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4 ₃

──── Tronos em risco.

Arkadia estava sob um clima sombrio desde o dia anterior. Olivia permaneceu próxima a Raven, tentando se distrair, mas a sensação de culpa persistia. Ela não conseguia se desvencilhar do pensamento de que, se não tivessem acreditado nas promessas vazias de Echo, todos ainda estariam vivos.

Ao perceber que estava atrasada para uma reunião convocada por seu pai, Olivia saiu apressadamente, correndo para a sala da Chanceler. Ao abrir a porta, todos os olhares se voltaram para ela. Kane forçou um sorriso para sua filha, que imediatamente se posicionou ao seu lado.

— Pelo que conseguimos descobrir, o Monte Weather foi destruído por um mecanismo interno de autodestruição — Kane retomou a palavra — Funcionou conforme projetado. Perdemos quarenta e nove dos nossos cidadãos.

— Quando iremos retaliar? — Pike perguntou, do outro lado da mesa.

Olivia ergueu o olhar até o homem, arqueando uma sobrancelha. "Bom dia para você também", pensou ela com ironia.

— Não vamos. — Abby respondeu com firmeza — A Nação do Gelo assumiu a responsabilidade pelo ataque, e a comandante irá puni-los.

— Deixaremos que terráqueos punam outros terráqueos? — Pike questionou, com a voz carregada de desdém — Sinto muito, Sra. Chanceler, mas perdi mais da metade do meu povo ontem e quatro vezes isso desde que chegamos. Pelo que observei, terráqueos só compreendem uma coisa: força. Precisamos atacá-los com vigor. Não deixar sobreviventes...

Olivia respirou profundamente, sentindo o ar sair lentamente de seus pulmões. Kane lançou um olhar furtivo para a filha e depois para Pike.

— Esse é o seu plano? — Olivia questionou com uma risada irônica — Sabe quanto lutamos para evitar que eles nos exterminassem antes? Eles acreditavam na lei do "sangue se paga com sangue" e conseguimos mudar essa mentalidade. Conquistamos uma trégua e paz confiando neles, e agora você quer simplesmente reverter tudo o que lutamos para alcançar?

Os olhos de Olivia estreitaram-se em direção a Pike, que balançou a cabeça.

— Não há nada de simples nisso, Pike. — Kane interveio, claramente apoiando a filha — Este ataque da Nação do Gelo foi direcionado a Lexa, não a nós.

— Está dizendo que não é nossa briga? — Pike elevou a voz.

— Estou dizendo que fomos um dano colateral na guerra alheia. — Kane afirmou.

— Não é mais a guerra de outros. Se não nos defendermos, irão tomar o que temos. É isso que fazem — Pike vociferou — Ouçam o que digo, os terráqueos virão atrás de nós.

— Você fala com tanta insistência, parece quase implorar para que isso aconteça, para que você possa se justificar como o certo da história. — Olivia provocou, cruzando os braços.

Pike começou a responder, mas parou quando Abby colocou uma mão reconfortante no ombro de Olivia e ergueu um dedo indicador da outra mão.

— Vamos analisar sua sugestão. — ela afirmou — Reunião adiada.

Os presentes começaram a sair da sala, com Pike saindo por último.

— Após a eleição de amanhã, ele se tornará seu problema. — a Chanceler comentou para Kane, antes de sair.

Eles planejavam eleger Kane, pois Abby concordava que ele era mais adequado para o cargo.

Olivia sentou-se em um banco de metal ao redor da mesa, ao lado de seu pai que permanecia de pé. Ambos observaram a porta quando Bellamy entrou, fechando-a atrás de si.

Bellamy entrou com passos silenciosos, carregando sua jaqueta da guarda. Olivia nunca o havia visto tão abatido. Ele havia cessado de falar como antes, agora comunicando-se apenas quando era abordado. Seus olhos estavam opacos de tristeza e desânimo.

— Por que não está em seu posto? — Kane indagou.

Bellamy depositou a jaqueta sobre a mesa. Olivia franziu a testa e ergueu o olhar até Bellamy, que a encarou por alguns segundos antes de desviar o olhar para Kane.

