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04 ₂

No dia seguinte, Kane insistiu para que Olivia vestisse o uniforme da Guarda. A jovem sentiu um desconforto crescente ao perceber o olhar atento de seu pai sobre ela.

A expressão em seu rosto era diferente de qualquer coisa que ela já havia presenciado, algo que a deixava inquieta e confusa. Pela primeira vez, ela sentiu uma conexão com ele, uma sensação de se ver refletida em seus olhos, embora de maneira perturbadora e inédita.

Enquanto a jovem conversava com a Major, ambas foram interrompidas pelo chamado de Kane.

— Mandou me chamar, senhor? — perguntou a mulher, ao se aproximarem de Kane.

O sol estava escaldante naquela hora do dia. Olivia sentia sua pele arder quase imediatamente ao ser tocada pelos intensos raios solares. Seus olhos se estreitaram, incomodados pela luz ofuscante que parecia penetrar profundamente.

Todos os Arkadianos contribuíam de alguma forma para tornar o acampamento funcional, trabalhando incansavelmente para transformá-lo em um verdadeiro lar para todos.

— Dra. Griffin confessou ter ajudado esses garotos a escapar e forneceu armas a eles — explicou Kane, com os braços cruzados firmemente sobre o peito e o queixo erguido em uma postura autoritária.

Olivia esforçou-se para manter uma expressão neutra, reprimindo o choque que ameaçava transparecer em seu rosto.

Seu olhar se desviou rapidamente na direção de Abby, que estava ajudando um Arkadiano nas proximidades. Em seguida, ela voltou a encarar seu pai, engolindo em seco enquanto tentava processar a revelação.

— Ela deve ser vigiada o tempo todo e confinada nos alojamentos quando não estiver trabalhando. Fui claro? — a voz do homem soava autoritária, carregada de uma firmeza inquestionável.

Olivia e a General trocaram breves olhares, um instante fugaz que não passou despercebido aos olhos atentos de Kane.

— O que foi, Olivia? Pode falar — ele proferiu, sua voz carregada de uma mistura de curiosidade e autoridade, enquanto seus olhos fixavam-se atentamente na filha, aguardando sua resposta com uma expectativa palpável.

— Usar armas de fogo sem autorização e auxiliar na fuga de um prisioneiro são crimes, não é mesmo? — a garota perguntou, sua voz carregada de preocupação pelo destino da doutora — A punição é o açoitamento com choque.

— Sei que ela é amiga de vocês... — a Major foi interrompida abruptamente por Kane.

— Ela não é só minha amiga. Ela é uma antiga membro do Conselho e a pessoa mais respeitada deste acampamento — o homem afirmou, sua voz carregada de convicção, deixando claro a importância da doutora.

— Sim, senhor. É por esse motivo que isso acabará se configurando como uma forma de intimidação — afirmou a mulher.

— Na Arca, éramos compelidos à crueldade e intransigência. Nossa mão sempre se erguia com firmeza — disse Kane, avançando um passo em direção à mulher — Mas aqui... temos a oportunidade de recomeçar. De fazer algo melhor.

Olivia ofereceu um sorriso discreto, embora sem compreender completamente o motivo por trás dele.

— Espero sinceramente que esse dia chegue, senhor — concordou a Major, seu tom de voz refletindo tanto esperança quanto preocupação — No entanto, se perdermos o controle sobre este acampamento, e já estamos à beira do abismo, não sobreviveremos o bastante para ter essa oportunidade.

No entanto, a conversa foi abruptamente interrompida pelos gritos estridentes e vozes ecoando nos walkie-talkies que portavam. O terráqueo que haviam capturado estava sendo escoltado para dentro do acampamento.

Vários Arkadianos tentavam atingir o terráqueo, agredindo-o com violência. Foi nesse momento que Olivia, Kane e a Major reagiram instantaneamente, correndo para intervir e evitar que tal atrocidade se consumasse, acompanhados por outros membros da Guarda.

— Ei, deixem ele passar! — exclamou Olivia, interpondo-se no meio dos Arkadianos.

Kane também se interpôs no meio de sua própria gente, tentando deter sua investida.

