31𓅬2
A primeira semana de Agosto havia se tornado um imenso maremoto, as mochilas estavam na sala, gente correndo de um lado a outro na escadaria, "onde está meu vestido?" ou "Liane não se esquece da escova de cabelo". Era a hora da mudança provisória, somente o necessário para o durar o tempo que precisasse. Sarah esperava as meninas na sala junto de Laylin, vestido de casaco e calças grossas e uma touca, o outono estava vindo e mais cedo. Estava parecendo um pinguin marrom, como ela disse. Katrina desceu vestida de cardigan branco e calça longa, nos pés uma pantufa, Sarah a olhou inteira.
— Sério isso? Pantufas? — ela deu de ombros para a bronzeada.
— Eu to tremendo de frio tia e sem contar que tenho pés quentes e sensíveis. — arregalou os olhos já fadada.
— Ta bom ta bom, entendi senhora pé quente. Lianee, vamos! — a menor correu pelas escadas de macaquinho e um blusa florida de mochila nas costas.
— Ainda não entendi o motivo da gente se mudar, aqui é ótimo.
— São motivos maiores Liane, sabe disso e além do mais, não é pra sempre... Bom, iremos de carro, já que não posso aparatar lá pra dentro da casa, vamos!!
A mais velha parecia animada com o fato de que se mudaria para a casa de Sirius, as meninas ficaram inseguras por irem para longe do esconderijo. As bolsas ficariam, Sarah não explicou, mas também, ninguém questionou.
Elas entraram no carro, seriam duas horas, ou mais, até o Largo. Por esse motivo, Sarah fez as compras de alguns docinhos para as crianças e para Katrina, junto de livros de feitiços para praticarem.
Meridia iria voando, dizia que esse tipo de "veículo" era estranho para ela. Sarah amarrou os medios fios de bronze, dando ignição na relíquia. Um tempo depois de brincarem de "eu vejo" e cantar algumas canções de bruxos, os menores acabaram caindo no sono, Katrina cutucava as cutículas, aflita ou nervosa, Sarah notou sua inquietação.
— O que houve? — tranquila, questionou. A prateada engoliu o ar.
— Será que esse negócio de profecia e maldição, é real mesmo tia? Assim, não é questionando, mas... Não é meio vaga? — ela concordava.
— Eu também me questiono isso todos os dias, mas não quer dizer que não seja real Kat, visões e palavras ditas a quase um século podem ser meio difíceis de acreditar. Mas acredite, se foram escritas, não é mentira... — a mais nova baixou o olhar ainda incrédula.
— Nossa família tem uma história, e eu achando que o sobrenome não valia de nada... — entrelaçou os cabelos entre os dedos com um sorriso torto.
— Toda família tem seus segredos, como a de Talya e Lily. As duas eram muito unidas, mas quando Lilian foi selecionada para Grifinoria, Talya se sentiu traída por ser separada da irmã, piorou quando a viu sendo feliz com os... E com James — Katrina ouvia franzindo a testa, expressando um leve receio de querer ouvir.
— Ela tinha inveja dela? — um aceno positivo.
— E põe muito nisso, inveja, ciúmes, raiva. Talya causou um inferno na vida dos dois, atazanando tudo e a todos. Brigava com constância, quase foi expulsa.
— Rolou briga com porradaria?
— Com certeza, sabe essas cicatrizes? — mostrou os nós superiores da mão direita, eram bem aparentes e com leves depressões, linhas brancas na região metacarpo que subiam para o carpo e pulso, Katrina observou assustada — Foi em 76, ela se meteu em briga com uma amiga minha — passou a marcha com ódio —, e com os meus ninguém mexe. No fim, fomos nós quatro pra sala de Minerva.
— Quatro? — franziu mais ainda as penugens acinzentadas acima dos olhos.
— Elian. Ele sempre me salvava, mesmo quando era contra Talya... — uma sombra se passou nos olhos verdes de Sarah, Katrina segurou sua mão confortando-a com o sorriso gentil.
— Tenho certeza que eram muito unidos...
— Nem tanto, mas sim... Enfim, já estamos chegando.
Os últimos raios solares deixavam Londres. Mais algumas quadras e chegariam na casa na casa do Black restante. Katrina reparou que parecia uma casa normal, como as próximas, nada demais.
