Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

32𓅬2


— De novo.

Drasticamente Moody estava treinando com Katrina, oclumência não era para os fracos de mente e apenas com treinamento pesado é que se pode proteger. Um muro. Era isso que ela tentava levantar contra o feitiço de Legilimens de Alastor.

— Tente limpar a mente criança, esvazie ela — Katrina respirava fundo, o cansaço mental já escorria pela pele branca, seu maxilar doia com a pressão do esforço —, de novo.

Podia sentir as garras estranhas percorrendo pela mente, indo até os mais íntimos pensamentos — principalmente com Draco —, ela olhou franzida para o mais velho.

— É minha intimidade, velhote!

— Então pare de pensar nelas! — rebateu.

Inspirou fundo fechando os olhos com força, repelindo e expulsando Moody dali; Cedric, Voldemort, Liane sendo acoada e salva por Draco. Draco. Draco. A imagem mais presente em sua mente, junto de seus amigos, as brigas com Pansy e Astoria, discussões, festas, jogo.

Era demais. Tudo aquilo era demais. Alastor deu uma folga para respirar, a blusa formava um caminho nojento de suor no tórax, as unhas arranharam a cadeira courada e o líquido salgado pingava no queixo arredondado. Novamente.

Dessa vez mais forte que antes tentou erguer seu muro, com dedicação e força de vontade, mas era fraco e frágil, facilmente rompido. Alastor entrou na infância de Katrina. Desde momentos felizes e alegres, até seus dias com Talya. Barulhos de feitiços, gritos e sangue, lágrimas e suor, Elian implorando pela pele de sua filha.

TALYA PARE ELA É SÓ UMA CRIANÇA!

— FRACA E INÚTIL!! ESSA MENINA É UMA IMPRESTÁVEL!! EU DEVERIA MATAR ESSA PIRRALHA!

— CHEGA!!

Katrina desabou da cadeira, segurando a cabeça tampando os ouvidos, gritando. Ela estava lá. De novo. Uma linha esbranquiçada escorria da boca, quase que seus olhos pulavam para fora com tamanho pavor. Katrina esfriou por completo, dos fios de  cabelos até o último nervo sensitivo do corpo, não ouvia e nem sentia nada.

— Ei garota! Você está bem? — o mais velho se abaixou segurando seus ombros e analisando seu estado angustiante, ela respirava fraco quase nada. Uma centelha prata pintou-se nas íris, a labareda incendiou o corpo. Em um movimento no braço, Katrina, com nada mais de 60 quilos, jogou Moody contra a parede deixando todos da casa em alerta com o estrondo.

— Alastor... Me perdoe eu eu — tentava falar, mas o terror não permitia. Em sua mente rodava um mar de chamas prateadas em flashes e par de olhos aterrorizantes. Auréolas pratas brilhantes nas íris e as pupilas negras como ébano infernal. Sarah correu pelo cômodo e abraçando o corpo fervente dela.

— O que houve aqui? — analisou a situação apavorada. Logo atrás, Sirius e Arthur.

— Pelas barbas de Merlin, o que aconteceu? Alastor? — grunia no chão desnorteado.

— Tia...

— Shi shiiii, passou passou... Vamos lá pra baixo — rapidamente elas desceram, mas todos estavam surpresos.

Arthur ajudou Moody a se erguer, ele estava quase paralisado de medo, buscando oxigênio no meio da confusão e lutando contra a dor nas costelas.

— O que diabos aconteceu aqui?

— Não sei, mas essa menina... Tem algo nela — falou estupefato.

— Algo? Alastor, seja específico! — apoiou os braços nos quadris, recebendo um olhar mortal do cegueta monolho.

— Como explico algo que não tem explicação?! Consegui sentir um mal naquela menina, como uma magia antiga e sombria... naqueles olhos... — Moody sentiu também um frio escorrendo pela coluna.

— Olhos? — Sirius espremia os dedos contra a testa.

