FIC NOVAAAAAAA

Olha quem trouxe mais uma FIC novinha pra vocês 😴😍😍😍
Essa vai ser mais um desafio pra mim, eu me apaixonei demais por essa música e na minha cabeça veio um roteiro Camren de cara.
Escrevi esse capítulo mês passado e nem ia postar agora, mas eu sou muito ansiosa com as coisas, então bora pra leitura.

Quem é novo, bem-vindo, quem é antigo, vamos pra mais uma e já sabe, né?  Prepara o colete.😴

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Pov Lauren

A melhor amiga, para ela eu não passava disso, éramos as melhores amigas e só, nada além. Nos conhecemos desde quando tínhamos dez anos, foi ela quem me defendeu de um professor de educação física que queria me obrigar a utilizar o vestiário masculino com todos os meninos da turma dentro, mesmo que eu tivesse mostrado por longos minutos a autorização da diretora para utilizar o vestiário e banheiro feminino, desde que estivesse vazio.

A baixinha virou uma fera com o professor e só faltou voar nele pra me defender, ela tinha acabado de chegar na escola e já estava "arrumando confusão", ninguém nunca me defendeu daquela forma e muito menos tinha me dado um abraço tão gostoso e acolhedor. Sempre fui a menina "diferente" da escola, a aberração que todos olhavam como se eu fosse um animal no zoológico ou que tinham medo de chegar perto.

Mas com ela era diferente, ela não ligava para o que os outros falavam ou se importou com a minha condição, a única coisa que ela me perguntou foi se eu gostava de torta de banana, disse que era uma questão muito importante pra eu ser amiga dela. Bem inusitado esse critério de fazer amizade que ela tinha, mas ainda bem que eu gosto de torta de banana, foi por causa disso que conheci a mulher da minha vida.

Camila Cabello, só de falar sinto meu coração acelerar, sou apaixonada por ela desde os nossos quinze anos e hoje com vinte anos continuo da mesma forma, sou trouxa pela cubana mais perfeita desse mundo. Mas como nem tudo são flores, ela deixou bem claro que jamais teríamos algo além da amizade, ela é hétero demais pra ficar comigo e apesar de falar que eu sou o amor da vida dela, não passa de amizade.

Camz é tão incrível e apesar de não termos nada além de amizade, parecemos namoradas segundo o pai dela. Ela adora andar de mãos dadas comigo, vive me chamando pra assistir filme agarradinha na sua casa, dias de chuva tenho que ir dormir com ela, gosta de ser mimada seja com uma flor ou um beijo na testa não importa, desde que demonstre que a amo, vive sentada no meu colo e sente um puta ciúme quando sabe que fiquei com uma garota.

Estou no quinto período da faculdade, curso administração e trabalho meio período em uma das cafeterias do meu pai como garçonete, ele disse que preciso aprender cada função pra que um dia eu possa assumir o cargo de presidente da empresa enquanto ele estraga os netos mimando muito. Já Camila estuda música e está no quinto período também, pensa numa pessoa que compõe músicas tão perfeitas que chegam a fazer chorar, seja de tristeza ou amor, além de fazer uns arranjos incríveis.

Desde que nos conhecemos ela sempre me disse que queria muito fazer faculdade de música pra aprender mais sobre a história, os instrumentos, regência, tudo que pudesse aprender. Ela fazia aulas violão e piano em Cuba, mas como os pais demoraram um pouco pra se estabelecerem aqui no país, ela acabou tendo que parar de estudar e ficou só em casa compondo e cantando no quarto pra eu ouvir, e que voz.

