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18.

Os três seguiram sua jornada, até que precisaram se separar para cobrir uma área maior em busca da entrada do depósito desejado.

Clarke andava cautelosamente, seus passos meticulosos enquanto examinava cada local em busca de qualquer indício de uma possível entrada. Bellamy segurava a arma firmemente em suas mãos, sua postura tensa e alerta, pronto para reagir a qualquer imprevisto que surgisse em seu caminho.
Olivia caminhava com determinação, os braços cruzados e o cenho franzido em concentração. Ela apertava os olhos, como se isso pudesse ajudá-la a enxergar melhor em meio à vegetação densa da floresta.

Longos minutos depois, Clarke finalmente encontrou uma porta. Com a ajuda e força de Bellamy, a porta foi aberta, revelando um conjunto de escadas empoeiradas e cobertas por teias de aranha. A cena era um testemunho do tempo que o depósito havia passado sem ser acessado. O trio trocou olhares, conscientes da importância da descoberta. Clarke entregou a Olivia e Blake pequenas lanternas, uma fonte de luz que seria essencial para sua exploração nas profundezas do depósito.

Ao descerem as escadas, o trio se deparou com uma visão sinistra: ossos humanos espalhados pelo chão e até mesmo cadáveres completamente despidos de carne, reduzidos a nada além de ossos. Olivia fez uma careta de nojo ao se deparar com aquela cena macabra.

— Lugar horrível para morrer — Bellamy resmungou, sua voz carregada de repulsa ao bater os olhos no cadáver que jazia na escada. Seu rosto era uma máscara de desgosto diante da visão perturbadora que tinham diante deles.

— Acho que a intenção deles não era morrer — Olivia resmungou de volta, sua voz carregada de desgosto enquanto tentava evitar olhar diretamente para os ossos espalhados pelo chão.

Bellamy encarou a garota por um momento, captando a dor e a angústia em seu olhar, antes de finalmente tirar seu último pé do último degrau da escada. Uma nuvem de poeira levantou-se no ar quando Bellamy moveu o pé, provocando uma tosse instantânea em Olivia. Ela tossiu violentamente por alguns momentos, tentando afastar a poeira que irritava sua garganta e seus pulmões.

Os três vasculhavam o lugar, em busca desesperada por suprimentos que pudessem garantir sua sobrevivência. Bellamy parecia irritado com algo, sua expressão tensa enquanto revirava os objetos ao seu redor em busca de algo útil. Olivia estava impaciente, suas sobrancelhas franzidas em frustração diante da falta de progresso em sua busca.
De repente, um sorriso largo iluminou o rosto de Clarke quando ela finalmente encontrou algo de valor.

— Achei cobertores! — ela exclamou, sua voz ecoando pela escuridão do depósito.

— Entusiasmada com alguns cobertores? — Bellamy resmungou, seu estresse evidente em sua voz áspera e irritada.

— Bem, já é alguma coisa — Clarke respondeu, sua voz carregada de esperança e otimismo, embora ela não entendesse completamente o comportamento do garoto. Ela sabia que cada pequena vitória era importante para sua sobrevivência naquela terra hostil, e os cobertores seriam uma ajuda valiosa contra o frio noturno que os aguardava.

— Um pouco de otimismo seria bom, às vezes — Olivia deu de ombros, sua voz carregada de indiferença enquanto resmungava distraída.

— Que tal um cantil? Ou um kit médico, ou uma tenda decente? — Bellamy esbravejou, sua frustração evidente em sua voz enquanto seus passos ecoavam pelo local, sua busca frenética por algo que, em sua visão, fosse realmente útil para sua sobrevivência.

O garoto abriu um barril, cheio de água. Sua reação foi confusa e desconhecida pelas duas garotas, já que o mesmo chutou o barril logo em seguida. O líquido que havia dentro do barril espalhou-se pelo chão, criando uma poça escura no ambiente empoeirado do depósito abandonado. Olivia e Clarke trocaram olhares perplexos diante da atitude impulsiva de Bellamy.

