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04.

Agora, sairiam para caçar. Bellamy exigiu que Olivia fosse com eles, com a mesma desculpa do treinamento da guarda. Ela estava começando a desconfiar disso. O grupo de caçada escuta um barulho na mata.

— Ela é minha — Bellamy sussurra para Olivia.

— Ah, é? Tenta a sorte!

Bellamy escuta novamente um barulho, e acaba acertando uma árvore. Olivia se concentra, e acerta a flecha no porco que estavam atrás. Ela fez um arco e flecha na noite passada, enquanto não conseguia dormir por conta dos gritos de dor de Jasper.

O grupo de caçada foi até o animal, enquanto Bellamy, Atom e Olivia vão até até a criadora do barulho. Charlotte, uma criança.

— Quem é você? — Bellamy pergunta.

— Charlotte — ela responde.

— Quase matei você — diz Bellamy. — Por que não está no acampamento?

— Aquele rapaz que está morrendo, eu... eu não conseguia mais ouvir.

— Há terráqueos por aqui. É perigoso demais para uma menininha — Atom diz.

— Não sou menininha — Charlotte o responde.

— Está bem, então — agora era Bellamy que falava, ele tinha um sorriso entre os lábios. — Mas não pode caçar sem uma arma. — Bellamy entrega uma faca para a menina.

— Já matou alguém? — Olivia pergunta. A garota nega com a cabeça. — Quem sabe? Talvez seja boa nisso.

[...]

Uma névoa amarela se espalhava pela floresta. Olivia corria junto de Charlotte, um pouco à frente de Bellamy, que dizia para onde os outros deveriam ir. Bellamy, Olivia e Charlotte encontram uma caverna, mas Atom acaba tropeçando no caminho. Quando vai entrar, Bellamy escuta Atom o chamando.

— Eu tenho que ir.

— Não, Bellamy! Vamos, entre — Olivia puxou o garoto pelo braço. — Ele consegue fugir.

Eles se acomodaram na caverna, teriam que esperar lá, até a névoa passar. Bellamy e Charlotte dormiam, enquanto Olivia olhava para os próprios dedos.

— Não! — Charlotte gritava enquanto dormia, o que chamou a atenção de Olivia, e acordou Bellamy.

— Charlotte, acorde — Bellamy disse, tentando acalmar a garota.

— Desculpe.

Bellamy a olhou, vendo que a garota estava assustada.

— Isso acontece muito? — perguntou Olivia. Charlotte apenas suspirou.

— De que tem medo? — foi a vez de Bellamy perguntar. — Quer saber? Não importa. — Olivia franziu a testa. — A única coisa que importa é o que você faz a respeito.

Quem diria que Bellamy Blake se daria bem com crianças? pensou Olivia.

— Mas... estou dormindo — Charlotte fala, confusa.

— Medo é medo. Mate seus demônios quando estiver acordada, e eles não estarão lá, quando estiver dormindo. — Olivia diz, dando um sorriso sem mostrar os dentes, quando terminou.

— Certo. Mas como?

— Não pode ser fraca — Bellamy nega com a cabeça. — Aqui, fraqueza é morte. Medo é morte.

Os três se olharam por um tempo, até que Bellamy voltou a falar com Charlotte.

— Deixe-me ver a faca que lhe dei. — Charlotte entregou a faca para Bellamy. — Quando sentir medo, segure essa faca, firmemente, e diga: "Dane-se! Não estou com medo".

Ele devolveu a faca para a garota. Ela segurou a faca, e olhando para baixo, repetiu o que Bellamy tinha dito.

Dane-se. Não estou com medo.

Ela olhou para Bellamy, que tinha sua expressão calma. Ele a olhou, como se pedisse para repetir.

Bellamy Blake é uma graça com crianças, foi o que passou na cabeça de Olivia. Logo, ela se repreendeu. Que isso, garota? Cala a boca! Menina maluca!

Depois de um tempo, Charlotte voltou a dormir, e Bellamy tentava fazer o mesmo. Olivia ainda estava acordada, e sentia que não conseguiria adormecer se tentasse. Bellamy se virou, para conseguir olhar para a garota.