-Ei?! (despertei ao ouvir a voz da minha amiga)
-Oi Vero. (disse e voltei a contar o dinheiro do caixa)
-Acorda pra vida, tô chamando você pra ir lanchar com umas garotas, a menina que eu gosto pode levar uma amiga se você quiser. (ela disse e eu neguei rapidamente)
-Hoje é dia de filme com a Camila, marca pra amanhã ou depois. (disse e ela revirou os olhos)
-Quando você vai parar de ser trouxa pela Cabello? (ela perguntou e eu suspirei)
-Nunca, provavelmente. (murmurei e ela riu me olhando)
-Isso é falta de sexo, vamos hoje cara, eu prometo que faço seu próximo trabalho da faculdade. (ela disse e fechei o caixa para a troca de turno)
-Tentador, mas dormir de conchinha com a latina é melhor. (disse e ela me olhou desconfiada)
-Vocês estão se pegando? (ela perguntou e eu neguei rindo fraco)
-Só em sonho, mas ela gosta de dormir assim comigo e eu aproveito pra ficar mais próxima. (disse e ela jogou minha jaqueta)
-Não fica de pau duro com ela, né? Sabe que a garota é sua amiga. (ela disse e dei de ombros)
-Eu tento, mas não é sempre que dá pra controlar uma ereção com uma gostosa daquelas toda empinada pra você e ainda pedindo abraço. (disse vestindo minha jaqueta de couro)
-Às vezes eu acho que ela faz isso de propósito, essa latina não é totalmente hétero não, ela gosta de sentir o Laurenzo naquela bunda enorme. (ela disse e eu ri pegando um pedaço da torta de morango)
-Valeu Eddie, bom final aí. (disse e o cara que me rende acenou) Ela pode até não ser hétero, mas beija aquele idiota.
-Não sei como ela aguenta aquele babaca, o cara é um puta escroto que adora falar merda e menosprezar os outros. (Vero disse e eu respirei fundo)
-Também não sei, mas a Camila é cega por esse Shawn desde a escola e agora que ele deu bola não consegue ver que nem com ela o cara sai, não dá atenção, não leva um flor sequer só pra dizer que lembrou, na faculdade só chega perto pra quase comer ela na frente dos amigos e ela não enxerga nada. (disse enquanto andávamos até o estacionamento)
-Já tentou falar com ela sobre isso? Ela sempre ouve você. (ela disse e eu neguei rapidamente)
-Eu não falo com ela sobre o Mendes, a única coisa que eu falo quando eles brigam é que sempre vou estar alí pra cuidar dela. (disse ajeitando o pedaço de bolo na sacola de papel)
-Você já percebeu que você faz tudo que esse cara deveria fazer? Você é mais namorada dela do que ele. (ela disse e eu ri assentindo)
-Meu pai também fala isso, mas com ela é só amizade, infelizmente. (disse subindo na moto e ela riu)
-Sabe que uma hora ou outra essa cara vai vacilar e quando ela estiver solteira, você tenta de novo. (ela disse subindo atrás de mim)
-Da última vez ela ficou estranha comigo por meses, não quero isso de novo. (disse entregando o capacete pra ela)
-A gente era pirralha Laur, tínhamos quinze anos. (ela disse e coloquei o capacete)
-Deixa rolar e se ela terminar com esse babaca eu tento de novo. (disse e dei partida na moto)

Vero era a única amiga que sabia tudo que eu sentia pela Camila, nos conhecemos no ensino médio assim que Camila e eu nos mudamos de colégio. Tirando a latina que me conhece como a palma da mão, Vero era minha melhor amiga e parceira das minhas loucuras. Camila às vezes sentia um ciúme bobo quando sabia que eu ia sair com a Vero pra algum lugar, diz ela não queria que ninguém me roubasse dela, como se fosse possível.

Segui até a casa da Vero como todos os dias, eu sempre a levava para casa depois do expediente, já que ela também trabalhava na cafeteria. Depois de ficar alguns minutos conversando com sua mãe e ela me forçar a comer um bolo de cenoura, fui para casa tomar um banho antes de ir pra casa da latina.

Cheguei em casa ouvindo risadas vindas da cozinha e subi para meu quarto, não tinha uma relação muito boa com meus irmãos, principalmente com o Christopher, que é um ano mais novo que eu. Até o início da adolescência minha relação com a Taylor era muito boa, mas o meu irmão encheu a cabeça dela e hoje em dia falamos só o básico.

Minha relação com o Chris começou a ficar ruim quando meus pais conversaram com ele e a Tay sobre minha condição de intersexual, ele achou a coisa mais bizarra e ficava o mais longe possível na escola pra não saberem que somos irmãos, hoje em dia faz o mesmo na faculdade, mas parei de me importar faz tempo com a opinião dele sobre mim, só queria que ele me ignorasse.

