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♪ 𝐋𝐨𝐫𝐝𝐞-𝐓𝐡𝐞 𝐋𝐨𝐮𝐯𝐫𝐞 ♪
𝙻𝚎𝚝𝚛𝚊 𝚝𝚛𝚊𝚍𝚞𝚣𝚒𝚍𝚊.
➪ ...Eu sou sua amada paixão...
Bebo seus movimentos, mas ainda assim não me canso
Eu penso demais no seu uso de pontuação
Não é minha culpa, é apenas uma coisa que minha mente faz. ♪
Uma adrenalina no começo
Sou pega, só por um minuto
Mas amor, você é o único culpado, tudo o que você está fazendo
Você consegue ouvir a violência?
Coloque um megafone no meu peito
Transmita o boom boom boom boom e faça com que todos dancem. ♪
Transmita o boom boom boom boom e faça com que todos dancem
Transmita o boom boom boom boom e faça com que todos dancem. ♪
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𝚅𝚒𝚘𝚕𝚎𝚝.
Tudo pronto para viagem, deixarei, Unai e Raquel com a administração temporária da empresa enquanto estiver fora, confio cegamente nele e se qualquer deslize surgir da parte do anjinho, vou saber em primeira mão.
— Obrigada, meninas. — Pego a última mala e entrego para Lucien que a coloca no porta-malas.
Minhas duas mães de consideração entrelaçam os braços após me dar um beijo, vendo minha partida.
Vamos para Ilha Bela, preciso de um descanso, a última vez que viajei/ tirei férias — foi a quase oito anos atrás.
Rosário informou que Ramalho foi buscar a avó do Lu, então eu mesma vou dirigir com meu carro na viagem.
Horas depois.
Acordo Lucien dando um toque no seu braço enquanto dirijo com a outra, estar neste lugar é tão relaxante. Até a energia que envolve é diferente.
— Chegamos. — O sol já está raiando e o chalé logo a frente, temos que passar pela areia para entrar.
Lucien abre os olhos por inteiro e sorri ao contemplar o lugar. Fiquei horas dirigindo, preciso de um banho e tomar meus remédios. Estou melhor, entretanto ainda é melhor prevenir voltar a estaca zero.
Me pegando no colo, Lucien caminha pela areia e sobe a entrada feito de pedras elevadas à frente da pequena casa.
Dou as chaves em meu bolso e ele abre a porta de madeira, ao entrar sou colocada no sofá escuro que contém na sala.
— Obrigada. — Agradeço ajeitando o corpo enquanto Lucien vai buscar a cadeira e as malas no carro. Já tenho movimentos nas pernas... Mas, ainda não as firmo o suficiente para usar muletas.
O chalé em maior parte é feito de madeira resistente (bege-claro) tem uma mesinha central quadrada, uma cômoda à esquerda do sofá — tapete cinza macio felpudo cobrindo parte do piso que reluz em um brilho causado pelo crepitar das chamas da lareira — janelas de vidro dando vista para a vegetação lá fora e acima delas, uma prateleira embutida portando livros que fazem uma curva leve.
Uma lareira à lenha com cheiro de terra seca e um leve aroma de hortelã ou menta. A sala é ampla, aconchegante, é rústica e com uma personalidade que prioriza conforto e comodidade. A iluminação fica por conta dos raios de luz vindos da janela.
Lucien entra e fica fascinado pela decoração e conforto do chalé.
— Vem aqui, depois terminamos de arrumar. — Me refiro às malas, dou batidinhas indicando o espaço no sofá em que estou.
Receoso, Lucien se senta do meu lado.
Eu não mordo.
Por enquanto...
— Gostou? — Espero uma resposta sincera.
O moreno olha para a casa analisando cada pedacinho e sorri satisfeito.
— É maravilhosa. — Encantado, Lucien se perde pelas paredes. A cama fica na parte de cima da escadinha mais à frente, num sótão.
Mando limpar todo mês pelo menos três vezes de modo geral o local. Por isto sempre permanece arrumado e limpo.