Somente após o estampido de um disparo ser ouvido, todos detiveram seus gestos. Olivia arqueou as sobrancelhas, unindo-se a seu pai em direção à origem do ruído, buscando compreender o que havia acontecido.

— O que houve? — perguntou Kane, sua voz carregada de preocupação e urgência.

Um homem encontrava-se caído no chão, o sangue escorrendo de uma ferida recém-infligida pelo tiro. Ao seu lado, um membro da guarda se inclinava sobre ele, avaliando rapidamente a extensão dos danos.

— Ele tentou tirar minha arma — explicou o guarda, sua voz carregada de desespero enquanto ele lutava para conter o sangue que jorrava — Alegou que os terráqueos têm seu filho. A arma simplesmente disparou.

— Levem-no imediatamente para um médico! — ordenou Abby, que acabara de chegar.

À medida que Abby se retirava com os Guardas e o homem ferido, a Major posicionou-se diante de Kane e Olivia mais uma vez.

— Estamos à beira do abismo, senhor — repetiu a mulher, ecoando suas palavras anteriores com urgência renovada.

Kane balançou a cabeça em uma expressão de desconsideração, optando por ignorar as palavras proferidas pela mulher, como se estivesse sintonizado em uma frequência diferente, uma que transcendesse as preocupações imediatas e mergulhasse em um reino de reflexão solitária.

— Levem o prisioneiro para dentro — ordenou Kane, sua voz ressoando com autoridade inabalável.

A Major prontamente inclinou a cabeça em sinal de concordância, enquanto Olivia, seguindo seu exemplo, demonstrou seu consentimento com um gesto sincronizado de assentimento.

Ambas as mulheres avançaram em direção ao terráqueo, impondo-se com uma determinação que ecoava através do tumulto. Seus passos decididos e postura firme fizeram com que os Arkadianos recuassem, deixando o homem em paz sob a autoridade inquestionável que emanava delas.

Talvez a Major estivesse correta, talvez fosse necessário agir para conquistar o respeito do próprio povo. Horas mais tarde, essa constatação se revelaria verdadeira, quando a Guarda reuniu todos os Arkadianos do lado de fora da Arca.

— O que está acontecendo? — indagou Olivia em um sussurro dirigido ao seu pai. A questão dela foi ignorada pelo homem no momento em que Abby, acompanhada pelos guardas, fez sua entrada no local.

Um dos guardas prontamente agarrou o braço de Olivia, provocando um leve grunhido de desconforto por parte da jovem. Com um olhar de reprovação, ela murmurou algumas palavras ao mais velho, cuja expressão suavizou-se ao perceber a aflição em seus olhos, fazendo-o soltar o braço dela de imediato.

Quando Abby chegou, Kane e ela trocaram breves palavras, embora não tão rápidas quanto o discurso proferido pela Major. Esta última, em uma declaração concisa e incisiva, alegou que, de acordo com as leis estabelecidas na Carga do Êxodo da Arca, a médica fora condenada a dez chibatadas.

— O quê? — exclamou Olivia, sua voz carregada de incredulidade diante da sentença proferida.

A jovem teria se aproximado da Major em um gesto de desafio, não fosse pelo guarda que, agindo com prontidão, a deteve mais uma vez, segurando-a firmemente.

E depois, tudo aconteceu tão rapidamente quanto um relâmpago. Olivia apertava os olhos a cada golpe que Abby recebia. Seus punhos estavam cerrados com firmeza. Ela nunca desejava isso para Abby, e tinha certeza de que seu pai também não.

Quando tudo se encerrou, a atmosfera tornou-se estranhamente normal, como se nada tivesse ocorrido, uma realidade que exacerbava a irritação de Olivia. Determinada a não ser ignorada, ela dirigiu-se a seu pai, suplicando para participar da conversa com o terráqueo. Por fim, seu pedido foi atendido.

A Major elevava a voz para o terráqueo, exigindo que ele revelasse informações. Contudo, como era de se esperar, ele permaneceu em silêncio. A tensão no ambiente aumentou quando a mulher apontou a arma que empunhava diretamente para a testa do prisioneiro.

