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06 | trabalho

CANADÁ, 17 de setembro de 2015.
Narrado por Harper

— Você tá estranha...

— Você acha?

— Eu te conheço há 5 anos, eu sei o que digo.

— Já que você sabe o que diz, por que eu estou estranha?

— Não sou adivinha. Aconteceu algo com as suas mães?

— Não, não aconteceu nada, eu juro.

— Você quase não abriu a boca hoje, isso é um milagre.

— Dormi pouco ontem... — escorreguei meu corpo que estava encostando na árvore, me sentado no chão com as pernas esticadas.

— Não é isso.

— Olha as meninas ali, — apontei para Natasha, Hailey e Brianna que caminhavam na nossa direção — nós vemos...

— No domingo! — me deu um beijo na bochecha e foi até as meninas.

Fechei os meus olhos, eu realmente tive uma noite mal dormida, fiquei muito tempo na biblioteca, depois ainda fui ver o Jeremiah e quando cheguei tive o desprazer de ser pega por Sarah.

— Oi — senti alguém chutar meu pé com pouca força.

— Shawn? — me levantei — Vamos?

— Estava só te esperando.

— Espero que você não tenha esquecido do cookies — brinquei.

— Ops.

— Você é péssimo, Mendes — sorri e comecei a ser guiado por ele até a sua casa.

— Eu não te conheço muito bem — me encarou e abriu um sorriso lindo.

— O que você quer saber de mim?

— Eu não quero saber de tabela — encarei a sua orelha.

— Minha aula favorita é artes, e eu devo passar 3/4 do meu dia desenhando.

— Eu sou péssimo desenhando. Eu gosto de cantar, bastante.

— Vai fazer música?

— Não exagera, — brincou — meu pai me mataria.

— Vai fazer o que então, senhor perfeição?

— Senhor perfeição? — riu — Por que eu sinto que você está debochando de mim?

— Eu? Debochar de você? Nunca!

— A senhorita é muito engraçadinha — gargalhei ao ouvir o "senhorita", era tão comum usar esse pronome com ele, que era estranho ver do lado de fora — O que foi?

— Senhorita.

— Você vive me chamando de senhor.

— É porque você parece um velho! — em encarou bravo — É sério! Tá na maior primavera e você tá com roupa de aposentado, você tem essa carinha de "não-chove-não-molha", e você tem um ar de superioridade.

— Você quer ser crítica quando crescer?

— Eu quero ser rica! — coloquei a mão em cima do seu ombro e paramos de andar — Mas agora é serio, Shawn, por que você paga de tão fechado?

— Eu? Fechado?

— Estou falando sério.

— Existem barreiras que tem que ser quebradas antes de sabermos algumas verdades.

— Frase de biscoito da sorte? Foi de velho.

— Não gosto de comida japonesa.

— Não!

— É sério! Peixe cru, mano? Aquilo é nojento.

— Yakissoba?

— É o que salva.

— Eu vou te apresentar um que você vai amar, minhas mães fazem o melhor do mundo.

— Suas mães?

— É.

— Você é filha adotiva?

— Achei que fosse falar "bebê de proveta" — sorri —, mas sim, elas me adotaram há 5 anos.

— Legal. Nunca tinha conhecido uma filha de casal lésbico, quiçá adotiva.

— Pra tudo se tem uma primeira ver, Raul.

— Eu prefiro quando você me chama pelo meu nome.

— Oh, eu magoei o bebê? — aberrei suas bochechas e ele me olhou bravo.

— Não sabia que conseguia ser tão irritante.

— Você achou isso irritante? Você não viu nada ainda.

— Onde eu fui me meter...

— Dai é você que tem que saber — ri, por encarar sua frase de maneira maliciosa, depois de andarmos mais um pouco ele apontou para uma casa azul bebê.

— Se meu pai tiver em casa vamos ter que ir para uma biblioteca.

— Seu pai é tão surtado assim? — me repreendeu com o olhar e eu revirei os meus olhos — Vou entender como um sim.

— Filho! — uma mulher se levantou do sofá e veio abraçá-lo, encarei seu corpo gordinho e seu casaco, incrivelmente de velho, talvez seja dai que Shawn tira inspiração para suas roupas. Além da roupa tosca, o fato dela andar um pouco curvada e estar com o olho inchado me chamaram atenção.