— É aqui? — acenou positivo. — E por que não saímos? — questionou em seguida de um longo bocejo.
— Precisamos deixar que escureça mais um pouquinho para entrarmos, sabe, os trouxas não sabem lidar com casas mágicas. Durmam mais um pouco queridos.
Os mais novos obedeceram rapidamente, a prateada segurou o queixo deixando o sono pesar nas pálpebras.
°°°
Estava de pé sobre o gelo azul descalço, sentindo o fervor dos pés, vestida de neve brilhante, o vento batia cortante em seu rosto e na sua frente, o loiro vestido formalmente de um terno fino. Tão próximos, que o frio não fazia diferença, deixando seus corpos aquecidos com batimentos profundos e pesados. Os mirantes cinzas lhe arrepiavam, junto do contato gélido do anel em suas bochechas. Quando os lábios iam tocar-lhe, Katrina — instantâneamente — muda para uma sala branca, confusa tentando olhar ao seu redor ela se depara com uma mesa de mármore redonda, linda e magnífica obra de entalharia, com palavras nas bordas, os dedos curiosos tatearam tentando decifrar as letras em baixo relevo.
Le pouvoir est dans le sang.
°°°
A voz de Sarah lhe perturbava o sonho, a acordando com um susto, a bronzeada lhe olhava com temor pela respiração pesada da sobrinha. Sarah sabia que ela tinha visto algo, em seu passado ou em alguma visão.
— Ei, tudo bem, tudo bem. Passou, agora podemos entrar... Lia, pegue suas coisas, vamos Lay. — Katrina ainda estava estática pelo aviso abrupto do sonho. Aviso? pensou ela, depois perguntaria para Meridia.
Saiu do carro colocando a bolsa no ombro, parando ao lado de Laylin, esperando Sarah. Mas, o que ela ta esperando? — pensou Liane. Sarah olhou para os lados. Uma, duas, três palmas. As casas tremeram começando a se esticarem e de seu centro, uma outra casa, os mais novos se embasbacaram e Katrina sorriu alegremente pensando que amava mais ainda a magia. Das cortinas acima, um elfo com cara enrugada e rabugenta lhe observava.
Elas entraram sendo recebidos por Lupin e Molly, que obviamente sentia saudades da menina Katrina e de Liane, Lupin abraçou Sarah dando-lhe dois beijos nas bochechas sardentas da mulher.
— Senti sua falta Lupin, quanto tempo.
— Digo o mesmo Sarah, vejo que suas crias cresceram saudáveis. — bagunçou as madeixas cor de ferrugem da criança, lançando uma piscada amistosa para a outra bronzeada esmagada pela Weasley mais velha.
— Ai pelos céus, senti tanta falta desta menina Sarah, Ginny não para de falar dela.
— Ela também sentiu falta dessa energia Weasley, por falar nisso onde estão o resto da família? — os gêmeos surgiram atrás da bronzeada, quase tendo um mini infarto com a aparição. — AI GAROTOS!!
— Oii Sarah — disseram em uníssono.
— Já mandei vocês pararem com isso. — alertou. — Em vez de ficarem assustando os outros, levem as meninas para seus quartos!
— Vamo Katri, te levo. — disse Fred passando o braço por cima dos ombros nus da menina, que estampava um sorriso feliz por reencontrar seus amigos.
Eles subiram e cada um seguiu para os devidos aposentos. Os quartos eram quase iguais, papel de parede neutro, duas camas simples de panos claros e escuros e madeira bem entalhada. Quadros antigos por todas as paredes, alguns falantes. Katrina se jogou na cama exausta pela looonga viagem.
— Pelas barbas de Salazar, que alívio para minhas costas, céus... — reclamou.
— Aposto que isso é velhice. — caçoou. A prateada passou a língua pelos dentes com um sorriso arisco no rosto.
— Olha quem fala, velhote. — atirou um travesseiro próximo na cara do ruivo, que entrou na brincadeira se jogando em cima da menina usando a almofada como amortecedor.
— Vou te mostrar o velhote!! — ele se jogou em vima da mais nova, deixando-a presa entre seu torax e o colchão, que agora era seu maior inimigo.