— Brancos e brilhantes — rodopiou os dedos na direção dos próprios olhos, sinalizando o que viu —, mas no centro... tão negro quanto o espaço...

Sirius e o Weasley entreolharam estranhando tamanha surpresa por ver medo no Auror; na cozinha, Sarah e Molly tentavam acalmar a prateada, Hermione e Rony estavam sentados na escadaria observando de longe a situação da amiga. Já que não podiam fazer muita coisa.

Katrina não parava de visualizar aqueles olhos, parecia um espelho. Os olhos eram dela e estavam encarando-a, desaprovando-a, e ela os olhava com medo e lágrimas no rosto. O maior pavor de alguém é encarar o próprio medo, olho no olho, e Katrina estava fazendo isso e com terror. Seu corpo tremia. Cada terminação nervosa apitava nas piscadas tremidas.

— Isso é estranho Molly, nesses quatro dias que ela treinou nada disso aconteceu — Sarah sibilou ao longe.

— O que quer que tenha sido, foi um choque à ela e muito forte — Liane desceu as escadas segurando o que Sarah havia pedido, o Livro Branco —, e o que seria aquilo?

— Leve para a sala de reuniões Lia, por favor... Assunto de família. — disse no tom concreto e sem rodeios. Deixou a prateada nos cuidados da Weasley mãe e foi com a menor para a Sala.

Liane deitou o livro de capa courada branca na grande mesa marrom escura, ela estava curiosa mas sabia que Sarah não deixaria ficar ali com ela. Que foi o que ocorreu.

— Lia, volte para sua irmã.

— Tia, a Kat vai ficar bem? — o tom preocupada mexeu com Sarah, fazendo-a lembrar em um dia de sua infância com Elian. Em que ele adoeceu e perguntou a mesma coisa a sua mãe. Ela se abaixou na altura da menina lhe dando um sorriso confortável.

— Sim meu amor... Ela vai sim, eu só vou procurar um pouco de resposta.

— Nesse livro? É um livro médico? — o rosto de Sarah se manteve sereno com a pergunta na qual não podia responder.

— Não, mas é um livro muito importante... Agora pode ir.

Liane ainda não matou a curiosidade, mas deixaria de insistir. Deixou o cômodo fechando a porta atrás de si, Sarah sentou de frente para o livro encarando a insígnia e o lema da família. Dois cisnes brancos de costas um pada o outro e no meio deles, uma roseira branca.

— "Le pouvoir est dans le sang' ...

As respostas estavam no livro, e ela acharia nem que passasse todas as horas do dia folheando as malditas páginas. Ela sabia que existia as respostas e até uma possível cura. Por que?

Quando Sarah olhou para Katrina viu que sua íris brilhava um anel de prata e que depois se apagou como uma vela assoprada. Aquilo lhe causou calafrios, mas  acabou por lembrar de uma conversa que teve com Meridia, ela acabou citando esse fenômeno, que provavelmente, estaria em alguma linha nas histórias de suas ancestrais misteriosas.

As páginas quase ofuscantes enlouquecia os olhos verdes, mas em meio da caligrafia francesa antiga, ela achou. Uma pagina somente, diminuído á um parágrafo pequeno.

— "La Fureur d'Aubinet"  — o título escrito trêmulo, como se quem escrevesse. Tivesse medo de tocar no assunto. Dedilhou sobre as letras formalmente feitas deixando um relevo negativo na folha.

"Somente vista uma vez, mas, minha avó contava histórias sobre este 'mau agouro', uma sombra terrível que toda garota Aubinet carrega consigo. Depois dos doze anos, junto do primeiro sangrar, é despertado uma fúria animalesca, com capacidade mortal. Os sinais mais evidentes são: um redemoinho prata na cor dos olhos e instinto brutal; Tudo pode ocorrer o despertar da fúria, mas, a certeza que Annie e Rose, minha amada mãe, contava, é que está ligada ao sentimento de ódio. Todos que passaram por uma mulher Aubinet em seu estado de fúria, não sobreviveram.

