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Capítulo 3

Henry

"Ela tem seios fartos, ela tem uma boca carnuda

Como não pensar em seu corpo, tão repleto de curva?

Oh ruivinha gostosa, o cowboy está te querendo

Mas com esse jeito crente, no final eu tô correndo"

Eu sabia que estava pisando em terreno desconhecido. A bela gordinha ruiva era estranha e educada demasiadamente. Isso me desconcertava, mas ao mesmo tempo me fazia questionar sua vida. Quando vi aquela bela espécime em trajes elegantes demais para a poeira do meio rural, eu quis rir e depois debochar.

Apesar dos ares de patricinha, ela parecia bem humilde e estranhamente submissa. Não sabia dizer se sua saia jeans longa era pela moda ou pela religião. De todo modo, eu sendo ateu não me importava muito.

Quando a mesma precisou se apoiar em mim para subir no cavalo, eu quase a constrangi. O peso não tinha sido de fato um fator, mas Homer não a reconhecendo, sim. Porém, pareceu ofensivo a ela. Decidi quebrar o clima, quando ela se agarrou a mim. Senti faíscas, devo admitir. Ela é mulher, afinal.

Eu nunca fui de selecionar muito o quesito feminino. Gorda, magra, alta, baixa, não importa, desde que não seja loira. Não era o caso dela. Até o quesito religião. Se o objetivo final não fosse me converter, eu ficaria bem em saber que no final o "oh, meu Deus" ou "Jesus, amado", não seriam exatamente em adoração diante da igreja.

Chegamos em minha fazenda e ela tratou de saltar do cavalo. Meu funcionário já veio de encontro a nós e os apresentei. Falei com ele para ajudá-la com o carro e malas, se possível.

Eu estava suado, cansado e com fome. Eu teria feito as honras a ela, mas não era babá de ninguém. Jamais permiti mulheres indo ao meu refúgio na fazenda, então tinha sido bom demais até o momento.

A deixei do lado de fora, entrei correndo e fui direto para o banheiro do meu quarto. Fui tirando a roupa no processo e liguei a ducha. A temperatura da água estava boa para o calor mineiro e me entreguei a massagem rasa imposta pela queda d'água do chuveiro.

Passei a bucha vegetal e sabonete com cheiro de melissa, como minha mãe gostava. Não mudei esse hábito, ainda apreciava essa fragrância. No meio do banho, fiquei pensando nos braços de Maria me pressionando e vi meu pau ganhando vida. Eu era um cretino safado. Mal tinha estado nos braços de uma morena no dia anterior e já estava querendo conhecer o que havia por baixo da saia de Maria.

Acariciei meu amigo e dei a devida atenção que ele merecia. Eu não podia ficar com Maria. Eu detestava o povo da fazenda ao lado e ela pertencia a esse bando. Além disso, jamais trouxe nenhum caso sexual para dentro da fazenda e não queria mudar esse hábito.

Depois de estar de banho tomado e saciado a minha sede sexual, me vesti com roupas mais frescas e segui para a cozinha.

Escutei os estralo dos torresmos e desci a escada correndo.

— Dalva, meu amor – fui cantarolando.

— Esse sentimento é pelo torresmo ou por mim? – perguntou com seu falso aborrecimento.

— Pelos dois – confessei.

Ao entrar na cozinha, quase caí de susto. Na mesa, a ruiva Maria estava sentada meio sem jeito olhando para todos os lugares, exceto em mim.

— Nenhum funcionário a ajudou ainda com suas coisas, Maria? – perguntei aborrecido.

— Isso são modos, Henry? A Cida não o criou assim!

Dalva, que era esposa do meu tio que eu mais odiei no fim, estava me dando sermão na frente da intrusa e ainda usando o nome de minha mãe. Ela sabia o quanto isso me afetava. Não pude esconder minha expressão de fúria contida.

— Eu não quero causar nenhum mal-estar, dona Dalva. É melhor eu ir para minha fazenda. Lá eu peço comida ou tento fazer alguma coisa – ofereceu Maria se levantando.

— Pedir comida? Nem sabemos em que condições o dono de lá deixou. Leve ao menos uma marmita. Faço questão.