— Não faça isso — Kane negou com a cabeça.

— Quarenta e nove das pessoas que jurei proteger morreram ontem porque eu fui embora.

— Isso não é sua culpa, Bellamy. A responsabilidade recai sobre quem fez isso: a Nação do Gelo.

Olivia inclinou a cabeça, engolindo em seco. Embora não admitisse, sentia-se culpada, mesmo sabendo que não era apenas responsabilidade dela. E que sozinha, ela não teria conseguido impedir o que ocorreu.

— A Nação do Gelo não disse a Gina para permanecer lá — Bellamy lamentou, com os olhos começando a se encher de lágrimas — Fui eu quem disse.

Kane levantou-se, colocando uma mão reconfortante no ombro do jovem e olhando diretamente para ele.

— Considerando as informações que você possuía na época, fez uma escolha sensata — Kane tentou consolar — Estava tentando salvar vidas.

Bellamy balançou a cabeça, enquanto uma lágrima escorria por seu rosto.

— Mas não salvei.

Olivia ergueu a cabeça, abraçando a si mesma. Ela odiava ver Bellamy daquele jeito e detestava que isso estivesse acontecendo naquele momento.

Bellamy deu um longo suspiro antes de virar as costas e deixar o cômodo. Kane voltou-se para Olivia.

— Vá atrás dele.

— Mas...

— Vá.

A jovem assentiu sem hesitar. Levantou-se e, com passos decididos, seguiu em direção a Bellamy.

Bellamy entrou diretamente em seu quarto, deixando a porta entreaberta, o que facilitou a entrada de Olivia, que adentrou silenciosamente, sem pronunciar uma única palavra.

Ele sentou-se na beirada da cama, lançando um olhar rápido para Olivia antes de fixar a atenção em suas próprias mãos, o peso da culpa e da dor visível em seu semblante. Olivia respirou fundo, sentando-se ao lado dele, respeitando o silêncio que pairava entre os dois.

— Sei que você acredita nisso, mas não foi sua culpa, Bell — ela começou a falar, após longos segundos de um silêncio carregado — Todos nós confiamos em Echo, mas isso não nos torna assassinos.

— Eu poderia ter deixado Gina ir conosco — ele respondeu, com a voz embargada, lutando para conter as lágrimas que começavam a escorrer por suas bochechas.

Olivia reprimiu os lábios, observando a angústia que tomava conta do rosto de Bellamy, enquanto as lágrimas caiam, uma a uma.

— Você não tinha como prever o que aconteceria — ela tentou consolá-lo, sua voz suave, mas firme — Não é sua culpa.

Bellamy fungou novamente, fazendo um leve beicinho ao levantar o olhar para Olivia. A expressão do garoto fez o coração dela apertar, e ela inclinou a cabeça para trás, analisando a profundidade da dor refletida em seus olhos.

— Vem cá.

Ela o puxou para um abraço, sentindo o garoto segurar sua cintura com uma intensidade quase desesperada, como se aquele gesto fosse a última âncora que o mantinha à tona. Ela pôde sentir o corpo de Bellamy sacudir levemente enquanto ele soluçava, e respirou fundo, tentando passar algum conforto naquele momento.

— Eu sei que isso não vai melhorar tão cedo, mas sempre estarei aqui para você, sempre que precisar desabafar ou chorar — ela murmurou, enquanto passava a mão esquerda com suavidade pelas costas do garoto, em um gesto de consolo.

— Eu sei — ele respondeu, apertando-a ainda mais contra si, certificando-se de que seu rosto estava bem encaixado em seu peito, buscando um conforto silencioso.

Olivia sentia-se reconfortada em saber que Bellamy confiava nela o suficiente para se abrir, para chorar e até para encontrar algum alívio em sua presença, por menor que fosse.

[...]

Olivia aceitou o pedido de Bellamy para acompanhá-lo ao memorial em homenagem àqueles que morreram no Monte Weather. Embora tivesse que suportar os ocasionais comentários de Pike, ela optou por ignorá-los, imersa em seus próprios pensamentos.

