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Capítulo 30| Game over.

Fazia mais de uma hora que eu estava sentada no banco daquela praça derrubando lágrimas e mais lágrimas. Pensando em como eu pude ser tão burra, tão idiota. Pensando em como que eu fui acreditar nele. Meu peito estava doendo e a cada segundo que eu pensava nas coisas que ele me disse, nas coisas que fizemos juntos, meu coração se quebra mais. Eu não sabia o quanto era ruim e doloroso ter um coração partido.

Peter não parava de me ligar e me mandar mensagens, assim como o Jackson e como o James. Mas eu não queria falar com nenhum deles. Eu não queria ouvir um: Eu te avisei. Por que sim, eles me avisaram e não foi só uma vez. Mas como todos dizem, o amor cega e eu realmente estava cega.

Já eram 10 horas da noite, quando eu finalmente, eu recebo uma ligação a qual eu quero atender. Meu pai.

"Alô?" Forço ao máximo para disfarçar a voz de choro.

"Filha? Oi meu amor! Consegue vir pra lanchonete agora? Como está muito vazia deixaram eu fechar mais cedo."

"Sim. Jajá eu estou aí. Amo você." Falo e então desligo o telefone, começando a andar em direção a lanchonete.

Eu já tinha conseguido parar de chorar, mas a dor no peito aumentava a cada segundo. Eu estava suando frio.

A medida em que eu me aproximo da lanchonete, andando pelas aquelas ruas pouco iluminadas, eu tenho a impressão de estar sendo seguida. Tinha um carro preto com o farol apagado logo atrás de mim. No começo, pensei não ser nada, pensei ser uma cara andando na rua com os faróis estragados. Mas ele virava nas mesmas ruas que eu e estava andando bem devagar.

Assim que o meus batimentos cardíacos aceleram por desespero, eu começo a acelerar meus passos também. Eu estava quase chegando na lanchonete. Estava torcendo para o meu pai estar logo ali na frente. Eu acho que eu nunca senti tanto medo em toda a minha vida.

Quando olho para trás de canto de olho, o carro não estava mais lá. Respiro fundo tentando me acalmar, tentando acalmar o meu coração que não parava de bater, de pulsar. Olho tudo em volta e não vejo mais nada, então volto a seguir em direção a lanchonete.

Quando viro na rua da lanchonete, vejo o meu pai na frente dela, com dois balões nas mãos, um urso gigante e uma caixa nas mãos. Assim que ele me vê, ele abre um imenso sorriso, assim como eu.

"Feliz aniversário, minha linda! Pensou que eu tivesse esquecido, né?" Ele fala com brilho no olhar. Ele tinha o olhar mais sincero de todo o mundo.

"Eu sabia que você não iria esquecer, pai." Falo indo em direção dele. A coisa que eu mais precisava naquele momento, era de um abraço. Um forte abraço.

Mas logo um estrondo gigante ecoa no ar. Meu peito volta a acelerar e então eu olho em volta tentando entender o que havia acontecido.

"Camila..." Meu pai fala com a voz falha e quando eu o olho, vejo uma mancha de sangue começar a crescer pelo seu abdômen. Eu fico imóvel, paralisada. Meu peito para de bater naquele instante e meus olhos se eaáánchem de água rapidamente. Eu estava em transe e só acordo dessa transe quando vejo o corpo dele caindo no chão.

"PAI!" Grito e corro em sua direção e o viro para cima. Ele ainda estava com os olhos abertos, mas estava com o olhar perdido. "Pai! Por favor pai!" Minhas mãos estavam se movimentando de forma rápida, mas não era propositalmente, eu sabia o que fazer. A mancha de sangue aumentava cada vez mais. "Fica acordado! Fica acordado, por favor!" Tiro a minha blusa, ergo a camisa dele e a enrolo precionando no local do tiro. "Segura aqui, por favor, segura aqui. Eu vou chamar ajuda." Antes que eu possa sair dali, ele segura a minha mão e então eu o olho.

