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01.

Olivia Kane, com 17 anos de idade, encontrava-se detida por quase um ano. A razão para sua prisão reside na recusa em contribuir para o bem da própria.

A jovem de cabelos pretos ondulados, olhos castanhos, sorriso encantador e uma personalidade marcantemente firme, era progenitora de Marcus Kane, membro destacado do conselho.

Neste momento, encontrava-se reclinada no pavimento de sua cela, contemplando a abertura no teto pela qual sua única perspectiva recaía sobre a Terra. A saudade de sua mãe a acompanhava diariamente, contudo, o mesmo não ocorria em relação a seu pai. Este último era objeto de seu profundo desprezo, uma aversão que permeava todas as fibras de seu ser. Olivia Kane nutria um intenso sentimento de ódio por Marcus Kane.

A jovem viu-se momentaneamente distraída quando os guardas abriram a porta de sua cela com uma notável dose de brutalidade.

— Prisioneira 109, junto à parede, imediatamente. — ordenou um deles, e ela rapidamente fez.

A jovem, desprovida de compreensão acerca dos acontecimentos, testemunhou os guardas a retirarem de sua cela, segurando-a pelos braços

— Pode me informar sobre o que está ocorrendo? — questionou ela, contudo, não obteve resposta. — Poderiam dizer o que está acontecendo, por favor?!

Ao emergir de sua cela, deparou-se com seu pai posicionado junto à porta. A situação intrigava, uma vez que não mantinha diálogo com o mais velho há vários meses. Vale ressaltar que, ainda não tendo completado 18 anos, encontrava-se imune à possibilidade de ser eliminada.

— Pai?

— Soltem-na. — ordenou Kane, e os guardas prontamente acataram a ordem

O progenitor envolveu a filha num abraço que surpreendeu a jovem, sendo prontamente retribuído por ela. Posteriormente, Kane afastou-se da filha, revelando uma expressão preocupada em seu semblante. Sua mão segurava delicadamente o rosto da mais nova, enquanto a outra acariciava seus cabelos.

— Pai, o que está acontecendo? Por favor, explique-me. — implorou ela — Pretendem me eliminar? Ainda não alcancei a maioridade! Completarei dezoito anos no próximo mês!

— Olivia, mantenha a calma! — pronunciou ele, exibindo um sorriso perspicaz, enquanto segurava a expressão.

Olivia demonstrava ansiedade e estresse, características compartilhadas com sua mãe. Kane sentia a ausência de ambas profundamente.

— Vocês foram agraciados com uma segunda oportunidade! — proferiu ele, enquanto Olivia manifestava uma expressão franzida.

— Como assim? Segunda chance?

— Vocês, os cem, serão enviados de volta à Terra, Liv! — ele sorriu, entretanto, Olivia não retribuiu o gesto.

Ela estava perplexa. E quanto à radiação? Seriam enviados para enfrentar uma morte ainda mais cruel? Ela não desejava partir, mas pressentia que nada a prenderia ali.

— Mas e a radiação? Achei que não pudéssemos sobreviver lá! Estão nos enviando para a morte? — indagava ela rapidamente, enquanto o tempo de Kane com a filha chegava ao fim.

— Olivia, é inegavelmente perigoso, porém, se sobreviverem, todos os seus crimes serão perdoados. — pronunciou ele, de maneira apressada. — Por favor, cuide-se, proteja-se, Liv. Não posso suportar perder você também, compreende? — abraçou a mais nova. — É imperativo que sobreviva, utilizando tudo que lhe ensinei, tudo que aprendeu. Nasceu para isso.

Olivia sentia-se apreensiva; ele nunca havia expressado palavras desse teor com ela antes, e esse receio a assombrava.

— Você está bem, ficará bem. — ele intensificou o abraço, ao perceber a aproximação de guardas.

— Pai, sobre o que está falando? — ela questionou ao se distanciar do mais velho.

Ele a segurava pelos ombros, sua expressão tão triste como se estivesse implorando por desculpas.

— Eu te amo, Liv. Sobreviva como se o destino da raça humana estivesse em suas mãos, porque está.

Antes que a jovem pudesse responder ao seu pai, ela desmaiou. Os guardas haviam administrado algum tranquilizante para assegurar que ela, evidentemente, não testemunhasse para onde estava sendo conduzida.

[...]

Olivia despertou com diversas vozes ao seu redor, sua cabeça latejava, e ao abrir os olhos, reconheceu o local. Estava na nave que a conduziria de volta à Terra. John Murphy, seu antigo colega de classe, encontrava-se ao seu lado. Ao vê-la, soltou um sorriso sarcástico. Ela o detestava.

