Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

V

Dedicado a Jujuba'(Um-ser-de-luz) pelo seu aniversário (30/01). Parabéns amiga! Espero que goste do cap ^^

Meus agradecimentos a Sheila_M_Alves por ter feito a capa do cap e ter me ajudado nele tbm :3

Decidi dividir o cap em dois pra não ficar muito grande e pra não demorar pra postar ele.

LEIAM AS NOTAS FINAIS!

Desculpem os erros e boa leitura!

***

Sabia que essa viagem ia dar merda, sabia desde o inicio.

A previsão de que chegaríamos a Southland seria de cinco a seis dias já que o barco do capitão Pete - sim, esse é o nome dele por incrível que pareça - é bem veloz, e isso é claro se uma tempestade não surgisse e atrasasse os nossos planos logo no final do quarto dia. Mereço.

Quando vi os primeiros pingos de chuva pela pequena janela da minha cabine, eu logo subi pro deque e assoviei chamando Seth, que logo apareceu pulando em meus braços, eu o levei pra dentro, o enxuguei e depois deixei algumas frutas pra ele comer e decidi voltar pro deque novamente. O tempo que eu havia ficado lá dentro cuidando de Seth, foi tempo suficiente pra chuva aumentar e fortes ventos começarem a açoitar o barco furiosamente.

Os poucos homens que trabalhavam naquele navio corriam de um lado pro outro gritando coisas desconexas e executando diversas tarefas que me deixavam tonta só de olhar, de tão rápido que eles faziam, apesar de uma tempestade sempre aterrorizar alguns marinheiros - principalmente os mais novos - todos os presentes pareciam bem tranquilos - na medida do possível - e possuíam semblantes determinados e centrados enquanto executavam as suas tarefas.

Eu estava me apoiando no inicio das escadas que levavam pro andar de baixo, o andar dos dormitórios quando de repente meu corpo foi empurrado violentamente e uma cabeleira loira passou correndo por mim indo direto para amurada do barco se debruçando no mesmo.

Sabendo do que se tratava logo segui em direção a Skye, sentindo as minhas roupas molharem rapidamente ao entrarem em contato com a chuva, por sorte, eu estava com o uniforme por baixo e o frio da água eu não iria sentir porque a roupa molhada não entraria em contato co a minha pele.

A cada momento, os ventos pareciam aumentar, e com isso a chuva parecia estar cada vez mais forte, tanto que tive que colocar meu braço sob os meus olhos pra impedir pelo menos que um pouco que as gotas da chuva caíssem diretamente nos meus olhos enquanto tentava andar em direção a Skye sem tropeçar em algo ou alguém - tentativa falha - e tentava manter meus pés o mais firme que eu podia sem ser levada pelo forte balanço do barco.

_Odeio navios - Skye disse quando eu parei ao lado dela e segurei os seus cabelos, impedindo-os que caíssem no seu rosto.

_O que de certa forma é irônico porque você ama piratas e grandes navios - tive que falar um pouco alto para que ela me escutasse já que o barulho da chuva estava alto demais.

_Sim, mas gosto deles somente em livros de história ou na TV - comentou antes de voltar a se debruçar na murada e colocar mais um pouco da suas tripas pra fora - São bem mais interessantes quando eu não estou neles - completou depois de vomitar mais um pouco.

_Imagino, mas pelo menos a chuva vai ajudar um pouco... eu acho...

_É bom que esteja certa.

Dei de ombros - Não sou a vidente aqui e nem medica pra poder afirmar uma coisa como essa com exatidão.

Ela me lançou um olhar irado e se debruçou novamente na amurada. Ambas já estávamos ensopadas, e se eu não soubesse que Skye também estava com o seu uniforme eu a faria entrar antes que pegasse um resfriado por conta das roupas molhadas, o que com certeza seria pior do que ela ficar vomitando, o que eu sabia que assim que as águas se acalmarem, a chuva forte e os ventos passassem o estomago dela melhoraria, o que de certa forma me aliava. Continuei segurando os cabelos dela pra não irem pro seu rosto e coloquei a minha mão livre nas suas costas a acariciando, não sei pra que isso serve, mas já vi em vários filmes e li em vários livros que é uma atitude comum, mas sinceramente, nunca entendi o real significado de tal ato.

_Tori... - Skye me chamou de repente, levantando um rosto o pouco o suficiente para que eu conseguisse ver a confusão estampada em seu rosto.

