Felix bebia o líquido alcoólico em seu copo, pensando se deveria fumar seu cigarro ou apenar bolar um como Jeongin. Em toda sua vida, tinha apenas fumado umas cinco vezes. As duas primeiras, lhe renderam dores de barriga e pensou muito bem antes de fumar por uma terceira vez. Quando percebeu que apenas uma larica fodida o afetou junto do sono demasiado, aproveitou bem as duas últimas vezes até aquele momento.

─ Um tapa? - o que antes bolava, bem ao seu lado, ofereceu depois de tragar duas vezes. O moreno esticou a mão e pegou o baseado entre o indicador e dedão, levando a seda bem bolada até os lábios.

Hyunjin prestava atenção em cada movimento do garoto. O jeito que ele levou o cigarro de maconha até a boca, como fechou os olhos e sorveu daquilo. Um sorriso pequeno estampou os lábios ressecados quando soltou a fumaça e o Hwang podia jurar que os olhos do garçom brilhavam por dentro das pálpebras fechadas.

─ Fazia um bom tempo que eu não te via soltinho assim. - Jisung disse alto o suficiente para que todos escutassem. Tinha um copo de bebida em mãos enquanto conversava com Jeongin e Minho. Se surpreendeu ao ver Felix um pouco familiarizado com o ambiente.

O moreno apenas sorriu dando de ombros e passou o baseado para Hyunjin, que demorou um pouco para alcança-lo já que estava focado demais no Lee.

─ Não vai muito em festas? - o Hwang resolveu puxar assunto. Tragou do filtro, estava um pouco babado mas ele tampouco se importou, pois era uma baba em específico.

─ Eu mais trabalho do que saio de casa. Está tão na cara assim?

─ Depois que Han comentou, sim. - ele sorriu fraco. Cutucou Jeongin e alcançou o cigarro para o rosado.

─ Oh... Acho que meu lado festeiro adormeceu depois que terminei a escola.

─ Normalmente é nessa fase que começa o lado festeiro das pessoas.

─ Não quando se é sozinho no mundo e precisa andar com as próprias pernas.

Querendo ou não, aquilo foi um soco na boca do estômago de Hyunjin. Foi como se tivesse levado um choque de realidade mesmo que Felix não tivesse dito aquilo para o provocar. Ainda morava com os pais, foi um tanto rebelde na adolescência e tinha tudo o que precisava em casa. Era basicamente um mimado de merda.

─ Entendi.... Mora sozinho?

─ Divido apartamento com o Han. É mais barato para nós dois assim. - o Lee conseguia ser transparente em vários aspectos, sempre deixava escapar detalhes de sua vida e não se importava muito com isso também.

─ Como foi parar no Mel's?

─ Isso é um interrogatório? Por acaso, você é um tira? - soltou divertido, mesmo que fosse um tanto curiosa todas aquelas perguntas do rapaz que sempre ia na lanchonete e passava bom tempo com os olhos fincados em si.

─ Eu só... Queria saber um pouco mais de você.

─ Sei. - cerrou os olhinhos redondos, fazendo com que suas bochechas inflassem. - Vamos pegar outra bebida lá dentro, meu copo tá vazio.

Felix se levantou e seguiu para dentro da casa movimentada sem sequer saber se Hyunjin o seguia. Abriu a geladeira da casa do anfitrião e puxou duas garrafas de cervejas dali. Ao se virar, viu o Hwang escorado na bancada cheia de bebidas para drinks.

─ Quer ir lá pra cima? - perguntou ao girar as tampas das duas garrafas. - É mais quieto, podemos conversar melhor.

Felix não tinha o porquê de recusar tal convite. Não tinha um pingo de malícia nas palavras de Hyunjin, ele soltava elas com leveza e apenas mostrava interesse de poder conversar melhor com o moreno.

E era exatamente aquilo que o Hwang queria. Sabia que tinha uns sentimentos a mais pelo garçom, mesmo não tendo conversado com ele antes. Porque... Porra! Seu coração derretia toda vez que via ele sorrir e por mais que seu foco - na maioria das vezes - estivesse no belo par de coxas á mostra pela sainha, ele era completamente louco pelo sorriso de coelhinho e olhos perfeitamente redondos do garoto.