Já com meu pai tenho uma ótima relação, ele sempre foi meu herói, protetor, melhor pai do mundo inteiro, meu melhor amigo e o sogro da Camz, ela morre de vergonha quando ele a chama assim, mas quem disse que ele para? Segundo ele e o tio Ale somos namoradas que não se beijam apenas, já que a latina sente um puta ciúme quando eles tocam no assunto proibido, Rebbeca Marie Gomez ou só a Becky, uma garota da faculdade que eu fico de vez em quando. 

Coloquei um moletom preto e prendi os cabelos antes de descer para a cozinha com a sacola da cafeteria, sempre levava algum doce para a latina, a tia Sinu fala que eu a mimo demais. Entrei na cozinha e abracei meus pais recebendo um olhar indiferente do meu irmão e um aceno leve com a cabeça da minha irmã.

-Pensei que não viria jantar, seu pai tem te dado muito serviço? (dona Clara, minha rainha disse)
-Não, é que eu passei na Vero antes de vir pra casa, sabe como a tia Regina é, me fez ficar pra comer um bolo de cenoura que ela tinha feito. (disse sentando à mesa e ela assentiu)
-Não sei pra que você leva essa garota pra casa, ela pode muito bem usar o cartão de passagem que a empresa dá. (Chris disse e revirei os olhos)
-Deve ser porque a moto é minha, ela é a minha amiga e a porra da gasolina quem paga sou eu. (disse e ele deu aquela riso cínico)
-Lauren Michelle, o que a gente conversou sobre xingar dentro de casa? (minha mãe disse séria e bufei)
-Christopher, sem fazer graça. (meu pai disse e ele engoliu a seco o riso cínico)
-Foi mal. (Chris murmurou e coloquei meu prato)
-Como está indo a escola Tay? (meu pai perguntou e vi minha irmã suspirar)
-Semana de provas, ódio mortal. (ela disse e eu ri fraco, Tay sempre odiou escola)
-E você Laur? Como está indo na faculdade? (meu pai perguntou e cocei a nuca)
-Indo, eu tenho um pouco de dificuldade com algumas matérias, mas a Camz tem me ajudado. (disse e ele assentiu sorrindo)
-Saudades da minha nora. (ele disse e eu ri negando)
-Ela disse que vem aqui esse sábado, não quer ir com os pais visitar as tias. (disse e ele assentiu sorrindo)
-Vou fazer torta de banana. (minha mãe disse e eu sorri)
-Quando a Hailee vem aqui ninguém faz nada, agora quando a Camila vem todo mundo para a vida. (ele disse e respirei fundo)
-Chris, você sabe que sempre tratamos bem a sua namorada e que só não temos tanta proximidade com ela porque você não traz a garota. (ela disse e comecei a comer)
-Tay, eu deixei o carregador na sua cama, obrigada. (disse baixo e ela sorriu levemente)
-Nada. (Tay murmurou e voltei a comer)
-Eu vi que lá na cafeteria vai abrir vaga pra garçonete meio período, você falou que queria. (comentei e ela me olhou animada)
-Sério? (ela perguntou e eu assenti levemente)
-Não sei pra que trabalhar agora, o papai sempre disse que enquanto a gente estudar e trouxer boas notas, ele não liga de nos sustentar. (Chris disse mexendo no prato, um parasita mesmo)
-Eu quero ter minha renda extra pra trocar meu celular sem precisar gastar toda minha mesada e não poder sair com minhas amigas porque estou sem dinheiro. (ela disse e ele revirou os olhos)
-Falando nisso pai, eu quero saber se o senhor libera a grana pra eu comprar uma moto pra mim. (ele disse e meu pai negou rapidamente)
-Junte a sua mesada e quando puder compre uma. (ele disse e prendi o riso)
-Pra Laur você deu uma. (Chris resmungou e olhei rindo fraco)
-Eu dei um emprego, inclusive coloquei ela pra trabalhar como garçonete pra aprender que milhões de pessoas tem que suar pra conquistar cada pequena coisa. Se você quiser um emprego posso colocá-lo em uma das filiais da cafeteria. (meu pai disse e ele bufou)
-Tô de boa. (ele murmurou e voltou a comer em silêncio)

Era incrível como o Chris conseguia ser um parasita tendo todas as oportunidades do mundo, sempre estudamos nas melhores escolas da cidade, tivemos as melhores roupas, viagens, a faculdade é paga pelo nosso pai e ele não faz o mínimo de esforço pra ser alguém por ele mesmo, ainda que já tenha uma estabilidade que milhões de pessoas queriam ter.