_Que foi?

_Eu... Acho que vi algo na água.

_Hã?

Me aproximei da murada e me debrucei sobre ela o suficiente pra conseguir ver o mar abaixo, a única coisa que eu consegui ver foi as águas escuras do mar que estavam agitadas por conta da tempestade.

_Eu não vejo nada...

_Não agora! - Skye exclamou exaltada de repente, ela pegou o meu braço e me puxou começando a correr na direção dos quartos - Em breve! Temos que acordar todo mundo.

Skye me soltou e começou a bater nas portas do quarto entrando em seguida e fazendo quem quer que fosse a pessoa dentro do mesmo a levantar, assim que eu entendi o que ela queria dizer eu logo segui o seu exemplo e comecei a fazer o mesmo, entrando no quarto do meu irmão o fazendo acordar e logo jogando a roupa em cima dele mandando o se vestir, depois segui pro quarto seguinte e me encontrei com Alex todo esparramado na sua cama, acordei-o e mandei ele se vestir, e por ultimo bati na porta e entrei no quarto me deparando com Anthony que dormia tranquilamente esparramado na sua cama.

Por um momento eu hesitei, ao vê-lo dormindo tão serenamente com os seus cabelos negros caindo nos seus olhos. Ele parecia uma pessoa completamente diferente quando estava dormindo, com aquela expressão relaxada e tranquila no rosto o que eu raramente vejo, pois ele esta quase sempre com o semblante fechado e de mal com a vida, embora eu não saiba porque. Suspirei auditivamente sem saber direito o porquê, e ao constatar isso eu balancei minha cabeça, expulsando esses pensamentos da minha mente e lentamente me aproximei dele, estendendo uma de minhas mãos com o fim de sacoleja-lo para o fazer acordar.

_Hey, Anth... - antes que eu pudesse completar minha frase ou sequer encostar nele eu senti meu pulso ser fortemente agarrado e em um piscar de olhos eu não estava mais em pé e sim deitada na cama, sendo pressionada por um corpo grande e quente em comparação ao meu que estava frio e úmido devido ao fato deu ter tomado chuva pra ficar com Skye e não ter trocado as minhas roupas, além de algo frio e com toda a certeza afiado no meu pescoço.

Uma adaga.

Arfei com o susto e tentei me mover pra sair de baixo dele e tira-lo de cima de mim, mas eu estava presa, totalmente imobilizada pelas suas mãos e pelo seu corpo, que eu nem preciso dizer que é maior que o meu não é? Eu não conseguia ver o seu rosto, que ainda estava escondido por mexas dos seus cabelos que caiam nos seus olhos, ele ao parecia estar totalmente desperto, e nesse momento, ele parecia estar tentando clarear a sua mente, e eu acabei concluindo a minha teoria quando vi seus olhos verdes esmeralda nublados pelo sono me fitarem pra logo depois de pequenos segundo clarearem e me mostrarem o quanto estava lúcido, mas ao mesmo tempo pronto pra tudo.

_Anthony... - chamei com a voz baixa e sentindo o metal frio da adaga no meu pescoço se aproximar perigosamente dele enquanto eu falava.

Durante pequenos segundos que me pareceram uma eternidade ele me olhou como se eu fosse uma inimiga e como se estivesse disposto a me matar a qualquer movimento meu, e por esse motivo eu me mantive quieta, mas não me impediu de chamar novamente seu nome tentando fazer perceber que era eu. Vi quando seus olhos verdes focaram se no meu rosto e me examinaram atentamente, quando a compreensão o atingiu e vi quando ele rapidamente saiu de cima de mim, a pressão da adaga e do seu corpo sumindo, indo embora tão rápido quanto ela veio.

Suspirei aliviada quando me vi livre da adaga, minhas mãos voaram para o meu pescoço procurando pelo tato pra ver se tinha alguma marca ou machucado ali, mas por sorte não havia nada.

_Me desculpe... Tori - ele murmurou rouco. Escutei o estalo seco da adaga caindo no chão, provavelmente ele a havia soltado, ele estava sentado na beirada da cama agora, com as pernas pra fora da mesma e o vi passando as mãos nos seus cabelos em um claro gesto nervoso.

Me sentei na cama devagar e o encarei - Tudo bem. Acho que a culpa é minha por vir no seu quarto desse jeito.