Relatos das terras ao oeste de Paris, relatos de soldados que viram Marie no campo de batalha. 'Uma besta', 'uma fera', 'a própria morte com a grandiosa Raio de sol' sua lança. A Felina Prateada. Uma grande guerreira e estrategista, porém, com o bárbaro furioso em seu interior. Por alguma felicidade, minha mãe não despertou este mal, mas minha avó sim. Não tem relatos sobre.

Sarah estava perplexa. Um deja vu correu nas escleras avermelhadas com as lágrimas que segurou quando lia. Pelas descrições, já lhe ocorreu o episódio, aos 14 anos em uma briga com Talya. O resultado de suas cicatrizes nas mãos e nos antebraços.

— As barbas de Salazar que me ajudem...

°°°

A noite caiu rapidamente, as outras ruas de Islington se acalmavam. O movimento diminuía junto da luz solar, a lua crescente subia no céu entrando em contraste com a estrutura antiga da cidade.

Katrina estava no quarto dela, deitada olhando para o teto movendo a varinha e formando alguns fios de magia divertidos, quando da porta se ouve batidinhas.

— Entre — disse sonolenta. A cabeça, sempre séria, de Moody apareceu, ela se virou na direção dele e se levantando —... Moody?

— Preciso de sua ajuda, criança.

— Com o que? — sentou na beirada da cama.

— Quer participar de um resgate? — se apoiou no cajado.

— Resgate? De quem?

— Do seu primo, vamos trazer ele para a Ordem, pedido direto de Dumbledore — pensou um pouco sobre.

— Ta bom... e Alastor, desculpa por hoje mais cedo... — cerrou o olho para a menina e logo formou um sorriso gentil a ela.

— Não foi culpa sua. Vamos, coloque um casaco e pegue sua vassoura, batedora! Partimos em cinco minutos — os olhos prata se iluminaram.

Quando ele deu as costas, Katrina abriu um sorriso largo e foi logo procurar um casaco mais grossinho. Ele sabia que ela era batedora, e disse com muito orgulho. Sentiu suas artérias esquentarem, igual quando escreveu para Sarah que havia voltado ao time da Sonserina e ela respondeu com muito orgulho também.

Desceu as escadas e todos estava a sua espera, ela só não reconheceu uma menina, não, uma mulher. Tinha uma expressão divertida e curiosa, mas também um fio de frieza, também era curioso os cabelos tingidos de roxo.

— Olá Katrina.

— Oii — disse tímida e ousou perguntar —, qual seu nome?

— Oh, me chamo Tonks, um prazer conhece-la — estendeu a mão cortês sendo recebida com suavidade.

— Deixemos de polidez e vamos, o pobre Potter precisa de nós.

— Esta com a sua vassoura, Katrina?

— Claro claro, ela veio na mudança.

Moody verificou se a rua estava vazia, e por sorte não havia ninguém, deu o sinal para que o seguissem; Katrina se arrepiou com a brisa fria da madrugada, será que Sarah sabia que eles iam resgatar Harry?

Montaram nas vassouras e seguiram Moody alçar vôo. Disse para manter o formato de "v" no ceu e para permanecer perto do Tâmisa, garantindo o modo furtivo. Passava pela Tower Bridge, quase tocando a água gelada estava feliz como uma criança no parque de diversão, Tonks observava a ingenuidade e pureza dela em ver coisas tão simples e reparar clareza. Se aproximou dela.

— Como está se sentindo?

— Ah sei lá — disse entre sorrisos — acho que ansiosa...

— Deixa pra lá, vai ficar tudo bem Katrina.

Ela sorriu meigamente para a prateada que retribui igual. Depois de alguns minutos eles chegaram em Surrey, que também ficava a casa dela, entraram na rua dos Alfeneiros e a casa dos Dusleys estava fechada, tudo escuro, mesmo assim escondendo as vassouras com algum feitiço. Katrina sentiu uma fisgada atrás da cabeça, a primeira não incomodou, mas a segunda lhe fez apoiar-se nos joelhos.