— Oi! — sorri, lembrando os que eu estava ali — Eu sou a Harper.

— Shawn já havia me dito de você, é um prazer. — me abraçou — Seu pai chega em 3 horas, sabe como ele é, é melhor já irem se agilizando enquanto eu vou fazer algo para comerem, você quer alguma coisa, Harper?

— Não, mas de não fosse te dar muito trabalho uma bandeja de cookies sempre cai bem.

— Eu levo para vocês daqui a pouco — saiu da sala e ele me puxou pela mão para que eu subisse as escadas.

— Você é muito descarada e folgada — falou negando com a cabeça assim que fechou a porta.

— Quarto legal.

— Diferentemente do seu é organizado.

— Ih, garoto, você nunca nem foi lá.

— Você tem cara de desorganizada.

— E você de chato — fiz bico e sentei na cama.

— Eu vou pegar mais uma cadeira, já volto — assim que ele saiu do quarto eu comecei a minha leve inspeção, que durou muito pouco porque além de eu não ter a mínima ideia do que estava procurando, ele voltou bem rápido.

— Lei e ordem: uve? — me referi apontando para os pôsteres dos personagens dessa série.

— Sim! É a melhor série de todas.

— Como a Sarah assiste eu sou coagida, mas é bem pesada.

— Crimes sexuais são pesados.

— Você sabe tocar violão?

— Sei — respondeu seco e sem me encarar.

— Toca um pouquinho? — me deitei na cama, a única coisa que eu não queria naquele momento era ter que desenhar.

— Nós viemos aqui fazer um trabalho, você esqueceu?

— Eu vim comer cookies.

— Folgada.

— Sua cama é bem confortável — tirei meu tênis e rolei por ela.

— Harper, você consegue se concentrar por alguns minutos?

— Tá, tá bom, — resmunguei e sentei na cadeira que ele tinha pego — na minha mala tem umas folhas, pega ai.

— Quase não é folgada, — murmurou e começou a mexer na minha mala — você é realmente bem bagunceira.

— A mochila é meu ponto fraco.

— Tem papel de bala aqui, — começou a tirar tudo da minha mochila com cara de nojo e organizar — papel de absorvente, um saquinho de camisinha, um papel de burrito, e um monte de giz de cera. Que nojo.

— Obrigada por arrumar para mim, senhor maníaco por limpeza.

— Por que você e a Maggie me apelidaram de "senhor"?

— Porque você ganhou a eleição do grêmio estudantil ao invés dela, ela ficou com raiva de você e eu como uma ótima melhor amiga criei um apelido carinhoso pra você — dei dois tapinhas na bochecha dele.

— Ah, achei que tivesse porquê.

— Que diferença faria, senhor perfeição?

— Não sabia que era tão debochada.

— E eu que você pudesse ser tão legal — sorri.

— Os cookies — a mãe dele abriu a porta e eu fui pegar a bandeja.

— Muita obrigada, tia, espero não ter te dado trabalho, mas sabe como é, né, eu tenho que comer por dois.

— Você...?

— Não, — sorri com o jeito dela que era idêntico ao do filho — é só que eu vou comer por mim e pelo Raul.

— Ah — me olhou com estranheza e saiu do quarto.

— Ela deve pensar que eu sou maluca — deitei na cama de bruços e comecei a comer, Shawn se sentou na minha frente.

— Eu nunca trago ninguém aqui, e quando eu trago, trago logo você.

— Faz parte — enfiei um cookie inteiro na boca.

— Que nojo!

— Nojo? — disse enquanto comia, ele concordou com a cabeça e eu coloquei a língua para fora mostrando toda a minha comida, ele fez careta.

— Não consigo pensar em como a Maggie gosta tanto de você, ela parece tão, tão, princesinha.

— E ela é. Mas é aquele ditado: os opostos se atraem.

— Achei que eu fosse o velho.

— Mal te conheço mas já sei quem você é, — franziu o cenho — é verdade. Quer apostar?

— Apostado, o que você quiser — usou o tom da descrença.

