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SIHYEON

Era o momento final. O mais esperado de todos! Minha personagem estava com o Cristal principal em mãos. Os rivais estavam se aproximando, mas eu não podia desisitir.

Eu levanto minha mão para cima e cravo o Cristal no centro da Rocha central e assim, Minha equipe inteira vai a loucura pois ganhamos!

O pública grita de alegria e todos levantam aplaudindo loucamente. As luzes se direcionam a mim e o apresentador se aproxima entregando meu tão esperado e lindo troféu.

Eu pego o microfone para dar as palavras finais e...

[...]

⎯ Sihyeon! Kim Sihyeon acorda! ⎯ Escuto os gritos de Yena e então acordo de uma vez.

⎯ A não! ⎯ Faço cara de choro.

⎯ O que foi?. ⎯ Ela fica confusa.

⎯ Eu estava sonhando... Aish!.⎯ Me levanto de uma vez.

⎯ Sonhando com o troféu novamente?.

⎯ Sim... ⎯ Faço bico.

⎯ Vem, vamos para casa. As aulas já acabaram.

Ajeito minhas coisas e saio da sala.

Olá! Meu nome é Kim Sihyeon e tenho 20 anos. Faço faculdade de ciência de computação e sou bem vista por aqui. Se estão pensando que sou uma doce garotinha que passa a maior parte do tempo lendo revistas de moda e cuidando da pele com as amigas, enquanto fazem as unhas uma das outras e falam sobre garotos. Estão muito enganados.

⎯ Fala ae Q!⎯ Bato em sua mão.

⎯ Olha só quem chegou!. ⎯ Ele retira a concentração de seu jogo.

⎯ Qual é dessa vez? ⎯ Aponto para a tela de seu computador.

⎯ Crush and Burn. Estou na última etapa ⎯ Ele se gaba.

⎯ Ah eu já joguei. Acabei todas as etapas em 3 dias. ⎯ Ele fecha o rosto ⎯ Tá, desculpa. ⎯ Começo a rir.

⎯ Exibida. ⎯ Ele faz careta.

⎯ Quer ajuda?.

⎯ Não. Eu posso fazer tudo Sozinho. ⎯ Ele coloca ênfase na palavra "Sozinho".

Sorrio e vou até uma cadeira vazia. Me sento e coloco os fones. Respiro fundo e então me preparo para jogar. Entro no meu jogo preferido e o que dizem o mais difícil de todos. Para esse jogo, é preciso uma briga letal entre invasão de códigos para vencer. E eu irei vencer todos.

⎯ Está indo errado. ⎯ New me assusta ao chegar do nada.

⎯ Detectou algum problema Sombra? ⎯ Me viro para ele.

⎯ Não vá para o lado mais difícil. É simples ⎯ Ele toma o controle do computador.

⎯ Sua personagem pode dar a volta pela floresta e roubar o armamento da tripulação que não joga.

⎯ Isso é possível?.

⎯ Claro que é! As pessoas é que não sabem pesquisar direito.⎯ Ele faz os saques finais e pronto. Estou completamente armada novamente. ⎯ Prontinho.

⎯ New. ⎯ Chamo sua atenção.

⎯ Sim?.

⎯ Por que não joga oficialmente? Você é genial. Sabe várias táticas e formas diferentes de ganhar. Você venceria facilmente uma regional. Até mesmo mundial!.

⎯ Valeu pelos elogios porém não. Não gosto de me meter nessas roubadas.⎯ Ele sai.

Aigoo... Tão mal humorado do nada. A bipolaridade está grande. Dou de ombros e volto a me concentrar em meu jogo.

[TK]

Depois de horas jogando recebo uma mensagem da minha mãe me mandando voltar para casa. Me despeço de todos e vou para casa.

Ao pisar nas ruas de Seul sinto o grande frio percorrer minha pele. O local estava movimentado como sempre, as luzes das vitrines iluminava mais o local do que os postes de Luz. Ao olhar para cima não dava para se ver nenhum sinal de estrelas se quer. Cidade tóxica. O transito estava congestionado e havia barulhos intensos de buzinas e reclamações pelo trânsito que estava parado. Bem vindos a Seul.

Andando mais pelo local começo a pensar sobre novas táticas e formas de me tornar mais profissional nos jogos.

Devem estar se perguntando como ganhei esse amor por jogos. Bom. Quando eu era pequena, eu era apaixonada por um garoto que amava jogos On-line. O sonho dele era ser o melhor de todos, então, para ficar ao seu lado, eu resolvi aprender. Logo após eu não imaginaria que o trocaria pelos jogos. Eu realmente me apaixonei por aquilo. Minha família não é a favor, muito menos meu irmão, Jaeyou. Ele é uma peste em forma de humano que ama me provocar. Aquela rivalidade entre irmã mais velha e irmão mais novo que gostam de se provocar mas se amam mais que tudo.