A expressão de Olivia mudou de confusa para tensa assim que ouviu um barulho familiar após o barril ser derrubado. Bellamy se agachou ao lado do barril, seu semblante sério enquanto examinava o conteúdo. Eram armas. A luz da lanterna de Olivia iluminou Bellamy, destacando a surpresa em seu rosto. Ela sabia que aquela descoberta mudaria tudo, e o olhar de Bellamy ao ver as armas confirmou suas suspeitas.

— Meu Deus — Olivia sussurrou, encarando o objeto que agora estava nas mãos de Bellamy.

— O quê? — Clarke perguntou, aproximando-se dos dois. Ela parou abruptamente e arregalou levemente os olhos ao perceber a arma.

Bellamy sorria feito uma criança, uma expressão de satisfação brilhando em seu rosto enquanto ele examinava a arma. A descoberta das armas poderia significar uma vantagem crucial para eles na luta pela sobrevivência na Terra, mas também representava um dilema moral sobre como e quando usá-las.

Minutos se passaram, e agora o trio estava concentrado na análise das armas que haviam encontrado. Bellamy estava visivelmente entusiasmado com a ideia de usá-las, falando animadamente sobre como e quando elas poderiam ser úteis, além de discutir sobre a proteção adicional que agora o acampamento teria com essas armas à disposição.

— Ouça, não vou discutir com você sobre trazer armas para o acampamento — Clarke começou a falar, sua atenção e suas mãos concentradas em uma das armas que ela segurava — Eu sei que precisamos delas, mas não espere que eu goste disso. — sua voz era firme, mas carregava uma nota de resignação, evidenciando a complexidade da situação em que se encontravam.

— Sorte nossa que os rifles estavam embalados em óleo — Olivia comentou, sua voz refletindo uma mistura de gratidão e cautela. Ela não discordava totalmente de Bellamy; realmente acreditava que as armas poderiam ser úteis para eles.

No entanto, ela sabia que teriam que ser sábios na hora de decidir quem teria acesso a elas. Nem todos no acampamento eram totalmente confiáveis, e a responsabilidade de garantir que as armas fossem usadas com cuidado pesava em seus ombros.

— O fato de que sobrevivemos significa que não somos mais alvos fáceis — Bellamy falava, um pingo de animação em sua voz.

Ele parecia revigorado, quase como se uma nova determinação o tivesse tomado. Não era o mesmo Bellamy que havia chutado o barril apenas por estar com raiva. Agora, ele parecia ver as armas como uma oportunidade de proteger aqueles que ele amava e de garantir sua segurança na Terra desconhecida.

— Você precisa aprender a usar isso — o garoto apontou para a arma na mão de Clarke, sua voz carregada de seriedade. Ele estava determinado a ajudar e a ensinar a garota a se defender. Clarke olhou para a arma em suas mãos, sentindo um leve nervosismo se misturar com a determinação.

Olivia e Bellamy se aproximaram de Clarke, prontos para ajudá-la a aprender a usar a arma. Com cuidado, eles explicaram os princípios básicos de segurança e manuseio, enquanto Clarke observava com atenção, absorvendo cada palavra. Com as mãos trêmulas, Clarke tentou posicionar-se conforme as instruções de Bellamy e Olivia. Eles a encorajaram e corrigiram sua postura, garantindo que ela estivesse segurando a arma corretamente.

Diante dela, havia um alvo improvisado na sala. Com uma mistura de determinação e nervosismo, Clarke mirou na direção do alvo, tentando seguir as orientações que havia recebido. Com um suspiro tenso, ela apertou o gatilho. O som do disparo ecoou pela sala, e Clarke viu com satisfação o alvo ser atingido. Um sorriso de realização se espalhou pelo rosto dela, enquanto Bellamy e Olivia compartilhavam um olhar de aprovação.

— E você, Kane, não quer tentar?" Bellamy perguntou para Olivia, seu sorriso largo bem visível em seu rosto, mostrando sua disposição para continuar a brincadeira. Olivia rapidamente negou com a cabeça.

— Você sabe que eu sei usar, não devemos desperdiçar munições — a garota falou, brincando com a primeira frase e fingindo se gabar, o que arrancou uma leve risada de Clarke.

— Vamos lá, só uma vez. Ou duas — Bellamy insistiu, estendendo uma arma para Olivia, com um olhar travesso nos olhos.

