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Amélia despertou no horário de sempre, naquela manhã em que os raios solares atravessavam as cortinas sobre a janela, imediatamente após abandonar seu leito trajou sua malha de ginastica, obstinada naquela manhã a aumentar um quilometro a mais em sua corrida diária.
Retornando exatamente uma hora após, cedeu a necessidade de seu estômago, que sentiu—se atraído pelo aroma de ovos mexido que vinha da cozinha.
— Bom dia senhora Klein — disse Rose, a governanta, enquanto Amélia entrava na cozinha
— Bom dia Rose – saudou a jovem, enchendo um copo com suco de laranja — O que temos hoje para o café? – questionou, afastando o copo de seus lábios e repousando seu corpo na banqueta em frente a bancada de mármore.
— Temos frutas e ovos mexidos – anunciou — Deseja mais alguma coisa? — questionou enquanto a servia
— Não está perfeito — respondeu cordialmente, agarrando os talheres ao lado do prato.
— Senhora— a mulher de certa idade buscou chamar a atenção da jovem, tendo êxito ao ganhar a atenção dos olhos castanhos de Amélia — O senhor ligou está manhã enquanto a senhora corria avisando que chega hoje de viagem— comunicou inexpressivamente.
— Que bom – respondeu Amélia em meio a um sorriso forçado, pois já não esperava mais por seu marido como nos primeiros meses, afinal apenas tinha uma decepção a mais em sua lista a cada chegada, já que ele mal a tocava, apenas trabalhava, deveria saber que seria assim, pois o que esperar de uma pessoa que em sua noite de núpcias teve que ir correndo viajar a deixando em um quarto sozinha
—A senhora deseja que prepare algo especial para o jantar?— a pergunta de Rose a trouxe de volta a realidade
—Pode fazer o que sentir vontade ou o prato favorito de seu patrão – sugeriu, decidida a não compartilhar nenhuma refeição com seu marido —Obrigado pelo café estava delicioso – agradeceu, com os estômago embrulhado e a refeição praticamente intacta no prato.
Antecipadamente irritada com aquela chegada Amélia caminhou até seu quarto, decidida a tomar um banho e seguir sua metódica rotina, onde não envolvia seu marido, sentou—se sobre a espreguiçadeira, tirou seus tênis, porém viu sua necessidade primitiva de tortura tentada, obrigando seus olhos alcançarem o criado mudo atrás de si, onde havia esquecido uma revista a noite passada, receosa, se pôs em pé sacando a revista que estava sobre o móvel fixou toda sua atenção na capa estampada por uma foto de seu marido acompanhado de uma mulher, que conhecia de outras fotos, Claire.
— Sabe Aidan ainda não entendo por que casou comigo – suspirou curvando seus lábios em um sorriso irônico — Se você sempre está me traindo – disparou, rangendo os dentes e atirando a revista sobre a cama, caminhando em direção a janela — Nem se quer nunca me tocou neste ano, nem nunca me convidou para ir para Alemanha, por que será ne? — recordou com rancor, olhando novamente sobre seu ombro a revista — Mas não se preocupe querido eu já segui com a minha vida – buscou tornar seu sorriso de vitória, mas algo ainda a fazia se sentir derrotada.
O toque seu celular a arrancou de seus devaneios, a obrigando caminhar em direção a penteadeira
— Alô ! – atendeu apressadamente.
— Amiga ! – gritou, Anna, sua melhor amiga — Então está de pé nossa saída hoje?— questionou esperançosa
— Claro — garantiu Amélia esboçando um sorriso em seus lábios — Te encontro no shopping para almoçar – reafirmou o compromisso já marcado.
— Perfeito— exaltou a mulher do outro lado da linha.
— Até daqui a pouco – despediu—se Amélia desligando o aparelho telefônico.
Indo diretamente para seu closet, elegeu um vestido amarelo entre os inúmeros pendurados naquele pequeno espaço.
—Este está perfeito –suspirou diante sua escolha.
Contudo uma vez mais teve sua atenção atraída pelo sonar de seu aparelho telefônico, mas dessa vez era o sinal de mensagem, refazendo seus passos ela o pegou lançando o olhar para a tela.
— Já estou com saudades meu anjo ! – com um sorriso nos lábios deu voz a mensagem — Oh Matt você foi a melhor coisa que me acontece nesse último ano— suspirou, curvando seus lábios em um sorriso.
Recorda daquela tranquila e cotidiana tarde, em que passeando sozinha, esbarrou em um homem, o sujando com o copo de café que carregava em mãos. Ele havia sido tão gentil e encantador, que foi impossível não aceitar a única exigência que ele fizera para perdoa-la pelo descuido: que tomasse outro copo de café juntos.