Subiram as escadas com certa pressa, se esquivando de pessoas bêbadas e que se agarravam pelos cantos da casa. O lugar era enorme e o Lee se apavorou com o tanto de corredores e portas que existiam ali.

─ Nossa... Por fora já é grande, mas por dentro... - ele murmurou um tanto pasmo, sentindo o suor da garrafa escorrer por sua mão e pingar no carpete bege. Hyunjin soprou um risinho e abriu a porta dupla no fim do corredor. ─ É uma sala de jogos?

─ Uhum. Eu vinha muito prá cá quando era mais novo.

─ Vocês se conhecem há muito tempo?

─ Eu e o Lino somos primos. - ele bebeu da cerveja em sua garrafa, tendo certo descaso pelo assunto. ─ Éramos mais próximos na infância.

O garoto apenas assentiu com a cabeça e jogou-se em um dos puffs que tinham no meio da sala. O Hwang fez o mesmo, ficando próximo a Felix e o olhando sempre que podia. O cheiro do perfume do garoto era bom, diferente do que sentia na lanchonete quando ele passava por si, mas ainda assim, era bom.

─ Sunmi que arrumou o emprego pra mim lá. Ela me ajudou quando mais precisei mesmo me conhecendo há poucos dias. - respondeu a pergunta anterior de Hyunjin.

A mulher, que mal conhecia Felix na época. Fez de tudo para que o moreno pudesse trabalhar naquela lanchonete. Ela já tinha bons anos ali, era confiável aos olhos dono e então, ele pensou que ela nunca colocaria alguém vadio para trabalhar. Dito e feito. O Lee nunca deu corpo mole, por mais que trabalhasse em um lugar que não pagasse tão bem.

Sempre foi agradecido pelas oportunidades da vida.

─ Legal... - o Hwang murmurou, levando a garrafa aos lábios. Bebeu um bom gole e endireitou a postura, tendo uma visão mais clara de Felix por inteiro. ─ Têm quantos anos?

─ 19.

─ Uau, você é novo.

─ Ah, é? - arqueou uma sobrancelha. Hyunjin não podia ser muito mais velho que si. Mesmo quando ele vestia aquelas roupas elegantes. ─ E você, idoso. Quantos anos têm? - o castanho riu, negando com a cabeça. Achando fofa a forma em como Felix se sentiu afetado.

─ 22, bebezinho. - soltou com um sorriso irônico nos lábios finos, arrancando um revirar de olhos do Lee.

─ Tsc, não me chama de bebezinho, hippie fajuto.

─ Hippie fajuto? - riu mais ainda, atraindo o olhar do moreno.
Cristo... Hyunjin era lindo sorrindo e a risada dele era tão gostosa de ouvir.

─ Ah, esquece.

─ Não! Me conta, que papo é esse? - voltou a olhar para Felix. Notando o biquinho nos lábios rosados e de como sua expressão emburrada combinava com ele.

─ É só uma piadinha interna, nada de mais.

─ Okay, okay. Dessa vez eu deixo passar. - tomou um último gole da cerveja e se levantou do puff. ─ Vejamos... O que podemos fazer aqui?

Transar. Felix pensou de imediato mas logo se condenou por isso. Céus... O que estava fazendo da vida? Não podia aproveitar o momento de conversa com Hyunjin? Se conhecerem melhor era muito mais benéfico do que saírem transando logo de cara.

─ Vamos jogar Pac-Man.

O joguinho do bicho amarelo que come os fantasmas era a febre da década. Tinha sido lançado no começo da mesma e não demorou muito para que todos fossem doidos para jogá-lo nos fliperamas.

─ Apostas? - o sorriso ardiloso do Hwang era brilhante. ─ Podemos fazer 3 rodadas.

─ Tá... Se eu ganhar, quero essa tua camiseta da Celine. - foi a primeira coisa que viu ao olhar para o Hwang. Não seria ousado, pois tampouco Hyunjin tinha dado brechas, não seria ele a abusar disso.

Mas o castanho, por outro lado... Não foi tão complacente assim. Sempre foi mais sapeca e não ia amarelar só por que era sua pessoa preferida ali. Tinha que aproveitar, não é mesmo?