Comecei a trabalhar na cafeteria assim que entrei na faculdade, queria ter minha independência e comprar a moto que eu sempre via quando passava de ônibus indo pra casa. Meu pai até pensou que eu iria desistir por ele me dar um emprego de garçonete, já que ele sempre via o Chris falando que se um dia fosse trabalhar na cafeteria era no escritório, mas pra mim até se ele falasse pra eu entregar flyer na rua continuaria me orgulhando por poder trabalhar dignamente ao invés de roubar ou ficar como um parasita dependendo de todo mundo pra ter algo.

Depois de vários meses juntando meu salário e metade da mesada que meu pai dava, consegui comprar a moto que eu queria, minha Honda Cb600f Hornet, meu sonho de consumo na época da escola e agora meu brinquedo. Eu agradeço muito meu pai ter me dado um emprego como esses, hoje em dia eu consigo ver muito além da minha bolha. Aprendi muito a cada dia suando naquela cafeteria pra no final do mês ganhar meu salário, hoje entendo o medo que a Vero tinha na época da escola de perder a bolsa e não poder ajudar a mãe.

Estudamos juntas desde o ensino médio, ela era uma das bolsistas do colégio e uma das melhores alunas, lembro que todas às vezes que saíamos da escola ela só faltava fazer maratona pra chegar em casa e ajudar a mãe a fazer bolos por encomenda. Eu nunca entendia muito bem porque ela ia tão rápido pra casa e nunca saía com a gente, até que descobri que seu pai tinha ido embora com outra mulher e largado as duas só com a casa, sendo que sabia que nenhuma das duas trabalhava ou tinha uma renda.

Lembro que uma vez ela até cogitou parar de estudar porque não conseguiam se manter só com aquelas encomendas e ela precisava arrumar um emprego pra ajudar nas despesas, aquilo foi o auge pra eu entender que milhões de pessoas passam por isso e mesmo assim são obrigadas a serem fortes. Foi nossa primeira briga, eu proibi a Vero de chegar na sala do diretor enquanto eu não resolvesse aquilo, fui na casa dela e na maior cara dura cortei dois pedaços de bolo diferentes e levei para a sede da cafeteria do meu pai sem nem pedir autorização a mãe dela que só faltou chorar na minha frente achando que tinha perdido a encomenda.

Meu pai aquele dia estava numa reunião super importante e eu simplesmente entrei na sala com dois pedaços de bolo enrolandos no guardanapo, uma ótima apresentação de produto para uma empresa kkkk. Ele ia brigar comigo porque odeia ser interrompido no trabalho, mas nem me importei, era a minha amiga e a família dela que precisavam de ajuda. Eu estendi os dois pedaços e pedi pra ela provar, quando ele fez aquela cara de que tinha amado o sabor, pedi para conversar sobre uma coisa muito importante.

Ficamos conversando, expliquei tudo o que tinha acontecido e pedi pra ela dar um emprego à mãe da Vero em algumas das cafeterias, mas ele negou, disse que não precisava de mais um funcionário, eu chorei tanto quando ele disse isso olhando nos meus olhos. Mas ele me surpreendeu, disse que ele queria alguém que fizesse algo surpreendente e aquele bolo era o que a empresa estava procurando, se eu já tinha chorado por achar que ele não iria dar o emprego, imagina o quanto chorei ao ouvir isso dele.

Na época eu ainda ia de bicicleta para todos os lugares, demorei mais de uma hora pra chegar na casa Vero, ela estava sentada na calçada de casa chorando muito. Me aproximei e ela me perguntou porque eu estraguei duas encomendas da mãe dela, era o dinheiro que ia ajudar à pagar uma das parcelas da hipoteca da casa, ela perguntou por quê eu tinha feito aquilo, se tinha ficado com raiva dela por alguma coisa.

Quando eu contei tudo a tia Regina chorou feito criança me abraçando, a Vero ficou me olhando por quase uma hora sem dizer nada até cair a ficha de que ela não iria mais deixar o colégio. Hoje em dia a tia Regina trabalha no centro de criações das receitas para a cafeteria e a Vero trabalha como garçonete junto comigo, além de estudarmos juntas na faculdade que meu pai fez questão de pagar pra ela.