— Pronta para morrer, princesa? — ele perguntou.

Olivia revirou os olhos diante da pergunta e simplesmente ignorou Murphy. Ao observar ao redor, lamentou interiormente por ter se tornado uma prisioneira.

Um jovem de cabelos longos soltou-se de seu assento e começou a flutuar pela nave, chamando a atenção de Olivia, que o interpelou. Ele então flutuou em sua direção.

— Olá, princesa Kane. — ele sorriu, cruzando os braços.

— Retorne ao seu assento. Não percebe que está influenciando os outros? — apontou para outros dois rapazes que também se desvinculavam de seus lugares.

— Qual é o problema? Estamos nos divertindo!

— O problema é que isso é perigoso, Collins. — ela afirmou, semicerrando os olhos.

— Não vejo perigo, princesa. — ele flutuou para outro lado, aproximando-se de Clarke. Clarke e Olivia eram amigas até serem presas. Uma história trágica.

As telas transmissoras se ativam, e o Chanceler Jaha surge nelas.

— Atenção, prisioneiros da Arca. Vocês estão tendo uma segunda chance, mas não sejam egoístas, também é uma segunda chance para a humanidade. Não temos ideia do que vos espera na terra. Honestamente... enviamos vocês porque seus crimes o tornam dispensáveis. — Jaha dizia.

Um coro de risos e xingamentos em direção a seu filho, Wells, que também estava na nave, teve início. Contudo, como um choque repentino, as telas se apagaram, os garotos que flutuavam agora jaziam caídos no chão da nave, e o silêncio tornou-se ainda mais pronunciado.

— O que aconteceu, Kane? — Murphy pergunta.

— Pousamos, idiota.

— Escutem... — um jovem asiático começa a falar; sua aparência tão inocente que Olivia jamais imaginaria que ele fosse um prisioneiro.— Nenhum zumbido de máquina.

Numa velocidade absurda, todos os cem prisioneiros — ou melhor, agora noventa e oito, pois dois que flutuavam acabaram morrendo no pouso — levantaram-se de seus assentos, encarando a porta que os separava da Terra

Bellamy Blake estava à frente da multidão, tentando acalmá-los.

— Parem! — exclamou Clarke, aproximando-se. — O ar pode ser tóxico. — Olivia, ao lado dela, revirou os olhos.

— Se for, já estamos mortos de qualquer forma. — declarou Kane, cruzando os braços.

Bellamy acenou com a cabeça, como se concordasse. Antes que Clarke pudesse abrir a boca novamente, foi interrompida.

Bellamy?

Bellamy se volta para a portadora da voz, assim como todos. Era Octavia Blake, sua irmã. Ela caminhou até ele.

É a garota que se escondeu em baixo do piso!

Os irmãos se encararam por um tempo, e então Bellamy sorri.

— Meu Deus! Como você cresceu! — Octavia o abraça por alguns segundos, até que ambos se separam.

— Que diabos está vestindo? Um uniforme de guarda? — Octavia pergunta.

— Peguei emprestado, para entrar na nave. — ele admite. — Alguém tem que ficar de olho em você.

Olivia estranha o que acabara de ouvir. Achava extremamente improvável alguém conseguir "pegar emprestado" um uniforme da própria guarda. Nem mesmo os zeladores da Arca podiam entrar nas salas da Guarda.

— Onde está sua pulseira? — Clarke pergunta.

Só agora Olivia percebe que todos estão com pulseiras, exceto Bellamy. Pulseiras de sinais vitais. Talvez, agora, seja o único meio de saberem que os cem estão vivos.

— Dá licença? Não vejo meu irmão há um ano — Octavia diz.

Ninguém tem irmãos.

Alguém na multidão de delinquentes diz. E é verdade. Ter mais de um filho era proibido de acordo com as leis da Arca.

É Octavia Blake, a garota que acharam escondida no piso!

Agora, uma garota exclama. Octavia tenta avançar na mesma, mas Bellamy a segura. Odiava quando a chamavam assim.

— Octavia, não! Vamos lhes dar outra chance para que se lembrem de você. — seu irmão lhe disse.

— É? O quê, por exemplo?

Ser a primeira a pisar na Terra em cem anos.

E então, o Blake mais velho puxa a alavanca que abriria a porta da nave. Uma fumaça branca sai, e uma luz extremamente forte entra na nave. Era a luz solar. As árvores extremamente verdes, o céu azul, e o ar fresco e gelado tiraram um sorriso do rosto de Olivia.