— Ei, está tudo bem? — Tonks espalmou a mão nas costas dela. O olho estranho de Moody via, de algum modo — Respira Katrina...

— Minha cabeça ta doendo...

Mais flashes piscavam dentro dos neurônios se doendo e sendo manipulados. O que Harry estava vendo, Katrina via e sentia, os sonhos com a sombra maligna que rodeava os dois.

— O que fazemos Moody? — perguntou Tonks.

— Continuamos, temos que leva-lo a — pensou e parou a linha de fala que seguia — aquele lugar.

Concordaram. Tonks ajudou Katri, que sorriu agradecida, ela agarrou o braço da prateada. Com um movimento do cajado, o auror abriu a porta, as pontas das varinhas se iluminaram procurando o quarto do rapaz, Shacklebolt cutucou a menina já que somente ela "saberia" onde o menino se alojava naquele lugar.

Ela subiu as escadas usando o feitiço para iluminar o caminho, chegando até uma porta. Implorava para que fosse a correta.

Alohomora — a porta foi empurrada com força, Harry se ergueu rápido e com a varinha na mão, Edwiges se assustou, Tonks olhou estranhou o quarto dele.

— Bem limpo esses trouxas... — Katrina segurou a risada e Alastor percebeu.

— Tonks não diga isso! — reprimiu a roxeada.

— Não é comum.

— Vindo dos Dusleys isso é incomum mesmo... — cissiou. Harry observou todos com o espanto no rosto.

— Professor Moody? Katrina? O que estão fazendo aqui?

— Resgatar você, é claro.

A hesitação ficava visível na testa franzida do rapaz, Katrina deu uma explicadinha rápida sobre e ajudou Harry a vestir um casaco. Eles conversaram um pouco.

— Você também foi expulsa de Hogwarts?

— Fui, isso é um abuso de autoridade, esses ministros ladrões — como sempre, Moody ia na frente.

— Mas aonde vamos, a carta disse que eu fui expulso de lá!!

— Você não foi expulso de Hogwarts — Katrina alcançou os dois, ficando ao lado esquerdo do mais velho.

— Ainda não — ela pode ter rido divertida, mas Harry ficou mais espantado ainda.

— Mas a carta dizia — Shacklebolt interferiu Harry.

— Dumbledore convenceu o Ministério em não expulsar você e a senhorita Swan antes de uma audiência formal.

— Audiência? — dava pra notar a confusão em Harry.

— É querido, quer que desenhe? — a prateada implicou rindo da cara do primo. Que lhe devolveu com uma cara feia.

— Relaxa Harry, explicamos tudinho quando voltarmos a sede — disse Tonks arrumando suas luvas de vôo.

— Shiii, aqui não Nymphadora! — Katrina uniu as sobrancelhas, mas antes que pudesse perguntar, se surpreendeu com a mudança das cores do cabelo da menina. Um laranja, quase vermelho.

Ela é uma metamorfomaga pensou a prateada com uma animação sem igual.

Com duas batidas no chão, as vassouras vieram para as mãos de seus respectivos donos, inclusive Harry, Alastor alertou para que ficassem juntos na formação mesmo que um deles fossem mortos. O estômago de Katrina se contorceu ao pensar na situação em que algum deles morre.

Alcançaram os céus com rapidez, voltando pelo mesmo percurso, claro Harry queria saber o motivo da expulsão da garota e quando ela disse o porquê, o rapaz ficou mais frustrado. Eles sabiam que todo o Ministério estava errado, pelo simples fato de duas crianças ameaçarem a confiança e influência deles no mundo mágico, o medo faz até os homens mais justos mentir, Alastor comentou para Katrina. E era verdade; Ela observava seu reflexo na água turva e notou um certo movimento dentro dela. Dois olhos brancos lhe deram algum conforto, Meridia era a bruxa dos elementos e podia ter total controle dos quatro lados da natureza. Água, fogo, ar e terra.