Olivia olhou para a arma por um momento, ponderando sobre a proposta de Bellamy. Ela sabia que podia usar a arma com habilidade, mas também entendia a importância de conservar munição. Depois de um breve momento de hesitação, ela aceitou a arma de Bellamy com um sorriso leve.

— Tudo bem, só uma vez então — ela concordou, preparando-se para mirar no alvo com determinação. Bellamy soltou uma risada leve enquanto observava Olivia mirar no alvo.

— Cuidado para não errar, Kane. Não queremos desperdiçar munição — ele provocou, com um sorriso brincalhão. Olivia arqueou uma sobrancelha, fingindo ofensa.

— Acha mesmo que eu erraria? — ela respondeu com uma ironia sutil. — Se o alvo fosse você, tenho certeza de que não erraria.

A brincadeira provocativa de Olivia arrancou um riso surpreso de Bellamy, que não esperava uma resposta tão afiada. Ele levantou as mãos em sinal de rendição, admitindo a derrota momentânea.

— Pesado, Kane. Pesado.

— Vamos logo com isso, crianças. Temos que procurar por mais — Clarke falou, seu sorriso indicando uma rendição ao clima descontraído que havia se instaurado.

Olivia respirou fundo, concentrando-se totalmente no alvo à sua frente. Seus olhos focaram com determinação enquanto ela ajustava sua postura e segurava firmemente a arma. Com um movimento suave e preciso, Olivia apertou o gatilho. O som do disparo ecoou pela sala, seguido pelo impacto no alvo. Um sorriso de satisfação apareceu no rosto dela quando viu que havia acertado bem no centro.

— Boa mira, Princesa — Bellamy diz, admirando a habilidade de Olivia. A garota soltou a arma junto com as outras e bateu as mãos nas próprias coxas, como se estivesse limpando as mesmas.

— Isso é incrível — ela sorriu, expressando sua admiração pelo próprio feito — Eu sou uma pessoa horrível por achar isso incrível? — Olivia adotou uma expressão confusa e preocupada, revelando um vislumbre de vulnerabilidade por trás de sua fachada de determinação. Bellamy balançou a cabeça com um sorriso tranquilizador.

— Não, não é. — Bellamy assegurou.

Agora, precisamos discutir como vamos manter armas no acampamento, onde vamos mantê-las e quem terá acesso — Clarke começou, sua voz firme indicando a seriedade do assunto. O tema pareceu irritar Bellamy, que franziu o cenho em resposta.

Bellamy pareceu ignorar Clarke enquanto mirava no alvo e acertava o tiro no meio do mesmo. Sua expressão determinada mostrava seu foco total no momento.

— Deixou Miller encarregado do terráqueo — Clarke continuou, seus olhos vidrados na expressão desconhecida de Bellamy. — Deve confiar nele.

Bellamy suspirou, abaixando a arma e encarando Clarke com uma mistura de frustração e resignação.

— Deve mantê-lo por perto — Bellamy falou, sua voz carregada de preocupação, mas sem se aprofundar muito no assunto. — Os outros o ouvem.

— Clarke deve mantê-lo por perto? — Olivia franziu o cenho, cruzando os braços em uma expressão de perplexidade. — Bellamy, o que foi? — ela perguntou, sua preocupação evidente em sua voz.

Bellamy abaixou a arma lentamente, seu olhar perdido em pensamentos distantes. Após muitos minutos de silêncio tenso, ele finalmente voltou a encarar Olivia.

— Está agindo estranho o dia todo — Olivia falou, seus olhos percorrendo o ambiente antes de pararem na mochila de Bellamy — Todas as rações que pegou...

Bellamy desviou o olhar, sua expressão tornando-se desconfortável sob o escrutínio de Olivia. Ele coçou a nuca, buscando uma resposta que não queria dar.

— É só precaução — ele murmurou evasivamente. — Nunca se sabe o que pode acontecer lá fora.

Olivia ergueu uma sobrancelha, claramente cética em relação à resposta vaga de Bellamy.

— Você vai fugir — Clarke finalmente entendeu o que Bellamy estava tentando fazer. — Por isso que concordou em vir comigo. Pretendia abastecer-se de suprimentos e sumir.

