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02 ₂

Murphy e Bellamy trocavam olhares há exatos cinco minutos, o mesmo período em que Kane havia saído apressadamente de onde estavam.

Os dois voltaram suas atenções para a porta da cela improvisada onde estavam, assim que ouviram os gritos.

— Me deixe passar! — uma voz feminina foi ouvida pelos dois.

— Senhorita, você não tem autorização para isso! — respondeu um dos guardas, mantendo sua postura aparentemente inabalada.

— Você acredita que eu me importo com isso? — a garota retorquiu — Me deixe passar. Não dou a mínima para o que seu chanceler pensa de mim.

— Senhorita Kane, você está ciente de que...

O homem não conseguiu concluir sua fala.

Bellamy e Murphy trocaram olhares, ambos com os cenhos franzidos. Pareciam duas crianças depois de uma briga infantil, embora estivessem lidando com questões adultas.

A porta da cela foi aberta com pressa e fechada quase instantaneamente. Bellamy teve que piscar várias vezes para ter certeza do que estava vendo. E quando finalmente percebeu, deixou escapar uma risada fraca.

— Essa princesa é surpreendentemente rebelde — resmungou Murphy, sorrindo de canto.

— Silêncio, Murphy — disse Olivia, dirigindo-lhe um olhar cansado. Sua blusa exibia uma grande mancha vermelha.

A garota voltou-se para Blake e aproximou-se dele. O rosto gravemente ferido e marcado por cicatrizes de Bellamy chamou a atenção de Olivia. Ela ajoelhou-se diante do rapaz, sua expressão tingida de preocupação.

— Quem fez isso com você? — perguntou Olivia, indo direto ao ponto. Ela parecia distinta, embora nada tivesse mudado.

Estava impregnada de raiva, tanto de seu pai quanto de tudo que estava acontecendo. Incapaz de conter essa emoção, a ira transbordava de seus olhos.

Bellamy não respondeu imediatamente; ele observava as expressões carrancudas e sérias enquanto Olivia examinava o rosto do rapaz com seus próprios olhos.

— A maioria já estava aqui — ele disse, desviando agora o olhar da garota e fixando-o na porta de metal do cômodo — O que aconteceu com o guarda?

— A maioria já estava presente, mas as mais recentes não — ela franziu o cenho e virou-se para olhar a porta — Isso não é relevante neste momento.

— Se isso me causar problemas, você vai ver! — Murphy referiu-se ao guarda, esbravejando.

Olivia fixou seu olhar em John, que parecia estar em péssimo estado.

— Você já está ferrado o suficiente; trancá-los é o máximo que podem fazer com vocês aqui — ela declarou, mantendo sua postura.

Era inegável que John irritava Olivia profundamente, mas sua irritação não estava centrada nele naquele momento.

— O que aconteceu com o guarda? — Bellamy perguntou novamente. Olivia virou seu rosto lentamente até que pudesse olhá-lo completamente.

— Eu apaguei ele, mas está ileso — ela respondeu, fazendo uma careta, o que arrancou uma risada irônica de Murphy.

Olivia se ergueu com certa dificuldade, devido ao curativo em sua barriga.

— Você é um tanto ingênua, Kane — disse Murphy, sorrindo sarcasticamente. Olivia não deu muita atenção, apenas balançou a cabeça e revirou os olhos — O que você acha que seu pai vai fazer quando descobrir que sua 'princesinha' nocauteou um guarda? Ele vai te trancar aqui também!

Bellamy detestava admitir, mas Murphy estava correto. Olivia poderia estar em apuros, e a teimosia que emanava dela não ajudava em nada.

— Ah, ele não fará isso — ela sorriu, como se tudo fizesse parte de um plano maquiavélico, embora não fosse.

Ela apenas dominava a arte de manipular seu próprio pai, o que era motivo de grande orgulho para ela, embora fosse, agora, uma habilidade útil para escapar de encrencas.

— Olivia... — Bellamy a chamou cautelosamente, preocupado com a aparência da garota.

Ela estava notavelmente pálida, e o desconforto que atravessava seu peito não a deixava mais confortável.

— Estou bem, Bell — ela respondeu, sem saber ao certo o que ele diria em seguida.

— Você está sangrando, Olivia — disse o moreno. Ele teria se levantado para ajudar, mas estava preso.