— O que foi, Kane? — ele perguntou. — Por que não dorme?

— Porque eu não quero.

— Mentira. Fale o que houve.

Olivia revirou os olhos, Bellamy sorriu fraco, ele estava com sono.

— Você não foi o único a ter uma irmã, Blake — ela disse, baixinho.

A feição de Bellamy se fez confuso.

— O quê?

— Eu tinha um irmão, mais velho. Sou a segunda filha. — ela suspirou fundo. — Eles deram quatro anos para minha mãe me criar, após isso, mandaram ela para o espaço. Meu irmão se revoltou contra os guardas, tentou matar um deles, e teve o mesmo fim que a minha mãe.

— Olivia... Por que foi presa, então?

— Quase matei Marcus Kane.

Bellamy estava surpreso, de fato. Não imaginava que a Princesinha Kane era quase que uma assassina.

— Há um ano, ele estava me treinando enquanto todos dormiam. Me xingou por ter cometido um erro idiota, e então começamos a discutir — ela bufou, lembrando do momento. — Não sou uma boa pessoa para discutir, faço as pessoas perderem a paciência.

— Eu percebo, às vezes. — Bellamy disse em tom de brincadeira, para aliviar o clima.

E conseguiu. Olivia Kane riu verdadeiramente de algo que Bellamy Blake havia dito.

Discutimos tanto, que ele se irritou ao ponto de falar que mamãe morreu por culpa minha — ela continuou. — Não que seja total mentira.

— E o que você fez?

— Ele estava me ajudando a treinar um tipo de luta, tinham alguns movimentos quase que mortais — ela olhou para o garoto. — Usei contra ele.

Bellamy suspirou.

— Como ninguém sabe de tudo isso?

— Só os membros do conselho sabem — ela diz. — Tentam acobertar a minha vida toda, e conseguiram.

— Privilégios, Princesa — Bellamy fala. — Sinto que a morte de minha mãe e a prisão de Octavia seja culpa minha.

— O quê? Por quê? — Olivia pergunta.

— Acredito que você já estivesse presa quando ocorreu o baile de máscaras, não é?

— Teve um baile de máscaras?! — a garota perguntou, indignada.

— Jesus, você estava no fundo da solitária. — ele riu fraco. — Enfim, levei Octavia lá, e a pegaram. Fui expulso da guarda, e bem, fizeram o que fizeram com minha mãe e Octavia.

— Não foi culpa sua, Bellamy.

— Se eu não tivesse insistido, Octavia não teria ido ao baile, e minha mãe estaria viva — ele disse, quase que se lamentando.

— Você não tinha como saber. — a garota afirmou. Os olhos de Olivia, que estavam direcionados ao chão, procuraram pelos de Bellamy, que já olhavam para ela. Nenhum dos dois sabia o que sentir; estavam em lados opostos, mas com um único objetivo, sobreviver.

Olivia não nutria ódio por Bellamy, e Blake achava a Kane divertida e, para falar a verdade, bonita. Eles poderiam ser amigos de alguma forma. Olivia achava estranho o fato de o garoto ter mostrado esse lado do nada. Talvez ele tenha se sentido... confortável? Ela não sabia ao certo; não sabia se podia confiar nele, mas estavam na Terra, onde tudo é possível. Não é?

Bellamy coça a garganta, quebrando o contato visual dos dois. Olivia solta uma risada sem graça.

— Consegue dormir agora, ou terei que lhe ensinar como matar seus demônios também, Princesa? — Bellamy pergunta, provocando a garota.

— Consigo, Blake — ela diz, ignorando sua provocação. — Posso lidar com meus demônios por conta própria.

— Princesa corajosa voltou, não?

Olivia sorriu com a menção do apelido, que não parecia mais tão irritante quando vindo de Bellamy.

[...]

Ao amanhecer, Bellamy e Olivia partiram antes de Charlotte para certificar-se de que a névoa havia dissipado.

— Tudo limpo. — disse Bellamy, e então Charlotte se juntou a eles. — Há alguém aí? — elevou o tom de voz. — Jones!