─ Paguei caro nela... - um biquinho moldou os lábios finos em pura manha. ─ Porém, justo. Todavia, se eu ganhar... Quero um beijo.

Foi inevitável os olhos do moreno não se arregalarem. Um frio percorreu a espinha, fazendo o corpo gelar em antecipação. Não queria fraquejar, iria se mostrar forte diante daquilo mesmo que quisesse perder o jogo apenas para beijar o mais velho.

─ Tá bom... Justo, também. É uma pena que você vá perder. - sorriu cínico, estalando o pescoço e dedos. Correu até a máquina de jogos e iniciou a partida.

Jogaria como se não tivessem apostando nada, não queria dar esse gostinho para o Hwang ainda.

Na primeira rodada, ganhou duas vezes, e Hyunjin só uma. Na segunda, o Hwang venceu as três e agora o suor de nervosismo já começava a escorrer pelas costas do Lee. Na terceira, ele jurou que ganharia a segunda, pois tinha ido bem na primeira.

Quando Hyunjin terminou a partida com um sorriso presunçoso nos lábios e o olhando de modo felino. A saliva que tinha se acumulado na garganta do mais novo desceu rasgando quando a engoliu.

Por Deus... Beijaria Hyunjin e ao menos se importou pela perda dos jogos, pois Felix sempre fora competitivo demais.

─ Opa, acho que eu ganhei. - ele se encostou na máquina e cruzou os braços. As mangas do blazer subiram um pouco, deixando á mostra as veias subindo pelos braços e as várias pulseiras finas que adornavam o pulso fino.

─ Sorte de principiante.

Felix resmungou e o Hwang soprou um risinho. Sem esperar alguma atitude do moreno, o puxou pelo pulso, até que estivesse em sua frente. Virou os corpos, deixando Felix encostado na máquina, prensando o corpo de mesma altura que a sua contra o brinquedo.

O moreno o olhava com certa ansiedade, notável pelo jeito que puxava o lábio inferior entre os dentes e o olhava. Como se dissesse

─ Relaxa, bebê. Dizem que eu beijo bem. - mordeu a língua, deslizando o dedo sobre o lábio cheinho de Felix, vendo os dentes inferiores branquinhos dele.

─ Só provando pra saber.

Provocou, puxando o Hwang pela cintura. Apertou os dedos na camiseta debaixo do blazer, sentindo o corpo quente do mais velho contra o seu.

Hyunjin sorriu ladino antes de revirar os olhos e atacar o boca com gosto de cerveja de Felix.

O beijou com fome, com toda a vontade que tinha desde que o conheceu. O moreno brincava com a língua experiente do castanho, subindo as mãos pelo tronco quente do Hwang enquanto o mesmo o prensava mais naquela máquina barulhenta

O mais novo chupou a língua de Hyunjin, deixando que alguns estalos meramente pornográficos escapassem. O Hwang desceu a palma pelo corpo do garoto, apertando cada parte e demorando na nádega durinha. Chegou na parte de trás da coxa e então fez com que a perna entrelaçasse seu quadril, deixando com que suas barrigas colassem assim como os membros semi despertos.

─ Ah... Felix, você é tudo que eu sempre quis, bebê. - ditou rouco e extasiado, descendo os beijos pela mandíbula bem marcada do moreno, beijando cada parte do pescoço branquinho e cheiroso, enquanto tinha os fios de seu mullet sendo puxados.

Prensou mais os quadris, arrancando um arfar do mais novo.

─ Porra, Hyunjin Me beija. - pediu. Estava sendo torturado pela língua do Hwang em seu pescoço. Lhe chupando com afinco e encenado um beijo de língua na derme.

─ Como é? - ele soltou cínico, afastando o rosto para o olhar. Apertou a coxa enlaçada em seu quadril, se esfregando contra a pélvis do Lee

─ Me bei-

Não pode pedir novamente. A porta fora aberta com certa brutalidade, interrompendo o momento dos dois e fazendo com que se separassem calmamente, não querendo denunciar o que estavam fazendo.

Só mais alguns minutos e tinha beijado aquela boca gostosa só mais um pouco.

Felix tinha um sorriso mínimo nos lábios, enquanto encarava o nada á sua frente.