Bellamy olhou para Clarke, seus olhos revelando uma mistura de surpresa e culpa diante da acusação direta. Ele sabia que não podia mais esconder suas intenções.

— Não tenho escolha. A Arca virá logo — o garoto se defendeu, sua voz carregada de ansiedade. O medo de ser expulso por ter atirado no Chanceler estava presente em seus pensamentos, pesando em sua consciência.

— Então, vai simplesmente deixar Octavia? — Clarke perguntou, sua voz carregada de preocupação enquanto ela tentava encontrar motivos para convencer o garoto a ficar. — Ela é sua irmã, Bellamy. Ela precisa de você.

— Octavia me odeia — ele respondeu, sua voz cheia de tristeza resignada. — Ela ficará bem. Ela sempre foi forte. — Clarke e Olivia trocaram olhares preocupados, entendendo a dor que Bellamy sentia ao se afastar da única família que ele tinha.

— Você não sabe...

— Atirei no chanceler. Vão me matar, Clarke. — Bellamy exaltou sua voz, sua expressão carregada de desespero e resignação. — Na melhor hipótese, vão me pôr na cadeia com o terráqueo pelo resto de minha vida. E não mesmo que vou dar essa satisfação a Jaha!

Nada do que a loira pudesse dizer parecia capaz de convencê-lo do contrário. Olivia, por outro lado, permaneceu em silêncio, sua mente trabalhando freneticamente para processar a gravidade da situação. Do pouco que conhecia Bellamy, ela sabia que persuadi-lo a mudar de ideia seria uma tarefa quase impossível.

— Clarke, continue praticando. Preciso tomar ar — o garoto disse por fim, sua voz carregada de emoção enquanto ele se afastava do grupo, indicando que precisava de um momento para si mesmo. Olivia observou Bellamy sair do depósito, sua expressão pensativa enquanto ela tentava processar tudo o que havia acontecido.

— Olivia? — Clarke chamou a garota que estava um pouco atrás dela. Olivia levantou seu olhar rapidamente, para encontrar os olhos preocupados da loira. — Vai atrás dele, não o deixe sozinho. Eu irei continuar procurando por mais suprimentos.

Olivia assentiu em silêncio, compreendendo a urgência da situação. Após pegar um revólver, e colocá-lo em sua cintura, ela se virou e rapidamente seguiu os passos de Bellamy, determinada a alcançá-lo antes que ele se afundasse ainda mais em seus próprios pensamentos sombrios.

Quando Olivia saiu do depósito, Bellamy já não estava mais ao redor. A garota sentiu-se tonta assim que pisou na superfície, como se a pressão do ambiente confinado ainda a envolvesse. Uma leve vertigem a atingiu, fazendo com que ela cerrasse os olhos por um momento e respirasse fundo para recuperar o equilíbrio. Ela esfregou os olhos com força, como se tentasse afastar não apenas a tontura, mas também os pensamentos tumultuados.

A garota escutou um grito agudo vindo da floresta e virou-se rapidamente na direção do som. O que ela viu à sua frente fez com que seu estômago se embrulhasse instantaneamente. Lá, entre as árvores, estava uma figura humana, mas não uma que ela esperava encontrar.

Conforme a figura se aproximava, ganhando forma e detalhes cada vez mais nítidos, Olivia sentiu um calafrio percorrer sua espinha. Era como se a própria sombra de seu passado estivesse se manifestando diante dela. Quando a figura finalmente se revelou como sua mãe, Aurora, o coração de Olivia pareceu parar por um momento. Ela não podia acreditar no que estava vendo.

Aurora olhou para Olivia com olhos acusadores, sua voz ecoando com uma intensidade assustadora.

Você é o motivo da minha morte — ela acusou, sua voz cortante como uma lâmina. — Você nunca deveria ter nascido.

Olivia sentiu um aperto no peito ao ouvir aquelas palavras cruéis, e quando sua mãe insistiu para que olhasse para trás, ela obedeceu instintivamente. O que viu a deixou ainda mais horrorizada: seu pai, Marcus, estava lá, com o rosto contorcido em uma expressão de raiva e desgosto.

Assassina! — ele gritou, sua voz ecoando na escuridão da floresta. — Você destruiu nossa família!

