| 𝗡 𝗽𝗼𝘃'𝘀 | •

❛𝘌́ 𝘵𝘶𝘥𝘰 𝘤𝘶𝘭𝘱𝘢 𝘥𝘰 𝘢𝘮𝘰𝘳❛

         𝗙𝗘𝗥𝗡𝗔𝗡𝗗𝗢 𝗦𝗨𝗦𝗣𝗜𝗥𝗢𝗨 de nervosismo olhando para a porta. Enquanto Letícia desejava nunca mais sair de perto dele, sem se importar com o que os pais iriam dizer sobre seu comportamento. Os dois se encararam, assim que olharem para a pessoa que saiu de dentro da casa.

―― Minha filha, isso é hora de chegar em casa? Sabe muito bem como o seu pai reagiria se estivesse acordado agora! ――Dona Julieta disse, olhando atentamente para a filha―― Não me diga que está bêbada? Letícia Padilha Solís!

―― Eu também te amo mamãe hihihi. ――Ela riu.

―― Peço perdão, senhora Padilha. ――Fernando atravessou na frente dela, ajeitando o paletó―― Eu sou Fernando Mendiola presidente da Conceitos e chefe da sua filha. ――Ele estendeu a mão para ela.

―― Ai meu Deus! Então o senhor é o famoso Fernando Mendiola? ――Ela respondeu, o cumprimentando―― A minha Lety fala muito sobre o senhor...

―― Minha Lety? Ai que gracinha, eu também a chamo assim dona Julieta. ――Ele riu, a interrompendo―― Agora me fala do que ela tanto fala sobre mim, hein?

―― Mamãe não conte nada para seu Fernando. ――Letícia respondeu ficando ao lado dela―― E você não precisa saber!

―― Como não? ――Fernando fez uma cara de bravo―― E se você tiver falando mal de mim para sua mãe? E por seu pai? ――Ele arregalou os olhos―― Você fala muito bem de mim para ele, né?

―― Seu Fernando você já pode ir embora. ――Ela disse com vergonha―― Vai logo... Antes que eu te empurre hihihi!

―― Dona Julieta você ouviu isso? ――Ele ficou do outro lado dela―― Ela é minha secretária mas às vezes fica parecendo a minha dona.

―― Seu Fernando vai embora já! ――Ela o empurrou sem jeito.

―― Minha filha não fale assim com o seu chefe. ――Dona Julieta respondeu, tentando entender o que estava acontecendo entre os dois―― Perdão senhor Mendiola, mas ainda não entendi o que está acontecendo aqui.

         𝗢𝗦 𝗗𝗢𝗜𝗦 𝗙𝗜𝗖𝗔𝗥𝗔𝗠 sérios. Fernando alinhou os ombros e Letícia tentou, mas era impossível depois das bebidas que tomou.

―― Dona Julieta primeiro quero pedir perdão por ter chegado a esse horário com sua filha e segundo deveríamos ter avisado que iríamos comemorar um passo importante para a Conceitos.

―― A culpa é toda minha hihihi. ――Ela riu.

―― Minha filhinha olha para você, está bêbada. ――Dona Julieta disse, aconchegando a filha em seus braços―― E pelo visto você não foi a única, não é mesmo senhor Fernando Mendiola?

―― Mamãe não me chame assim na frente do seu Fernando. ――Ela resmungou com vergonha―― Ele é o meu chefe.

―― Pode deixar Lety eu finjo que não estou escutando. ――Eles riram, exceto a Letícia―― Eu e a sua filha só acabamos bebendo um pouquinho da conta.

―― Nem foi um pouquinho hihihi. ――Letícia riu, abrindo a boca com sono―― Mamãe hoje o meu dia foi incrível porque estava ao lado do seu...

―― Minha filhinha olha lá o que você vai dizer. ――Dona Julieta a interrompeu, com um sorriso sem graça no rosto―― Agora vamos nos despedir do cavaleiro e entrarmos dentro de casa.

―― Eu não quero deixar o seu Fernando! ――Ela o abraçou de surpresa―― Seu Fernando podemos fazer isso no outro dia?

―― Claro que sim, Lety! ――Ele respondeu, retribuindo o abraço, como se não tivesse vendo a dona Julieta tão perto―― Agora vai descansar um pouquinho.

―― Seu Fernando, tão lindinho. ――Letícia o olhou com ternura e antes de se afastar dele, deu-lhe um beijo na bochecha o deixando totalmente desconcentrado―― Tchauzinho seu Fernando!

―― Tchauzinho Lety! ――Ele sussurrou, a observando entrando dentro de casa―― Senhora Padilha, por favor não a deixe ir para a empresa amanhã. ――ele a cumprimentou com um abraço―― Ela precisa descansar muito e me perdoe por trazê-la nessa situação.

―― Senhor Fernando, muito obrigada pelo cuidado que teve pela minha Lety. ――Ela sorriu―― Veja o que é um homem muito íntegro e bom para minha filha.

―― Sempre será um prazer cuidar dela.

―― Muito obrigada! Foi um prazer te conhecer depois de anos hihihi. ――Ela riu, igualzinha a filha―― E te convido a nos visitar assim que puder.

―― Será um prazer dona Julieta. ――Ele assentiu―― Bons sonhos!

          𝗔 𝗣𝗢𝗥𝗧𝗔 𝗗𝗔 casa de Letícia se fechou, e Fernando estava mais feliz do que tudo. Ele deu um salto de felicidade e só faltava gritar para que toda vizinhança acordasse.

―― Ela me beijou? Ai meu Deus, ela me beijou! ――Ele caminhou até o motorista na maior felicidade―― Ela me beijou aqui na bochecha! Jorge, o senhor viu?

―― Eu vi. ――O motorista respondeu sorrindo dele―― E pelo visto o senhor gostou muito, não foi?

―― Se eu gostei? Eu amei! ――Ele respondeu abrindo a porta do carro―― Foi o nosso primeiro beijo. Mas ainda não somos nada... Sabe? Eu gosto muito dela.

―― O senhor apenas gosta?

―― Não, eu a amo muito! E como diria o Carvarral meu irmão, eu estou caidinho por ela! ――Ele sorriu todo apaixonado―― Mas ainda não confessei para ela.

―― E o que está esperando meu jovem?

―― Com todo respeito, o senhor acha que eu deveria contar toda a verdade sobre os meus sentimentos por ela? ――Fernando o encarou, esperando por sua resposta―― Ela é a minha secretária e dona do meu coração.

―― Os jovens de hoje em dia são tão… Claro que sim. ――O motorista colocou a mão no ombro de Fernando―― Deveria confessar a verdade antes que apareça alguém na sua frente.

―― Isso eu não permito! Eu serei o primeiro dela. ――Ele ergueu os ombros―― De uma vez por todas, eu Fernando Mendiola vou me confessar para uma mulher que para mim é um anjo!

―― Faça isso o mais rápido possível. ――Ele sorriu.

―― Pode deixar! Senhor motorista que é um ótimo conselheiro. ――Ele sorriu, ajeitando o cabelo―― Ah, ela me beijou...

         𝗗𝗘 𝗥𝗘𝗣𝗘𝗡𝗧𝗘, o celular de Fernando tocou tirando sua concentração e ele apenas ignorou por se tratar de um número desconhecido. Mas, voltou a sorrir ao lembrar dos momentos que passou ao lado de sua amada Letícia e estava disposto a se confessar para ela.