_Mas isso não explica o fato que eu te ataquei.

_Sim talvez... - ouvi o barulho que se instalava lá fora, de pessoas correndo de um lado pro outro e de repente me lembrei o porque de eu ter ido ali de inicio de conversa - Mas isso não importa agora - me levantei em um rompante o assustando com o meu movimento repentino e me dirigi pra onde estava o seu arco e a sua aljava os pegando e jogando pra ele - Temos um problema.

Não dei mais explicações e também não esperei que ele reagisse, eu simplesmente segui para o meu quarto e peguei o meu bastão, algumas adagas que estavam colocadas em um cinto que eu logo o prendi a minha cintura, além de esconder algumas na minha roupa, como debaixo das mangas da blusa e nas botas, depois corri de volta pro deque o encontrando como eu previa: um verdadeiro caos. Os marinheiros, por assim dizer, corriam de um lado pro outro do deque executando diversas tarefas com expressões de pânico em seus rostos, bem diferente da ultima vez que eu havia os visto, embora eu não vesse nenhum motivo aparente para eles estarem tão exaltados.

A chuva não dava trégua, mas pelo menos estava mais claro que antes o que indica que o sol já está nascendo, não havia percebido que havia ficado tanto tempo olhando a chuva e depois uma boa parte da madrugada ajudando Skye, e nem percebi como o tempo passou depressa, só fui perceber isso realmente quando olhei para o céu e vi as luzes do sol se infiltrando nas nuvens escuras da chuva, clareando mesmo que pouco, acho que quando o sol estiver no seu auge estará bem mais claro e até lá espero que essa chuva tenha passado.

_O que vocês estão fazendo seus malucos?! - a voz irritada de Skye se fez presente, estreitei meus olhos enquanto tentava ver onde ela estava e mesmo ao longe eu consegui ver seu cabelo loiro, agora um pouco escuro por estar molhado, na cabine do capitão. Pra eu estar conseguindo ouvir sua voz mesmo que com o barulho da chuva ela devia estar gritando e muito e curiosa pra saber o que a estava exaltando eu disparei escada a cima na direção dela e do capitão.

Quando terminei de subir as escadas - depois de ter tropeçado umas duas vezes por conta da escada molhada - vi Skye empurrar o capitão, fazendo o cambalear e forçando-o a se segurar na parede para não cair. Corri, e entrei no meio deles estendendo as minhas mãos na frente em um claro gesto de paz enquanto esperava-a se acalmar e me dizer o que esta acontecendo.

Skye ao ver que era eu bufou e saiu em passos duros, lancei um olhar para o Capitão Pete, um velho gordo e aparentemente idiota, antes de segui-la.

_O que esta acontecendo?

Ela se virou furiosa na minha direção e gritou:

_Se morrermos vai ser por culpa daquele infeliz! E acredite se isso acontecer eu fazer com que o inferno pareça um paraíso comparado ao que eu vou fazer antes de morrer!

_Tá legal... Agora que já extravasou e gritou pode me contar o que acontecendo? - perguntei sem chegar muito perto, vai que ela me ataca pra descontar a sua frustração. Não sou loca a esse ponto.

Ela bufou e recomeçou a andar, cansada de vê-la andar de um lado pro outro eu me sentei em um dos degraus da escada - pois ainda estávamos perto dela - e coloquei meu cotovelo em cima do meu joelho para apoia-lo enquanto apoiava minha cabeça e esperava ela esfriar a cabeça.

_Pronto? - perguntei depois de vê-la chutar um balde que estava ali.

Ela voltou seu olhar pra mim e depois de respirar fundo ela veio até onde eu estava e se sentou ao meu lado.

_Pronto.

_Agora me fala, o que você viu?

_Eu nos vi sendo atacados... pessoas sendo jogadas pra fora do navio. Fogo, muito fogo - explicou ela, fixando seu olhar eu algum lugar distante enquanto se recordava de sua visão - Vi a água, como se eu estivesse debaixo dela, submersa, vi uma coisa preta na superfície, não era o navio, era algo saindo dele - Skye passou as mãos nos seus cabelos molhados tirando-os de seu rosto - Foram fleches de várias coisas ao mesmo tempo, não consegui assimilar tudo ainda.

_Mas o que era exatamente? - perguntei sem saber se eu queria saber realmente o que irá nos atacar - O que estava jogando as pessoas pra fora do navio?