Sem ao menos chance de protestar, Maria esperou pacientemente Dalva lhe preparar uma marmita com a comida. Eu não me importava com isso. Jamais negaria comida a ninguém, mas Maria não era o tipo de pessoa que comia marmita com torresmo. Ver Dalva tão empenhada em agradá-la e ser útil a ela, já me deixava irritado. Provavelmente, ela jogaria aos cães.

Impaciente, fui para a varanda e fiquei aguardando a saída da mulher que acabara com meu dia. Minutos depois a ouvi agradecendo e Tião, meu funcionário, veio vindo com a carroça. Sorri com escárnio. Claro que eu tinha carro, mas Tião preferia a carroça.

— Obrigada, Henry. Depois trago a marmita de volta – disse com seus olhos claros brilhando, bem como sua bochecha rosada.

— Não há de quê. Você disse antes "sua fazenda". Você a comprou?

Minha raiva por essa mulher ganhou outro patamar quando constatei isso. Sempre quis comprar essa fazenda a qual não foi vendida a mim. Agora vejo que pertence a essa mulher que mal sabe segurar uma sacola com uma marmita quente envolta em um pano de prato.

— Ah... – Ficou surpresa, como se não soubesse o que dizer. Semicerrei os olhos.

— Moça, pode vir – disse Tião, chamando nossa atenção.

— Eu vou para minha fazenda, nisso? – alarmou-se.

— A outra opção é ir a pé, querida. Sinta-se à vontade. Há um belo atalho pela nascente.

Maria me olhou e do azul de seus olhos pareciam sair faíscas. Ao lado da casa havia a garagem semi-coberta e dava para ver claramente meu carro lá. Ela respirou fundo, abaixou a cabeça e murmurou um "obrigada".

Foi em direção a carroça e Tião a ajudou subir. Na carroça, sustentada por dois cavalos fortes, estavam suas malas.

Eu odiava a fazenda ao lado e tudo que ela simbolizava em minha vida. Se ela iria para lá e pelo visto como possível dona, eu já a não queria por perto. Enquanto a carroça não saiu das dependências da fazenda, eu fiquei observando. Ela não parecia ser má pessoa, mas se estava do outro lado, que lá permanecesse.

Voltei para a cozinha onde Dalva já estava colocando minha comida.

— Não gostei disso, filho – recriminou mais uma vez.

— Do quê? Eu a tirei do pior na estrada, ofereci ajuda e ela até saiu com comida daqui. – Dei de ombros.

Claro que eu preferia que a frase fosse "saiu comida daqui", mas isso ficaria nos pensamentos obscuros.

— Ela não o fez nada. Nunca o vi tratando ninguém assim.

— Ela é bandeada daquele lado – indiquei com a cabeça a direção —, só por isso temos que ficar de olho.

Dalva se aproximou a agradeci que não havia ninguém por perto, nem mesmo Néia. Dalva secou sua mão no avental, puxou a cadeira fazendo um baixo ruído no piso de madeira e me encarou.

— Nem todos são como Robert, seu pai; ou como José, seu tio. E nem toda mulher, é Agatha.

— Repare, Dalva – disse limpando o canto da boca e encarando seus olhos. — Você citou meu progenitor, o homem que me criou e a mulher a qual deteve meu coração. Com exceção a minha mãe, todos esses eram os mais dignos do meu amor. O que fizeram com ele?

Dalva me recebeu com um silêncio e um suspiro resignado.

— Eles são eles. Se você afastar a todos com medo de sofrimento, você nunca conhecerá a felicidade plena. O medo é normal, querido; o domínio dele sobre nossas ações, não.

— Dalva... – iniciei, mas ela continuou.

— Vocês dois podem combinar. Ela é uma mulher de Deus e cheia de princípios. Não seja preconceituoso. Ela pode ser a calmaria na tempestade que é você – finalizou apertando meu nariz.

Antes de uma réplica, ela saiu da cozinha e eu bufei. Dalva foi casada com meu tio José. Depois do que meu tio fez com a família, ela separou dele sem pensar duas vezes e passou a me ajudar. Eu não a chamava exatamente de tia, não por questão de sangue, mas para evitar lembrar quem foi seu marido.