Katrina sorriu para o par de olhos vigilante, Harry franziu o nariz sem a menina perceber. Depois de alguns minutos eles voltaram ao Largo Grimmauld, e Alastor fez o mesmo movimento quando da vez de Katrina entrar na Ordem.

— Chegamos filho.

O corredor era bem apertado e Harry andou na frente, mas Alastor quase atropelou ele, o que causou risos em Katrina e Tonks. Por falar em Tonks;

— Tonks, desculpa a pergunta... mas seu nome é Nymphadora? — enrolou os lábios em nervosismo.

— Meu nome é Nymphadora Tonks, mas meus amigos me chamam de Tonks... — Katrina se tocou que ela era amiga dela, em pouco tempo. Exibiu um sorriso fechado.

Eles foram para a sala de reuniões, Harry e Katrina foram para seus quartos, e quando ela chegou no cômodo Sarah estava sentada na cama com uma expressão nada amigável e de braços cruzados.

— Onde você foi senhorita Swan? — ela se ergueu indo em direção da menina.

— Fomos resgatar o Harry e—

— 'E' nada Katrina, sabe que isso é perigoso, e você ainda não aprendeu oclumência está em constante ameaça! Parece que não tem noção minha filha!

— Tia pelo amor de Deus, eu tenho total noção de tudo isso, mas não vou me prender por causa daquele demônio sem nariz! Harry precisava ser resgatado, ordens do Dumbledore — o rosto de Sarah se enrugou.

— Ele te contou!? Ai pelas barbas de Godric... Katrina me escuta — a prateada sentiu a resposta subir pela laringe e sair pela boca como uma rajada de fogo e um tom afiado.

— Não, agora a senhora me escuta — a mais velha se surpreendeu com a firmeza nas palavras, mas permaneceu calada —, acha mesmo que me manter fora dos assuntos vai me deixar mais "protegida"? Me deixar no escuro não me ajudaria em nada! — Sarah sabia que ela iria retrucar e se posicionar, até porque seus 15 anos não vieram atoa. Ela conseguia ver através daquele jeito marrento, uma menina que tem coragem. A coragem do pai. E a determinação da mãe.

— Você me lembra Elian — o tom calmo sereno da tia suavizou a ânsia de Katrina — nesse quesito, mas diferente dele, você conseguia se posicionar e falar o que pensa. Isso me admira, mas entenda que você e seus irmãos são tudo o que me resta — segurou o rosto da sobrinha olhando dentro daquele céu tempestuoso, fazendo um leve carinho com o polegar —, o medo é real.

— Eu sei tia, mas eu não quero permanecer nas sombras... Quero me defender, quero lutar...

Karina segurou os antebraços da tia, ela sabia que tudo o que Sarah fez era por medo de perde-los. Mas não podia ser assim, a liberdade e o perigo andam lado a lado, não podem ser evitados.

Sarah beijava carinhosamente a testa de Katrina, desejando somente o bem para ela, quando Molly a solicitou para a reunião. Claro que a prateada tentou ir junto, mas foi impedida. Ela apenas se sentou emburrada na cama enrolada aos próprios pensamentos, quando George aparece num piscar de olhos, assustando-a.

— AI GEORGE!!!! — ele gargalhou da menina, que jogou um travesseiro na cara dele.

— Quer ouvir uma coisa legal? — nem esperou Katrina responder e a puxou para o topo da escada, onde estavam Harry, Hermione, Rony, Fred, Liane e Gina. Katrina estranhou.

— Quê que ta rolando? — Liane fez sinal de silêncio para a prateada, concordou se aproximando e ouvindo naquela orelha na mão de Fred.

— A reunião que não deixaram a gente ouvir! — sussurrou Fred.

"Se tem alguém com direito de saber é o Harry e a Katrina, se não fosse por eles nem saberiamos que Voldemort voltou, não são mais crianças Molly"  era Sirius, parecia insistente.