"Minha filha... Eu te amo. Eu te amo mais que tudo. Me desculpa se não fui um bom pai durante muitos anos de sua vida... Mas você sempre foi a coisa mais importante da minha vida. O meu tesouro." As lágrimas começam a escorrer descontroladamente pelo meu rosto e algumas pelo rosto dele também. "Desde o dia em que você nasceu. Você nasceu em silêncio. Eu pensei que você estava morta, mas dai o médico deu um tapa em você, um tapa que me fez ir querer bater nele, mas logo você começou a chorar." Ele abre um sorriso em meio as lágrimas. "O choro da minha filinha, da minha Camila." Abro um sorriso também enquanto eu choro. "Você é luz, Camila. Você ilumina todo o lugar que passa." Ele se contorce de dor.

"Eu vou pedir ajuda, pai!" Grito em desespero quando vejo a sua dor.

"Espera! Eu só tenho mais uma coisa para te falar... Eu quero que você seja feliz. Quero que entre naquela faculdade que você quer e conquiste tudo lá dentro. Seja a melhor. E depois disso, conquiste o mundo. Por que você pode, Camila. Assim como a sua mãe. E nunca perca esse colar." Ele segura o colar que ele havia me dado. "Eu e sua mãe moramos aqui. Pertinho do teu coração."

"Pai, não! Não me deixa! Por favor, eu preciso de você." Falo entre lágrimas.

"Eu te amo, filha!" Ele diz e os seus olhos começam a fechar.

"Não. Segura isso firme aqui." Ele pressiona a camisa contra o buraco e então eu me levanto. Pego o meu celular e percebo que minhas mãos estão completamente trêmulas. Com dificuldade consigo discar o 911 e depois de alguns segundos eles atendem. "Eu preciso de uma ambulância na rua rápido! Na rua Van Houten Ave esquina com a Valley Rd. Meu pai foi baleado." Falo em desespero vendo ele se contorcer. "Por favor, rápido!

Assim que desligo o telefone, ligo para a Clara que me atende em questões de segundos também. "Clara, vem aqui para a rua da lanchonete agora." Falo chorando descontroladamente. "Meu pai levou um tiro e..." quando olho para ele, vejo que ele não está mais pressionando o rombo e que suas mãos estão no chão. Deixo o meu celular cair no chão e corro até ele.

"NÃO! NÃO! PAI!" Dou tapas em seu rosto, mas ele não reage a nada. "PAI! NÃO ME DEIXA! POR FAVOR NÃO ME DEIXA!" A dor que eu sento no meu peito naquele momento era a mais forte que já senti em toda a minha vida. Eu não estava conseguindo em respirar direito. Apenas deitei minha cabeça no seu peito ensanguentado, segurei a sua mão e chorei até a ambulância chegar.

Assim que ela chega, eles me tiram de cima dele e então eu começo a gritar. Os médicos vão para cima dele e medem a pulsação. Dou um berro enorme quando eles negam com a cabeça.

"Camila!" A Clara me abraça chorando também olhando a cena. E logo atrás dela, o Peter encarando o corpo do meu pai em choque e chorando.

"Meu pai morreu! Morreu bem na minha frente! Ele me deixou!" Falo entre lágrimas e então o Peter me puxa para um abraço forte. Eu não queria abraça-lo, mas naquele momento aquilo abafou o barulho da sirene e do choro da Clara, que naquele momento era ensurdecedor.

Quando olho para trás e vejo os médicos cobrindo o corpo do meu pai, eu caio de joelhos no chão, por perder completamente o movimento das pernas e grito. Grito alto, o mais alto que eu posso e choro. O Peter se ajoelha do meu lado me abraçando enquanto chora também.

Naquele momento, eu queria morrer. Aquela dor era insuportável e eu só queria que ela parasse. É uma dor inexplicável.

Logo policiais vão chegando e começam a fazer perguntas sobre o assassinato, o qual eu não era capaz de responder. Eu não era capaz de falar nada.

Sinto minha visão começar a embaçar e tudo em volta parar de fazer sentido.

"Camila? Camila!" Peter me segura e começa a me levar em direção a ambulância. "Socorro! Ela precisa de ajuda! Precisa de ajuda!" Ele gritava e me olhava com o olhar de desespero. Depois disso... minha vista ficou preta. Tudo se apagou.

Um dia depois.