— Já veio aqui outras vezes? — Questiono fixando o olhar em mim.
— Faz muitos anos... A última vez foi com Rosário, então... — Sinto o pesar das palavras tomando meu peito com sufoco.
Lucien ergue meu queixo o fazendo olhar para ele delicadamente.
— Aposto que teve bons momentos aqui. — Suas íris se tornam o berço da galáxia e afundo nelas.
— Vou deixar o passado para trás... Quero fazer o presente. — Tento fazer com que ele decifre minha linguagem corporal.
Parece estar dando certo. A conexão tão profunda.
Meu espírito dança livre.
O universo parou sob nós — quero senti-lo.
Provar da sensação de tê-lo.
— Faça valer a pena — balbucio ainda perdida nele, admirando estes traços tão únicos e intensos.
Antes que diga mais alguma letra, toco seus lábios com os meus. Movimentos calmos e doces inicialmente — não demora muito para se tornarem uma dança sincronizada avassaladora onde a língua também entra em jogo.
Eu o sinto. E é sensacional a sensação... A sensação que eu tanto buscava.
Não quero parar, é uma anestesia prazerosa... entorpecida.
_______//______
O admirei dormir por um longo período, e pela manhã pedi que me levasse à praia, Lucien concordou.
Preparamos um café reforçado com frutas, pães e tudo que se têm direito.
Estava faminta.
— Pretende voltar quando? — Lucien questiona ainda mastigando um pedaço de maçã.
— Está com vontade de voltar já... — O loiro sorri todo tímido.
— Não, pelo contrário... não quero voltar tão cedo. — Lança um olhar que é iluminado pelos fios solares que entram pela janela aberta acima da pia da cozinha a nossa direita.
Sinto-me renovada, viva.
Liberta.
— Uma pergunta. — Apenas resmungo indicando que fale enquanto mastigo.
— Como não é uma viagem de trabalho... Por quê quis me trazer? — A curiosidade ingênua toma sua face.
Não sei se é bobo ou muito ingênuo. É a mesma coisa...
Suspiro fundo.
Está na hora.
— Porquê, Lucien, eu estou completamente... Perdidamente... apaixonada por você. — Tiro o peso do peito ao confessar. Consigo até pensar com clareza agora.
A surpresa nos olhos dele não me é estranha, contudo desta vez é muita mais intensa. Crua.
— Está sendo sincera? — Não parece duvidar tanto — só quer uma confirmação.
— De toda minha alma. — Garanto sem medo, nem hesitação.
Lucien larga o quê está fazendo e se levanta, vindo até mim devagar. A expressão doce é pura na sua face deixa meu coração aquecido. Vibrante.
Colocando a mão sob minha bochecha, recebo um beijo... Não como antes, este tem mais paixão, sinceridade — harmonia e doçura. Não quero desgrudar meus lábios dos seus, não quando meu coração se tornou uma batida só em conjunto com o seu. Boom, boom, boom, ele dança e grita.
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Na praia.
Deito o corpo na areia e sinto o quente dos grãos no pescoço, o sol bate intensamente beijando minha pele em parte descoberta. O biquíni rosa certamente deixará marquinhas.
Lucien deita ao meu lado devagar e aprecia a brisa leve e o calor do paraíso... Vazio e silencioso.
— Violet — Chama-me a atenção baixinho.
— Eu? — Respondo sorrindo feito boba enquanto contemplo a imensidão azul sem nuvens que é o céu.
— Eu te amo. — Minha mente pulsa forte ao digerir tais letras, o coração acelera e o ar falta numa compressão pesada.
Viro a cabeça para o lado encostando a bochecha na areia e o chamo para perto, Lucien se junta ao meu corpo e deito sob meu tórax.
Acaricio seus cabelos lentamente, sentindo os fios macios roçarem meus dedos.
Senti a profundidade das palavras. É real, é sincero.
Não quero sair daqui, do paraíso.
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