– Estamos aqui! — ouviram o restante do grupo de caça gritar. Em seguida, dirigiram-se até eles.

— Perdi vocês na confusão. Para onde foram? — Jones perguntou a Bellamy.

— Achamos uma caverna.

— Cara, que coisa era aquilo?

— Talvez radiação — Olivia comentou.

— Não sei... — Bellamy olhou na direção dela. — Onde está Atom?

Jones permaneceu em silêncio. Não tinha conhecimento do paradeiro de Atom. Bellamy voltou a olhar para Olivia, respirou fundo e partiu correndo, seguido por Olivia e Charlotte, em busca de Atom.

— Ele pode ter se escondido! — Olivia disse, percebendo o desespero de Blake.

— Eu acho que não. — Bellamy falou, sem esperanças. — ele parou e se virou para a garota, mas seu cenho se franziu ao não ver Charlotte. — Onde está Charlotte?

Ambos ouviram um grito. Charlotte. Correram até o local do grito e encontraram Charlotte. Ao olharem para frente, lá estava Atom. Quase morto. Sua pele estava queimada, obviamente devido à névoa. Névoa Ácida.

— Atom! — Bellamy exclamou e foi até o garoto deitado no chão. Olivia o seguiu. Atom tinha os olhos quase completamente cinzas, esforçando-se para respirar.

— Meu Deus... — foi a única coisa que a garota disse ao se agachar ao lado de Atom.

Atom gemia de dor, tentando dizer algo ou sussurrando algo. Olivia olhou para Bellamy, que percebera o mesmo. Bellamy aproximou-se do garoto para escutar melhor.

Mate-me. Mate-me. — Bellamy arregalou os olhos e afastou-se.

— O que foi? O que está falando? — perguntou Olivia.

— Está pedindo para eu matá-lo.

Charlotte aproximou-se deles, tirou uma faca do bolso e entregou-a a Bellamy.

Não... consigo... respirar.

Olivia sentiu aflição ao ouvir aquilo, angustiada por não poder ajudá-lo.

Bellamy mandou os outros, junto com Charlotte, voltarem para o acampamento. Ele estava agachado ao lado de Atom, em frente a Olivia. A mão que segurava a faca tremia. Bellamy balançou a cabeça negativamente, incapaz de fazer aquilo. Ele olhou para Olivia, que tinha os cílios molhados, segurando as lágrimas. Ela pôs sua mão sobre a mão trêmula de Bellamy e pegou a faca.

— Está bem — ela sorriu para Atom. — Vou ajudar você, está bem? Você vai ficar bem. Eu prometo.

Começou a murmurar a melodia de uma música calma, passando os dedos pelos cabelos de Atom. Com a outra mão, levou a faca até o pescoço do garoto e inseriu-a. Bellamy engoliu em seco, olhando apenas para Olivia. O significado de seu olhar era inexplicável; ele admirava a coragem dela para realizar tal ato.

— Okay... — ela disse, largando a faca e finalmente olhando para Bellamy. — Temos que chamar alguém para levar o corpo.

Bellamy parecia hipnotizado. Ele ainda olhava para Olivia, mas não respondia. A garota achou estranho e então estalou os dedos em frente ao rosto do garoto.

— Bellamy! — ele piscou algumas vezes e depois concordou com a cabeça.

— Chamarei alguém para levá-lo até o acampamento — levantou-se depressa. Estava aflito, como Olivia podia notar. Se afastou do corpo, e Olivia foi atrás.

— Bellamy, não foi culpa sua — ela afirmou. O garoto virou para ela, olhando para o corpo. Suspirou, e novamente seus olhos estavam vidrados em Olivia. Ele precisava de algo que não queria pedir, mas Olivia entendeu.

Olivia o abraçou, e Bellamy foi relutante nos segundos iniciais, mas logo aceitou. Olivia abraçava o pescoço do moreno, enquanto ele apertava sua cintura. Bellamy nunca admitiria que era exatamente o que ele precisava, mas Olivia sabia. Era como se ela conseguisse deduzir o que ele pensava.

Após se separarem, Bellamy assentiu com a cabeça e dirigiu-se ao acampamento.

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