Era véspera de natal ,e o clube do corvo começou a se encher de mercantes  e outros trouxas que gastavam o seu dinheiro  atoa em jogos de azar.

Inej como uma sombra ficava observando lá do segundo andar  quem entrava  ou saia do local.
Seus olhos se moviam como flechas rápidas para uma leve especulação nos mercantes .
A noite de véspera do natal era a mais movimentada do ano inteiro no clube do corvo.
E porque somente esse dia?
Bom ,pergunte para o Jesper.

Inej riu sozinha se lembrando de seu amigo Jesper, preparando tudo logo cedo já para receber todos, ele andava como um louco com o seu cabritinho Milo ao lado .

Jesper estava lá em baixo participando dos jogos e ele estava  segundo Inej " Um pouco fora do normal "

Jesper sendo discreto acenou para a sua amiga que estava lá em cima , Inej retribuiu sorridente.

Era hora de ela voltar para Ripa e cumprir uma missão , sim uma missão, mas não foi passada a ela uma missão, Inej se propôs a criar a sua própria missão, e a sua missão se chamava " Procurar o Kaz"

Não necessariamente procurar ele , já que ela sabia aonde ele estaria nesse exato momento.

A Ripa como sempre estranha e pequena , Inej subiu as escadas diretamente indo até o andar que Kaz tem só para ele ,bem lá em cima .

Ao chegar na porta do quarto de Kaz , ela não exitou em entrar sem bater à porta, já que Kaz a deixava fazer isso , ele confia muito nela.
Assim ela adentrou o quarto de uma forma rasteira e encontrou ele lendo um livro em sua escrivaninha.

Kaz parou de ler  sentindo a sua presença, Inej se alto chingou, ela podia até se camuflar bem , porém Kaz tinha esse " poder" de saber que ela estava alí.

— Eu sei que está aí.  — A sua voz saiu roca como sempre.

Inej pediu ajuda ao Santos para que Kaz não brigasse com ela , e então ela  saiu das sombras revelando-se .

— Pensei que estaria no clube do corvo, você está perdendo os seus ganhos.

Kaz não se moveu de sua cadeira frente a escrivaninha e muito menos forçou a olhar Inej, ele preferiu continuar a ler o seu livro.

— Kaz?  — Ela o chamou a atenção.

— Prefiro ficar aqui.— Ele respondeu ríspido.

Inej sentiu que acabara de tocar em um ponto sensível de Kaz .
Ela se aproximou um pouco ,mas não tão perto de Kaz

— Você devia ficar feliz, essa é a época...

— Não insista. — Kaz resmungou ainda  lendo o seu livro.

Inej se calou e se aproximou mais dele até ficar ao seu lado , ele ainda não tinha a coragem de olhar para ela , ainda preferia ler o seu livro em paz .

Ela permaneceu calada , ela sabia que mais cedo ou mais tarde ele teria que lhe olhar .

Kaz sabendo que ela não desistiria , obrigou-se a levantar a cabeça e lhe olhar com uma sombrancelha arqueada.

Ela o encarou esperando que se pronunciasse, porém Kaz somente a  fitou  seriamente por um longo tempo.

No jogo de olhar Inej podia perceber o vacilo nos olhos verdes de Kaz Brekker, ele tinha algo a contar para ela , porém não achava  a coragem para revelar algo tão triste.

A paciência da espectro estava se esgotando:

— Eu entendi. — Ela murmurou e lhe deu as costas rapidamente  indo em direção a porta.

Kaz percebendo oque fez se levanta rapidamente e exita em chama-la.

Inej abriu a porta e logo sairia de seu quarto.

— Inej, espera! — O murmuro roco de kaz bateu nas quatro paredes de seu quarto até chegar em  Inej e fazê-la virar devagarinho.

Ela supirou pesadamente:

— Sim?

— Eu , fique por favor. —Ele pediu, mas estava implorando por dentro.

Ela assentiu  se aproximando cautelosamente de Kaz, assim ficando frente a frente com ele.

Kaz engoliu seco,  ele estava perto demais de Inej.

Santos, oque estava acontecendo com ele?

Ela era tão, qual a palavra se encaixaria melhor com ela?
Perfeita, nada nela ele mudaria ,mas  não poderia gritar isso ao quatro ventos, Inej era o seu investimento nada além disso.

Ele  deviou de Inej caminhando manco  até a sua cama e se sentou,  ela o acompanhou com o olhar.

O supiro triste dele fez Inej se preucupar mais do que deveria.

— Sente se quiser.

Inej se moveu cautelosamente e se sentou a uma distância segura ao lado de kaz , ela olhou para o chão esperando ele se pronunciar.

— Desde quando ele se foi, eu não tenho motivos para comemorar o Natal, e os pesadelos ficam piores nessa data.  — Ele confessou com a sua voz em uma mistura embargada e cética.

Inej sentiu um aperto no coração, os motivos de Kaz sempre eram pelo o seu irmão Jodie que acabou por falecer pela doença fatal que varreu Ketterdam em uma época.
A Suli ficou sem chão e sem saber oque dizer a Kaz , ela não comentou nada e deixou que ele continuasse.

— Nessa data, eu e ele sempre trocava-mos presentes. — Ele comentou analisando a sua bengala de corvo.

Inej ergueu a cabeça para fita-lo.

