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Tout petit moineau

Tout petit moineau

Estou deitada, deitada em um campo florido, esse campo me envolve e eu o envolvo. Estou de vestido branco, deitada de costas, a brisa me acalma, eu respiro profundamente.

Ele está aqui.

Olho para o lado, um campo cheio de tulipas, o céu azul. Me sinto em paz.
De repente estou caminhando, lentamente, sinto meus pés bem pesados. Eu não me lembro bem quem sou eu, minha vida é apenas esse grande campo e ele.

Eu estou no céu? Isso é o céu? Por que se for, não está funcionando corretamente.

Ele segura minha mão, e subitamente, tudo escurece.

****

As grandes portas da igreja se abrem, e eu estou bem ali, na frente, no altar, ao lado do padre. Essa é a situação mais amedrontadora que eu poderia imaginar, um exorcismo, ótimo.

Eu tenho que aprender de qualquer maneira, e não ha nenhum video na internet que possa me ajudar com isso.

Aprenderei na prática, que Deus me abençoe.

Ela entra, com um vestido que ja foi branco um dia, olhos fechados, uma pele cinza encardida. Um sorriso nos lábios.

Um homem a acompanha, de mãos dadas com ela, e todos o olham aterrorizados. Era o pai dela, provavelmente. Muitos curiosos vieram assistir a este show de horrores... As pessoas não têm sequer um pouco de respeito. Fui contra a decisão de tornar isso público, fui... Mas o padre não.

Ela levantou o rosto lentamente e olhou direto para mim.

E eu olhei direto para 'ele'.

****

Todos os dias, há um bom tempo, não consigo distinguir quanto... Eu... Não lembro nem como medir a passagem de tempo...
Minha vida tem sido essa desde que me lembro, eu acordo, ando. Ando, corro, e ando. Ele corre atrás de mim e brinca comigo, ele me acolhe, mas todas as vezes que me toca tudo ao meu redor fica escuro e consigo apenas sentir ele.

Eu não sei o que ele é.

"Vamos matar...", Ele diz em voz manhosa.
"Matar quem? Somos só nós aqui", tento argumentar, mas ele insiste em querer matar outras vidas.

Não quero que ele faça isso. Mas por algum motivo sinto que ele ja está fazendo.

Hoje, quando ele segurou minha mão, tudo se escureceu novamente, mas ao fundo... Bem ao fundo... Ouço uma voz.
Uma mulher canta suavemente, e aquilo me acalma. Não consigo ouvir o que ele diz, aquela voz entra em mim como ar fresco, sombra em dia de sol. Ele não parece estar gostando muito.

****

Uma música lenta começa a ser cantada, palavras em latim? Não sei ao certo por não ter estudado o suficiente para isso.

A mulher do coral canta, canta e sua voz acalma todos ali presentes. O público curioso que veio assistir isso se cala e a voz da mulher ecoa por toda a catedral.

O padre se aproxima da menina, mas ela continua olhando para mim, sempre para mim. Meu corpo começa a coçar.

Ele segura em sua mão, junto com o pai, fazendo ela rosnar com o toque. Ele a leva de jeito brusco para mais próximo do altar, mais próximo a Jesus Cristo crucificado.

"Deus... Deus! Me ajude... Clareie minha mente, guie meus passos", Eu sussurro.

E ela ouve.

****

Ele agora se esforça para gritar mais que a voz.

"Não entendo como você não gosta da música", Estou sem entender. Ela é tão... Tão relaxante que me da vontade de dormir.

"Matar! Mate-a! PECADORA!" Ele grita, mas eu não o entendo.

De repente, a mulher começa a gritar, de modo gutural.

E eu só queria saber de onde ela vinha.

Meus braços pegavam fogo. E antes de perceber, eu mesmo gritava junto com ela, Ele ria, um riso irônico insuportável.

Minha cabeça explodia de dor. Coloco as mãos no rosto, mas elas o queimam.

De repente.

Sou jogada para cima, e caio em uma cama.

****

O padre havia acabado de se ajoelhar, ele era alto, isso ajudava a olhar ela olho no olho.

Ele desafiava o diabo, ele era corajoso.
Eu não, eu desviei o olhar.

Ela rosnou de um jeito mais animal do que um ser humano poderia conseguir imitar.

"Em nome do pai...", Ela cuspiu nele, mas ele continuou. "Em nome do filho! EM NOME DO ESPIRITO SANTO! Eu lhe condeno..."

E, sem aviso, a cantora gritou, gritou como se estivesse batalhando contra o próprio demônio em carne e osso, todos da igreja se assustaram.