Sua mente vagava tão distante que apenas retornou à realidade quando percebeu Bellamy levantando-se da cadeira ao seu lado.

Ele segurava em suas mãos um exemplar de "A Ilíada," um livro que Gina havia lhe presenteado e tinha um vínculo emocional com a infância do garoto. Ao caminhar até o centro da sala, onde todos os olhares se fixaram nele, Bellamy sentiu um peso esmagador em seu peito, desejando ardentemente poder voltar no tempo e alterar o curso dos eventos.

— Gina era uma alma verdadeira — começou ele, com a voz carregada de emoção — Ela sempre encontrou luz, mesmo nas trevas que nos cercam. Ela merecia mais, muito mais — com uma reverência silenciosa, ele depositou o livro sobre uma pequena mesa, acrescentando em um murmúrio carregado de pesar — Que nos reencontremos novamente.

Infelizmente, a atenção de todos foi rapidamente desviada pela entrada abrupta de guardas, que invadiram o local com uma postura agressiva. Lincoln estava entre eles, mantendo-se ligeiramente afastado.

Os guardas sussurraram algo a Pike, que imediatamente se dirigiu a Kane e Abby, ambos presentes na cerimônia. Olivia, confusa, levantou-se e foi até Lincoln, notando a tensão evidente no rosto dele.

— O que está acontecendo? — perguntou ela ao se aproximar.

— Há um acampamento com trezentas pessoas do meu povo a menos de dois quilômetros para proteger vocês — Lincoln explicou — Mas parece que seus guardas enxergam isso como uma ameaça.

Olivia balançou a cabeça, umedecendo os lábios em sinal de irritação.

— Claro que o bando de mulas de Pike veria dessa forma — ela murmurou, cruzando os braços.

— Você entregou um dos nossos rádios a um terráqueo? — a voz furiosa de Pike ecoou do outro lado da sala, cortando o ar pesado e causando um burburinho entre os presentes.

Lincoln avançou, tentando entender a gravidade da situação, e Olivia seguiu logo atrás.

— Senhor, estamos sob ataque? — uma mulher perguntou, levantando-se e aumentando o clima de confusão e medo.

— Não, não estamos sob ataque — Kane respondeu em tom firme, tentando restaurar a ordem — A comandante deles enviou um exército para manter a paz, para garantir que possamos nos defender de outros ataques da Nação do Gelo.

— Um exército para manter a paz? — a voz de Pike exalava indignação — Nem você pode ser tão ingênuo, Marcus.

— Cuidado com o tom. Você está falando com o próximo Chanceler — Abby interveio, sua autoridade clara na voz — Estamos todos de luto. Isso tem sido um fardo para todos nós. Mas não podemos deixar que a raiva nos conduza.

— A raiva nos conduz! — Pike exclamou, suas palavras inflamando os ânimos — Se eles estão aqui para nos defender, como você diz, mande-os de volta para casa.

Olivia revirou os olhos, exausta dos discursos inflamados e irracionais de Pike.

— Podemos nos defender sozinhos! — ele gritou, recebendo o apoio imediato dos Arkadianos presentes, que concordaram sem hesitação. Olivia e Lincoln trocaram olhares de preocupação.

— Você! — um homem gritou, apontando para Lincoln — Você não pertence a este lugar.

— Ele é um deles! — outro ecoou, a multidão começando a se agitar.

Olivia descruzou os braços, sentindo a raiva pulsar em suas veias, enquanto os olhares de muitos Arkadianos se voltavam para Lincoln com medo e hostilidade.

— Meu filho morreu!

O homem que antes havia gritado, lançou uma pedra na direção de Lincoln, atingindo-o na cabeça e fazendo-o cair no chão, atordoado. Olivia imediatamente se ajoelhou ao lado do terráqueo, avaliando rapidamente o ferimento dele. Não demorou para que Bellamy também se aproximasse, ambos compartilhando um olhar carregado de significado. Com o caos se instalando no local, Olivia se levantou, os punhos cerrados de raiva.