A noite com Hyunjin havia sido perfeita, conversou mais com o mais velho depois que os garotos os interromperam. Beberam juntos, jogaram mais um pouco e na hora de ir embora, o Hwang o puxou para um canto e lhe beijou fervorosamente, mais uma vez.

─ Qual é desse sorriso tosco? - foi tirado de seus pensamentos pela voz de Chang Bin e pelo jeito brusco em que ele empurrou seu prato de hambúrguer com anéis de cebola, na bancada.

─ Nada que você deva saber. - soltou com um olhar superior, arrancando uma gargalhada gostosa do Seo.

─ Conta logo! - o empurrou pelo ombro, passando a apoiar os cotovelos na madeira e a lhe olhar com certa empolgação.

─ Fiquei com um cara ontem.

─ E quem era o felizardo?

─ Conhece o filho do dono da loja de LP's? - Chang bin assentiu um pouco incerto. Já tinha ouvido falar do rapaz, mas o vira poucas vezes na lanchonete. ─ Então, fiquei com ele.

─ Ele fode bem? - perguntou com certa empolgação. O seo não era gay, mas sempre mostrava interesse nos assuntos quando se tratava do Lee, gostava de saber e rir da cara do mais novo.

─ Foram só uns beijinhos... - soltou muxoxo, comendo um anel de cebola. ─ Mas acho que rola. Tem que rolar.

Ambos riram e engataram em uma conversa. Logo Chang bin saiu para atender alguns clientes.

Felix estava almoçando na lanchonete em que trabalhava no seu dia de folga. Tinha ficado sozinho em casa, pois Han foi para outra cidade afim de comprar roupas novas com Yesung.

Depois de terminar sua refeição, resolveu andar um pouco pelo centro. Como era sábado, o lugar estava movimentado e o parque que tinha inaugurado há um mês atrás, estava lotado.

Comprou um picolé de limão e saiu o chupando como uma criança feliz.

Olhava para as vitrines das lojas, avaliava preços e torcia o nariz ao ver que era tudo muito caro quando se tratava de roupas de marca.

Sem perceber, se pegou olhando para os toca-discos em uma vitrine bem iluminada. Tinha alguns LP's expostos e um deles lhe chamou muito atenção.

The Rolling Stones.

Amava a banda de Rock desde que se conhecia por gente.
Entrou na loja ainda com o picolé na boca. Olhou as prateleiras de vinis, encantado com os álbuns. Seus olhos brilhavam e um sorriso contornava os lábios vermelhos pelo doce gelado.

─ Temos um amante de música aqui?

A voz conhecida por si o fez dar um leve sobressalto. Felix olhou para o lado, vendo a figura imponente de Hyunjin. As roupas pesadas em plena primavera, os olhos escuros pelo lápis de olho, a bandana vermelha na cabeça e os braços cruzados. Estava diferente de ontem e ainda mais irresistível.

─ Talvez... Quanto custa aquela belezinha do The Rolling Stones?

─ Rock, bebê? - soltou um tanto impressionado pelo gosto musical do rapaz. Podia jurar que o Lee dançava ao som de Madonna ou Roxette - mesmo que eles ainda estivessem bem no início da carreira. ─ Além de gostoso escuta os clássicos, aí papai.

─ Hyunjin!

─ Tá bom, tá bom. Aquele lá eu te faço por 20 e você vem e escuta ele comigo lá em casa. - propôs.

─ E quanto ele custa normalmente?

─ 50. - arqueou a sobrancelha, deixando que um sorriso presunçoso brincasse nos lábios.

Felix cerrou os olhos, terminado de comer o picolé - o que chamou muito a atenção de Hyunjin. Era isso, ou pagar 50 pelo disco.

E claro, não era nenhum sacrifício escutar o álbum inteiro com o Hwang.

─ Fechado.

Hyunjin sorriu de orelha a orelha e procurou pelo álbum que Felix tanto queria. Encaminharam-se até o caixa e o mais novo pagou os 20 pelo álbum. O de fios castanhos pediu para que o garoto esperasse um pouco e sumiu pela cortina vermelha que tinha atrás do balcão.