_Eu tenho uma ideia do que pode ser, mas não importa agora - ela se levantou no exato momento em que todos os nossos amigos apareciam no deque - Temos que arranjar um jeito de impedi-lo de afundar esse navio.

Me levantei também e observei eles caminharem até a gente - Mas o que chamou a atenção desse...monstro que esta vindo?

Vi Skye fechar o semblante e lançar uma olhada por cima do ombro - Por causa dos resíduos tóxicos que eles estão jogando no mar.

Agora eu entendi porque ela estava furiosa com o Capitão do navio.

_Será que podemos fazer alguma coisa pra impedir?

_Desligar os motores já seria o suficiente, pelo menos eu acho que seria o suficiente.

_Okay.

Não esperei eles chegarem até a gente, nem que Skye falasse mais nada, apenas me virei e subi as escadas rapidamente, dessa vez - felizmente - sem tropeçar em nenhum degrau. A porta da sala dos controles estava aberta do jeito que havíamos deixado, entrei sem bater e encontrei o capitão sentado em uma poltrona com uma xícara com um líquido fumegante na mão e um livro na outra, ele parecia tranquilo, o que diz claramente que não acreditava no que Skye havia lhe dito, um idiota na minha opinião. Sem perder tempo eu me dirigi até os controles tentando achar um botão que fizesse os motores desligarem, como barcos não são o meu forte eu não sabia o que fazer então apertei um dos inúmeros botões que havia ali, ligando o limpador de para-brisa. Se eu fosse um desenho animado eu estaria com uma gota na cabeça agora.

Passei meus olhos mais uma vez pelos controles, rezando internamente pra que houve-se um botão escrito "desligar" ou qualquer outra coisa parecida, mas como eu já sabia, não existia. Bom, só me resta ir apertando uns botões aleatoriamente até achar um que desligue.

_O que você esta fazendo? - gritou o capitão pegando o meu braço estendido e o segurando fortemente, me impedindo de continuar.

_Tentando salvar nossas vidas seu imbecil! - respondi com palavras ríspidas, mas com a voz ainda normal - Agora, será que poderia, por favor, me soltar, antes que eu decidida enfiar uma adaga no meio da sua testa?

Ele pareceu surpreso por um momento com a minha ameaça, mas não me soltou, e depois que o choque passou, sua expressão mudou e ele pareceu anda mais determinado em não me soltar, segurando fortemente o meu braço.

_Você e sua amiga são loucas! Por que eu desligaria o meu barco? Não a perigo algum, navego nessas águas há anos e nunca me aconteceu nada - afirmou convicto e assentindo pra si mesmo como que pra afirmar que o que dizia era verdade.

Soltei uma risada baixa e neguei com a cabeça - Parece então, que nós somos muito mais azarados do que eu imaginava.

Antes que aquele homem pudesse falar alguma coisa, eu desferi o meu joelho no seu braço o fazendo gritar de dor e de surpresa. Seus dedos se afrouxaram do meu braço e eu aproveitei que ele estava ocupado me xingando de nomes muito feios - acho que a mãe dele devia passar sabão na língua dele - e peguei sua mão com a minha mão livre e a torci, depois girei até estar parada atrás dele, segurando fortemente a sua mão enquanto a torcia junto com o seu braço nas suas costas. Parecia que quanto mais doía mais ele praguejava e mais alto sua voz ficava, francamente, esse homem já esta me irritando.

Ele se debateu e tentou se soltar, mas eu virei ainda mais a sua mão e o forcei a andar até que estivesse colado na parede onde seria mais fácil de segurá-lo, mantendo uma distancia segura de eu corpo para que ele não possa tentar nenhuma idiotice como me acertar com a sua cabeça ou me dar um chute, ou qualquer outra coisa parecida. Quando consegui mobiliza-lo por completo, um de seus homens entrou na cabine, provavelmente atraído pelos gritos de seu capitão. De inicio ele aprecia estar confuso e hesitante, mas então seu capitão gritou para que ele o ajudasse a se livrar de mim e a expressão do mesmo logo mudou pra uma determinada. Tolo.