Eu tinha acabado de sair do hospital. Eu não tinha mais água no meu corpo que me permitisse chorar. Clara está segurando minha mão, com toda a força possível. Mas não para me machucar, mas para falar que está aqui.

Assim que entramos no carro, ela soca o volante diversas vezes chorando. Eu queria chorar, mas as lágrimas não escorriam. O choro estava entalado. Passamos o resto do caminho em silêncio. A única coisa que era possível de ouvir, era o choro da Clara.

Quando chegamos em casa, me deparo com a casa toda bagunçada da festa de ontem. Eu ignoro tudo aquilo e subo para o meu quarto me trancando. Quando vejo, em cima da cama o urso gigante que ele havia comprado para mim. Estava com o perfume dele. Pego e o abraço. Abraço forte, mas logo minha atenção é desviada para uma caixinha em cima da cama.

Me sento no chão com ela na mão e quando a abro, vejo várias fotos da minha infância. Fotos que eu nem sabia que existiam. Foto com meus pais em baixo de uma grande árvore de Natal. Foto no colo do meu pai no mar. Foto da minha mãe me ensinando a tocar violão e muitas outras. Algumas das fotos, eu nem lembrava, de tão pequena que eu era. Tinha também uma foto do dia em que minha mãe morreu. Uma foto onde nós três estávamos sorrindo e éramos uma família feliz. E por último, uma foto minha e do meu pai, que havíamos tirado no Natal passado. E foi essa a minha deixa para chorar tudo de novo.

Mas não era só isso... no fim da caixa, tinha um envelope. Um envelope vermelho. Eu o abro com cuidado para não rasgar e logo vejo uma folha branca toda escrita. Era a letra do meu pai.

Respiro fundo e sinto o meu coração acelerar e então eu começo a ler.

Querida Camila,

Bom, você sabe que eu nunca fui muito bom com palavras, nunca soube me expressar muito bem... Mas hoje, você está fazendo 18 anos. 18 anos desde o dia mais feliz da minha vida. Eu lembro que um mês depois que você nasceu, eu fiquei com raiva pois você era a cara da sua mãe. Não era nenhum pouco parecida comigo. Mas depois eu pensei direito e... você teve sorte. A sua mãe era a mulher mais linda que eu havia conhecido e você me lembra muito a ela. Eu sinto que mesmo depois de 6 anos que ela se foi, ela ainda está entre nós. Ela deixou o seu legado, Camila. E o legado dela é você. Você tem o mesmo sorriso dela, a risada engraçada dela, o olhar dela... Até o seu nariz perfeitinho e igual ao dela. (Se tivesse puxado à mim eu até sentira dó de você!) E você também herdou o dom dela. O talento incrível de cantar e de cativar todos com sua voz angelical. E também o dom de fazer todos sorrirem quando você está por perto. É isso o que eu mais me orgulho de você, filha. Da sua bondade, do seu coração de ouro. Era isso que sua mãe dizia para mim: "nossa filha tem um coração de ouro, Chaster." E é isso que você não pode perder, Camila. Essa é a sua essência e é isso que vai fazer você ser feliz sempre, pois é dando amor, que nós recebemos amor. Você recebe o que você omite. Nunca se esqueça disso.
Eu sei que nunca gostei de falar da sua mãe, mas senti que agora você está preparada para ouvir. Minha filinha está crescendo. Está quase entrando na faculdade, está completando 18 anos. Você não sabe o quanto eu estou feliz. Quero que você saiba que eu sou com certeza, o pai mais feliz e mais orgulhoso do mundo. Eu tenho orgulho da pessoa que você se tornou, filha. Tenho orgulho da pessoa que você é. Eu vivo para te ver sorrir, para ver esse lindo sorriso estampado em seu rosto todas as manhãs. Não deixe que nada e nem ninguém tire isso de você.
Obrigada por ser a filha que eu sempre pedi a deus. E saiba, que independente do que aconteça... Eu sempre vou estar aqui, dentro do seu coração. Te guiando e te amando.
Você é o meu sol, Camila. A minha luz. Então eu te peço... nunca pare de brilhar. Nunca deixe que esse brilho incrível que existe dentro de você morra.
Feliz aniversário, minha linda! Eu te amo mais que tudo nesse mundo.

Com amor, papai.

FIM.


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