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28.

O acampamento inteiro estava permeado de temor e inquietação. Delinquentes movimentavam-se com determinação dentro da área designada, enquanto outros, agoniados, eram assombrados pelos lamentos de dor vindos de Raven. O disparo que Murphy inadvertidamente lançara contra o solo do módulo no dia anterior encontrara seu alvo em Raven, cujo corpo jazia oculto sob o revestimento metálico da nave.

Dentro do confinamento do módulo da nave, encontravam-se cinco indivíduos: Clarke, Finn, Raven, Bellamy e Olivia. Clarke se esforçava para prestar auxílio a Raven dentro de suas limitações, enquanto Bellamy e Olivia tentavam elucidar a situação, comunicando-se com os outros dois sobre os eventos que envolviam Murphy.

— Não entendo. Como Murphy conseguiu uma arma? — indagou Finn, confuso, enquanto segurava a mão de Raven, tingida pelo rubro do sangue.

— É uma história longa — murmurou Olivia, apoiando as mãos em sua própria cintura.

— Tivemos sorte — começou Raven, sua respiração entrecortada pela adrenalina pulsante de ter uma bala alojada em seu corpo — Se Murphy tivesse atingido o tanque de combustível, estaríamos todos mortos.

— Espere. Há combustível de foguete aqui? Suficiente para criar uma explosão? — questionou Clarke, sua mente trabalhando para processar a informação recém-recebida.

— Suficiente para cem explosões, se houvesse pólvora suficiente — Raven concordou com um aceno de cabeça antes de prosseguir — Murphy esgotou toda a pólvora do acampamento ontem — explicou Raven, relembrando o momento em que ele detonou uma das paredes metálicas da nave para efetuar sua fuga.

— Vamos buscar os segadores. Eles talvez estejam dispostos a nos ajudar — disse Bellamy, segurando o livro de desenhos do terráqueo que Octavia tanto apreciava — O inimigo do meu inimigo é meu amigo. Certo?

Clarke e Finn trocaram olhares significativos.

— Não esse inimigo. Nós os vimos. Acredite... não é uma opção viável — afirmou Clarke, com firmeza.

— Não podemos perder tempo com isso! — interveio Finn rapidamente, seus olhos alternando entre Olivia e Bellamy, que estavam lado a lado — Ela consegue andar, ou não? — indagou ele a Clarke, referindo-se a Raven.

— Não — respondeu Clarke — Teremos que carregá-la.

— De jeito nenhum! — exclamou Raven, recusando-se veementemente a depender dos outros — Estou bem para caminhar — afirmou ela, erguendo-se com dificuldade, a dor ecoando em seu âmago.

— Reyes, a bala ainda está alojada em você — afirmou Olivia, colocando sua mão direita no ombro esquerdo de Raven, fazendo com que os olhos castanhos da mecânica se voltassem em confusão para Kane — Se, por algum milagre, não houver hemorragia interna, talvez consiga aguentar até chegarmos a um lugar seguro. Mas você não vai caminhar até lá.

Raven olhou para Clarke, em busca de confirmação de que aquelas palavras eram verdadeiras. Clarke assentiu com a cabeça, concordando com as palavras de Olivia. Raven soltou um suspiro e voltou seu olhar para Olivia.

— Está bem.

— Vou buscar a maca — anunciou Finn, afastando-se rapidamente em passadas largas.

— Não pode sair rápido o suficiente, não é? Que corajoso — Bellamy questionou, com ironia evidente em sua expressão franzida.

— Morrer em uma luta que não pode vencer não é coragem, Bellamy. É idiotice — retrucou Finn, retornando ao seu lugar anterior.

Olivia balançou a cabeça e pressionou os lábios, pensando que infelizmente teria que concordar com Finn.

— Soou como qualquer covarde que já fugiu de uma briga — disse Bellamy, aproximando-se de Finn até que ambos ficassem frente a frente.

— Chega! — exclamou Clarke — Está na hora de irmos.

— Se seguirmos em frente, é uma caminhada de 200 quilômetros até o oceano — acrescentou Bellamy.

— Olha, estamos perdendo tempo. Se ele quiser ficar, que fique — disse Finn, mostrando impaciência diante das reclamações de Bellamy.

— Não, ele não pode! — exclamou Olivia, observando Finn sair apressadamente do módulo da nave.

O olhar de Kane foi direto para o rosto de Bellamy, observando a expressão séria do rapaz.