O pai dela? Apareceu no ano passado na merda, perdeu o dinheiro e a mulher deu um pé na bunda dele, mas o meu pai fez questão de ir falar com ele pra ficar bem longe das duas e vamos dizer que não foi da forma mais carinhosa que ele disse, só sei que o homem nunca mais chegou perto, esses dias ele até foi na cafeteria pra tentar falar com ela, mas eu não deixei ele sequer se aproximar, eu sei o quanto minha amiga sofreu por causa dele e não vou deixar ele fazer isso nunca mais.

-Vai dormir em casa? (despertei ouvindo minha mãe perguntar)
-Não, hoje vou dormir na Camz. (disse e ela assentiu sorrindo)
-Vocês estão namorando? (Tay perguntou e eu neguei)
-Ela já tem namorado. (disse entediada e ela assentiu voltando a comer)
-Vocês vão casar, pode escrever. (meu pai disse e eu ri negando)
-Mãe, viu meu tênis branco? Aquele da Nike que eu usei ontem. (perguntei e ela assentiu rindo)
-Você esqueceu secando na varanda e eu guardei no seu closet. (ela disse e eu assenti sorrindo)
-Você é a melhor. (disse e ela riu negando)

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Pov Camila

Chata, minha definição de acordo com meu namorado, motivo? O time de futebol que ele joga na faculdade perdeu para o time da faculdade do sul e ele está todo estressadinho. Às vezes penso que somos tão diferentes pra estarmos juntos, aí ele vem com esse charme, pede desculpas, me enche de beijos e eu acabo sempre desculpando.

Estamos namorando fazem quatro meses, inclusive completamos hoje, mas ele sequer lembrou que era hoje, só disse que depois compra alguma coisa pra mim, como se fosse isso que me importasse.

Sou apaixonada pelo Shawn desde o ensino médio, ele era o capitão do time, o garoto mais desejado da escola, fiquei até surpresa quando ele me chamou pra sair meses atrás, mas adorei.

Ele não fez o pedido tradicional, apenas disse que eu era a garota dele e ficou por isso mesmo, mas eu por ser tão apaixonada por ele, nem liguei pra nada, são só rótulos. Faz quase uma hora que ele chegou e está tentando me levar pra cama, mas não iria rolar nada, estou com raiva por ele ter esquecido e hoje sequer deixei ele entrar aqui em casa.

-Vamos lá para o seu quarto. (Shawn pediu beijando meu pescoço)
-Eu não quero Shawn, para. (disse e ele bufou se afastando)
-Caramba, eu vim pra desestressar e você só empata. (ele reclamou e revirei os olhos)
-Então vai embora desestressar na sua casa ou com seus amigos. (disse e ele passou as mãos na cabeça)
-Sério isso? Depois não vem reclamar na faculdade. (ele disse e eu cruzei os braços)
-Vai embora Shawn, amanhã a gente se fala, cansei. (disse e ele assentiu me olhando)
-Mila...Eu não queria ter esquecido, me desculpa vai, tô cheio de coisa na cabeça hoje. (ele disse fazendo aquela carinha de arrependido)
-Eu não quero conversar agora. (disse e ele se aproximou)
-Vamos sair, a gente pode lanchar aqui perto. (ele disse segurando minha cintura)
-Eu não quero, só... vai embora. (disse e ele me deu um selinho)
-Amanhã venho buscar você. (ele disse e eu neguei rapidamente)
-A Lolo vai me levar. (disse e ele bufou se afastando)
-Sempre essa garota, não fode. (ele disse com raiva me fazendo olhar surpresa)
-Você sempre soube que a Laur me leva para a faculdade, desde a escola ela faz isso. (disse e ele revirou os olhos)
-Mas seu namorado sou eu! (ele disse alto e se aproximou)
-Fala baixo comigo. (disse séria e ele ficou me olhando)
-É... Me desculpa, eu não queria gritar, mas eu sinto ciúme dessa garota. (ele disse e se aproximou novamente)
-Vai embora Shawn, hoje não dá pra falar com você. (disse e ele me deu um selinho)
-Okay, amanhã a gente se fala. (ele disse e foi embora me deixando na frente de casa)

Sentei na escada da varanda sentindo as lágrimas caírem pelo meu rosto enquanto sentia meu peito apertar de tristeza, sempre quis ter um príncipe encantado, mas acho que o meu veio com algum defeito, não é possível que ele não lembre de coisas tão importantes. Logo hoje que fiz uma apresentação incrível e recebi um elogio de um dos professores de música mais rígidos da faculdade, queria ter comemorado com ele, saído pra ir ao cinema ou só ficar junto, mas ele sequer lembrou de alguma coisa.

