o que tinha que fazer era ir lá e abraçá-lo. Sentei em suas pernas e sua expressão foi de dor à surpresa. Aproximei a boca de seu ouvido e falei baixinho:

     − Sim, eu aceito ser sua namorada. – Ouvi o sorriso em meu ouvido ao mesmo tempo em que senti seu corpo estremecer com a risada.

Nicholas

     Lívia me encarou no mesmo instante que a vi. Sua resposta foi tão inesperada quanto sua atitude de sentar em meu colo sem permissão, isso mostrava que ela queria a proximidade. Vi as reações da minha família e amigos, todos nos olhavam. Não pude evitar sorrir com o rosto parcialmente coberto por cachos cor de cobre, o cheiro familiar de morango em seu cabelo me encheu de saudade.

     Abracei-a tão forte quanto eu podia; não queria soltá-la mais. Eu estava no paraíso. Afastei-a um pouco e colei nossas testas, esperei muito por esse momento.

     − Você lembrou? – Perguntei o que todo mundo queria saber. . Ela chegou de repente como se fosse a primeira vez, a Lívia sempre foi ousada comigo.

Lívia

     Ouvir a pergunta esperançosa do Nick me deixou triste, apenas neguei com a cabeça.

     − Não tem problema! – Ele continuou, dessa vez sorrindo. Era hora de ser totalmente honesta, pois ele tinha vencido. Na verdade o amor venceu! Só podia ser amor essa sensação boa que estava sentindo.

     − Digo-te abertamente que você tem meu coração, então não me magoe. – Falei com sinceridade olhando em seus olhos azuis, segurando seu rosto entre minhas mãos.

     Eu só não sabia que o Nicholas quebraria sua promessa!

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Se gostar do capítulo deixa sua estrelinha.

Abraços!!!

Até breve!

#gratidãosempre

Capítulo publicado dia: 18/09/2022

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