— Não podemos fazer isso sem você, Bell — ela falou, serenamente. Sua voz estava tranquila, e os olhos de Bellamy foram atraídos para o rosto dela.

— O que querem que eu diga, Olivia? — perguntou ele, sua voz soando firme. Olivia vacilou, seus ombros cederam em um suspiro, e ela passou a língua pelos lábios, incapaz de formular uma resposta adequada.

— Queremos que diga que está nessa conosco — interveio Clarke — Os jovens lá fora confiam em você.

— Eles estão se preparando para ir. Eles confiam mais em você — disse ele, fazendo uma careta enquanto falava.

— Eu dei a eles uma escolha mais fácil — admitiu Clarke, franzindo o cenho — Mas cinco minutos atrás, estavam prontos para lutar e morrer ao seu lado.

A expressão de Bellamy parecia suavizar, não tão austera como antes.

— Você os inspira. E temo que vamos precisar disso novamente antes do fim do dia — disse a loira, antes de afastar-se do local, deixando o módulo da nave.

O olhar de Bellamy voltou-se para encontrar o de Olivia, que estava quase diante dele. Ele assentiu com a cabeça, arrancando um sorriso sutil, que não alcançava os lábios da garota.

Após esse episódio, todos intensificaram os preparativos. Estavam prestes a partir, conscientes de que talvez nunca mais voltassem.

Olivia acabara de sair de sua tenda, com o arco e flecha apoiados em seu braço esquerdo, enquanto segurava a bolsinha de flechas em suas mãos. Ela contava meticulosamente as flechas que havia confeccionado em seu tempo livre, que não era muito.

Ela deu um leve salto de surpresa quando a figura de Bellamy se posicionou ao seu lado sem fazer barulho. Nenhum dos dois sorriu; eles apenas se encararam, e Olivia franziu a testa.

— Está tudo bem? — ela perguntou, agora passando a alça da bolsinha de flechas pelo seu ombro esquerdo e segurando seu arco com a mão direita.

— Sim — ele respondeu rapidamente. Seus olhos vagavam misteriosamente pelo rosto delicado de Olivia, embora alguns machucados estivessem presentes ali.

Bellamy involuntariamente roçou seu dedão sobre uma ferida ainda não cicatrizada perto dos lábios da garota, causada por Murphy no dia anterior.

— Eu só queria te dizer algo — ele disse, seus olhos fixos na pequena e quase imperceptível cicatriz.

— Pode falar — disse Olivia, embora estivesse confusa com o toque de Bellamy.

O olhar de Bellamy retornou ao dela, enquanto sua mão permanecia delicadamente tocando seu rosto. Um suspiro profundo escapou dos lábios do rapaz.

— Se algo der errado, e talvez não tenhamos a chance de nos encontrarmos novamente, eu queria dizer que... — antes que ele pudesse prosseguir com seu discurso melodramático, Olivia o interrompeu.

— Chega de drama, Bellamy! — ela falou, franzindo as sobrancelhas — É claro que vamos nos ver, não aceito morrer para terráqueos!

Bellamy sorriu de canto e negou com a cabeça.

— Certo — ele disse — Mas essa não era a única coisa que eu queria fazer.

— E o que era?

Ele não proferiu palavra alguma, apenas aproveitou a proximidade de sua mão direita com o rosto da garota para deslizá-la até o maxilar da morena. Com suavidade, ele uniu os lábios dos dois em um breve e delicado beijo.

Olivia não demonstrou reação imediata e arregalou os olhos quando o gesto ocorreu. Levou alguns segundos para assimilar a sensação dos lábios de Bellamy encontrando os seus, mas quando o fez, simplesmente fechou os olhos e entregou-se ao breve momento de tranquilidade que compartilhavam.

Após deixarem finalmente o acampamento para trás, todos os delinquentes aguçaram seus sentidos. Estavam atentos a todos os movimentos ao redor e cuidadosos com cada passo dado. O destino era desconhecido e desafiador. Estavam em uma terra estrangeira, cujos segredos ainda não desvendavam. No entanto, eram guerreiros, determinados a não desistir da luta pela sobrevivência.

Porém, a sensação de segurança logo se dissipou quando um dos delinquentes foi alvejado, sem dúvida, por um terráqueo. Num instante, todos voltaram às pressas para o acampamento. Alguns corriam mais rapidamente que outros, mas todos adentraram precipitadamente pelos muros que eles mesmos haviam erguido.

