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06.

Há um tempo

A atmosfera na Arca era tensa e impiedosa. Marcus Kane, um líder respeitado, mas muitas vezes incompreendido, estava no setor de treino, onde havia improvisado um pequeno espaço para ensinar técnicas de autodefesa. Olivia Kane, de olhar desafiador, vestia uma expressão de desinteresse enquanto observava seu pai. Marcus, trajando roupas de treino, se aproximou de Olivia, que estava relutantemente usando as luvas que ele lhe entregou. Não havia sorrisos encorajadores desta vez, apenas a seriedade da realidade em que viviam.

— Vamos lá, Olivia. Não podemos nos dar ao luxo de ignorar a importância de saber se defender. A vida na Arca é implacável.

Olivia assentiu sem dizer uma palavra, mantendo sua guarda baixa.

— Lembre-se, sua sobrevivência depende de sua habilidade em se proteger. Mantenha seus pés firmes e esteja preparada para qualquer ataque. — Marcus começou a explicar as posturas defensivas, mas o silêncio entre eles era quase tangível.

Os golpes de Marcus eram mais fortes do que antes, e Olivia, apesar de seu desinteresse aparente, começou a bloqueá-los instintivamente. A tensão no ar só aumentava enquanto eles se moviam pelo espaço de treino.

— Agora, contra-ataque. Não se esquive, Olivia. Enfrente. — os movimentos deles eram rápidos e precisos, mas a falta de comunicação verbal tornava a experiência ainda mais intensa. Era como se cada golpe trocado representasse uma camada a mais de distância entre pai e filha.

À medida que a sessão continuava, a iluminação na Arca diminuía, criando sombras que destacavam a seriedade da situação. Marcus persistia, tentando transmitir a importância desse treinamento para a sobrevivência no ambiente hostil da Arca.

— Você precisa entender, Olivia, que aqui não há espaço para fraquezas. Aprender a lutar não é uma opção, é uma necessidade.

— Não preciso que você me diga o que fazer, pai. Eu sei me cuidar. — Olivia finalmente falou, sua voz carregada de desafio.

A tensão persistia enquanto continuavam a treinar, cada movimento ecoando a complexidade de sua relação. Na Arca, onde a sobrevivência era uma batalha diária, o treinamento era mais do que uma questão de habilidade física; era a linha tênue entre a vida e a morte. A tensão atingiu seu ápice quando Marcus e Olivia continuaram a trocar golpes no espaço de treino na Arca. As palavras não ditas pesavam no ar, e finalmente, as emoções transbordaram.

— Você acha que pode se cuidar, Liv? Bloquear alguns golpes no treino vai proteger você quando a realidade da Arca bater à nossa porta? Você é responsável por ter chegado tarde demais, por ter feito com que sua mãe tomasse uma decisão impossível! — as palavras de Marcus atingiram Olivia como um golpe, ressoando com a dor do passado. A morte de sua mãe, uma ferida que nunca cicatrizou completamente. A acusação do pai, no entanto, foi o bastante para fazer Olivia perder a paciência.

— Não me culpe por ser a razão pela qual ela teve que fazer essa escolha! Eu não pedi para nascer, Marcus! Eu não queria ser a causa da morte dela! — raiva fervia nos olhos de Olivia enquanto ela se afastava, afastando-se das palavras dolorosas do pai.

Marcus avançou, parecendo determinado a continuar a discussão, mas Olivia, impulsionada por uma mistura de frustração e determinação, decidiu agir. Em um movimento rápido, inspirado pelos ensinamentos recentes de seu pai, Olivia executou um bloqueio e contra-ataque surpreendentes. Marcus mal teve tempo de reagir quando se viu no chão, surpreso pela eficácia do movimento. Marcus, enquanto se recuperava, olhou para Olivia com uma mistura de surpresa e orgulho momentâneo, mas a tensão ainda permeava o ambiente.

— Eu aprendi alguma coisa, afinal. Talvez eu tenha que me proteger de você também. — Olivia disse, o queixo erguido e a voz firme.

— Você tem um temperamento forte, Liv. Use isso para sobreviver. Mas lembre-se, nem tudo é uma luta, e nem todos são inimigos. — Marcus se levantou, esfregando a área onde havia sido atingido, uma expressão de reconhecimento em seu rosto.

Olivia, ainda respirando pesadamente, soltou um suspiro profundo. A discussão e o treino tinham deixado suas marcas, mas, por um breve momento, havia uma compreensão mútua de que a Arca os forçava a enfrentar não apenas os perigos ao seu redor, mas também as feridas do passado e as relações complicadas que moldavam o presente.

Mais tarde, a atmosfera no pequeno quarto de Olivia estava carregada de silêncio e tensão. Ela se encontrava sozinha, refletindo sobre o que havia acontecido durante o treino. O som da porta se abrindo quebrou a quietude, e Marcus entrou acompanhado por dois guardas da Arca. Marcus, com um semblante sério, olhou para Olivia. Ela ergueu os olhos, ainda carregando a frustração da discussão anterior.

— Olivia, o que aconteceu não pode ser ignorado. Você agrediu um membro do conselho da Arca, e isso é inaceitável.

— Você está me prendendo por isso? Por me defender? Por dizer a verdade? — Olivia olhou para Marcus com misto de incredulidade e raiva. Os guardas permaneceram impassíveis, prontos para cumprir as ordens.