Às vezes eu entendia essa birra toda que a Lolo tem dele, o Shawn nunca foi um poço de carinho comigo ou até mesmo com a família dele e ela odeia saber disso, diz que eu sou muito delicada pra um grosso como ele. Minhas outras amigas também não gostam muito dele, Ally, Lucy e Mani até que são educadas, mas a Dinah e a Vero não conseguem ficar mais de cinco minutos perto dele... Bom, e a Laur não fica nem esses cinco minutos, ela o odeia com todas as forças.

Escutei um barulho de buzina e despertei vendo a minha Boo parar em frente minha casa de moto. Limpei as lágrimas pra ela não notar que eu tinha chorado e levantei indo até a sala pegar o controle do portão da garagem pra ela estacionar. Meus pais já estavam tão acostumados com a Laur dormir aqui que o dia que ela não vinha eles sentiam falta, diferente de quando o Shawn vem que meu pai só falta mandar ele ir embora.

-Pode fechar senhorita. (Laur disse e sorri abrindo os braços)
-Saudades Boo! (disse e senti seus braços envolvendo minha cintura)
-Já? Me viu hoje cedo. (ela disse beijando meus cabelos)
-Mas eu senti saudades, você demorou hoje. (disse dando um cheirinho em seu pescoço) Cheirosa.
-Quero saber o motivo desses olhinhos tristes. (ela disse e beijou minha testa, adoro quando ela faz isso)
-O Shawn esqueceu que hoje a gente faz quatro meses. (disse escondendo o rosto no seu pescoço)
-Já sabe o que eu penso desse cara, mas vim comemorar outra coisa. (ela disse e olhei confusa)
-O que Boo? (perguntei e ela me estendeu uma sacola de papel)
-Sua apresentação, você foi simplesmente perfeita. (ela disse sorrindo e abri a sacola)
-Torta de morango, como você sabia que eu queria? (perguntei enchendo ela de beijos)
-Um passarinho me contou, agora me diz como você está se sentindo depois de receber um elogio do rabugento do senhor Wilson. (ela disse me abraçando pela cintura possessivamente)
-Muito feliz, você assistiu? (perguntei e ela assentiu sorrindo)
-Claro, eu dei um perdido na minha aula e fui para a sala de música, não ia perder sua apresentação por nada. (ela disse e mordi o lábio sorrindo)
-Amo você, sabe que podia ter ido falar comigo, né? (disse beijando sua bochecha e ela sorriu)
-Uhum, mas tive que voltar pra aula, tive uma prova surpresa... Já disse que você está gostosa pra caramba com essa roupa? (ela disse e beijou meu pescoço me fazendo arrepiar) Vocês saíram?
-Não, só brigamos e ele foi embora, está com raiva porque o time perdeu hoje na faculdade. (disse puxando ela pra dentro de casa)
-Se você quiser sair é só falar. (ela disse me abraçando por trás)
-Não precisa, só quero comer a torta e dormir agarradinha em você. (disse e senti beijos pelo meu ombro)
-Sem filme hoje? (ela perguntou e eu neguei rapidamente)
-Achei uma comédia romântica na Netflix, dizem que é boa. (disse puxando ela pela mão pra subir as escadas)
-Pensei que hoje era noite de terror, você disse que eu ia escolher. (ela disse e fiz um biquinho)
-Lolo, só hoje vai? (pedi e ela suspirou assentindo)
-Vou querer um beijo pra compensar, pode ser? (ela perguntou e beijei seu rosto suavemente)
-Está pago. (disse entrando no quarto e ela bufou me olhando)
-Assim não vale, eu quero um beijo na boca. (ela resmungou colocando o tênis no canto do quarto)
-Isso eu não posso te dar. (disse e ela cruzou os braços)
-Esse negócio de você ser hétero me irrita, quem em sã consciência gosta de homem? (ela divagou se jogando na minha cama)
-Eu gosto de homens e não sou maluca, eu acho. (disse e ela riu me olhando)
-Camila, você namora com o Mendes, sã você não é. (ela disse e dei um tapa na sua perna antes de deitar em cima dela)