— ISSO NÃO É JUSTO FRED VOCÊ É MAIS PESADO QUE EU!!!! — implorou por ar com o peso suprindo o pulmão. Enquanto o maior ria da menina, ele saiu de cima caindo ao seu lado, os dois se olharam e por alguma razão começaram a gargalhar.
— Vejo que os dois mataram a saudades. — a voz grossa e rouca soou na porta, parecia estar observando a alegria genuína dos adolescentes com um amável sorriso. A menina logo correu para abraçar o mais velho, que a recebeu gentil.
— Sirius!
— Olá Katrina, como cresceu, deixe-me ver... — mediu com a mão, alternando entre o chão e a altura de seu joelho — Da última vez que eu a vi você era minúscula — Katrina exibiu os dentes, contente.
Alertou que o jantar já estava quase pronto os convidando para irem a cozinha, estavam quase todos lá. Lupin sentou-se ao lado de Liane e Ginna, conversando sobre alguns feitiços e ele lhe contava histórias fazendo-as soltar gaitadas, Rony e Hermione trocavam farpas leves, os gêmeos observavam os dois rindo um para o outro, Sirius convidou Katri a sentar-se ao seu lado, mesmo ela insistindo em tomar um banho antes, dizia ele que a comida esfriaria.
— Katrina querida, espero que goste de ensopado! — acenou violentamente para a ruiva.
— Então, Katrina, como anda em Hogwarts? Apronta muita coisa? — a janela de lembranças das confusões e traquinagens realizadas se abriu para a prateada, desde cabular aula até pregar peças no Lago Negro.
— Não, eu não gosto muito de bagunça. — os irmãos se entreolharam segurando-se, Hermione deixou escapar uma risada. Até mesmo Lupin se segurou.
— Qual o motivo dos risos? — Katrina disse mecanicamente, rígida pelo nervosismo.
— A senhora certinha provavelmente não se identifica com esse tipo de atitude? Você é a maior arrumadora de problemas daquele castelo Katri, não me venha com coisas certinhas. — eles se soltaram em risadas, Sirius sibilou um riso fraco junto de Remus, talvez lembrando a adolescência também.
— Eu vou matar vocês, me aguardem. — a ameaça acompanhada de uma olhada mortífera. Remus parou por alguns segundos, retornando aos seus quinze anos ao ver a atmosfera caótica dos pequenos clones dos Marotos. Katrina era Sarah ou se parecia até com Marlene, sempre se metendo em confusão com Sirius e Lily, os meninos se pareciam ele mais novo, Peter e James, e Liane quieta ao seu lado lhe lembrava Pandora ou Dorcas. Não notou o sorriso simplório se formar.
Aquelas lembranças na mentes dos mais velhos eram vívidas como as cores, vibrantes tal como elas. Mas lá no fundo, dolorida e profunda, uma cicatriz incurável, sempre sendo machucada. A nova geração eram clones, idênticos, mas cada um com sua personalidade e meios de sobrevivência nesse mundo cinza e sombrio.
O jantar correu tranquilo, com algumas intrigas mas que sempre acabavam em risadas altas, a alegria era contagiante, no meio da refeição Moody adentrou o cômodo sendo recebido com olhares assustados e confusos.
— Harry foi atacado por Dementadores. — Sirius se ergueu angustiado. A mãe Weasley ficou esbranquiçada junto de Katrina, que sentiu seu coração apertar de medo. Passou pelo mesmo desespero.
— Qual o motivo? — sibilou Sarah.
— Não se sabe ainda, mas o que sei é que ele foi expulso! — Katrina tentou buscar respostas do primo, mas uma carta falante apareceu no meio do cômodo, a interrompendo. Todos ficaram curiosos com aquilo.
"Cara senhorita Swan Evans,
o Ministério foi notificado de falas suspeitas e escandalosas sobre um certo bruxo das trevas. Como dito a lei, é proibido dizer seu nome ou exclamar algum tipo de acusação de falso cunho; Em forma de punição, você está EXPULSA da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts.
Atenciosamente, o Ministro da Magia"
O pé da indignação pisou na cara assustada e perplexa da prateada. As sobrancelhas tremeram com tamanha audácia do Cornelio, sua mente rodava com tanta mentira e abuso autoritário, um peso se acumulou nos ombros e na garganta junto do fervor nas veias correr. Segurou a carta a estilhaçando em vários pedaços, indo direto pro quarto, se ouviu uma batida forte.
— Katrina! — Sarah gritou pela sobrinha, mas Moody a suavizou.
— Deixe-a, ela precisa de um tempo — observou as crianças espantadas, Hermione principalmente —, e vocês, direto pro quarto de vocês! — os ruivos mais velhos obederam junto de Ginna, Rony olhou feio para aquela situação mas Hermione insistiu que ele seguisse as ordem do Auror.
— Como isso aconteceu? — Sarah cruzou os braços irritada — Algum motivo dessa merda de carta?
— Talvez Cornelio enlouqueceu, ou talvez algum terceiro esteja por trás disso Sarah — o cabeludo retrucou Moody.
— Esse maldito está perdendo influência e vai fazer de tudo para impedir isso, chame todos os membro, uma reunião deve ser feita!!
Começaram a se mover e arrumar o que restou do jantar. Enquanto isso no quarto, Katrina se controlava para não quebrar tudo ao seu redor, quase arrancando os cabelos do couro e com um ardor nos olhos, o sangue fervia dentro das veias entrando em estado de ebulição no peito a batida do coração ardente. Ela não podia ser expulsa, até porque não fez nada de errado, apenas dito a verdade.
Deixou que os joelhos cedessem e se chocassem contra a madeira, dando a liberdade da mente voar sobre pensamentos de quaisquer coisa. Se recostou na parede macia, até que percebeu que não estava em seu quarto, e sim, no quarto da Árvore da Família. Igual no de Draco. Pessoas queimadas da grande e majestosa árvore Black, os nomes Regulus Arcturos Black, Andrômeda Black, Cygnus Black lhe chamaram atenção, os dedos finos tateavam a camurça velha verde e marrom.
— Sirius tem um irmão? Walburga Black — tentou ler o nome da mulher fria e de expressões duras —, Orion Black, que linda família. Imagino o natal deles...
— Deviam ser estranhos — a morena estava de pe na porta com os braços cruzados, parecia estar observando-a — a maioria dos familiares se odiavam, então.
— Ah Hermione deixe de ser careta, vai saber se eram bons ou não, existiram a séculos atrás.
— Rony, alguns ainda estão vivos, seu cabeça ruiva — não deixou de soltar uma risada marota. Ronald franziu a testa.
— Quem liga?
— Eu e todos que amam história — Hermione se posicionou do lado da prateada, que a abraçou —, como se sente?
— Arrasada, eles não podem fazer isso Mione... é horrível.
— Uma besteira realmente, mas tenho certeza que Dumbledore vai dar seu jeito, até porque é um dos maiores bruxos de todos os tempos... — estava nervosa, tentava disfarçar, mas não dava para esconder em suas rugas.
— Espero que esteja certa...
No andar térreo os mais velhos estavam fervorosos, discussões sobre o estado dos dois primos e a situação atual deles; Moody culpava a criação de Katrina por Sarah ser muito mole, apesar de ter sido uma Auror super talentosa em seus anos dourados, Sirius defendia seu afilhado contra as acusações, Remus e Shacklebolt tentavam achar a luz no meio do temporal; mas uma luz vermelha correu pelos corredores chamando toda a atenção dos membro, Fowkes, a fênix de Dumbledore pousou com tranquilidade, o farfalhar de asas saiu a imagem do Diretor.
— Meus companheiros, tenho pouco tempo então serei breve. Sim, tive noticias sobre as cartas de expulsão dos dois, farei contato com Cornelio para uma audiência formal, marcarei para daqui a cinco dias no Ministério, nesse tempo, tragam Harry para a Ordem e o mantenham em segurança — os olhos baixos e simpáticos do mais velho pousaram sobre a bronzeada, oferecendo um breve sorriso —, suponho que Katrina já esteja aqui.
— Está sim, professor. — mesmo com o tempo, o respeito por Dumbledore não diminuiu.
— Deixarei o resto em suas mãos, boa sorte.
Assim como surgiu, Fowkes desapareceu no meio da própria fumaça, todos se entreolharam já sabendo os próximos passos. Depois de terminaram as conversas, os Weasleys foram para os quartos, seus filhos já estavam aprofundados no sono, mas Katrina nem conseguiu dormir. Preferindo ficar no quarto da Árvore, era o único lugar onde tinha a "companhia" de Draco, se perguntava o que ele estaria fazendo. Com os joelhos unidos ao corpo e a bochecha sendo amassada em cima deles, admirava a história do passado seu amado.
Amado... O calor esquentou as temporas. Não se falavam desde aquela noite, mas sentia sua falta de um jeito que jamais sentira. No corredor, Sarah ia direto para o quarto mas acabou vendo a menina suspirar para a imagem do loiro emburado.
— Katrina, já passou a hora de dormir meu amor — a prateada se levantou indo abraçar a tia, que a acolheu gentil. Mesmo não sabendo o motivo, mas com todo evento que ocorreu, talvez soubesse.
— Não consigo dormir... — Sarah segurou o rosto da sobrinha depositando beijinhos em sua testa, procurando palavras através daqueles olhinhos cinzas claro.
— Primeiro, um banho você ta com essa roupa desde que chegou, sebosinha!! — brincou.
— Eu não tive tempo de nada — riu baixo junto a ela, os polegares da mais velha secaram o rastro das lágrimas mornas de Katrina.
Obedeceu, tomou um belo banho quente e vestiu um pijama simples, Sarah já estava acomodada em sua cama, esperando pela menor. Deitou-se ao lado dela, se enrolando nos panos.
— Lembra quando você era menor e eu cantava pra você...
— Já tenho quinze anos tia, acho que não preciso de canção de ninar.
— Mas ainda funciona... — hesitante, ela se aninhou nos braços de Sarah, a ponta das unhas amendoadas acariciavam o couro cabeludo da menina.
A naoidhean bhig, cluinn mo ghuth
Mise ri d' thaobh, O mhaighdean bhan
Ar righinn oig, fas as faic
Do thir, dileas fhein
A ghrian a's a ghealaich, stuir sinn
Gu uair ar cliu 's ar gloire
A prateada começou a recordar das noites tempestousas que tanto odiava, mas no fundo alguém cantava esta mesma melodia, Sarah a segurava no colo contra o próprio peito deixando que Katrina ouvisse os batimentos calmos da mais velha. Agitada e assustada, com o tempo ela ia se acalmando, ouvindo a suave canção antiga da bronzeada — e como antigamente —, acabando que caindo no sono.
Naoidhean bhig, ar righinn og
Mhaighdean uashaill bhan
A expressão calma de Katrina aliviava a tensão nos ossos já enrijecidos de Sarah, ver sua propia sobrinha aflita daquele jeito lhe causava ânsia. Do outro lado do quarto, Liane dormia tranquila também, não sabia se tinha escutado a canção. Inicou pela segunda vez, se levantando com cuidado para não acordar a prateada indo em direção a do meio, deixando um beijo de boa noite no topo da cabeça dela. Desejando para que tivesse bons sonhos e que nada de mal acontecesse a sua menininha.
Sabia que quando amanhecesse, a nova vida dos três mudaria para sempre. Como tia, era sua responsabilidade cuidar deles mas no fundo sentia de que, algum modo, falhou nisso. Remus ia caminhando despretensioso pelo corredor, quando viu a bromzeada recostada na porta.
— Pensando?
— Talvez... O que faz acordado a essas horas?
— Não sou um dos seus sobrinhos pra se preocupar — os dois riram. Ela riu fraco, cansada, talvez mentalmente ou fisicamente —, você está bem Claws?
— Acho que sim... Aluado...
A fagulha de memórias se fez entre os dois, Lupin é um dos confidentes de Sarah, ela confia nele como ele a confia. Lupin passou o braço pelos ombros da bronzeada, que deixou ser acalentada por ele, aproveitou para conversarem sobre o passado nem tão distante dos dois, quando eram apenas adolescentes que queriam curtir a vida como tal... porém impedida de ser pacífica.
EAII GALERINHA LEITORAAA🤍🤍
Voltei e cm tudo. Aproveitem esse cap e aguardem os próximos dias😈😈😈😈
BJS DE LUMOS DA AUTORA✨✨✨✨
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