Octavia avançou alguns passos, ainda sem deixar completamente a nave, e inspirou profundamente. Ao pisar na Terra pela primeira vez, um sorriso radiante surgiu em seus lábios.

— NÓS VOLTAMOS!

Em seguida, todos os jovens celebraram. Sorriam, gritavam, pulavam. Correram para fora da nave, sentindo a sensação de liberdade invadir seus corpos. Olivia permanecia parada, contemplando o céu, quando percebeu uma presença ao seu lado. Era Bellamy Blake.

— Por que a expressão tão séria, princesa? Afinal, não morremos ao pousar — perguntou ele sorrindo, ao ver a garota revirar os olhos. — Não aprecia a felicidade, é?

— Por que não desfruta da companhia de sua irmã, Blake? — indagou ela, observando o sorriso do moreno desaparecer. — Eu aprecio grandemente a felicidade, mas especialmente quando estou distante de você.

— Uma pena. — ele retirou as mãos dos bolsos e estendeu os braços. — Celebre a distância do pai e a liberdade da solitária, princesa!

Ele se distancia. Olivia avista Clarke e a segue. Quando a loira percebe a presença de Kane, a morena examina o mapa de Clarke e volta seu olhar para a frente.

— Por que estão aqui, princesas Kane e Griffin? — Pergunta Finn, um dos jovens a bordo que flutuavam, com um sorriso no rosto. — Não morremos em uma explosão violenta.

Clarke mantinha uma expressão séria, enquanto Olivia franzia o cenho ao vê-lo se aproximar.

— Diga isso aos dois que tentaram te seguir e saíram de seus assentos — disse Clarke sem dirigir o olhar ao garoto.

— Não gosta de ser chamada de princesa. Gosta? princesa?

Clarke o encara e imediatamente aponta para uma montanha à frente.

— Está vendo aquele pico?

— Sim.

— Monte Weather, onde deveríamos ter pousado. Há uma floresta encharcada de radiação entre nós e a comida. — Griffin falou.

— Caímos na montanha errada — Olivia completou, observando o olhar duvidoso de Finn sobre as duas.

[...]

Olivia permanece ao lado de Clarke enquanto esta rabisca seu mapa. Parece que estará na esteira de Griffin até se enturmar. Wells, filho do Chanceler Jaha, se aproxima das duas.

— Temos problemas. O sistema de comunicações não funciona. — diz ao chegar. — Chequei. Sumiram uns doze painéis. O calor derreteu os fios.

— Tudo que importa agora é chegar ao Monte Weather — Clarke fala. — Veja. Aqui estamos nós. — ela desenha uma linha em seu mapa. — É aqui que precisamos chegar, se quisermos sobreviver.

— Onde aprendeu a fazer isso? — Wells pergunta com o cenho franzido.

Olivia tortura o garoto mentalmente, pois sabíamos que era relacionado ao pai da garota. O mesmo pai que Wells tinha matado, embora não literalmente.

— Legal, um mapa — diz um garoto com óculos, juntando-se a Kane ao lado do asiático da nave. — Vou achar um bar nesta cidade? Pago uma cerveja.

— Dá licença? — Wells o empurra.

— Ei! — John Murphy e seu grupo de delinquentes, já formado, interrompem Wells. — Tire as mãos dele. Ele está conosco.

Olivia bufou diante da infantilidade, questionando quando tinham se transformado em uma gangue. Estavam na Terra para sobreviver, não para encenar uma trama.

— Relaxem. Só queremos descobrir onde estamos. — Wells fala, calmamente.

— Estamos na Terra. Isso não é suficiente para você? — Bellamy pergunta, distante de onde estavam.

— Precisamos achar o Monte Weather. Ouviram a mensagem do meu pai. Deve ser a prioridade!

Wells se aproximou de Bellamy, Clarke e Olivia foram logo atrás do garoto.

Wells se aproximou de Bellamy, e Clarke com Olivia logo seguiram o garoto.

— Seu pai que se dane — Octavia fala. — O quê? Pensa que é o encarregado aqui? Você e suas princesinhas?

— Acha que nos importamos com quem seja o encarregado? — Clarke pergunta. — Precisamos chegar ao Monte Weather. Não porque o chanceler mandou, mas porque, quanto mais esperarmos, mais fome teremos, e será mais difícil. Quanto tempo acham que vamos durar sem suprimentos?