Quando o Hwang voltou, ele balançava um molho de chaves no indicador. Saíram da loja e foram para o beco ao lado, aonde tinha um Cadillac Eldorado 1959 na cor vermelha, estacionado.

Felix deixou que o queixo caísse, impressionado com a lataria perfeitamente polida e a cor vibrante bem viva. Tinha um fraco por Cadillacs.

─ Gostou? - o mais velho perguntou com um sorriso nos lábios ao ligar o motor.

─ É perfeito. - os olhinhos brilhavam e ele rolava as orbes por cada pedacinho daquele interior. Os bancos macios em couro, o painel inteiro e bem brilhoso.

─ Meu pai me deu quando fiz 18. Porém, nós dois usamos.

─ Uau... Acho que nunca terei um desse. - soprou um risinho, escorando o braço na janela abaixada, sentindo o vento soprar em seu rosto.

Hyunjin ficou quieto, concentrado na estrada para sua casa. Uma euforia crescia dentro do peito, feliz por ter o garçom bem perto de si e cada vez mais íntimo com dele.

O percurso não foi comprido, o mais velho morava perto do centro. Felix apenas olhava para as ruas, maravilhado por estar andando naquele carro com o Hwang.

─ Mi casa és su casa. - disse ao abrir a porta para que o moreno adentrasse. A casa era simples, porém sofisticada.

─ É uma bela casa. - elogiou ao olhar ao redor da sala, esperando que Hyunjin fechasse a porta. Um par de pernas desceu as escadas. A mulher vestia um vestido florido e usava pantufas. Um batom vermelho adornava os lábios parecidos com os de Hyunjin e uma faixa prendia o cabelo escuro e curto para trás.

─ Que surpresa... - ela disse com um sorriso crescendo nos lábios.

─ Ahn, mãe! Esse é o Felix , um amigo meu.

Amigo... É, os pais do Hwang nem sonhavam que ele gostava de garotos. Talvez, a mãe. Mas ele nunca se dispôs a ter tal conversa com a mulher.

─ Oi... - ele abanou tímido. A senhora Hwang se aproximou do rapaz e o puxou para um abraço caloroso, beijando a bochecha fofa dele.

─ É ótimo ver novos rosto, Hyunjin só trás Seungmin aqui.
Brincou. A mulher amava o Kim , o sorriso dele a enchia de alegria e ele era super educado e bom de conversa.

─ Vou contar pra ele. - o castanho ameaçou e ela cerrou os olhos.

─ Nós vamos subir pra ouvir um álbum, tá bom? - passou pela mulher e deixou um beijo na testa dela. Felix sorriu fraco e se curvou para ela antes de dar as costas e subir atrás do Hwang.

─ Juízo! - ela gritou lá de baixo, arrancando um revirar de olhos do filho.

O que ela pediu, entrou por um ouvido e saiu pelo outro. Pois quando trancou a porta do quarto e se virou para o seu paraíso em pessoa. O puxou pela cintura fina destacada pela regata que usava por baixo da camiseta de flanela comprida, grudando os corpos e arrancando um gritinho surpreso do moreno.

─ Não ouviu sua mãe?

─ Eu costumo ser rebelde as vezes. - respondeu entre os beijos que dava no pescoço branquinho do Lee.

─ Que garoto levado... Aí, Hyunjin! - choramingou ao ter a pele mordida com força desmedida. Como um pedido de desculpas, o mais velho beijou a tez várias vezes, arrancando uma risada do garoto.

─ Senti falta da tua boquinha, bebê.

Soprou rouco, roçando os lábios entreabertos na boca morna do mais novo. Puxou o inferior gordinho dele entre os dentes, sentindo os dedos de Felix percorrendo sua barriga por debaixo da camiseta.

─ Nos vimos ontem.

─ Eu vicio rápido em tudo que é bom.

O moreno sorriu negando e beijou o Hwang, terminando com a distância entre os dois. Chupou a língua dele para dentro da boca, tendo a cintura agarrada com força e sendo levado em passos cegos para a cama de Hyunjin.

─ A gente não ia escutar música? - perguntou ao ter o mais velho se ajeitando entre suas pernas, apertando com força as coxas cobertas pela calça jeans.

─ Depois, agora eu só quero te ter assim, coladinho em mim.