Ela caminhou a passos largos em direção ao agressor, ignorando os gritos ao seu redor para que se afastasse. A raiva que pulsava dentro dela explodiu em um único golpe, desferido com toda a força que ela tinha, diretamente no rosto do homem que havia ferido Lincoln.

— Olivia! — a voz de Kane chamou por ela, mas a jovem estava surda à razão. Ela sentiu mãos firmes segurarem seus ombros, mas sua fúria ainda queimava intensamente.

— Não atacamos os nossos! — Pike voltou a bradar, tentando retomar o controle da situação — Lutar uns contra os outros só nos enfraquece. O inimigo não está no acampamento, mas lá fora.

Era seu próprio pai, Kane, que agora segurava os ombros de Olivia, tentando acalmá-la, suas mãos permanecendo firmes, mas gentis.

— O verdadeiro inimigo agora é ele — Olivia retrucou, desvencilhando-se do aperto de seu pai com uma pitada de agressividade — E você sabe que estou certa.

— Liv... — Marcus murmurou, tentando acalmar a filha enquanto seus lábios se comprimiam em uma linha fina de preocupação.

— Não — Olivia balançou a cabeça, a respiração pesada de frustração — Eu preciso sair daqui. Não consigo suportar mais um segundo perto desse homem.

Marcus observou, impotente, enquanto Olivia se afastava a passos largos e decididos, deixando o local com uma fúria latente. O ódio que ela sentia pelos discursos incendiários de Pike, pela maneira como os terráqueos eram tratados, e agora pela forma como Lincoln seria visto e tratado a partir daquele momento, queimava intensamente em seu peito.

[...]

Após algum tempo, Olivia encontrou-se no local que servia como refeitório, um espaço improvisado que havia se tornado ponto de encontro para muitos. Ela vinha procurando por Jasper durante todo o dia, e não foi surpresa encontrá-lo ali, onde a presença de bebidas o atraía como um ímã.

Quando Olivia se sentou, um sorriso largo iluminou o rosto de Jasper.

— Oi, Liv — ele exclamou, sua voz carregando um tom familiar de despreocupação.

— Oi, Jasper — respondeu Olivia, observando enquanto um homem deixava um copo cheio de algum líquido na frente do amigo — Onde você esteve o dia todo? Procurei você por toda parte.

— Fui dar uma volta com Monty. Quer dizer, ele me seguiu e ficou me enchendo o saco, você sabe como ele é — Jasper revirou os olhos, levando o copo metálico à boca com um movimento casual.

Quando ele deixou o copo de volta na mesa, Olivia o pegou de imediato, bebendo todo o conteúdo de uma só vez.

— Parece que alguém teve um dia difícil — Jasper ironizou, erguendo as sobrancelhas com uma expressão zombeteira.

— Pike é um verdadeiro pé no saco, e Lincoln acabou se machucando feio porque ele e seu exército de idiotas tratam os terráqueos como monstros — Olivia desabafou, as palavras saindo rápidas e carregadas de frustração, deixando Jasper confuso por um momento.

Ela soltou um suspiro irritado, seus olhos vagando pelo ambiente até que pararam em Bellamy e Pike, que estavam sentados algumas mesas adiante, parecendo envolvidos em uma conversa séria.

— Ótimo, agora ele vai encher a cabeça de Bellamy com aquelas baboseiras em que acredita — Olivia empurrou o copo vazio na direção de Jasper, inclinando a cabeça para baixo com exasperação.

— Bellamy é facilmente influenciado quando está longe de quem, às vezes, assume o controle — Jasper soltou um riso irônico — Tipo você. E agora, com ele vulnerável, é óbvio que Pike aproveitaria o momento para falar com ele.

Olivia levantou a cabeça novamente, ignorando a parte onde Jasper insinuava que ela mandava em Bellamy. Uma de suas sobrancelhas se ergueu ligeiramente.

— Às vezes, você consegue pensar com lógica — ela comentou, seu tom carregado de surpresa.

— Eu sempre penso com lógica — Jasper afirmou, dando de ombros, sua expressão denotando uma confiança despreocupada.

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