Sentia uma raiva ardente de si mesmo por se encontrar naquela situação, incapaz de cuidar e proteger Olivia.

A garota baixou sua cabeça com calma e colocou sua mão direita sobre o curativo. Ao observar seus dedos manchados pelo líquido vermelho, ela soltou um suspiro profundo.

— O curativo apenas se desfez, não é nada sério — ela disse com uma risada nervosa, limpando o sangue de seus dedos na própria blusa, aproveitando o fato de que a peça de roupa já estava manchada.

Bellamy balançou a cabeça negativamente e arregalou os olhos quando a porta do cômodo foi aberta pelo mesmo guarda que Olivia enfrentou.

— Garota! — o homem exclamou, e Olivia se virou rapidamente. Ele ameaçou puxá-la pelo braço, mas ela se esquivou — Você sabe que não pode ficar aqui, e já lhe disse isso. Não vou contar ao seu pai se sair agora.

— Que privilégios! — Murphy murmurou, em um tom de sarcasmo perceptível.

Olivia não respondeu verbalmente, apenas fez uma careta e dirigiu-se até a porta com determinação. Sua mão foi delicadamente colocada sobre a própria barriga, onde o sangramento persistia, evidenciando a dor física que ela suportava.

Antes de deixar o recinto, seu olhar se voltou para Bellamy. Um sorriso discreto, mas significativo, curvou levemente seus lábios.

— Vou tirar você daí — Olivia declarou com determinação, suas palavras carregadas de promessa e empatia.

— E eu? — Murphy inquiriu, buscando saber se também seria libertado.

O guarda, ao lado de Olivia, lançou um olhar de desdém, expressando sua impaciência com a situação.

— Você pode permanecer aí até que tenha cabelos grisalhos, Murphy — declarou ela, lançando um olhar desaprovador para Murphy antes de se afastar com passos decididos.

Em breve, o guarda fechou a porta novamente, deixando os rapazes sozinhos como estavam antes.

— Que fofos — Murphy proferiu novamente suas palavras, sarcástico como de costume, o que provocou um olhar confuso de Bellamy.

— Do que você está falando, cara? — questionou Bellamy, franzindo a testa em confusão.

— Você e Olivia, são burros e fofos — Murphy deu de ombros ao falar — Quer dizer, acho que não vai dar certo. A princesinha da Arca e o cara que atirou no Chanceler Jaha?

Bellamy suspirou, evitando entrar em uma discussão com Murphy sobre Olivia naquele momento tenso.

— Não é da sua conta, Murphy. Preocupe-se com seus próprios problemas — respondeu Bellamy, decidindo encerrar o assunto. Ele preferia focar em encontrar uma solução para a situação em que estavam, em vez de se envolver em debates desnecessários.

Murphy franziu o cenho, parecendo determinado a continuar com o assunto.

— Só estou dizendo, Blake, vocês dois são como água e óleo. Acho que vão acabar se separando quando as coisas ficarem mais complicadas — comentou ele, sem se deixar abalar pela resposta de Bellamy.

Ele gostava de provocar e de se intrometer na vida dos outros, especialmente quando achava que poderia causar algum impacto.

Bellamy suspirou, percebendo que Murphy não deixaria o assunto morrer tão facilmente.

— Talvez você esteja certo, Murphy. Mas Olivia e eu sabemos como lidar com nossas diferenças. E, de qualquer forma, isso é problema nosso, não seu — respondeu ele, mantendo a calma apesar da irritação crescente.

Murphy, sem se deixar abalar, continuou com seu raciocínio.

— Olha, não estou tentando me meter onde não sou chamado, só estou dizendo o que estou pensando — disse ele, com um tom de voz que denotava um misto de curiosidade e provocação.

— Olha, Murphy, eu e Olivia somos apenas amigos, nada mais — disse Bellamy, tentando encerrar o assunto de uma vez por todas.

Murphy cruzou os braços, mantendo um olhar desafiador.

— Pode até ser, mas quem vê de fora não concorda com isso, estão sempre juntos — provocou ele, com um sorriso irônico nos lábios.

Bellamy revirou os olhos, exasperado com as insinuações de Murphy.

— Você não tem mais o que fazer além de especular sobre os outros? Estamos aqui lutando pela nossa sobrevivência, não em algum romance de livro. Olivia e eu somos apenas amigos, nada mais — retrucou ele, com um tom de frustração na voz.