-Boba! (murmurei escondendo o rosto no seu pescoço)
-Você está com mais bunda. (ela disse e olhei arqueando a sobrancelha)
-Lauren?! Para de olhar! (reclamei e ela deu de ombros)
-Sabe que sempre vou olhar, você é muito gostosa. (ela disse me aconchegando em seus braços) Como você está?
-Um pouco triste, mas vai passar. (disse e ela me deu um beijo na testa)
-Não liga pra ele, quando você for minha namorada prometo que levo você pra um jantar romântico. (ela disse e sentei no seu colo)
-Quando eu for sua namorada? (perguntei e ela assentiu sorrindo)
-Uhum, é só você dar um pé na bunda do Mendes e ficar comigo, doce garantido da cafeteria. (ela disse piscando pra mim e eu ri negando)
-Tentador, mas agora me fala como está o amor da minha vida. (disse subindo seu casaco devagar)
-Tô bem, só queria um beijo. (ela disse e eu assenti tirando seu moletom)
-Depois te dou vários antes de dormir, e em casa? (perguntei e ela suspirou me olhando)
-O de sempre. (ela disse desanimada e eu assenti sorrindo fraco)
-Espero que o de sempre sejam o tio Mike e a tia Clara babando em você. (disse e ela riu fraco)
-Talvez, sai um pouquinho daí. (ela disse e olhei confusa) Estou ficando dura.
-Ah, desculpa Lo. (disse sentando na cama e ela riu)
-Vamos assistir o filme? (ela perguntou sentando ao meu lado)
-Vamos. (disse indo para o meio das suas pernas)
-Assim vou ficar mais dura. (ela disse e peguei minha torta)
-Sabe que sempre assisto filme assim, me abraça logo. (disse e ela me abraçou pela cintura)
-Mas é abusada. (ela murmurou pegando o celular e olhei)
-Sou mesmo, hoje você é só minha. (disse e ela riu beijando meu ombro)
-Quanto ciúme. (ela disse e tirei o celular da sua mão) Eu amo só você.
-Amo muito mais. (disse e ela fez um biquinho)
-Você ama aquele lá. (ela disse e eu ri negando)
-Eu sou apaixonada por ele, pra amor falta muito minha ciumenta. (disse e ela abriu um sorriso lindo)
-Então dá tempo de você se apaixonar por mim. (ela disse e eu ri negando)
-Quando você vai parar de mandar indireta pra mim? (perguntei e ela beijou meu ombro)
-Já parei, agora só direta pra ver se você entende e me dá uma chance. (ela disse e mordi sua bochecha)
-Você é uma boba. (disse e ouvi batidas na porta) Pode entrar.
-Kaki, seu pai... Oi Laur! (minha mãe disse abrindo um sorriso)
-Oi tia Sinu. (Laur disse e minha mãe mandou um beijo)
-Meu pai... (disse e ela ajeitou o óculos)
-Nada, ele achou que você ia sair com o Shawn, era pra você não chegar tão tarde que amanhã tem aula. (ela disse e eu ri assentindo)
-Sei bem que é por isso. (disse e ela riu, meu pai não gosta do Shawn)
-Vai pedir minha filha em namoro quando? Tô de olho em você, vem dormir aqui sem compromisso. (ela disse e Laur riu me olhando)
-Quando eu posso pedir senhorita? É só falar. (ela entrou na brincadeira e revirei os olhos)
-Quanta bobeira. (murmurei e as duas riram)
-Bom, eu vou deitar que amanhã tenho que ir cedo trabalhar. Pode ficar a vontade Laur, está em sua casa. (minha mãe disse e sorrimos)
-Pode deixar, boa noite tia. (Laur disse e ela sorriu)
-Boa noite, mama. (disse e ela mandou um beijo no ar)
-Amo vocês e vê se anda logo Lauren, a Kaki é uma moça de família. (minha mãe disse antes de deixar a gente sozinha)
-Então, quando você vai aceitar ser minha namorada? (Laur perguntou e enfiei uma colher de torta na sua boca)
-Fica quietinha vai.

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O que acharam e o que esperam que vá acontecer???😍😍😍

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