O demônio a olhou com olhar de piedade, ele implorava para que ela parasse. Mas ela continuou, continuou gritando.

"Em nome do pai! SAIA!", Ela se debatia, mas o pai dela a segurava com força. Seus ossos começaram a se curvar, braços virados em ângulos impossíveis.

Ela queria sair dali, e por um momento eu pensei que esse seria o melhor para ela. E no momento deste pensamento, 'Ele' olhou em meus olhos e sorriu.

****

Estava na cama, ofegante, senti essa queda na pele. Olhei para meu ombro instintivamente e percebi estar muito magra. Eu... Eu não como ha quantos dias?

Dias?

Ele....

"Ai meu Deus", começo a chorar. Agora entendo onde estou, entendo.

O quarto era pequeno, parecia o meu quarto quando era criança, mas não haviam portas, tudo que haviam eram janelas, várias, vários tamanhos diferentes.

E lá fora eu conseguia ver.

Era a catedral onde íamos todos os domingos à missa.

Meu quarto está no meio da catedral?

Não... não é?

****

Ela força tanto os bracos que parece que eles vão ser arrancados, estou paralisado, tento pensar em alguma oração mas nada vem em mente.

Ela quer me atacar, ELE quer me atacar!
Ai meu Deus....

A mulher do coral grita novamente, as batidas e a musica ficam cada vez mais enlouquecedoras, mas... Mas parece que apenas eu a estou ouvindo...

O que aquilo significava?

Porque meu corpo ficava mais dormente  a cada segundo?

O padre continuava gritando palavras de ordem a Ele. Não sei se surtiam efeito, eu não consigo mais distinguir o que era realmente efetivo e o que não era com aquela música me hipnotizando.

E de repente, ela grita, a garota. Ela começa a chorar, como se tivesse recobrado a consciência.

"Me ajudem! Me ajudem! Onde ele foi?", Ela implorava por respostas.

O padre parou por um breve segundo, o único suficiente para que ela se soltasse com uma força sobrenatural, mandando seu pai à parede da catedral.

O padre empalidece, todos na igreja provavelmente estão assim também.

O demônio é enganador.

"Pecadores...", Ela quase sussurrava de tão baixo, com uma voz que não era desse mundo.

****

Eu gritava, gritava e batia nas janelas, eles não me ouviam, me sentia estar dentro de uma caixa.

Eu grito, grito e choro, onde Ele foi!
Onde....

Grito mais! Mas paro, por ouvir minha própria voz fora daquelas janelas.

"Me ajudem! Me ajudem! Onde ele foi?", Eu dizia, mas não era eu.

Maldito demônio.

Vejo meu pai sendo atirado às paredes da catedral.

Não...

NÃO...!

Ajoelho no chão com as mãos no rosto.

"Meu pai, não..."

****

A mulher do coral, incapaz de parar de cantar, quase todas as pessoas ja fugiram da igreja.

Está ficando vazio. O eco da música cada vez mais adentra meu corpo.

O padre segura ela de um lado e me manda segura-la de outro. Eu obedeço instintivamente. Para isso que a música serve? Ela te hipnotiza? Te faz seguir qualquer ordem?

Eu a seguro firme olhando em seus olhos, buscando a verdadeira garota ali dentro.

E por um momento.

Um breve momento.

Sinto que não só o demônio olha para mim. Não estou mais encarando o vazio.

O padre leva um chute, um tao forte que consegui ouvir sua perna quebrando e ele sendo jogado ao chão.

Instintivamente.

Jogo-me por cima dela.

Ela me beija.

****

Abraço meus joelhos.
Tento me lembrar de qualquer oração que consiga, mas não, minha cabeça está vazia, nao conseguirei viver nada alem do momento.

Estou assustando meus amigos, meus familiares. Eu.... Eu matei meu pai.

O padre cai ao chão subitamente.

"Para... Para... Jesus... Me ajuda", eu choro e soluço, olho novamente pela janela, um garoto da minha idade esta deitado sobre mim.

Não vejo mais nada por um segundo, algo toca meus lábios.

Depois tudo se clareia novamente, ele está caído ao meu lado. E eu.

Eu estou viva.

****

Acordo, sinto uma brisa suave sobre mim, o céu claro.

"Onde eu estou?", Me pergunto.

Sorrio, me sinto em paz como ha muito não me sentia, abro os braços e me espreguiço.

Estou num campo florido vestido apenas com uma camisa e uma bermuda brancas.

"Mais tarde...", Eu penso, "Mais tarde eu vejo onde estou."

Então uma mão toca em mim, e tudo escurece.

Eu sorrio para Ele.

E ele sorri para mim.

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