Após a breve discussão entre Murphy e Bellamy, como de costume por motivos aparentemente fúteis, um silêncio tenso se estabeleceu entre os dois. Era um silêncio que já se tornara um companheiro familiar em seus momentos de tensão.

Olivia entrou na tenda visivelmente pálida, buscando por Abby, e felizmente a encontrou. Ao avistar a garota, Abby apressou-se em direção a ela, preocupada com sua condição.

— Olivia! O que aconteceu? — Abby indagou, colocando suas mãos sobre os ombros da jovem Kane, demonstrando sua preocupação imediata.

— Não sei, acho que o curativo se soltou — Olivia respondeu, retirando cuidadosamente a mão do curativo e observando a quantidade de sangue que agora manchava sua pele, uma visão que aumentava sua apreensão.

Abby arregalou os olhos e retirou suas mãos dos ombros da jovem.

— Você fez algum esforço físico, não foi? — a mais velha parecia repreendê-la — Venha, deite-se aqui.

Olivia foi conduzida até uma maca, onde se deitou com dificuldade. Abby, com delicadeza, ergueu a blusa da garota para examinar o curativo.

— O curativo realmente se soltou — Abby suspirou ao concluir sua análise — Isso é perigoso, Olivia. Você ainda não se recuperou completamente; precisa descansar. Desta vez, o curativo simplesmente se soltou, mas poderia ter resultado em sangramento interno, infecções e até mesmo agravamento da lesão.

Olivia fechou os olhos ao ouvir as palavras da mais velha, deixando escapar um suspiro profundo entre seus lábios.

— Se Marcus não tivesse simplesmente me confinado naquilo que ele ousava chamar de lar por quase um dia inteiro, eu teria poupado esforços — ela murmurou, sua expressão carregada de ressentimento.

Abby escutava atentamente as palavras da garota, porém sua concentração estava voltada para refazer o curativo de Olivia. Num piscar de olhos, o curativo comprometido foi removido da barriga da jovem. Ela reprimiu um grito com a mão.

— Me desculpe por não ter avisado, mas era necessário — Abby falou, franzindo o cenho ao examinar o ferimento da garota — Reze para que o ferimento não se infecte.

— Se rezar resolvesse, estaríamos todos bem na Arca — Olivia falou, retirando a mão dos lábios — Por quanto tempo terei que ficar aqui parada como um vegetal?

Abby, apesar da gravidade da situação, soltou um leve riso nasal e balançou a cabeça.

— Você não precisa ficar aí parada como um vegetal, senhorita — a mais velha brincou ao chamar Olivia assim, arrancando um sorriso discreto da mais nova — Só não tente salvar a vida de ninguém enquanto cuida da sua.

— Vou ver se consigo encaixar isso na minha agenda — Olivia ironizou, fazendo uma careta quando sentiu os dedos de Abby se aproximarem da área onde, algumas horas antes, uma flecha tinha atingido.

— Você quer que eu costure? — Abby perguntou, retirando sua mão da barriga da garota.

— Quais são as chances de piorar depois disso?

— Fechar a ferida vai auxiliar na cicatrização e reduzir o risco de infecção — Abby começou a explicar, apoiando as mãos em sua própria cintura — Entretanto, suturar uma ferida exposta também pode aumentar o risco de infecção se não for realizado corretamente ou se não for mantida limpa.

Olivia franziu o cenho ao processar toda a informação que acabara de receber.

— Então pode costurar, eu acho — respondeu a morena, arqueando uma de suas sobrancelhas.

— Olivia, costurar uma ferida que ainda está sujeita a movimento pode causar desconforto e dificultar a cicatrização adequada. Isso significa nenhum esforço físico, você entendeu? — Abby disse com firmeza, encarando os olhos de Olivia.

— Eu entendi. Vamos lá — Olivia respondeu.

— Apenas mais um aviso, não temos anestesia suficiente, então só usarei em casos de extrema urgência — Abby avisou, enquanto pegava uma agulha e linha.

— Meu Jesus, certo — Olivia falou, suspirando profundamente. Ela não admitiria, mas sentia um nervosismo ao ver agulhas.

No entanto, acreditava que conseguiria superar isso.

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