Os dedos ágeis percorriam as teclas de marfim, uma melodia suave ecoava por toda a sala, trazendo um sorriso cativante dos mais velhos alí sentados.

  Hermione achava um tanto quanto cedo para se tocar piano, mais não poderia negar um pedido de Minerva, que bagunçava os dedos no braço da poltrona que se encontrava sentada, Albus diferente da esposa, já cochilava novamente com ajuda da melodia calma.

  Ao julgar pelo clima a fora, Hermione acreditou ser por volta das seis da manhã, havia acordado bem cedo, e primeiro que Severus.

  Um sorriso percorreu seu rosto quando vislumbrou o sobre lençol cobrindo o homem da cintura para baixo, seu corpo alvo a fascinava, e se ela achava que ele era perfeito, passou a ter certeza quando notou duas covinhas em sua lombar, achou aquilo tão.......

  A cada movimento que fazia, ela se lembrava da madrugada que tiveram, dos gemidos roucos dele em seu ouvido, dos toques quentes em seu corpo, e da declaração que ele fizera no final de tudo.

  Seu coração havia se esquentado com tal sentimento, qual ela descontava sua felicidade toda tocando o piano a sua frente.
  Todo o amor e carinho que ela sentia, depositava naquelas teclas, achava a melodia perfeita para o que estava sentindo naquele momento.

  Quando terminou seu repertório, sorriu buscando a xícara de chá que havia em cima do instrumento, sorvendo do líquido quente que esquentava seu corpo, estava se sentindo muito bem naquela manhã.

  Rapidamente como parou, logo voltou a tocar, não percebendo a presença do homem de cabelos negros que entrava na sala a passos lentos, impressionado com seu talento no piano. Jamais imaginava que ela tocasse tão bem.

  Seus passos eram cautelosos, andava até ela silenciosamente, até chegar a cabeceira do piano e se apoiar para observá-la.
  Levando seus olhos cor mel até ele, um sorriso gentil esticou-se por seus lábios, as maçãs de seu rosto se esquentaram, e por mais que adorasse o olhar, não podia tirar a atenção das notas que tocava.

— Não sabia que tocava maravilhosamente bem! — comentou impressionado. — Para ser sincero, não sabia que tocava.

— É um dom conhecido por poucos. — sorriu o olhando.

  Os olhares se encontraram por um bom tempo, criando um ar diferente na sala que logo foi reconhecido por Minerva e Albus, que silenciosamente saíram do lugar, os deixando a sós.

  Um sorriso imperceptível se esticou pelos lábios de Severus, ele a olhava com paixão, a mesma que ele havia se declarado para Hermione naquela noite.

— Eu a desejo tanto! — sussurrou apenas para ela. — Nunca pensei que sentiria isso, mais tê-la em meus braços só me faz querê-la cada vez mais.

  O rosto de Hermione ruborizou por completo, seu corpo esquentou com aquelas palavras, as cenas da noite anterior percorrendo sua cabeça novamente.

— Desejo sentir seus lábios aos meus novamente, seu gosto ao estar molhada só para mim. Hermione..... — sua voz rouca denunciou seu estado de êxtase pela garota.

— Sevie.... — aquele apelido soou tão bem aos lábios dela, seria maravilhoso ouví-la gemer o chamando daquela forma.

  Uma das mãos grossas pousou na pele clara da bochecha de Hermione, a outra percorrendo a cintura na qual puxou para perto de si, Snape estava louco para fazê-la dele ali mesmo, mas teria de se contentar em somente beijá-la, o que ainda era arriscado para onde estavam.

  A puxando para ele, a beijou sem avisar. Os lábios pressionando os dela em um selo molhado e estalado. As respirações já estavam descompassadas, Hermione sentia seu interior pedir por mais, mais daquele contato que tivera na noite passada.

  As mãos apertavam sua cintura fina, a sensação de calor percorrendo seu corpo, sentia tanta a necessidade de tê-lo, que não pensou em se levantar e sentar no colo de Severus, que gemeu ao sentir as unhas deslizarem delicadamente em seu pescoço.

— Não podemos.... — ela disse em um suspiro.

— Não.... Mais sei que quer tanto quanto eu..... — disse tentando recuperar o ar.

  Os lábios voltaram a se encontrar, um arrepio percorrendo o corpo de ambos, enquanto a mão grossa de Severus adentrava por debaixo do vestido de Hermione deslizando pela perna macia, apertando a carne da coxa, até chegar entre suas pernas onde seus dedos tocaram o tecido do pedaço de pano que escondia sua intimidade.

