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DISCURSO DIRETO E INDIRETO: Os diálogos na Narrativa de Enigma

"Eu sou inocente - afirmou o réu. [...] O réu afirmou sua inocência."

O discurso direto é caracterizado por ser uma transcrição exata da fala das personagens, sem participação do narrador. O discurso indireto é caracterizado por ser uma intervenção do narrador no discurso ao utilizar as suas próprias palavras para reproduzir as falas das personagens. (1)

Discurso direto

Este é o mais comum e natural entre os tipos de discurso. Consiste na transcrição exata da fala dos personagens, sem participação do narrador.

É uma forma de dar vida própria aos personagens, fazendo o leitor ficar mais interessado e mergulhar na história. No discurso direto são utilizados dois pontos, aspas ou travessão de diálogo. Exemplos:

O aluno afirmou:

- Preciso estudar muito para a prova.

O réu afirmou: "Sou inocente!"

No discurso direto, são utilizados os "verbos de elocução", ou seja, relacionados ao verbo "dizer", como por exemplo: falar, afirmar, perguntar, declarar, responder, indagar, entre outros.

Discurso indireto

O discurso indireto é caracterizado pela intervenção do narrador no discurso, ao utilizar as suas próprias palavras para reproduzir as falas dos personagens. Esse tipo de discurso sempre é feito na 3ª pessoa. Exemplos:

O aluno afirmara que precisava estudar muito para a prova.

O réu afirmou que era inocente.

Além disso, também são utilizados verbos de elocução para anunciar o discurso, além de conjunções que separam a fala do narrador das falas dos personagens (que e se).

Discurso indireto livre

É caracterizado pela aderência do narrador ao personagem. Ou seja, além de dizer as falas de outra pessoa, o narrador também toma o lugar dela para relatar seus sentimentos e desejos. Faz isso ao mesmo tempo em que coloca sua própria narrativa.

No discurso indireto livre há uma fusão dos tipos de discurso (direto e indireto), não havendo marcas que mostram a mudança do discurso. Assim, podem ser confundidas as falas dos personagens e do narrador. Exemplos:

João Fanhoso fechou os olhos, mal-humorado. A sola dos pés doía, doía. Calo miserável! (M. Palmério)

O chefe, impaciente, perguntou a João o motivo do atraso. João estava nervoso, mas não tinha o que fazer além de dizer a verdade. Contou que o carro havia estragado, já imaginando que o chefe não acreditaria nele.

Perceba que o discurso indireto livre corresponde à fala dos personagens, porém expressa pelo narrador (discurso indireto) e reproduzidos na forma como os personagens diriam (discurso direto).

As orações do discurso indireto livre podem usar ou não verbos de elocução (ao usá-los, fica mais nítido que a frase não é do narrador, mas do personagem).

Existe discurso direto livre?

Costumamos ouvir com frequência os termos discurso direto (DD), discurso indireto (DI) e discurso indireto livre (DIL). Mas, por ser menos comum, são poucas as fontes que falam sobre o discurso direto livre (DDL).

Neste tipo particular de discurso, ocorre uma espécie de intrusão de frases do discurso direto de um personagem no meio da voz do narrador. Assim como no DIL, também pode ocorrer sem recursos gráficos (dois pontos, aspas, travessão ou nova linha) ou verbos de elocução, porém possui uma diferença fundamental: o DDL apresenta marcas de 1ª e 2ª pessoa inseridas no relato do narrador, enquanto no DIL as marcas são de 3ª pessoa. Veja exemplos de DDL:

A mulher do médico desviou os olhos, mas era tarde demais, o vômito subiu-lhe irresistível das entranhas, duas vezes, três vezes, como se o seu próprio corpo, ainda vivo, estivesse a ser sacudido por outros cães, a matilha da desesperação absoluta, aqui cheguei, quero morrer aqui. (Ensaio sobre a Cegueira, José Saramago)

O Russo ligou para a portaria. Não dera ordens para não ser incomodado? Não pedira, expressamente, que não passassem chamadas telefônicas para o seu quarto? Mas, senhor, nenhuma chamada foi passada para seu quarto. Nenhuma! O Russo perdeu o sono. (A proposta, Luís Fernando Veríssimo) [2]

Passagem do discurso direto para discurso indireto

Mudança das pessoas do discurso:

* A 1.ª pessoa no discurso direto passa para a 3.ª pessoa no discurso indireto.

* Os pronomes eu, me, mim, comigo no discurso direto passas para ele, ela, se, si, consigo, o, a, lhe no discurso indireto.

* Os pronomes nós, nos, conosco no discurso direto passam para eles, elas, os, as, lhes no discurso indireto.

* Os pronomes meu, meus, minha, minhas, nosso, nossos, nossa, nossas no discurso direto passam para seu, seus, sua e suas no discurso indireto.