As palavras atingiram Olivia como uma avalanche, derrubando-a de joelhos no chão. Ela tremia violentamente, as lágrimas fluindo sem controle enquanto as acusações de seus pais ecoavam em sua mente. Ela sentia-se sufocada pela culpa e pelo desespero, incapaz de encontrar qualquer consolo na escuridão ao seu redor.

Apesar dos apelos desesperados de Olivia, as vozes acusatórias de seus pais continuavam a ecoar implacavelmente em sua mente. Cada palavra era como uma faca afiada perfurando seu coração, deixando-a dilacerada e vulnerável.

— Por favor, parem! — ela gritava, suas palavras abafadas pelo tumulto em sua mente. — Eu não queria isso, eu juro. Por favor, me deixem em paz!

As vozes de seus pais se sobrepunham umas às outras, lançando acusações e ameaças cruéis contra ela.

A culpa é sua, Olivia! Você é uma assassina!

Você arruinou nossas vidas, Olivia! Nunca seremos capazes de perdoá-la!

Você não merece ser feliz, Olivia! Seu egoísmo nos destruiu!

As ameaças e acusações cortavam Olivia ao meio, deixando-a em um estado de angústia e desespero. Ela sentia-se completamente impotente diante da avalanche de culpa e dor que a consumia.

Por mais que tentasse fugir da tormenta, não havia escapatória. Seus próprios pensamentos se transformaram em prisões, aprisionando-a em um ciclo interminável de tormento emocional. A única coisa que restava a Olivia era afundar ainda mais na escuridão de sua própria mente, na esperança desesperada de encontrar uma saída desse pesadelo implacável.

— Não! Vocês não são reais! — Olivia berrou, apontando para seus pais. — Você, mãe, está morta! E você, Marcus, está na Arca, no espaço!

As palavras de Olivia ecoavam pelo local, desafiando a ilusão que a assombrava. Seu coração disparava enquanto ela tentava desesperadamente convencer a si mesma de que aquelas figuras não passavam de projeções de sua mente atormentada.

Você está mentindo, Olivia. Nós estamos aqui, porque você nos trouxe para cá. — a voz de Aurora era carregada de acusação, seus olhos brilhavam com uma intensidade assustadora.

Você não pode escapar de nós, Olivia. Nós somos parte de você, parte de sua culpa. – Marcus falou, sua expressão fria e implacável.

Olivia sentiu-se como se estivesse à beira do abismo, lutando para manter sua sanidade diante da cruel manifestação de seus próprios medos e arrependimentos.

— Não! Vocês não são reais! — ela repetiu, sua voz tremendo com a intensidade de sua negação. — Vocês não podem me machucar. Eu não vou deixar.

Com um último esforço de determinação, Olivia fechou os olhos e respirou fundo, tentando encontrar a força dentro de si mesma para enfrentar seus demônios internos e libertar-se da prisão de sua própria mente.

Olivia sentiu um calafrio percorrer sua espinha quando abriu os olhos e percebeu que estava sozinha na escuridão da noite. O silêncio ao seu redor era ensurdecedor, preenchido apenas pelo som de sua própria respiração acelerada. Ela olhou ao redor, tentando se orientar na escuridão. Seus pensamentos ainda estavam turvos pela experiência angustiante que acabara de vivenciar. Com passos hesitantes, Olivia começou a se afastar do local onde estivera presa em sua própria mente.

Olivia foi abruptamente despertada pelos gritos de agonia que ecoavam pelo ar, rompendo o silêncio da noite. Com passos rápidos e determinados, ela se dirigiu na direção dos sons angustiantes, seu coração batendo forte em seu peito.

Ao chegar ao local, deparou-se com Bellamy caído no chão. Seus olhos se moveram rapidamente para Clarke, que mantinha Dax sob mira com uma arma. A presença dele ali, o mesmo delinquente que Olivia havia visto mais cedo na equipe de carne, não passou despercebida por ela. Seu rosto estava gravado em sua mente, e agora ele estava no centro de uma situação caótica.

— Dava pra ter ficado quieta, Clarke. Tentei não matar você, mas olha só onde estamos agora — disse Dax com um sorriso irônico. — Fico curioso pra saber onde está a garotinha do Kane. E Shumway disse: sem testemunhas.