Olivia suspirou profundamente, preferindo permanecer calada, mas os discursos que estava ouvindo estavam a deixando de cabeça cheia.

— Temos uma trilha de 32 km à frente. Está bem? Se quisermos chegar lá antes da noite, temos de ir. Já.

— Tenho uma ideia melhor. Vão vocês três. Achem para nós. — Bellamy começou. — Que os privilegiados façam o trabalho duro, para variar.

Alguns dos jovens ali concordaram com Bellamy.

— Não estão ouvindo. Todos precisamos ir. — Wells fala. Murphy chega por trás dele e o empurra.

— Olhem para isto, gente. O chanceler da Terra.

— Acha isso engraçado? — Wells pergunta.

Murphy chuta seu tornozelo, fazendo com que Wells torça o mesmo e caia no chão.

— Wells! — Clarke exclama e tenta se meter, mas Olivia a segura.

— Deixe Wells se virar. Ele tem que aprender a sobreviver sem as asas do pai. — Olivia diz, vendo Clarke franzir o cenho com as palavras da morena.

— Você deveria estar do nosso lado, Liv.

— Eu não estou do lado de ninguém.

Agora, Wells havia se levantado, prestes a iniciar uma briga com Murphy. No entanto, antes que isso acontecesse, Finn interveio, posicionando-se entre os dois e encarando Murphy.

— O rapaz tem uma perna só. Que tal esperar até a luta ser justa?

Murphy o encarou, como se fosse um cachorro voltando para casa com o rabo entre as pernas.

— Ei, Vagabundo do Espaço. — Octavia chamou a atenção de Finn. — A próxima a ser salva sou eu.

Bellamy aproximou-se da irmã e a encarou.

— O quê? — ela perguntou — Ele é fofo.

— É um criminoso.

— Todos são.

— Ouça, vim aqui para proteger você. — ele puxou a garota pelo braço.

— Não preciso ser protegida! — ela se soltou. — Passei a vida toda presa, de um modo ou de outro. Estou farta de cumprir ordens. Preciso me divertir, Bell. — seu irmão a olhou apreensivo. — Preciso fazer algo maluco, só porque eu posso! E ninguém, nem você, vai me impedir.

— Não posso ficar com eles. — Bellamy disse.

— Do que está falando, agora?

— Fiz uma coisa, entende? Para entrar nessa nave. Algo que fará com que me matem quando chegarem. — o tom de voz de Bellamy havia baixado, para que apenas sua irmã o escutasse. — Ainda não posso dizer o quê. Mas tem que confiar em mim. Confia em mim, não é?

Sua irmã o analisou por alguns segundos, logo balançando a cabeça.

— Sim.

Por outro lado, Olivia estava em pé ao lado de Wells — que ainda estava no chão — enquanto Clarke olhava o tornozelo do garoto.

— Então, Monte Weather. Quando partimos? — Finn se aproximou, perguntando a Clarke.

— Agora. — ela se levantou e se virou para Wells. — Estaremos de volta amanhã, com comida.

— Como vocês dois vão carregar comida suficiente para cem? — Olivia perguntou, atraindo o olhar dos três para ela.

Finn se virou e puxou o menino dos óculos e o asiático para perto.

— Nós quatro. — ele respondeu. — Podemos ir agora?

Clarke assentiu.

— Parece uma festa. São cinco. — Octavia se meteu, animada.

— Que diabos está fazendo? — Bellamy chegou logo atrás dela.

— Vou dar uma volta.

— Hey! — Olivia chamou a atenção de Finn, se aproximou dele e logo puxou seu pulso. — Estava tentando tirar isto? — referindo-se à pulseira quase que danificada do garoto.

— Sim. E daí?

— Esta pulseira transmite seus sinais vitais para a Arca. Tire-a, e pensarão que está morto! — a morena exclamou.

— Devo me importar? — Finn pergunta, ironicamente.

— Não sei. Quer que as pessoas que ama pensem que está morto? — Olivia também ironizou sua fala. — Quer que venham atrás de você, daqui a dois meses? Porque não virão, se pensarem que estamos morrendo.

Um silêncio se pôs; Finn encarava Olivia, que ainda possuía seu semblante sério.

— Certo. — Clarke chamou os quatro que iam junto com ela. — Vamos.

Após saírem, Olivia voltou sua atenção para Wells, que estava sentado no chão. Ela se aproximou do garoto e negou com a cabeça.

— Não deveria ter vindo, Wells.

Ele suspirou.

— Você sabe o motivo de eu ter vindo, Olivia.