"Não são adultos também, Harry não é o Thiago, Sirius." Molly estava retrucante.

"E não é seu filho também"

"É como se fosse. Ora, Sarah fale alguma coisa, o nome dos seus sobrinhos estão na roda também" implorou.

"Posso até concordar com Almofadinhas, mesmo se tratando de Katrina, eles não podem ficar no escuro por mais tempo Molly, seria como adiar o abate de um boi já destinado." Sarah estava cansada, dava pra se notar no tom de voz. "Não se pode omitir a verdade."

"E quem mais Harry tem?" perguntou.

"Tem a mim, Molly" ouviu-se uma risada nasal.

"Quanto paternalismo Black, talvez Potter vire um criminoso igual ao padrinho"

Os fuxiqueiros se entreolharam. Principalmente Liane e Katri por terem reconhecido a voz.

"Ora fique fora disso Ranhoso, cuide do seu que do meu, cuido eu. Além disso—"

— Snape faz parte da Ordem? — perguntou Harry.

— Idiota. — avançou Rony.

— Calem a boca — ordenou a prateada.

— Olhem o gato vai pegar!

O gato de Hermione admirava a orelha com obsessão, e é claro que como todo gato curioso ele avançou no objeto de escuta. Ela tentava espantar o gato para que pudessem ouvir um pouco mais, mas o Bichento pegou e saiu com ele na boca.

— Hermione, odeio seu gato. — Rony disse frustrado.

— Bichento feio.

Eles riram da morena. Molly estava chamando-os para jantar na cozinha, antes de ser assustada pelos gêmeos, agora com a maioridade podiam usar magia fora da escola. Harry parou em frente a porta prestes a responder Molly quando Sirius chamou seu nome. Estavam juntos de novo em um abraço caloroso.

A mesa estava servida. Todos em volta da comida, que estava uma beleza de deliciosa. Tonks fazia graça para Liane e Ginna, que se acabavam de rir ao ver a face dela mudar de formato, Harry e Katrina sentavam lado a lado de Sirius, que bebia tranquilamente seu vinho. Moody estava em pé, olhando para a parede, talvez pensativo.

— Isso é muito muito esquisito, parece que a audiência de vocês é diante da Suprema Corte — disse Arthur intrigado.

— Eu não entendo, o que o Ministério da Magia tem contra a gente?

— Eles acham que vamos ser o motivo do mundo bruxo inglês perder a credibilidade no Ministério, por isso querem nos extinguir — disse entre uma colherada e outra do arroz com sardinha.

— Mostre — disse Moody com um tom aterrorizantemente sério —, eles vão acabar descobrindo mesmo.

Shackelbolt puxou um jornal e entregou a Harry, Arthur fez o mesmo para Katrina, que esfriou com a notícias na primeira capa do Profeta Diário.

"O menino que mente e a menina louca"  as letras alternaram para outra manchete "Fudge diz que 'Está tudo bem' afirmando também que em crianças assustadas não se deve acreditar" 

O rosto dos dois estampados no jornal como anúncio, sendo difamados como mentiroso e louca. Katrina larga o papel chocada com o que acabou de ler, sentindo uma mão de consolo em suas costas pelo senhor Weasley.

— Ele anda atacando Dumbledore também, Fudge está usando toda a seu poder incluindo toda sua influência no Profeta Diário para... sujar, quem disser que o Lord das Trevas retornou.

— Por que? — perguntaram em uníssono, surpreendendo a Ordem. Lupin respondeu.

— O Ministro acha que Dumbledore quer o emprego dele.

— Que loucura, ninguém em juizo perfeito iria acreditar.

— Isso é maluquice! Eles estão loucos!— os dois retrucaram e Lupin tentou explicar

— Ai que está, Harry, Fudge não está em seu juizo perfeito, foi pervertido e embotado pelo medo. O medo obriga as pessoas á coisas terríveis — seu olhar calmo se alternava entre a prateada ao lado esquerdo e Harry a sua frente —, a última vez que Voldemort tomou poder ele quase destruiu tudo o que mais prezamos, se afunilando a quase nada.