Quando todos estavam seguros dentro dos muros, os portões foram fechados com firmeza, e os atiradores assumiram suas posições designadas. Olivia apressou-se ao lado de Bellamy, que ocupava uma das vigias. Ele mantinha a arma pronta, apontada para algum ponto distante, preparado para agir imediatamente se necessário. Com destreza, a garota retirou uma flecha de sua bolsinha e a encaixou corretamente no arco.

— Onde estão eles? Por que ainda não atacaram? — perguntou Bellamy, sua expressão refletindo confusão e nervosismo diante da situação incerta.

Olivia franziu a testa e comprimiu os lábios, esforçando-se para conceber uma resposta que fizesse sentido diante daquele cenário desafiador.

— Estamos simplesmente seguindo o plano deles — ela disse, impressionada consigo mesma por sua própria observação.

— Do que está falando? — perguntou Bellamy, virando suavemente o rosto para olhar para a garota.

Olivia não respondeu; em vez disso, virou-se e avançou na direção de Clarke e Finn, que estavam logo atrás deles.

— Vocês mencionaram que Lincoln disse que os batedores chegariam primeiro — disse Olivia, agora capturando a atenção de Octavia.

— Se forem apenas batedores, podemos abrir caminho através deles — disse Octavia, esperançosa — É o que Lincoln faria.

— Já chega de fazermos o que aquele terráqueo faria — disse Bellamy, revirando os olhos enquanto desocupava a vigia e se posicionava ao lado de Olivia — Já tentamos, e Drew está morto. Quer ser a próxima?

— Aquele terráqueo foi responsável por salvar nossas vidas — declarou Finn — Concordo com Octavia. Segundo nossas informações, há apenas um batedor lá fora.

— Um único batedor com uma mira estupidamente boa! — discordou Olivia, contrapondo-se a Finn e Octavia.

— Clarke, ainda há esperança para nós — insistiu Octavia, recusando-se a desistir da luta e se contentar em se esconder.

— Aguardando sua decisão, Griffin — direcionou Bellamy sua pergunta a Clarke, seu tom carregado de expectativa e urgência.

A respiração de Clarke estava ofegante enquanto ela ponderava sobre sua decisão. O que poderiam fazer que não resultasse em morte? A resposta parecia escapar-lhe. Correr e ser capturado, ou permanecer e retaliar? Os dilemas se entrelaçavam em sua mente, pesando sobre ela com um fardo angustiante.

Então, após inspirar profundamente, ela voltou-se para Bellamy com uma expressão de determinação inabalável.

— Parece que você vai ter sua luta — ela respondeu com serenidade, sua voz ecoando com uma determinação inquebrável.

Após as palavras da loira, a agitação no acampamento aumentou ainda mais. Bellamy dava ordens aos delinquentes enquanto Olivia dirigia-se à nave para verificar o estado de Raven, que havia sido deixada lá devido à sua incapacidade de locomoção.

Raven estava em estado delicado, mas insistia em que estava bem. Olivia procurou não pressioná-la, consciente da obstinação de Reyes e ciente de que preocupações adicionais não seriam proveitosas.

Agora, eles haviam concebido um plano. Não se limitariam a afastar os terráqueos, mas sim atrai-los para mais perto. E com os recursos de combustível disponíveis, executariam o que Bellamy chamou de um "churrasco de terráqueos".

A noite havia chegado e todos os delinquentes estavam empenhados em auxiliar na execução do plano. Tudo estava calmo até que ouviram um ruído. Aquele som confirmou suas suspeitas: os terráqueos haviam chegado.

Como um trovão, Bellamy disparou em direção a uma das vigias com sua arma em mãos. Enquanto isso, Olivia se esforçava para acalmar uma delinquente, uma jovem nervosa e assustada.

Tiros ecoaram no ar, causando um sobressalto na pequena garota. Olivia não conseguia compreender como a Arca tinha coragem de privar crianças de sua liberdade, transformando-as em prisioneiras.

— Hey — chamou Olivia à menininha, segurando-a pelos ombros — Você ficará bem — tentou confortá-la, mesmo que suas próprias inquietações não permitissem que ela mesma se sentisse confortada.