— Motivo burro. Veio porque a ama? Morreria por amor? — a garota fez careta, sentando-se ao lado do garoto.

— Fala isso porque não sabe o que sinto, está bem? — ele falou. — E não vamos morrer!

— Eu, com certeza não. Mas você, que não sabe nem fechar a mão para dar um soco, eu já não sei. — Olivia deu de ombros. No fundo, ela estava brincando, e Wells sabia disso. Eles também eram amigos antes de ela ser presa.

[...]

Olivia estava sentada enquanto observava Wells ser mandado. Agora, Murphy o perguntava se já havia achado água, e o garoto negou. Wells leu algo que haviam escrito na nave e encarou Murphy.

— Sabe, meu pai implorou misericórdia na câmara de ar, quando seu pai o fez flutuar.

— Não quero saber, Murphy.

O fato de que Murphy tinha uma faca em mãos preocupou Olivia. Ela levantou-se e parou no meio deles, leu o que estava escrito e riu. "Primeiro filho. Primeiro a morer"

— Do que está rindo, princesa? — Murphy esbravejou. Wells passou pelo mesmo, batendo em seu ombro.

— Escreveram "morrer" errado, gênios. — a garota disse, em tom de sarcasmo.

Murphy analisou a garota de cima a baixo e logo se virou para Wells, que estava se afastando. Bellamy estava indo em direção a eles.

— Se vão matar alguém, provavelmente é melhor não anunciar.

— Não é realmente membro da guarda, é? — Murphy perguntou.

— Não. O verdadeiro guarda virá logo, a menos que impeçamos. — Bellamy disse. — Não pensam realmente que vão perdoar seus crimes?

Bellamy percebeu a presença de Olivia e sorriu de lado.

— Por que a privilegiada número três está aqui? — ele perguntou.

— Para que não matem o privilegiado número dois. — ela respondeu, forçando um sorriso.

Bellamy soltou um riso nasal, balançou a cabeça negativamente e voltou a falar com Murphy e seu outro amigo.

— Mesmo que perdoem, e daí? Gente como nós vai se tornar cidadão modelo agora? Ter emprego? Com sorte, vamos acabar recolhendo o lixo deles.

— Tem algum objetivo? — o amigo de Murphy perguntou.

— Não, tenho uma pergunta. — Bellamy respondeu, colocando as mãos nos bolsos da jaqueta. — Prenderam vocês. E os jogaram aqui, como cobaias, para morrer. Por que vamos ajudar?

— Uma ova que vamos! — o mesmo delinquente de antes falou.

— Estão usando as pulseiras, não estão? No momento, essas coisas informam se é seguro, ou não, vir para cá atrás de nós.

— Certo. Podemos impedi-los. — Murphy entrou na conversa. — Como?

— Tirem as pulseiras. A Arca pensará que morreram. — Bellamy respondeu. — Que não é seguro vir para cá. Estão acompanhando?

— Certo. E, se fizermos isso, o que ganhamos? — Murphy sorriu ao perguntar.

— Alguém precisa me ajudar a controlar as coisas. — Blake sorriu. — Agora, vão. Preciso conversar com a princesa.

Olivia compreendeu o plano de Bellamy, até entendeu seus motivos, mas ainda assim, não concordava. Depois que Murphy e seu amigo foram embora, Bellamy se aproximou da garota.

— Você não vai contar nada do que escutou para ninguém. Está bem, princesa?

— Se não, o quê? — ela perguntou. Bellamy sorriu, negando com a cabeça.

— Papai não está aqui para te proteger, Kane. Podemos não saber o que você fez, eles podem te acobertar, mas você é tão criminosa como todos aqui. — Bellamy se aproximou ainda mais e agora, falou perto de seu ouvido.

Tudo o que Olivia fez foi rir. Sua tentativa de intimidação não funcionou com a Kane. Antes que ele se afastasse, ela segurou seu pulso, fazendo com que ele ficasse.

— Você pode colocar medo nesses delinquentes, por ter de alguma forma infringido sei lá quantas leis para invadir a nave e estar aqui, mas eu não tenho medo de você, Blake. — ela disse, séria.

Bellamy não a levava a sério, mas ele teria que aprender a levar. Olivia apertava seu pulso tão forte, que é como se ela nunca mais fosse soltar. Bellamy riu e olhou a garota de perto.

— O treinamento de guarda adiantou algo para você, princesa. — ele disse, então Olivia o soltou. — Ainda vou descobrir seu segredo, Kane.

— Tente.

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