Minha mãe é tradicional, apesar de ser mãe solteira. Meu pai morreu antes de eu nascer então não o conheço. Minha mãe acha que jogos não foram feitos para garotas e que isso não dá futuro. O sonho dela é me ver formada em uma faculdade, então estou lutando por isso. E claro, ao mesmo tempo jogando escondida. Não posso desistir dos meus sonhos, mesmo eles sendo difíceis ou não.

Passeando pelas ruas acabo escutando alguns gritos femininos então fui lá ver. A garota parecia desesperada, acho que está sendo atacada.

Ao chegar no local dos gritos vejo um homem segurando seu pulso enquanto ela chorava desesperada. O que esse babaca está fazendo!?.

Vou para cima dele e o empurro, hoje ele aprende a não mexer com garotas.

⎯ O que pensa que está fazendo?! ⎯ Pergunto firme.

⎯ Quem é você?! Por que me empurrou?! ⎯ Cínico.

⎯ Quem você acha que é? Ela não é um objeto qualquer em que você pode maltratar quando tem vontade.

⎯ Eu nem sei quem você é! Maluca!.

⎯ Comparada a você, eu sou tudo menos maluca! Se eu o ver por aqui mais uma vez eu juro que ligarei para a polícia! ⎯ Pego na mão da garota e a tiro dali.

⎯ Moça eu... ⎯ ela tenta falar mas meu celular toca. Ao olhar vejo que era minha mãe então meu corpo congela.

⎯ Não precisa agradecer. Eu tenho que ir! Não deixe qualquer um maltratar você, principalmente um homem. Tenho que ir, se mantenha forte. ⎯ Saio correndo de lá.

Eu estou ferrada, lascada, queimada, tostada, torturada... Minha mãe vai me matar! Ela tem uma regra. Quando ela mandar uma mensagem, é para você estar em casa. Agora se ela ligar depois da mensagem. É porque ela vai acabar com você por ter demorado tanto.

( TK )

Entro rapidamente em casa e vou sorrateira até a escada. Quando piso no primeiro degrau escuto sua voz. Mas não era sua voz normal, era a voz do demônio encarnado.

⎯ Onde esteve que não véio logo para casa?.

⎯ Mãezinha...⎯ Falo doce me virando para ela.

⎯ Explicações agora. ⎯ Ela batia levemente sua colher de pau em sua mão.

⎯ Fazendo um trabalho da faculdade.

⎯ Que trabalho?.

⎯ Sobre a nova geração da tecnologia...

⎯ Pra quem eu devo ligar para confirmar?.

⎯ Não é necessário.

⎯ Por que não é necessário?.

⎯ Isso é sopa?!⎯ mudo completamente o assunto.

Corro até a cozinha e vou até a panela. Levanto a tampa e sinto o cheiro delicioso da comida da mamãe.

⎯ Minha mãe é tão talentosa na cozinha. ⎯ Começo a bajulação.

⎯ Você não...

⎯ Isso é bolo?! ⎯ Olho o forno.

⎯ É para amanhã. É o aniversário do Jaeyou. Não fala para ele. ⎯ Ela aponta a colher de pau para mim.

⎯ Minha boca é um túmulo. ⎯ Faço um zíper imaginário em minha boca. ⎯ Vai precisar de alguma coisa para amanhã.

⎯ Só que o distraía pela parte da noite. Assim eu arrumo tudo sem ele ver.

⎯ Fechado! Irei levar Jaeyou para um passeio o dia todo! Merecemos um descanso como irmãos. Então para isso, preciso dormir. Irei aguenta-lo o dia todo, vai ser cansativo. Não que eu não goste da presença do meu querido irmão. Mas sabe como é né... Tchau!. ⎯ Saio correndo de lá.

Ufa! Essa foi por pouco!

Ao chegar no topo da escada sou surpreendia por Jaeyou encostado na parede.

⎯ AH DESGRAÇA! ⎯ Me assusto com sua presença.

⎯ "Merecemos um descanso como irmãos" ⎯ Ele tenta imitar minha voz ⎯ Tão melosa para fugir do castigo.

⎯ Você escutou a conversa inteira?!.

⎯ Escutei sim. Parece que terei que fingir mais uma vez que fiquei surpreso com meu aniversário.

⎯ Falso. ⎯ Vou até meu quarto.

⎯ Mais que você não. Deixa eu adivinhar. Estava jogando mais uma vez? Se mamãe souber...

⎯ Se contar para ela, eu quebro seus ossos um por um! ⎯ o ameaço.

⎯ Para isso terá que... ⎯ Ele estende a mão.

⎯ Idiota. ⎯ Pego todo o dinheiro que sobrou comigo e o entrego.

⎯ Tão caridosa! E também, eu gosto de parque aquático. ⎯ ele dá um sorriso cínico e então sai.

Se eu o pegar eu juro que... faço um sinal de torcer seu pescoço com minhas mãos.

Vou até meu quarto onde tomo um banho rápido, visto meu pijama e então deito em minha cama.

Pego meu Notebook e mais uma vez, começo a jogar.