  Seus dedos massageavam a carne já úmida por cima do pano, Severus podia sentir as unhas de Hermione agarrado com sua unhas o tecido da camisa que usava, podia a sentir molhada...

  Gemidos baixos escapavam dos lábios dela, os mesmo lábios que ela mordeu com força quando dois dedos invadiram o pano deslizando facilmente pela carne quente e úmida.

  Em um leve movimento de vai e vem, ele a penetrou com um dedo, o segundo logo foi inserido, com Hermione 'enterrando' sua cabeça no ombro dele para se controlar. Um terceiro dedo fora inserido em seu interior, enquanto o dedão acariciava o clitóris inchado.

  Instintivamente, ela rebolava em seus dedos, queria mais, o queria dentro dela, e o fato de poderem ser pegos, deixava tudo mais excitante.

  Seu membro estava duro debaixo daquela calça apertada, desejava mais do que nunca fazê-la sua novamente, a penetrar com força para depois a fazer carinho, estava louco por ela, e não sabia o que fazer.
  Na verdade, ele sabia, seus gemidos misturados ao dela entregava tudo, e para piorar, ele não conseguia para de imaginá-la sentada em cima daquele maldito piano, enquanto a fodia.

— Sevie.... — gemeu rente ao seu ouvido, o fazendo endurecer mais se possível. — Eu vou......

  Poderiam ser pegos alí? Sim. Mais Snape não se importava naquele momento, vê-la ter prazer e saber que ele era o causador de sua euforia, o deixava extasiado, sentí-la tremer em seus dedos, o apertar era divino. Ela estava prestes a gozar, e ele não queria perder nada daquele momento, queria poder ver os olhos cor de mel enquanto ela gozava, queria ver sua reação, mais uma idéia que o perturbou passou por sua mente, era uma idéia perturbadora, pois não podia estar mais dividido entre ver sua reação ao gozar ou prova lá até a última gota.

— Severus..... — gemeu mais uma vez, anunciando estar próxima.

— Venha para mim. — assim como foi rápido para  mandar, ele a colocou sentada no banquinho do piano e rapidamente se ajoelhou, levando o tecido do vestido que ela usava em sua cabeça, o cobrindo.

  Seus dedos ainda se movimentavam de forma ágil, e embaixo do vestido dela entre suas pernas, ele não hesitou em levar seus lábios onde os dígitos estavam, lambendo em cada canto, cada dobra até sentí-la se derramar por completo.

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              🌹⊰᯽⊱ P.o.v Severus. ⊰᯽⊱🌹

  Enganchada em meu braço, depois de se recuperar de um intenso orgasmo, Hermione e eu seguimos da sala do escritório para o jardim, onde fomos avisados de que o almoço aconteceria.

  Infelizmente, seus pais e irmão teriam um evento com os McLaggen, e não poderiam compartilhar do almoço conosco, porém eu teria o dia inteiro com a garota até levá-la de volta para casa mais tarde.

  Um sorrisinho maroto emoldurava seu rosto encantador, suas bochechas estavam coradas a deixando tão bela quanto era.
  Não podia conter um sorriso despercebido e um suspiro pelo calor que percorreu meu peito naquele momento.

  Estar com Hermione de alguma maneira fazia meu dia melhor, me sentia bem, feliz e....amado. Não era como se eu fosse o homem mais encantador do mundo, ou o mais engraçado, contudo meu mundo era mais alegre quando ela me olhava com aqueles olhos cheios e brilhosos, e sorria de qualquer besteira que eu dissesse, mesmo não tendo a intenção de soar engraçado.

  De fato estava rendido por aquela mulher. Talvez tenha me apaixonado rápido demais, mais não me importava, não quando já achava que havia me privado demais de um sentimento assim.

 
— O dia está tão bonito! — sua voz doce me tirou dos meus pensamentos.

  Estava prestes a concordar com seu argumento, mais uma risada alta e escandalosa me chamou mais atenção.

  Em meio ao jardim, sentados a mesa posta com o almoço, a figura presente de Lídia conversava animadamente com Minerva e Albus, que sorriam com cada palavra dita.

  Meu sangue ferveu quando a morena de olhos verdes se virou para me olhar, um sorriso falso percorrendo seus lábios e os verdes de suas íris trazendo falsa bondade para quem olhasse.