As palavras de Dax ecoaram na mente de Olivia, uma mistura de raiva e preocupação. Ela sentiu um calafrio percorrer sua espinha.

— Que diabos ele está falando? — Clarke indaga. Nenhum dos presentes havia percebido a presença de Olivia até então.

— Foi Shumway quem armou toda essa confusão — começa Bellamy, sua expressão séria refletindo a gravidade da situação — Ele me entregou a arma e esperava que eu acabasse com o Chanceler.

Dax ameaçou Clarke, sua voz carregada de tensão enquanto a arma permanecia apontada em sua direção.

— Vá embora agora, e não teremos problemas — ele proferiu, seus olhos faiscando com uma determinação sombria. Apesar da ameaça clara, Clarke não recuou, mantendo-se firme em sua posição, pronta para enfrentar qualquer desafio que surgisse em seu caminho.

No momento em que Clarke ordenou a Dax que largasse a arma, a tensão atingiu seu ápice. Os segundos pareciam se esticar enquanto ela aguardava uma resposta do delinquente, mas seus olhos encontraram apenas desafio e desdém. Com a munição esgotada, Clarke percebeu que precisava agir com rapidez para se proteger. No instante em que Dax tentou atirar nela, seus instintos entraram em ação, permitindo que ela se esquivasse habilmente do disparo, escapando por pouco de uma possível tragédia.

Enquanto Bellamy e Dax se engalfinhavam, trocando socos e golpes, a situação rapidamente se deteriorava. Apesar dos esforços de Bellamy para manter a vantagem, Dax conseguiu se reerguer com ferocidade, retalhando-o com uma série de golpes. Enquanto isso, Clarke, embora desarmada, tentava desesperadamente interromper a briga, apenas para ser brutalmente atingida por Dax com a arma, deixando-a atordoada e vulnerável no chão.

Olivia compreendeu que não havia mais espaço para hesitação. Determinada, ela retirou uma flecha de sua bolsa com destreza e correu em direção a Dax. Embora o delinquente tenha tentado reagir, seus movimentos foram lentos diante da determinação implacável de Olivia. Num instante decisivo, ela cravou a flecha com firmeza em sua garganta, pondo um fim abrupto à ameaça que pairava sobre eles.

No chão, Clarke contorcia-se em agonia, enquanto os olhos de Bellamy se arregalavam em choque ao testemunhar a ação decidida de Olivia. O rosto da garota estava salpicado com respingos de sangue, testemunho silencioso da violência que acabara de ocorrer. O ar ao redor parecia pesado com a tensão do momento, enquanto todos processavam o que acabara de acontecer.

Olivia ajudou Bellamy a se levantar. Juntos, os três se acomodaram no chão, encostados em uma árvore próxima. Bellamy ocupava o espaço entre as duas garotas, sua expressão ainda refletindo o choque do que acabara de presenciar.

— Podem me dizer que estão bem? — Olivia indagou com a respiração ofegante, seu semblante carregado de preocupação e assombro diante dos acontecimentos recentes.

— Não, não estou — Bellamy soltou um suspiro pesado, sua voz trêmula ecoando no ar enquanto pronunciava as palavras. Olivia observou atentamente, seu olhar meticuloso capturando cada expressão no rosto do garoto, agora marcado por ferimentos visíveis.

Olivia abaixou a cabeça, entregue à gravidade das palavras que ecoavam dos lábios de Bellamy. Seus olhos capturaram não apenas a dor evidente estampada em seu rosto, mas também a ferida emocional que se manifestava em sua expressão abatida, como uma paisagem desolada em um dia de tempestade.

— Minha mãe... — começou o garoto, sua voz tingida de angústia e seu semblante marcado pela dor que transbordava. — Se ela soubesse o que eu fiz... quem eu sou. Ela me educou para ser melhor, para ser bom.

Clarke engoliu em seco, atônita diante da confissão, sem encontrar palavras que pudessem confortar tamanha tormenta interna.

– Bellamy...