— É desse tipo de aposta que eu gosto, e que eu ganho, — sorri maliciosa — você tem algum trauma de infância, por isso o bicho de pelúcia, — segurei o dinossauro verde — você não gosta de tocar violão mas teve que aprender por causa dos seus pais e você finge ser reservado não sei porquê.

— Parabéns, errou tudo.

— Mesmo eu tiver acertado você não vai querer dizer que perdeu.

— Isso também é verdade.

— Parece que temos aqui um belo exemplar de um mentiroso compulsivo.

— Harper, nós precisamos fazer o trabalho, se meu pai chegar e te ver aqui ele vai me matar.

— Ok, vamos fazer. Eu só vou no banheiro, rapidinho, enquanto isso dá uma olhadinha na última página do meu caderno de capa azul, lá tem uma ideia e uns rabiscos.

— O banheiro é a porta no final do corredor.

— Já venho! — sai do quarto e olhei de canto de olho para a sala, sua mãe dormiu enquanto assistia TV. Entrei no primeiro quarto, que era logo o de casal e fiz um filme, não achei nada de interessante, mas registros nunca são demais, entrei no banheiro da suíte e vi um monge de analgésico, fotografei tudo e depois fui para outro cômodo, que estava trancado, revirei os olhos e entrei no banheiro, mais frascos de analgésicos, mais fotos.

— Achei que você tivesse descido pelo ralo — disse sem me encarar.

— Não quero fazer o trabalho.

— Você desenha muito bem — o vi encarando o desenho de uma mulher nua, mais especificamente, Maggie.

— Muito obrigada, — puxei o caderno da sua mão — mas eu disse pra você olhar só a última página.

— É que você demorou tanto.

— Não tem nenhum amigo para conversar por mensagem? — fui grossa e ele fechou os olhos.

— Me desculpe.

— Não tem problema — disse falsa, mas sem deixar transparecer.

— Já que não tem problema posso dar mais uma olhada?

— Pode.

— Ficou de cu doce atoa.

— Vou falar para sua mãe do seu palavreado — provoquei.

— Minha mãe não é o problema...

— No meu caso é, e ainda é dobrado — ele riu e eu encarei seus olhos pequenos espremidos pela risada, sua respiração calma e seu jeito interessante estavam me entretendo mais do que imaginava.

— Quem é? — apontou para o desenho de um homem nu.

— O garoto que eu perdi minha virgindade, Evan.

— Parece nome de mulher.

— Mas ele tem uma rola — apontei para o desenho.

— Eu falei do nome.

— Sei, S... — ele colocou o dedo indicador nos meus lábios e eu me calei, ele encarou a porta na intenção de prestar mais atenção e eu não entendi nada, me senti na aula de geografia.

— Meu pai chegou — falou baixo.

— E?

— Você precisa ir, e falar baixo, senão eu morro.

— Ok — arrumei minha mochila nas costas.

— Ele não pode te ver. — disse quando eu segurei na maçaneta — Meu Deus do céu, ele vai te achar e vai me matar — começou a falar rapidamente e sussurrando.

— E ele não vai, — pisquei um olho para ele e abri a janela — foi muito bom passar a tarde com você, Shawn.

— Você é genial!

— Eu sei! Eu sei! —me gabei jogando meus cabelos para frente — Mas agora eu tenho que ir, nós vemos no colégio.

— Até, Harper.

— Até mais — sai pela janela e desci pela árvore, sai pela rua de trás, não queria correr o risco de prejudicar Shawn.

A tarde realmente havia sido boa, muito melhor do que imaginei, ele é mais gente e menos "senhor perfeição" do que eu pensava, e eu gostei disso, gostei dele. Mas o que eu mais gosto agora é o fato do tempo que falta para nos vermos novamente apenas estar diminuindo.

Oi pessoisinhas, como vão?
Sei que demorei, mas quem é vivo sempre aparece.
Espero que gostem desse capítulo o quanto eu gostei de escrevê-lo. Foi bem difícil fazer os personagens fora do padrão "perfeição", e estou feliz com o resultado, espero ir me aprimorando nesse quesito.

Amo vocês que nem a Harper ama cookies. Até o próximo!

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