A menininha balançou a cabeça em negação, e Olivia sentiu seu coração se partir ao testemunhar as lágrimas escorrendo pelo rosto da criança diante dela. Ela estava tomada pelo medo, uma criança indefesa diante de uma situação tão adversa. A injustiça da situação pesava sobre Olivia; a menina deveria estar desfrutando da companhia de seus pais e amigos, em vez de enfrentar os perigos da Terra.

Olivia estremeceu ao ouvir os gritos dos terráqueos, que ecoavam por todo o ambiente. Eles estavam se aproximando rapidamente do acampamento.

Com uma pressão firme sobre os próprios olhos, Olivia guiou a menininha em direção à nave, buscando protegê-la do perigo iminente.

Ela emergiu apressadamente da nave, apenas para ser recebida por um estrondo ensurdecedor ecoando nos céus. Embora pudesse ser tentador pensar que se tratava de uma simples estrela cadente, Olivia sabia que isso seria ingênuo. Era uma nave, vinda da Arca. Eles haviam chegado.

No entanto, não era uma mera nave. Aquela era a Arca, a própria Arca, literalmente descendo para a Terra. A magnitude daquela revelação reverberou através de Olivia, deixando-a sem palavras diante da imensidão do acontecimento.

Com os terráqueos iniciando o ataque, parecia não haver mais nada que pudessem fazer. Os delinquentes corriam para dentro da nave em busca de abrigo. Olivia, Clarke e Finn trabalhavam incansavelmente para auxiliar e ajudar todos que conseguiam.

Com o portão derrubado, a proposta era fechar a porta e detonar tudo e todos que estavam do lado de fora da nave e ao redor dela, mas Olivia se recusou.

— Bellamy ainda está lá fora! — exclamou Olivia, seus olhos vasculhando freneticamente o acampamento em busca de qualquer sinal dele.

A guerra havia chegado ao acampamento, com alguns delinquentes usando granadas para combater as flechas dos terráqueos.

Olivia pressionou os olhos ao avistar vários terráqueos ali. Com dedos firmes na corda, ela ergueu o arco e mirou na direção do alvo. Quando a flecha atingiu perfeitamente o peito de um dos terráqueos, ela suspirou profundamente, baixando o arco novamente.

A atenção de Olivia foi completamente desviada dos terráqueos quando Finn avistou Bellamy emergindo de um dos túneis.

— Bellamy, corra! — gritou Olivia com intensidade suficiente para ser ouvida. O olhar do rapaz encontrou o dela, e ele assentiu em resposta.

Com determinação, Olivia mirou em um terráqueo que se aproximava de Bellamy, acertando-o na testa. Não havia espaço para sentimentos de remorso; apenas a urgência da sobrevivência ditava suas ações.

No entanto, ela não foi ágil o suficiente para evitar ser atingida por uma flecha.

Com um impacto súbito, o arco de Olivia foi ao chão, e suas mãos instintivamente foram para a flecha que agora estava cravada em sua barriga.

Clarke virou-se ao sentir algo errado e seus olhos se arregalaram de choque. Olivia cambaleava para trás, prestes a cair, e se não fosse pela rápida intervenção da loira, que a segurou, ela teria desabado no chão.

— Olivia! — exclamou Clarke, seu olhar fixado na flecha cravada profundamente na barriga da morena — Eu vou levá-la para dentro.

— Eu... eu preciso ajudar Bellamy — disse ela com certa dificuldade, sua respiração agora ofegante.

— Bellamy é capaz de se cuidar, Liv — disse Clarke, empurrando rapidamente a garota para dentro da nave.

Foi a última vez que Clarke dirigiu palavras a Olivia antes da garota deixar o módulo. Olivia deslizou suas costas pela parede metálica da nave, enquanto Jasper se aproximava dela.

— Olá, Liv — disse Jasper com um sorriso contido, sua intenção era mantê-la acordada — Você está bem? — ele franziu o cenho ao notar as mãos da garota manchadas pelo próprio sangue dela.

Olivia negou com a cabeça. Sua palidez era notável, e o sabor metálico em sua boca confirmava suas suspeitas de que estava perdendo sangue.

— Você vai ficar bem, entendeu? — Jasper elevou o tom de voz ao perceber que a garota começava a piscar lentamente.

Olivia murmurou algo inaudível antes de virar levemente a cabeça para o lado. Sua visão embaçou gradualmente, como se tudo estivesse se transformando em um borrão.

Não demorou muito para que ela perdesse a consciência e desmaiasse.

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