— Ei, abaixe a arma! — ordenou Kane com firmeza, mas suas palavras foram ignoradas pela mulher, cuja determinação parecia inabalável.

— Aqueles que você tirou a vida eram meus homens — proclamou a mulher, sua voz ressoando com uma ira incontida.

— Não temos certeza se foi ele — resmungou Olivia, expressando dúvida em relação à culpa do prisioneiro.

— Silêncio! — ordenou a mulher, seus olhos fixos nos do prisioneiro, como se buscasse extrair dele a verdade com apenas um olhar.

— Eu ordenei que parasse! — exclamou Kane, avançando em direção à mulher com uma expressão determinada — Agora!

Os olhos de Olivia oscilavam entre Kane e a Major, aguardando com expectativa o desenrolar dos próximos acontecimentos, como se cada movimento e palavra proferida por eles delineasse o destino iminente.

E então, a mulher recolheu sua arma, seu semblante contorcido pela ira dirigida tanto ao prisioneiro quanto ao seu chanceler. No entanto, ela compreendeu que não havia mais nada que pudesse fazer, resignando-se à impotência diante da situação.

— Vá tomar um pouco de ar — sugeriu Kane com uma voz calma e compassiva, enquanto se aproximava da mulher — Esta é uma ordem.

Quando a mulher se afastou, Kane lançou um olhar passageiro ao prisioneiro antes de direcionar sua atenção para Olivia.

— Não podemos continuar assim... e esperar sobreviver — murmurou o homem, visivelmente absorto em sua própria perplexidade quanto ao curso de ação a ser tomado.

Olivia permaneceu em silêncio, observando-o com uma expressão ponderada. Entre suspiros resignados, ele se assentou em uma cadeira próxima, perdido em pensamentos enquanto fitava seus próprios pés por longos momentos.

— Deve haver uma solução mais adequada.

— Talvez exista uma possibilidade — exclamou Olivia, desvencilhando-se dos braços cruzados e afastando-se das paredes frias do recinto, como estivera anteriormente — Talvez, se por um breve instante, o senhor considerasse o bem-estar de seu povo desaparecido. Talvez, se ordenasse uma equipe de busca em sua direção, poderíamos vislumbrar uma melhoria em nossa situação.

Kane observou atentamente a expressão de sua filha. Olivia já não era mais a jovem que, mesmo com pesar, ele havia enviado para a prisão. Embora não o reconhecesse plenamente naquele momento, no âmago de seu ser, sentia um orgulho sutil pela pessoa em que ela se tornara, apesar das divergências que ainda os separavam.

— O uniforme da Guarda parece adequado em você, Olivia — afirmou o homem, contendo um sorriso enquanto falava.

Olivia soltou um suspiro e franziu a testa, manifestando uma expressão de confusão e perplexidade.

— O que exatamente você quer dizer com isso? — indagou ela, sua voz ecoando com uma mistura de curiosidade e cautela.

— Que, a partir de agora, estarei disposto a ouvir suas sugestões. Talvez você esteja certa — admitiu o homem, revelando uma disposição recém-descoberta para considerar as perspectivas de Olivia.

Olivia encontrava-se em um impasse quanto à sua resposta. Embora sua expressão permanecesse neutra, uma tempestade de confusão começava a se formar em sua mente, obscurecendo suas ideias e sentimentos.

— Comece também a considerar o fato de que essas pessoas — ela apontou em direção ao prisioneiro — não são monstros; eles simplesmente estão defendendo suas vidas. Esse é o método que aprenderam a adotar para sobreviver, mesmo que seja profundamente diferente do nosso modo de vida — expressou ela, buscando transmitir uma mensagem de compreensão e empatia.

Marcus assentiu com a cabeça em sinal de compreensão, indicando que estava receptivo ao que Olivia estava comunicando.

— E, além disso, peço que pare de me tratar como se eu fosse uma criança — retomou a garota — Não tenho idade nem o luxo do tempo para ser tratada dessa maneira, e creio que ambos estejamos cientes disso, o que torna tal atitude ridícula — concluiu, transmitindo uma sensação de firmeza e maturidade em suas palavras.

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