Quase todos os adultos abaixaram a cabeça ao lembrar dos desastres e desgraças que presenciaram na Grande Guerra Bruxa.

— Agora que retornou — Remus continuou serenamente — temo que o Ministro vai fazer todo possível para evitar a terrível verdade.

— Entendam que, na situação que se encontram, desafiar a verdade imposta por Fudge é o mesmo que desafiar o Ministério, estão andando em ovos agora... todos vocês — Sarah disse olhando para aqueles que ainda retornariam para Hogwarts.

— Achamos que Voldemort esta reunindo um exército outra vez — as mais velhas encaravam Sirius, o fuzilando com os olhares maternos e fulminantes —, há 14 anos ele comandava muita gente e não só feiticeiros ou bruxos, mas muitas criaturas das trevas. Ele anda recrutando muito e temos tentando fazer o mesmo, mas reunir seguidores não é o único objetivo dele.

As mães entraram em alerta, Moody coçou a garganta, também, alertando Sirius. Mas ele não parou por ai, Katrina e Harry começaram a se concentrar mais ainda na conversa.

— Acreditamos, que Voldemort está atrás de uma coisa.

— Sirius! — pigarreou. Todos os olhares estavam concentrados em Sirius.

— Uma coisa que não conseguiu da última vez — as íris castanhas pulavam em Harry e Katrina, Sarah balançava a cabeça para Sirius. Os meninos se olhavam confusos, incluindo os dois motivos do falatório dele.

— E seria...

— Uma arma? — Katrina completou. Molly se agoniou e impediu qualquer palavra que saísse da boca dele.

— Não! Já chega! Eles são crianças, se disser mais é o mesmo que induzi-los a entrar na Ordem.

— Pois pronto, se for pra gente saber sobre nós, que seja — pestanejou com a cabeça erguida —, eu quero entrar

— Ótimo, concordo com a Katri, eu quero entrar também. Se Voldemort está agindo assim, eu quero lutar, nos queremos lutar — referiu-se a prateada a sua frente.

— O que me diz, Claws? — Katrina mirou a tia, esperando por alguma recusa.

— Como alguém me disse, deixar eles no escuro não adiantaria nada — deu uma pisadela para a sobrinha e o menino.

— Sarah!

— Ora Molly!

— Ora as duas, é o que querem fazer, não são mais crianças... devem entender o que é certo e errado. Enfim, continuando, Harry e Katrina — Sirius estendeu as mãos para que eles as segurassem — Voldemort pretende conseguir aquilo que ele falhou a anos atrás, você, Harry.

— E provavelmente, você também, Katrina — Shacklebolt adicionou, mas a menina não entendeu —, foi nos alertado que o Lord das Trevas tem recebido informações sobre o seu poder, um tipo de poder ancestral que a senhorita carrega no sangue.

— Poder? Que poder?

— Não temos certeza, esperavamos que soubesse — ela negou.

— Bom, já que ela não sabe, não iremos força-la, irei me retirar, temos um grande dia amanhã. Boa noite.

Sirius saiu educadamente e o resto ficou se entreolhando. O jantar acabou quando Katrina e os outros encheram suas barrigas com o ensopado da mãe Weasley, era sua especialidade, Liane se juntou a Hermione e Gina para dividirem o quarto, Rony e Harry foram para o mesmo da noite passada. Claro que a prateada sentiu dificuldades para conseguir dormir, ficou pensando sobre o poder que carregava dentro de si.

— Deve ser alguma brincadeira... onde já se viu, o único poder que tenho em mim é o de me meter em confusão...

Poder ancestral... Será que tem alguma coisa ligado com o ataque daquele dia?

Em meios de pensamento ela acabou caindo no sono.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro