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──── Vós que entrais.

O frasco de pílulas, que outrora estava cheio, agora se encontrava quase vazio, cada comprimido consumido refletindo o progresso lento, porém inexorável, dos últimos dias. A semana se arrastara com um peso quase tangível, enquanto Olivia se preparava, tanto física quanto mentalmente, para o que a aguardava no Monte Weather.

Seu pai, juntamente com Abby, havia seguido até Polis, uma pequena cidade habitada por terráqueos, e onde Clarke também se encontrava.

A notícia de que teria que retornar àquele lugar sombrio trouxe uma hesitação momentânea a Olivia, uma sombra do que sentira da última vez, mas o dever chamava, e não havia espaço para recuos.

Ela soltou um suspiro profundo ao descer da Rover, que estava estacionada a frente de uma das entradas da cidade subterrânea. Ao seu lado, Octavia, acompanhada de Kane, resmungou, inquieta.

— Eu sabia que deveria ter trazido meu cavalo.

Olivia, no entanto, não prestava atenção na amiga. Estava imóvel, seus olhos fixos na imponente porta que os conduziria ao interior daquele lugar temido. Octavia, percebendo o estado da amiga, se aproximou com cautela.

— Ei — chamou-a suavemente — Está tudo bem?

— Sim — respondeu Olivia, franzindo levemente o nariz — Está tudo ótimo.

Bellamy também fazia parte da missão. O jovem acreditava que Kane o trouxera apenas para lhe dar uma lição, e não porque, mesmo após uma semana, ainda mancava devido ao ferimento que havia sofrido. Ao seu lado, Gina conversava com ele, tentando aliviar a tensão de estar ali, longe da Delegação da Cúpula em Polis.

Entretanto, os olhos de Bellamy estavam fixos em Olivia. Ele observava atentamente cada detalhe da expressão da garota, que, àquela distância, parecia estar perdida em pensamentos.

Olivia alançou a cabeça, tentando afastar qualquer pensamento sobre o tempo que passara naquele lugar. Com um gesto automático, ajustou a mochila de flechas nas costas e pegou uma grande bolsa de dentro da Rover.

— Você leva esse arco para todo lugar? — perguntou Raven, depois que Olivia se posicionou ao lado dela.

— Apreciei muito o presente — Olivia respondeu, esboçando um sorriso, mas mantendo o tom sério.

— Chega de conversa fiada, vamos logo — Octavia interrompeu, disparando à frente das outras em direção à entrada do Monte.

Os jovens começaram a avançar, e embora Olivia odiasse admitir, sentiria um desconforto crescente ao ver Gina e Bellamy tão próximos. Ela gostava de Gina, nunca questionaria isso, mas algo profundo dentro dela se contorcia ao vê-la com Bellamy.

— Já contei a vocês como salvei Sinclair na Arca? — Raven perguntou, sorrindo com um ar de desafio.

— De novo não — Octavia resmungou.

— Sim, um milhão de vezes — Olivia respondeu, tentando manter o tom leve.

— Fala da vez em que você enlouqueceu durante um passeio espacial? — perguntou Gina, sorrindo.

— Depende do que você quer dizer com "enlouqueceu" — Raven respondeu com um sorriso travesso.

Enquanto Raven começava, pela milésima vez, a narrar sua história de coragem e bravura, Olivia se desconectou do mundo exterior. Embora apreciasse as histórias da amiga, essa em particular já estava desgastada para todos.

Apesar de manter uma expressão séria enquanto avançava pelos corredores do Monte, Olivia sentia uma torrente de emoções ao passar por cada canto daquele lugar. Seus olhos se arregalaram levemente quando, ao chegarem ao Nível Cinco, se depararam com o grupo de Pike, se divertindo sem reservas naquele que, para Olivia, era o cenário de seu maior trauma.

— Bem-vindos — saudou Pike com um sorriso.

"Bem-vindos... ao inferno?" Olivia se perguntou mentalmente.

— Venham. Juntem-se a nós — convidou o mais velho com um tom que apenas aumentava a aversão de Olivia.

Olivia fez um leve movimento com o pescoço, estalando-o. Era um hábito seu quando sentia uma emoção intensa e mal identificada, uma forma de tentar conter o que fervia dentro de si.

— Alguém está se sentindo em casa — Raven murmurou.

— Que casa peculiar — Olivia respondeu, o cenho franzido, ecoando o tom de sarcasmo da amiga.

— Devem ter uns trinta deles aqui — Octavia reclamou, avaliando o grupo.

— Trinta e seis, para ser exato. Mas quanto mais, melhor — replicou Pike, ainda ostentando um sorriso cínico nos lábios.

Olivia revirou os olhos enquanto observava Bellamy se aproximar de Pike e apertar a mão dele.

— Trinta e seis? Os terráqueos vão pensar que nos mudamos para cá — ironizou Octavia.

O sorriso de Pike desmanchou-se lentamente, como um sorvete derretendo sob o sol ardente. Bellamy, por sua vez, lançou um olhar de advertência para a irmã.

— Não havia vaga na hospedaria — Pike tentou justificar-se.

— E esta é a alternativa? — Octavia retrucou, sua voz carregada de incredulidade.

— O. — Bellamy chamou a irmã, com um tom que sugeria seriedade.

Octavia deu de ombros, comprimindo os lábios em sinal de resignação. A bolsa que segurava chocou-se suavemente contra o chão, e ela balançou a cabeça, decidida.

— Vou sair daqui.

O olhar de Bellamy encontrou o de Olivia, e ela, percebendo o recado, fez uma leve careta, mas compreendeu a mensagem. Olivia entregou a bolsa que segurava a Raven e seguiu Octavia para fora, sentindo-se um pouco mais leve ao deixar aquele lugar.

Olivia franziu as sobrancelhas ao olhar para cima e, com curiosidade, avistou Octavia sentada sobre a estrutura de cimento que circundava a entrada da montanha.

Apesar de ter tomado seus remédios antes de sair, a dor em seu quadril retornou quando precisou subir uma escada para alcançar Octavia. Assim que chegou ao topo, sentou-se ao lado da amiga, que encarava o vazio. As duas permaneceram em silêncio por algum tempo, respirando o ar puro e observando as árvores ao redor.

— Odeio esse lugar — Olivia quebrou o silêncio, soltando um suspiro profundo. — Ainda me dá arrepios.

Octavia lançou um olhar para a garota, esboçando um sorriso discreto, como se compreendesse perfeitamente aquele sentimento.

— É injusto como Pike trata este lugar como uma nova chance de esperança — comentou Octavia, sua voz carregada de desdém.

Olivia desviou o olhar para suas próprias pernas, a tensão evidente em seu rosto. A perspectiva de que, em um futuro não tão distante, ela pudesse sofrer de complicações crônicas no quadril devido ao que aconteceu ali, e agora ver aquele local sendo tratado como um novo lar, lhe causava arrepios e até náuseas.

As duas caíram em um novo silêncio quando Bellamy passou pela porta, alguns metros abaixo delas. Foram necessários alguns segundos para que ele percebesse onde as duas estavam.

— Está tudo bem? — ele perguntou, direcionando o olhar para a irmã.

Octavia não respondeu de imediato; apenas assentiu com a cabeça, desviando o olhar do irmão mais velho. Bellamy, percebendo a relutância da irmã, subiu até onde elas estavam e se acomodou ao lado de Olivia.

— É um erro. Os terráqueos nunca vão aceitar — Octavia comentou, com a voz carregada de convicção.

— Não somos os homens da montanha, O — Bellamy respondeu, balançando a cabeça com determinação. — Nyko e Lincoln vão explicar isso a eles.

— Como? Lincoln foi condenado à morte. — retrucou Octavia, voltando o olhar para o irmão — Ele corre risco de vida se sair do acampamento.

— A cúpula vai cuidar disso. — Bellamy afirmou, com uma certeza quase inabalável.

— Pensei que finalmente sairíamos daqui — Octavia disse com um toque de desdém, sua frustração evidente.

Olivia se sentia desconfortável, como se estivesse interrompendo um momento que deveria ser apenas entre os dois. Ela ameaçou se levantar, mas algo a deteve. Foi então que Bellamy, em um gesto silencioso, colocou sua mão sobre a dela, um pedido mudo para que ela ficasse.

Octavia engoliu em seco, fixando o olhar em seu irmão.

— Desculpe, Bell, mas não combino com este lugar — admitiu a mais nova, com um tom sincero.

— Se precisar ir embora, vou entender — respondeu Bellamy, assentindo com a cabeça. — Mas você sempre vai combinar comigo.

Olivia esboçou um leve sorriso, desviando o olhar rapidamente para a frente. Entretanto, ela deu um tapinha em Octavia, suas sobrancelhas franzidas.

A atenção dos três jovens foi atraída por dois guardas que arrastavam pelos braços uma terráquea desconhecida para Olivia. Instantaneamente, eles se levantaram e caminharam a passos largos em direção aos homens.

— Echo? — murmurou Bellamy, incrédulo.

— Espera, você a conhece? — Olivia ergueu uma sobrancelha.

— Sim, ela é da Nação do Gelo. Ela estava na cela ao lado da minha — afirmou Bellamy, ainda processando a situação.

Ao se aproximarem dos guardas, a terráquea chamou por Bellamy, e ele prontamente ordenou que a soltassem.

— Ela ameaçou a cúpula — justificou um dos homens.

— Eu tentei ajudar! — a mulher se defendeu, desesperada.

— Cale a boca — ordenou o mesmo guarda, acertando a terráquea na parte de trás da perna, forçando-a a cair de joelhos.

— Deixe-a em paz — Octavia interveio, sua voz firme.

— Eu disse para tirarem as mãos dela! — Bellamy elevou o tom.

Olivia se aproximou de Echo, retirando de sua mochila uma flecha. Com a lâmina afiada, cortou rapidamente a corda que apertava os pulsos da mulher.

— O que pensa que está fazendo? Ela é uma terráquea! — exclamou um dos homens, sua voz carregada de indignação.

— Jura? — Olivia lançou-lhe um olhar de relance, carregado de ironia.

O homem bufou, irritado.

— Do que está falando? — Bellamy perguntou a Echo, sua expressão séria quando ela se aproximou dele.

— A cúpula é uma armadilha. O assassino já está lá dentro. Ao pôr do sol, seu povo estará morto — revelou Echo.

[...]

Agora, dentro do Monte Weather, Echo foi levada até Pike, enquanto Sinclair e os demais eram convocados. Olivia estava com os braços cruzados, uma expressão de desconfiança estampada em seu rosto. Ao seu lado, Octavia mantinha uma postura neutra, apenas observando os acontecimentos.

Bellamy estava posicionado em frente a Echo, com as mãos apoiadas na cintura, aguardando a chegada dos outros enquanto ele e Pike iniciavam um breve interrogatório com a terráquea.

— Eu estava com o exército da rainha, marchando em direção a Polis. O chefe de guerra fala muito alto — informou Echo, com a voz firme.

— Você é uma deles. Por que está nos dizendo isso? — questionou Pike, o rosto franzido em dúvida.

Pela primeira vez, e talvez a última, Olivia se pegou concordando com Pike. A atitude de Echo não fazia sentido; os terráqueos, em sua maioria, eram guerreiros leais ao seu povo, independentemente das circunstâncias.

— Abandonamos os Skaikru na batalha pela montanha — os olhos de Echo encontraram os de Bellamy — Foi um erro.

Olivia arqueou uma sobrancelha, recusando-se a acreditar. A Nação do Gelo não demonstrava empatia, pelo menos não de acordo com as experiências que Olivia havia tido com os Azgeda.

— E não sentirão sua falta? — perguntou Pike, a desconfiança evidente em seu tom.

— Talvez. Por isso precisamos agir rapidamente — respondeu Echo, sem hesitação.

Octavia e Olivia trocaram olhares. Octavia parecia inclinada a acreditar na história.

— Pike, ela salvou minha vida — Bellamy interveio — Podemos confiar nela.

Pike analisou o rosto da terráquea por um longo momento, até que Sinclair, Raven e Gina finalmente chegaram ao local.

— Certo, ouçam — Bellamy exclamou, chamando a atenção de todos. — Para chegarmos a Polis antes do ataque, precisamos partir imediatamente.

— Ataque? Temos confirmação disso? — Sinclair arregalou os olhos.

— Fizemos contato, mas não obtivemos resposta — Bellamy soltou os braços em um gesto de frustração.

— Eles podem estar mortos — resmungou Pike — E, se estiverem, precisamos estar preparados para agir.

Olivia revirou os olhos, incrédula diante da obsessão de Pike em contra-atacar.

— Não faça isso pelos mísseis — ordenou Sinclair, sua voz carregada de advertência.

— Isso é pela sobrevivência! Não temos os números, mas os mísseis desta montanha equilibram a balança, e você sabe que estou certo — rebateu Pike.

— Mesmo que concordasse com você, não temos os códigos de lançamento — retrucou Sinclair.

— Não, mas temos a mim — Raven interveio.

Isso foi suficiente para que Sinclair se aproximasse de Raven, e os dois trocaram algumas palavras antes de se retirarem do local. Pike agarrou o braço de Echo, declarando que era hora de partirem.

Olivia ergueu as sobrancelhas quando Gina se aproximou de Bellamy, envolvendo o maxilar do garoto com suas mãos, em um gesto íntimo.

Quando Octavia se aproximou de Olivia, ela estava com o nariz ligeiramente torcido e um desconforto crescendo em seu peito, mas escolheu ignorar ao notar a presença da mais nova Blake.

— Vamos — disse Octavia, chamando Olivia e sinalizando com a cabeça em direção à porta que levava aos corredores.

Olivia balançou a cabeça negativamente e soltou um suspiro profundo antes de seguir Octavia.

[...]

Bellamy assumiu o volante, conduzindo-os com pressa até Polis. Ele estacionou o Rover atrás de outro veículo onde outros membros dos Skaikru, incluindo Kane, haviam parado anteriormente.

No entanto, o local estava deserto.

— Onde estão os guardas? — Bellamy foi o primeiro a romper o silêncio, batendo a porta do Rover com força. — Pelo protocolo, deveriam ter deixado alguém aqui.

— Já quebramos o protocolo antes; quem garante que eles também não o fizeram? — Olivia murmurou, enquanto caminhava ao lado do veículo dos Skaikru que havia chegado primeiro.

Na verdade, havia guardas ali. Dois, para ser exato. Contudo, ambos estavam mortos dentro do veículo.

— Esquece. Deixaram alguém, sim — Olivia exclamou, seu tom tingido de amargura.

Rapidamente, seus dedos se apertaram ao redor do arco, e ao notar a presença de Bellamy examinando os corpos atrás dela, lançou-lhe um olhar de soslaio.

Pike, com passos largos e decididos, dirigiu-se a Echo. Ao perceber, Olivia arqueou uma sobrancelha e o seguiu de perto.

— Isso foi obra do seu povo! — exclamou Pike, sua voz carregada de acusação.

— Junk Yu! — Echo replicou em sua língua nativa.

Ela havia mandado Pike se ferrar.

— Ela nos avisou — Octavia interveio, aproximando-se — Isso prova que estava dizendo a verdade.

— Não temos tempo para isso. O ataque acontece ao pôr do sol — Bellamy interveio, a urgência em sua voz clara.

Octavia fixou o olhar em uma placa que ordenava que todas as armas fossem deixadas do lado de fora.

— Não vou deixar minha faca aqui — ela declarou, desafiando as instruções.

— Ninguém vai — Olivia afirmou, retirando rapidamente uma flecha de sua pequena mochila.

Echo assentiu para Olivia, reconhecendo a determinação da garota.

— Vamos pelos túneis. A entrada é por aqui.

A terráquea indicou o caminho, e, como era de se esperar, Bellamy foi o primeiro a segui-la.

[...]

A jornada pelos túneis foi longa, considerando que tomaram o caminho mais extenso até Polis. A escuridão era absoluta, mas, por sorte, os Arkadianos haviam trazido lanternas. Eles precisavam chegar ao elevador, o qual os conduziria ao local onde ocorria a cúpula. Bellamy avistou dois terráqueos à frente.

— Dois guardas — Bellamy alertou os demais.

— São guardas. Eles controlam o elevador. O poço do elevador é nossa única entrada — afirmou Echo com firmeza. — Teremos que passar por eles.

— Eu cuido do da esquerda — disse Pike, avançando à frente de Bellamy.

Olivia e Octavia mantiveram-se lado a lado, enquanto Echo permanecia um pouco mais afastada. Bellamy e Pike neutralizaram os guardas com precisão e rapidez impressionantes.

Infelizmente, tiveram que subir todos os andares. A torre era enorme, e diversas reclamações surgiram na mente de Olivia, mas ela as manteve para si.

Com um estrondo, invadiram a sala indicada por Echo. Haviam muitas pessoas que Olivia não reconhecia, mas ao avistar o rosto de seu pai, o peso e a ansiedade que carregava no peito começaram a se dissipar.

Olivia arqueou uma sobrancelha enquanto examinava o ambiente. Embora seus companheiros estivessem em posição de ataque, ela se manteve imóvel com a respiração ofegante.

Havia uma calma estranha no ar, como se a entrada deles fosse o único elemento de choque.

— Bellamy? — Clarke exclamou surpresa ao ver o jovem, que segurava um dos terráqueos como refém.

— O que está acontecendo aqui? — Kane questionou, sua voz firme ressoando pela sala.

— A cúpula é uma armadilha — Bellamy afirmou, soltando o terráqueo. — Precisamos tirar vocês daqui.

— Que diabos está acontecendo? — Clarke insistiu, buscando entender a situação.

O olhar de Olivia seguiu o de Clarke, encontrando a comandante Lexa. Era a primeira vez que a Kane pisava em Polis e, sem dúvida, a primeira vez que Olivia via Lexa.

Olivia engoliu em seco, trocando um olhar significativo com seu pai. Ela observou o ambiente ao seu redor, onde todos se mantinham em estado de alerta. Ela se aproximou de Bellamy e, em um murmúrio quase inaudível, expressou sua inquietação:

— Bellamy, acho que fomos enganados.

Antes que Bellamy pudesse responder, Lexa, com sua percepção aguçada, captou a hesitação na voz de Olivia. A comandante deu um passo à frente, seus olhos fixos na jovem Kane.

— Explique-me o que aconteceu — ordenou, com autoridade.

Olivia assentiu e deu um passo à frente, respirando fundo ao sentir os olhares de todos sobre si.

— Foi a Nação do Gelo. Recebemos um aviso de que havia um assassino na cúpula, que tudo era uma armadilha, e que ele atacaria ao pôr do sol. Fomos enganados.

Lexa analisou a expressão firme de Olivia por alguns segundos, quando um homem interveio:

— Essas alegações são absurdas. A Nação do Gelo jamais violou nossas leis ou trouxe armas para a cúpula — ele exclamou, apontando para as armas dos Skaikrus — São eles que estão quebrando as regras.

— Estamos dizendo a verdade — insistiu Pike, virando-se para seu povo — Os dois guardas que deixaram para trás já estão mortos. Precisamos sair agora.

— Como obtiveram essa informação? — a comandante perguntou.

— Echo Kom Azgeda — Olivia respondeu, enquanto procurava pela mulher.

— Onde está Echo? — questionou Octavia, quebrando o silêncio tenso.

Olivia estreitou os olhos, desejando que aquilo tudo acabasse logo.

— Onde diabos ela está? — repetiu Bellamy, agora com um tom mais grave.

— Bell, acho que nos enganamos.

— Eu não entendo... — Bellamy murmurou, perplexo.

Kane se aproximou e retirou a arma das mãos do jovem.

— Desista — ordenou Kane, com firmeza.

Ele lançou um olhar rígido para Olivia, que balançou a cabeça negativamente, num gesto de frustração.

"Bellamy. Bellamy, responda," a voz de Raven ecoou no walkie-talkie de Bellamy. "Os terráqueos atacaram o Monte Weather."

Olivia olhou rapidamente para Bellamy, que, num reflexo, levou o aparelho próximo aos lábios.

— O que está dizendo?

"Acabou. Todos morreram. Sinclair e eu somos os únicos sobreviventes. Sinto muito."

A voz trêmula e chorosa de Raven fez o estômago de Olivia revirar. Ela não podia acreditar no que ouvia. Achavam que estavam fazendo o certo, protegendo seu povo, mas na verdade, estavam expondo-os ao perigo.

— Nunca deveria ter levado seu povo de volta para o Monte Weather — o homem anterior declarou, incisivo — A Nação do Gelo fez o que Lexa foi fraca demais para fazer.

Lexa, visivelmente tomada pela raiva, deu um passo à frente.

— Isso é um ato de guerra. Sentinelas, prendam a delegação da Nação do Gelo! — decretou a comandante — Inclusive o príncipe.

Os sentinelas agiram com rapidez, retirando os membros da delegação de forma agressiva.

O olhar de Olivia recaiu sobre Bellamy, que fixava os olhos no chão, lutando para processar a informação. Ela se aproximou dele, e seu movimento fez com que ele a olhasse.

Sem dizer nada, e ignorando o caos que ainda permanecia ali, Olivia pegou a mão de Bellamy e, pressionando os lábios, sussurrou:

— Vamos sair daqui.

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