— E tudo o que faço é causar dor às pessoas — prosseguiu Bellamy, sua voz carregada de desespero, sem ousar direcionar seu olhar para qualquer uma das duas garotas ao seu lado. Ele balançava a cabeça em negação, recusando-se a encarar sua própria realidade. — Sou um monstro. — suas palavras ecoavam como um lamento na quietude angustiante do momento.

— Ei... Não! — Olivia disse com firmeza, interrompendo o silêncio tenso que pairava sobre eles. — Você salvou a vida de Clarke hoje. Pode ser um idiota a maior parte do tempo, mas... preciso de você, assim como todos no acampamento precisam.

Bellamy, finalmente, voltou seu olhar para Olivia, ponderando suas palavras com seriedade. A jovem exibia uma expressão reconfortante e sincera, que contrastava com a gravidade da situação.

— É verdade — concordou Clarke, sua voz carregada de gratidão. — Nenhum de nós teria sobrevivido aqui, se não fosse por você.

Bellamy permaneceu com os olhos fixos em Olivia, mesmo quando esta voltou seu olhar para Clarke. A expressão da garota refletia a profunda sinceridade de suas palavras, ressoando com o reconhecimento mútuo da importância de Bellamy para a sobrevivência e a coesão do grupo.

— Você quer perdão, ótimo, eu o perdoo — disse Clarke, sua voz carregada de aceitação. Bellamy finalmente desviou o olhar para ela, sua expressão mostrando uma mistura de surpresa e gratidão. — Está perdoado, está bem?

Olivia recomeçou, com a determinação em sua voz atraindo toda a atenção de Bellamy.

— Você não pode fugir, Bellamy — ela insistiu, sua voz carregada de convicção. — Tem que voltar conosco. Tem que enfrentar seus demônios.

— Assim como você enfrentou seu pai? — Bellamy perguntou, sua voz carregada de uma mistura de curiosidade e desconforto, enquanto ele lutava para formular as palavras certas.

— Está certo, não enfrentei e nem quero enfrentar meu pai, não quero enfrentar nada — respondeu a garota com sinceridade, sua voz revelando a vulnerabilidade por trás de sua bravura habitual.

— Tudo que pensamos, todo dia, é como vamos manter todos vivos — declarou Clarke, sua voz soando rápida e determinada. — Mas não temos escolha, precisamos fazer isso.

— Jaha me matará, quando vier. — afirmou Bellamy, sacudindo a cabeça em descrença, resignado à ideia de que não teria escapatória.

— Não — negou Olivia, sua voz firme e decidida — A gente dá um jeito, certo? — a determinação em suas palavras era palpável, uma promessa de solidariedade e apoio em face da adversidade.

Bellamy continuava encarando Olivia, uma sensação inexplicável o mantendo fixado em seu olhar, apesar de seus esforços para se afastar. Enquanto isso, Clarke recostou a cabeça na árvore, buscando um momento de tranquilidade ao fechar os olhos e respirar fundo.

— Podemos dar um jeito mais tarde? — Bellamy perguntou, seguindo o exemplo de Clarke ao observar o céu, ainda sem fechar os olhos. Ele permaneceu ali, perdido em seus próprios pensamentos, refletindo sobre suas ações e os desafios que aguardavam, enquanto o mundo ao seu redor continuava a se mover.

— Quando você estiver pronto, Blake — disse Olivia com um sorriso terno, seguindo o exemplo de Bellamy e Clarke ao acomodar-se ao lado de Bellamy e encostar a cabeça na árvore.

Olivia permitiu-se respirar fundo, deixando que toda a tensão deixasse seu corpo, pelo menos por aquele momento. Enquanto isso, Bellamy voltou a fixar seus olhos no rosto angelical de Olivia, incapaz de desviar o olhar, independentemente do que acontecesse ao seu redor.

O garoto suspirou, sentindo a tensão se dissipar enquanto franziu as sobrancelhas ao perceber o que estava fazendo. Desviando o olhar da garota, ele sentiu a mão dela encostar em seus dedos. Pode até ter hesitado de início, mas não se arrependeu quando entrelaçou sua mão com a dela.

Um momento de silêncio se seguiu, marcado apenas pelo suave entrelaçar de seus dedos e pela respiração tranquila que compartilhavam. Era um gesto simples, mas carregado de significado, simbolizando a união e a força que encontravam um no outro.

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