Kaz Brekker , o homem que ela duvidava gostar, Inej guarda esse segredo a sete chaves em seu coração.

— Eu sinto muito, eu não queria te forçar a contar sobre esse assunto delicado, desculpa. — Assim Inej se levantou.

Kaz lhe acompanhou com o olhar, porque ela pediu desculpas? Para ele, ela nunca precisava pedir desculpas, ela era a espectro a pessoa em que Kaz depositava toda a sua confiança , a sua confidente.
Algum sentimento afloreceu naquele momento em seu coração e Kaz tomou uma atitude, ele não deixaria a sua espectro sair assim.

Kaz se levantou com a ajuda da bengala e ficou frente a frente com Inej.

— Você vai me abandonar? Eu não quero passar esse natal sozinho, fica aqui comigo, por favor . — Ele pediu.

A Suli pensou um pouco, Kaz pedindo ( quase implorando ) para ela ficar para lhe fazer companhia?

— Tudo bem ,eu fico. — Inej deu um leve sorriso que Kaz não pode deixar de notar, tudo que ele queria naquele momento era poder assegurar o queixo de Inej e admira-la de mais perto, porém ele se lembrou de suas mãos e a sua armadura.

Inej percebeu que Kaz estava fora de si.

— Kaz, você está bem? —  Ela perguntou .

Kaz balançou a cabeça de leve se livrando dos pensamentos.

— Sim Estou.

Os dois sentarem na guarda  da janela observando a lua e as estrelas brilharem a noite.

— Trouxe um presente pra você . — Inej entregou uma caixa média nas mãos descobertas de kaz .

Ele analizou a caixa tentando adivinhar oque tinha lá dentro.

— Assim você nunca vai abrir. — Inej comentou rindo .

Kaz deu uma leve risada e abriu a caixa.

Eram um par de luvas, com bordados em dourados com o nome dos corvos na mesma.

— Foi eu quem  a fiz.  — Ela confessou corando.

Eram perfeitos assim como ela.

— Obrigada! Ele agradeceu  tirando as luvas da caixinha para colocar em suas mãos descobertas, mas na mesma hora um arrepio percorreu o seu corpo quando Inej o tocou.

— Sem armadura por hoje. Ela pediu lhe olhando fixamente.

Os dedos de Inej tocaram a mão de Kaz delicadamente e então ela pegou as luvas da outra mão dele e as guardou.
E ele lhe observava em choque.
Inej almejana um dia tocar nas mãos de kaz, e esse dia chegou e essa sensação foi incrível.
Kaz nunca tocaria em Inej, mas hoje o seu nunca foi em vão.

— Eu já volto! — Kaz se levantou e pulou para dentro do seu  quarto.

Um pouco surpresa com oque acabara de fazer Inej não o impediu.

Kaz começou a mexer em algumas gavetas aleatórias no corredor , ele estava a procura de algo para presentear Inej , ele conseguiu achar a rosinha  de plástico  que ele havia ganhado de sua mãe.

" De está rosinha a mulher que lhe faz feliz"  Foi oque a mãe de kaz disse a ele uma vez.

Alguns minutos se passaram e Inej estava já se preucupando com a demora de kaz.
Logo em seguida kaz aparece e senta novamente na guarda da janela junto a Inej.

Ele respirou fundo e por fim olhou para a Inej.

— Pode soltar os seu cabelos? — Ele pediu.

Inej ficou surpresa com o pedido de Kaz, ela assentiu um pouco receiosa e soltou os cabelos.

— Fecha os olhos, por favor. — Kaz pediu novamente.

Ela fechou os olhos, segundos se passaram e nada aconteceu, até que ela sentiu algo aspero  e frio tocar  rapidamente em  seu rosto e um calafrios percorreu o seu corpo.

A pele de Inej era macia assim como os seus cabelos, foi assim que Kaz havia imaginado o tempo inteiro, era tão bom.

— Pôde abrir os olhos!

Inej abriu os olhos devagar  dando de cara com um espelho enxergando a si mesma e uma rosinha que estava presa  em seu cabelo.

— Você não precisa me dar presente, você já é o meu presente  de natal . — Ele murmurou sem graça.

— Kaz eu...

— Shsss...

Ela ficou em silêncio admirando Kaz equanto ele olhava a lua no céu que estava  totalmente estrelado.

"Alguém raptou o Kaz e colocou essa versão romântica aqui?"  Inej se perguntava , Kaz não era o mesmo, porém ela gostou dessa nova versão sem a armadura.

Kaz pode ser amargo , frio e diferente, mas era desse jeitinho que ela amava.

Então ela decidiu optar por se arriscar, Inej se aproximou de kaz e deitou a sua cabeça em seu ombro.

Ela percebeu o olhar de Kaz lhe queimar , e ele deixou que ela ficasse ali ,mas Kaz sabia , um passo de cada vez e tudo um dia ficará perfeito.

O sino deu 5 badaladas anunciando meia noite, dia de Natal.

— Feliz Natal , Inej.  — Ele murmurou roco.

— Feliz natal , Kaz. — Ela murmurou sorrindo.

E assim os dois passaram a noite , na guarda da janela um ao lado do outro aproveitando oque o presente de natal pode nos dar.

Os dois foram feitos uma para o outro!☺️

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❤️🎄FELIZ NATAL!!🎄🎄🎄🎄❤️
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Obrigada por ler essa one shot, eu amo kanej!!!