  Não sabia o que ela poderia estar querendo por aqui, mais coisa boa não era. A forma que ela sorria amigavelmente para Hermione era motivo para se desconfiar, principalmente quando sabia que Lídia não era uma pessoa muito equilibrada, principalmente de se confiar.

— Severus.... Você está apertando minha mão forte demais. — Hermione gemeu baixinho me alertando, fazendo com que eu soltasse sua mão me desculpando pelo ato. — Está tudo bem, não precisa soltar minha mão. — sorriu segurando a minha de volta.

  Nos aproximamos mais de onde todos estavam, Lídia olhando Hermione dos pés a cabeça e seu olhar entediado me encarando.

— Severus! — se levantou mostrando falsa alegria. — Senti tanta sua falta. — não se importando com a presença de Granger ao meu lado, seus braços rodearam em volta de meu pescoço em um abraço apertado.

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  Severus não gostava nada daquele contato todo, não quando vinha de alguém no qual ele não fazia questão de ter intimidade.

  Gentilmente, uma mão mão pousou na cintura da moça alta de cabelos castanhos, a outra caindo em seu ombro o permitindo empurra-la para trás.
  Os olhos verdes o encaravam de forma confusa, demonstrando raiva quando ele pedira para se afastar.

— Por favor, peço que não se aproxime desta maneira. — tentou ser gentil.

— Nos conhecemos a tanto tempo Severus, o que é um abraço entre amigos? — sorriu.

— Não somos amigos Lídia, e não me lembro de lhe dar intimidade alguma. Nos conhecemos somente por azar do destino.

— Sev.....

— Por favor, poupe esforços. Aliás, esta é Hermione Granger, se fosse um pouco educada perceberia que estou acompanhado a ela.

  Hermione que até então observava tudo sem entender absolutamente nada, sorriu estendendo sua mão para cumprimentá-la qual foi rejeitada rapidamente.

  A sobrancelha bem feita de Granger se arqueou pelo gesto da outra, seu olhar foi para Severus que passou as mãos pelos cabelos negros enquanto suspirava fundo e dizia baixo um "te explico depois."

  Hermione de começo, não se importou com a maneira invasiva na qual a mulher a sua frente cumprimentara Snape, contudo, conforme o almoço foi seguindo, ela percebeu que a atenção da tal Lídia, era somente para Severus.

  Ela não se importava sequer com a presença de Albus e Minerva, queria apenas a atenção do Duque que fazia de tudo para incluir todos na conversa, principalmente Hermione, mostrando que ela era seu real interesse.

  A cacheada apesar de entender as intenções reais da mulher, sentia seu coração bater mais rápido quando o homem ao seu lado lhe dava atenção, fazendo de tudo para que não se sentisse desconfortável.

 
  {....}

  O caminho de volta para casa fora completamente silencioso. Snape mesmo levara Hermione de volta, mais não dissera nenhuma palavra no caminho todo sobre o dia cheio de grosserias contra Lídia.

  Ela estava demasiadamente curiosa para saber o do porque o homem tratar a mulher daquela maneira, estava louca para perguntar, mais algo em si dizia que era melhor ficar calada, que o assunto poderia ser tratado em outro momento.

— Sei que está curiosa Hermione! — a voz de barítono soou quando eles entravam pelos portões da casa da jovem. — E acho que lhe devo alguma satisfação.

— Mesmo estando curiosa, não é necessário. Não é da minha conta. — deu de ombros.

— Certamente não é de sua conta. Mais preciso avisá-la.... Lídia não é uma pessoa em quem deve confiar. Ela não é ruim, mas também não é boa, compreende?

— Entendo. Mais não é isso que faz você odiá-la é? — ousou em perguntar.

— Não. O processo todo tem haver com meu pai... — disse desgostoso. — E a família dela.

— Não irei perguntar mais nada mesmo que morra aflita para entender tudo melhor, mais quero que saiba que pode me dizer qualquer coisa. — o encarou levando uma mão até o rosto dele.

— Sei disso. É como se eu pudesse dizer tudo a você. Mas não posso contar nada até saber o real motivo dela estar aqui.

  Hermione apenas sorriu, confiava nele plenamente, e sabia que quando ele estivesse pronto a contaria. Não podia sair por aí exigindo muita coisa, afinal só estavam apenas começando algo, mesmo que as escondidas.

Escrito por: 007_Aylin

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