Capitulo Onze
-Alice...?-diz sua voz suavemente me acordando. Abro meus olhos, dando de cara com um ser perfeitamente perfeito, me olhando com carinho.
-Oi.
-Oi. Preciso ir.-ele diz e da um beijo na minha testa.
-Que horas são?
-Cinco e meia.
-E por que tem que ir?
-Meu pai me chamou.
-Ah...
Carl sai da cama colocando sua roupa amassada. Faço o mesmo e solto um bocejo.
-Nos vemos mais tarde.-diz Carl e eu o beijo.
-Até mais tarde.
Levanto de sua cama assim que ele sai, e fico olhando pra suas coisas. Suspiro. Talvez eu nunca mais volte a vê-lo, então porque eu estava mesmo me arriscando?
[...]
"Carl,
Sei que o que fiz foi egoísta com você. Sei que menti pra você. Mas por favor me perdoe.
Eu não podia ver alguém morrer e não fazer nada; não podia abandona-la.
Se eu não voltar, saiba que eu te amo.
E que em nenhum momento menti sobre isso pra você
Eu vou voltar.
A.H"
Dobro o pequeno pedaço de papel e o coloco em cima da cabeceira de Carl. Suspiro e saio dali.
Não consigo parar de pensar em Carl, em Enid, em Matthew. E de como essa ideia é idiota. Mas... Preciso fazer algo. Não sou capaz de ver alguém morrer e não fazer nada.
[...]
-O que houve, Alice?-perguntam Enid e Matthew devido ao abraço repentino que dei neles.
-Nada...-digo.
-Está mentindo. O que está acontecendo?- fala Enid.
-Só estou com medo.
-Do que?-pergunta Matthew.
-De perder vocês.
-Não vai nos perder.
Eles me dão mais um abraço. Ao nos separarmos, Enid me puxa para fora da casa, e começamos a andar por Alexandria.
-Sabe, Alice, nunca pensei que pude-se amar tanto o Matthew.-diz ela do nada e dou risada.
-Nunca pensei que você pudesse amar.- digo e ela me olha feio. -Brincadeiraaa.
-Carl tambem disse isso! Matthew é totalmente o oposto de mim. Enquanto eu sou mais quieta, mais reservada, ele é extrovertido e doido.-ela diz e eu sorriu.
-Vai ver tudo que tem nele era o que faltava em ti. Ele te completa.-digo e ela sorri.
-Digo o mesmo. Não consigo imaginar você com outra pessoa que não seja com o Carl. Vocês se completam. De uma forma bizarra, mas.se completam.
-Eu o amo.-digo.
-Acho que todos sabemos disso.- ela diz e nós rimos. -Preciso ir.-ela diz olhando o relógio de pulso. -Matthew disse que tem uma "surpresa" pra mim.- ela diz sorrindo e eu riu.
-Vá lá com seu amorzinho.
Vejo Enid se distanciar. Olho o horário no meu relógio de pulso. Oito e vinte e sete. Hora de por o plano em ação.
[...]
Vejo Carl sozinho, vigiando aquele lugar escuro, iluminado pela luz da lua. Corro até ele.
-Oi.-digo parando do seu lado. Ele me olha e sorri, antes de voltar a olhar pra frente.
-Oi.
-Carl?
-Sim?-ele diz ainda concentrado em olhar pra floresta. Olho pra trás, e la estavam o pessoal. Dylan faz sinal para que eu prossiga.
-Er....Hum...- droga, o que eu faço?
Viro o rosto de Carl pra mim e o beijo. Estava tãooo bom. Até algo atrapalhar. Um forte barulho, que fez Carl se separar de mim. Antes que ele se vira-se começo a gritar e ele me encara.
-O que foi?-ele diz preocupado, e saber se olhava pra frente ou pra mim.
-Ai, minha perna, aiai.-digo fingindo uma dor. Atrás de Carl, consigo ver o pessoal pulando o muro.
-O que você fez?
-Não sei! Ai, ai!
Outro barulho. Merda, eles não sabem ser discretos! Carl tenta olhar de novo, mas eu começo a chorar.
-Alice?!
-Tá doendo.
-Meu Deus, quer que eu te leve pra enfermaria?-ele pergunta pondo a mão no meu ombro e um tanto desesperado. Vejo Dylan saltar por último.
-Ah, não. Já melhorei.-digo e ele me olha com uma cara estranha, como se fosse me dar um tabefe pelo chilique.
-Tá né.
-Carl?
-Sim?
-Faz um favor pra mim?
-Fala.
-Pega minha faca que eu deixei em cima da minha cama?
-Vai você, Alice. Estou vigiando.-ele diz e eu faço bico. -Tá, eu vou. O que não faço por ti? Fica de olho por mim
Antes que ele vá, o puxo e o dou um longo beijo, sentindo meu coração sangrar pela mentira.
-Eu amo você. Amo demais.-digo baixinho. Carl franze o cenho.
-Também amo você. Já volto.
Vejo ele se distanciar e suspiro.
-Desculpe por mentir pra ti, Mini Xerife.
Pego meu arco, pulo o muro, e vou até o lugar onde combinei de me encontrar com o pessoal.
-Shii.-sussurro. -Façam mais silêncio. Vamos começar.
-É muito arriscado, Alice...-diz Megan.
-Quer ficar? Arrisco minha vida sozinha.- digo ríspida.
-Não disse isso! Só que, por que está se arriscando por nós?
-Me importo com vocês! Entraram na minha vida e agora são importantes, tanto quanto Carl, Enid, Matthew, Agnes e Dylan. São meus amigos! Assim como Holly. Não posso deixa-lá!-digo já com a voz embargada. -Não quero que ninguém morra sobre minha guarda.
-Isso é suicídio. Vai deixar Carl assim?-diz Allison.
-Carl vai me entender.
-Não, ele vai querer é te matar!-diz Leon.
-Preciso fazer isso. Se quiserem, podem vir comigo, ou fiquem aqui. Não quero arriscar vocês, nem os obrigar a nada.-digo.
-Não. Todos estamos aqui por vontade própria.-diz Dylan.
-Tem certeza disso Alice? Estamos arriscando demais vocês.-diz Leon
-Leon, eu daria minha vida por vocês.-digo. -Como daria por qualquer um que me importo.
-Olha, Alice, sem querer me meter, mas já me metendo.-começa Dylan e sei que vai vir um sermão.
-Mas isso não vai dar certo.-termina Allison.
-Eles tem razão.-Diz Agnes. Bendito momento em que a trouxe, Agnes nunca concorda com meud planos! -Se Carl descobrir, ele te mata! Faz picadinho de você.
-Ele não vai descobrir! - digo frustrada. Quanto pessimismo!
-Tarde demais. Eu já descobri
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