E três dias depois Matt ligou e tomaram aquele café
—Você que foi um anjo que apareceu em minha vida Matt – suspirou, olhando sorrateiramente para o relógio, largou o celular e correu apressadamente para tomar banho e se arrumar.
⚯
Após Amélia e Anna rodarem por todas as lojas resolveram descansar os pés e saciar a necessidade de seus estômagos, indo a um restaurante no último andar do shopping.
— Então quer dizer que vai ter companhia a partir de hoje amiga? — brincou Anna
— Duvido – desdenhou —Ele deve sair logo que chegar como sempre ou se trancar naquele escritório e amanhã já deve ir embora de volta – recordou a rotina metódica de seu marido quando estava em casa.
— Mas ele nunca havia avisado antes que estava voltando – recordou
— Não — assentiu pensativa — Deve querer que esteja o esperando como uma boba— sorrio ironicamente.
— Sinto tanto por você nesse casamento infeliz — lamentou Anna
— Já me acostumei, mais de um ano vivendo assim, ele veem, vai quando quer , nem me olha na cara , as vezes acho que me odeia por ter sido obrigado a se casar comigo— concluiu em um tom melancólico, afastando as péssimas recordações daquela união.
— E a família de vocês não dizem nada?— interessou—se a morena.
— Você sabe amiga – suspirou— Minha mãe casou não amando meu pai, com a mãe de Aidan foi a mesma coisa, para elas é normal, só que elas sempre ficaram esperando – recordou curvando seus lábios em um forçado sorriso — Só que eu não vou fazer isso, já que divorcio não está em questão por causa de nossas famílias, eu vou seguindo minha vida.
— Com Matt ?
— Ele mesmo— assentiu—Ele é tão fofo, foi a melhor coisa que aconteceu em minha vida, tenho medo que ele se canse de mim as vezes— deu voz a um medo interior.
— Se ele te ama não vai— buscou tranquiliza—la.
⚯
A noite logo chegou, apesar de Amélia não querer voltar para casa tinha que o fazer, com certeza Aidan nem notaria sua chegada. Amélia dirigiu seu carro até a entrada, o de Aidan já estava parado em sua frente, ela sem muita vontade o desligou, pegou suas sacolas e desceu do carro, um dos empregados logo que a viu foi ajuda—la pegando todas suas sacolas e levando para dentro . Ela parou na entrada e respirou fundo dizendo para si mesma
—Calma Amélia , ele nem vai te notar – rumando devagar em direção a escada que dava até a porta de entrada , abrindo—a vagorosamente , deu uma olhada pela sala e não havia ninguém, isso a fez respirar aliviada , sem fazer muitos barulhos se dirigiu até a escada, quando uma voz masculina a interrompeu
— Não vai me dar nenhum ''Oi'' Amélia ? — perguntou Aidan parado atrás dela
— Oi — disse ela rapidamente se virando para ele — E boa noite — disse voltando —se para a escada
— Isso é modos de tratar seu marido?— inquiriu a detendo
— Aidan o que você quer? – irritou—se enquanto apoiava—se no corrimão da escada com um ar de cansada
— Quero você — disse em um tom sério
— Eu? — respondeu Amélia enquanto ria, o fitando parado diante a degraus de si — Não sabia que tinha virado humorista — ela parou de rir enquanto ele permanecia sério — Quer algo mais ?
— Não, apenas você — repetiu com um olhar penetrante
— Aidan sério, qual é a brincadeira? — ela disse se soltando do corrimão e se dirigindo até ele — Você me abandona aqui durante mais de um ano e aparece dizendo que me quer do nada, vai procurar sua amante e me deixa aqui está bem? – exaltou—se se virando para sair dali, porém foi impedida por uma mão que segurou seu pulso
—Eu que tenho amante senhora Klein? — questionou Aidan com um tom ameaçador
— O que está dizendo Aidan? – o fitou sobre seu ombro, logo girando seu corpo —E se tiver um amante que mal tem ? — respondeu ela tentando se soltar sem êxito
— Tem que você é minha esposa e não admito isso e pronto – advertiu aproximando seu rosto do dela.
Incrédula, estática ela o fitou sentindo bruscamente seus lábios serem selados Amélia por sua vez rapidamente se pôs a se debater, batendo contra o peito de seu marido, porém quanto mais ele buscava explorar sua boca, menos força sentia, rendendo—se, ela aceitou que a língua dele entrasse na sua boca e entregou—se ao beijo, passando suas mãos em volta de seu pescoço e sentido cada movimento daquela língua dentro de sua boca .
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