Mudança de tempos verbais:

* Presente do indicativo no discurso direto passa para pretérito imperfeito do indicativo no discurso indireto.

* Pretérito perfeito do indicativo no discurso direto passa para pretérito mais-que-perfeito do indicativo no discurso indireto.

* Futuro do presente do indicativo no discurso direto passa para futuro do pretérito do indicativo no discurso indireto.

* Presente do subjuntivo no discurso direto passa para pretérito imperfeito do subjuntivo no discurso indireto.

* Futuro do subjuntivo no discurso direto passa para pretérito imperfeito do subjuntivo no discurso indireto.

* Imperativo no discurso direto passa para pretérito imperfeito do subjuntivo no discurso indireto.

Mudança na pontuação das frases:

* Frases interrogativas, exclamativas e imperativas no discurso direto passam para frases declarativas no discurso indireto.

Mudança dos advérbios e adjuntos adverbiais:

* Ontem no discurso direto passa para no dia anterior no discurso indireto.

* Hoje e agora no discurso direto passam para naquele dia e naquele momento no discurso indireto.

* Amanhã no discurso direto passa para no dia seguinte no discurso indireto.

* Aqui, aí, cá no discurso direto passam para ali e lá no discurso indireto.

* Este, esta e isto no discurso direto passam para aquele, aquela, aquilo no discurso indireto.

Exemplos de passagem do discurso direto para o discurso indireto

Discurso direto: - Eu comecei minha dieta ontem.

Discurso indireto: Ela disse que começara sua dieta no dia anterior.

Discurso direto: - Vou ali agora e volto rápido.

Discurso indireto: Ele disse que ia lá naquele momento e que voltava rápido.

Discurso direto: - Nós viajaremos amanhã.

Discurso indireto: Eles disseram que viajariam no dia seguinte. (1)

Vamos praticar lendo os próximos trechos enigmáticos e os comparando?

Trecho 1:

Clark precisava esconder o fato de que praticamente já descobrira que ele - Mendelson - era o autor do crime. Isto porque o suposto culpado havia se esquecido de esconder uma pista um tanto quanto comprometedora. Foi por isso que se esforçou em transformar aquele interrogatório em perguntas de rotina. Começou por esclarecer que aquelas eram perguntas de praxe, rotina de trabalho. Indagou onde ele estava na noite do crime. Mendelson lhe respondeu que estivera jantando na casa de um amigo, apressando-se em lhe fornecer o nome do amigo - Vincent. Clark perguntou-lhe, então, a que horas havia saído da casa desse amigo. O suspeito lhe informou que deixara a casa do amigo por volta das onze e meia, retificando, na sequência, sua resposta, mudando para meia-noite. A próxima pergunta dizia respeito ao destino tomado a seguir. Mendelson garantiu-lhe que fora para casa. O detetive quis saber, então, se alguém o havia visto a caminho de casa. Sem muita precisão, Mendelson lhe disse que achava que ninguém o havia visto. A ordem das perguntas inverteu-se e Mendelson acabou por perguntar se o fato de ninguém tê-lo visto o transformara em um culpado.Clark disse que não e reafirmou que aquilo nada mais eram do que perguntas de rotina.

Trecho 2:

Clark precisava esconder o fato de que praticamente já descobrira que ele - Mendelson - era o autor do crime. Isto porque o suposto culpado havia se esquecido de esconder uma pista um tanto quanto comprometedora. Foi por isso que se esforçou em transformar aquele interrogatório em perguntas de rotina:

— Devo-lhe dizer que isso aqui são meras perguntas de praxe, rotina de trabalho — esclareceu Clark. — Nada mais que isso. Onde você estava na noite do crime?

— Fui jantar na casa de um amigo — respondeu Mendelson, apressando-se em fornecer o nome do amigo, Vincent.

— A que horas saiu da casa desse tal Vincent?

— Por volta das onze e meia — informou o suspeito — ou melhor, meia-noite — retificou.

— Para onde foi a seguir?

— Para casa — garantiu-lhe Mendelson.

— Alguém o viu a caminho de casa?

— Difícil saber... Que eu tenha visto, não. Isso faz de mim um culpado? — Indagou Mendelson, invertendo a ordem natural da conversa.

— Claro que não. Como já lhe disse, isso são apenas perguntas de rotina. (3)

Conseguem identificar qual dos trechos acima, cujos possuem o mesmo texto, está transcrito em discurso direto e indireto? Ah, eu sei que já conseguem.

Referências

1 - Discurso Direto e Indireto disponível aqui.

2 - Discurso direto e indireto disponível aqui. 

3 - BARBOSA, J.P. Narrativa de Enigma. São Paulo: FTD, 2001

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