A comida estava ótima, já meu ânimo nem tanto. Maldita Maria!

Fui para meu quarto onde contemplei o entardecer na colina que dava vista para minha janela. Os montes verdes e terras a perder de vista um dia foram motivos de lágrimas.

Peguei meu violão e olhando o monte, comecei a cantar para minha mãe, enquanto lembrava nossa luta.

"Mãe, oh mãe. Palavra pequena, significado gigante.

Sem ti, quem sou eu?

Um cego diante do mirante

Um pobre indefeso que se perdeu.

A senhora me ensinou tudo, desde o respeito ao amor

Mas quando você não mais estava, você me ensinou a dor.

Oh mãe, oh querida rainha

Por que se foi embora?

Tanta coisa para viver ainda tinha...

E agora?"

Sem perceber, uma lágrima rolou e depois outra.

Funguei.

Lembrei.

Chorei.

- - - - - - - - - -

"— Filho, se apronte. Iremos à igreja – ordenou da sala.

— Não quero mais cantar. Aquele povo é chato e não seguem bem o que o pastor fala, já que não gostam de nós! – resmunguei já descendo as escadas.

Minha mãe ficou diante de mim e agachou tentando igualar nosso tamanho. Seu lenço amarelo pendia de seu cabelo já curto. Senti o cheiro de seu perfume mesclado com as gostosuras que só ela sabia fazer na cozinha. Ela carregava uma pequena cesta. Não importava o quanto o pessoal da igreja a ignorava, ela sempre levava.

— Não fala assim de nossos irmãos da igreja, Henry. Já não disse isso a você, filho? Você é um rapazinho, então cumpra suas responsabilidades.

— Eles não são bons, mãe.

— Pode até ser, mas isso são eles e não nós. Deus é pai, deixe que ele os corrija e os julgue. Nós não temos esse direito. Ele deu o dom da música a você. Use-o. Mostre ao mundo seu maior trunfo.

Naquele dia, fomos para a igreja, onde minha mãe sentou no fundo sozinha. Eu era o centro do coral e minha voz destacava forte. Eu era a luz ali e minha mãe na escuridão. Minha voz estava linda e a igreja me aplaudia. Já minha pobre mãe, a recriminavam. Ainda assim, no final, eu sustentava a boca reta em desagrado e cumprimentava a todos de modo robótico, pela educação a qual ela me impôs. Em contrapartida, a boca de minha mãe sustentava um sorriso orgulhoso e lágrimas de felicidade.

Como podia ser feliz assim? Doente, sozinha e rejeitada?

Na saída, eu estava em silêncio e ela falante do quão bem eu estava cantando. Meu tio, como sempre nos levava e nos buscava. Ele também estava alegre. Todos felizes em meio as adversidades, mas eram as únicas coisas que eu conseguia enxergar."

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— E agora? – perguntei para o vazio do meu quarto que me recebeu do mesmo jeito quando perguntei isso a ela.

Silêncio.

**********

Final de semana chegou e mais um capítulo de nosso cowboy cretino.🎉🎉🎉

Conhecemos a sua visão sobre Maria e constatamos o óbvio: ele é um safado e cretino mesmo.😅
Mas no final, sua declaração a sua falecida mãe, nos mostra que ele soube amar, mas apenas ela o amou de volta.❤️

Robert e Agatha já são nomes que vocês conhecem 👀(quem leu a duologia Entre Disfarces e Segredos). Será que mais para frente eles darão o ar da graça?🤔

Outra coisa engraçada e curiosa é que ele detesta loiras (podemos imaginar porquê, né?). E ele viu a Maria ruiva. Mal sabe ele que ela apenas pintou o cabelo😆. Será que quando ele descobrir, como vai reagir? 😱
São muitas perguntas ainda. Estamos no início e tem muita coisa para acontecer ainda.😄

No próximo capítulo, é de Maria. Ela chegará na fazenda que foi do seu ex. marido e terá uma surpresa👀. Além disso, do mesmo modo que soubemos da relação de Henry com seus familiares, saberemos a dela.😩

Até o próximo final de semana.🤭 Não esqueçam de votar🌟 e contar o que estão achando. O que acham que irá acontecer. Joguem seus palpites.🗣

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