O marujo - acho que posso chama-lo assim, já que não sei o seu nome e nem me interesso em saber - retirou um canivete do seu bolso e caminhou a passos decididos até onde nós estávamos, rapidamente, eu inverti as posições, fazendo com que o capitão ficasse na minha frente e eu com as costas quase que encostadas na parede. Eu estava em desvantagem numérica, mas isso não quer dizer que seja um problema real, só tenho que saber usar a cabeça.

Retirei uma adaga do meu cinto, enquanto segurava o pulso dele coma outra mão. Ele pareceu surpreso e aliviado ao me ver soltar uma de minhas mãos que eu estava usando pra imobiliza-lo, mas ele não contava com o metal frio que tocou as suas costas no exato momento que ele se mexeu pra tentar sair de perto de mim. Seu marujo pareceu hesitar quando viu a expressão de seu capitão, provavelmente deveria ser uma expressão assustada, ou de raiva, não me importa realmente, só me importa desligar esse maldito navio agora.

Lentamente, fui arrastando a ponta da adaga nas costas do capitão Pete, fazendo o tremer, ate que cheguei ao seu pescoço e a pressionei ali, voltei meu olhar pro marujo que tinha uma expressão de medo estampada em seu rosto ao ver a lamina tocar o pescoço de seu chefe, e confesso que eu estava me deliciando com o momento.

_Você - disse me referindo ao marujo, que ainda estava estático perto da porta segurando o canivete, ele se assustou com o som da minha voz e quase que deixou seu canivete cair - Sabe desligar essa coisa?

Ele assentiu com a cabeça rapidamente.

_Bom. Então desligue, antes que eu fique entediada demais em ficar segurando ele e acabe com os dois.

Rapidamente ele se dirigiu para os controles, soltando o canivete na pressa, e vasculhando o painel ele rapidamente achou um botão e o apertou, revirei os olhos ao ver que era um botão vermelho, sempre é o vermelho, porque não pensei nele antes? Sorri feliz ao escutar os motores se desligando e o sentindo o navio diminuir o seu ritmo, sendo levado somente pelas águas turbulentas.

De repente Pete jogou sua cabeça pra trás conseguindo acertar o meu nariz, e no susto eu acabei o soltando, eu comecei a sentir meu nariz latejar e os meus olhos arderem. Ah, mas se ele tiver quebrado meu nariz com essa cabeça dura que ele tem eu vou quebrar todos os ossos do corpo dele!

_Isso não se faz com uma dama - apesar de sentir meus olhos lacrimejarem por conta da dor, consegui fazer com que a minha voz soasse leve e divertida enquanto o assistia se abaixar e pegar canivete que o seu marujo havia deixado cair anteriormente.

Ele bufou uma risada sarcástica apontando o canivete pra mim - Você não é uma dama.

Coloquei uma mão no meu coração fazendo uma cara de ofendida - Assim o senhor me ofende.

Girei a adaga na minha mão, passando-a agilmente de uma mão pra outra, fazendo os olhos dele e de seu marujo - que estava paralisado perto dos controles - fixarem seu olhar na mesma, e mais rápido do que os seus olhos eu agilmente a atirei sobre a mão dele que segurava o canivete, a perfurando e fazendo o mesmo soltar o canivete enquanto segurava a sua mão agora machucada, caindo de joelhos no chão.

Teatralmente joguei meus cabelos pra trás e o mirei agora no chão.

_Isso foi por me insultar. É claro que sou uma dama... Ao meu modo.

Ele me fitou raivoso, e depois virou para o marujo ainda paralisado - francamente, o que ele ainda esta fazendo aqui? Já deixou bem claro que é um inútil - o dizendo sem palavras para que fizesse alguma coisa, e quando o mesmo não reagiu, o capitão gritou a plenos pulmões o mandando fazer algo.

Retirei outra adaga do meu cinto e brinquei com ela na minha mão de novo o fazendo se concentrar nela novamente - Se tentar algo vou mirar em alguma coisa mais vital e mais dolorosa do que a mão.

Dito isso, ele rapidamente se virou e pulando o seu chefe caído no chão com uma mão sangrando, ele desapareceu porta a fora sem remorso algum tão rápido quanto havia surgido.

_Inútil.

_Não fale assim, ele ate que é bem corajoso, não é todo dia que vê uma mulher como eu, não é mesmo?

O Capitão parecia ainda estar furioso comigo, percebi isso ao vê-lo mostrar os dentes pra mim e rosnar. Virou cachorro agora foi?