— As coisas não são tão simples, Liv. Agredir um membro do conselho é um crime, e as leis da Arca são claras quanto a isso. Eu não queria que chegasse a esse ponto, mas você forçou minha mão. — Marcus suspirou, claramente angustiado pela situação.

Os guardas se aproximaram, preparados para escoltar Olivia até a caixa celestial. Ela se levantou, enfrentando Marcus com determinação.

— Você sempre toma decisões difíceis, não é? Mas dessa vez, você não vai me fazer ficar calada. Eu não serei uma prisioneira da sua política estúpida para sempre.

Marcus observou enquanto Olivia era conduzida para fora do quarto, com uma expressão que misturava pesar e responsabilidade. As portas se fecharam atrás deles, deixando Marcus sozinho com o eco das consequências de suas escolhas.

A Arca, um lugar onde as decisões eram muitas vezes cruéis e as relações complexas, continuava a moldar o destino de seus habitantes. Marcus, agora enfrentando não apenas os desafios da liderança, mas também as ramificações de seu relacionamento conturbado com Olivia, sabia que o caminho à frente seria cheio de escolhas difíceis e sacrifícios inevitáveis.

Marcus adentrou a cela de Olivia, encontrando-a sentada ao lado da cama, o olhar fixo em algum ponto distante. O silêncio pairava no ambiente, mas Marcus sabia que precisava abordar a situação.

— Olivia, precisamos conversar sobre o que aconteceu. — Olivia tentou ignorá-lo, focando sua atenção em qualquer coisa que não fosse o pai diante dela. Marcus, entretanto, não estava disposto a ser ignorado. — Você acha que pode simplesmente agredir um membro do conselho e não enfrentar as consequências? Isso não é aceitável, mesmo vindo de você.

— Você me prendeu por defender a mim mesma. Não há desculpa para isso. — Olivia, sem olhar para ele, respondeu com frieza.

— Entenda, Olivia, eu não queria fazer isso. Mas as regras são claras, e você... Você me forçou a tomar essa decisão. — Marcus suspirou, misturando frustração e um pouco de remorso.

Olivia finalmente olhou para ele, seus olhos carregados de ressentimento.

— Você sempre coloca as regras antes da sua própria filha. Você fez a mesma coisa com a minha mãe, não fez? Matou a à sua própria maneira.

Marcus sentiu um peso em suas palavras, como se cada acusação fosse um soco no estômago.

— Eu só estou tentando manter a ordem na Arca, garantir que todos tenham uma chance de sobreviver. Às vezes, as decisões são difíceis.

— Não me interessa. Eu vou ficar presa até completar dezoito amos. E depois, irão me flutuar. — Olivia não estava disposta a aceitar desculpas.

— Eu só queria proteger você, Olivia. E sua mãe... ela fez o que achava que era melhor. — Marcus engoliu em seco, um sentimento de vazio começando a se instalar.

— Eu não preciso das suas explicações agora. Não há desculpas para o que você fez. A única coisa que você conseguiu foi ficar sozinho com seu ego.— Olivia, com uma expressão fria, interrompeu.

Marcus permaneceu em silêncio enquanto Olivia voltava a ignorá-lo. A cela, agora, tornava-se um símbolo físico das escolhas difíceis e das relações despedaçadas na dura realidade da Arca.

Os sentimentos de Olivia eram uma mistura complexa de raiva, tristeza e uma sensação constante de opressão. Ela carregava o fardo pesado de ser a causa da morte de sua mãe e do surto de seu irmão. A ausência da figura materna e a mudança no comportamento de seu pai tinham deixado cicatrizes profundas em seu coração.

A solidão era sua companheira constante. A garota vivia na sombra de suas próprias escolhas e das consequências que elas trouxeram para sua família. As ocupações diárias com aulas e cursos eram uma maneira de preencher o vazio, mas elas também a mantinham distante, construindo uma barreira entre ela e o mundo exterior.

A relação com seu pai, Marcus, era um campo minado de ressentimento e mágoa. Cada interação era um lembrete doloroso do peso que ela carregava. Ele a ensinou a lutar, mas ao invés de criar um vínculo, isso se tornou mais uma forma de expressar o ódio que ela sentia por ele. A única conexão que tinham era baseada na violência e na hostilidade.

Longe de Marcus, entretanto, Olivia era uma pessoa diferente. Sua personalidade se transformava quando não estava sob a sombra opressiva de seu pai. Tornava-se falante, amigável, revelando uma faceta que poucos conheciam. Era como se ela pudesse finalmente respirar sem a constante pressão de agradar ou de ser uma fonte de desgosto para Marcus.

No entanto, essa liberdade era acompanhada por um medo profundo. Olivia temia que a vulnerabilidade que demonstrava longe de seu pai pudesse um dia dominá-la. A ideia de ser percebida como fraca a assustava, pois aprendera desde cedo que a fraqueza não tinha lugar na dura realidade da Arca.

A prisão imposta por Marcus não era apenas física; era uma manifestação de todas as correntes emocionais que a prendiam. A cela, para Olivia, tornou-se um reflexo físico de sua sensação constante de estar aprisionada em um ciclo de culpa, hostilidade e isolamento. O desejo de escapar dessa prisão emocional, de encontrar sua própria identidade e voz, era uma batalha interna que Olivia enfrentava todos os dias na Arca.

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