_Quem são vocês? Por que estão indo pro sul? - questionou bravo - Vocês não são civis comuns, posso deduzir isso somente por causa daquela nave de alta tecnologia que me ofereceram como pagamento, e posso confirmar isso agora ao vê-la, mas não consigo imaginar quem são vocês.

Inclinei minha cabeça pro lado e o fitei - Tem certeza que não sabe quem somos? Eu acho que sabe, só não quer falar em voz alta.

Ele franziu os lábios parecendo pensar, e eu vi quando os seus olhos brilharam de compreensão e vi quando murmurou baixo as palavras: ordem e guardiões. Ele parecia em choque, talvez por estar totalmente surpreso, ou talvez ele seja mais um dos que pensam que os Guardiões foram todos mortos ou presos naquele ataque a Ordem há alguns dias atrás, não sei e não me interessa, o fato é que eu já fiquei a tempo demais aqui e tenho que me juntar aos outros e ver se alguma coisa na visão de Skye mudou.

_Mas... Como? Como ela sabe o que ai acontecer? - perguntou baixo, e eu tinha a impressão que a qualquer momento iria sair fumaça de sua cabeça de tanto que ele estava pensando - Ela estava convicta do que dizia... Me pareceu uma loca!

_Ela é meio loca mesmo, mas eu não duvidaria dela em casos como esse.

_Do que esta falando?

_Tem certeza que não conhece a Casa pertencente à Câmara dos Lordes que tem o dom da visão? - questionei cética, levantando uma sobrancelha enquanto falava.

_Impossível... - balbuciou ao raciocinar, arregalando os olhos.

_Será mesmo?

Eu nãos sei porque eu estava falando tanto com aquele homem, talvez pelo fato de saber que depois dessa viagem nunca mais o verei, ou por saber que há a possibilidade dele morrer nesse ataque que Skye previu, ou talvez eu só esteja me divertindo com as suas expressões toda vez que entende algo. Só sei que eu estava de guarda baixa - o que eu não deveria ter me permitido - e a ultima coisa que eu esperava é escutar um estalo seco e alto, o barulho de uma arma sendo destravada, e não era preciso me virar pra saber que tal arma estava apontada pra mim. Ri me lembrando do meu sonho mais recente e da fala que os "humanos são complicados e difíceis de entender", pelo contrário, os acho muito mais muito previsíveis, e ver esse marujo que eu desconheço - outro bem mais corajoso que o anterior que havia fugido há instantes atrás - apontando firmemente uma pistola apontada direto pro meu coração prova isso.

Por que os humanos sempre tem que recorrer a esse tipo de violência?

Tá... Eu acabei de utilizar um meio parecido pra deixar o capitão incapacitado temporariamente de tentar lutar contra mim, mas foi pura defesa! Esse homem, parece só estar se aproveitando da situação para usar uma arma, e seus olhos frios e indiferentes e a firmeza com que segurava a arma mostrava ser bastante experiente. Droga.

Pense Victoria! Pense!

Respirei fundo algumas vezes, respirando pelo nariz e soltando o ar pela boca, enquanto tentava permanecer calma e achar uma solução pra arapuca que eu havia me metido. Minha adaga não seria mais rápida que o tiro de sua arma, mas talvez eu pudesse acertar sua mão, ou qualquer outra parte do corpo e tentar desviar da bala que provavelmente ele atiraria assim que me visse preparar pra lançar minha adaga, e se eu conseguir atingi-lo e não ser atingida, tenho a grande chance de conseguir imobiliza-lo e escapar dessa ilesa. É uma boa ideia, a questão é: eu vou conseguir ser rápida o suficiente?


***

Hey! E aí? Gostaram? Ansioso pra continuação? Espero que sim, eu disse que ia acontecer algo, mentira não disse nada, mas já é de se esperar porque eles têm uma sorte danada de ruim não é mesmo? Esperando ansiosa pra ver os comentários de vocês sobre o cap.

Bom, gente, daqui pra frente os caps demoraram mais tempo para serem postados já que minhas aulas voltam segunda e esse é meu ultimo ano, ai eu tenho escola de manha, senai a tarde e a noite tenho que estudar pra vestibular e tals, por isso peço que tenham um pouquinho de paciência comigo por causa disso, mas com o tempo os caps viram podem ficar tranquilos ^^

Acho que é só isso por hoje gente, até o próximo cap :3

Bjss da Angel

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro