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trinta e dois - pensando no Nolan

(Jack)


Faz dois dias que eu estou pensando no Nolan.

Na verdade, na situação como um todo. Mas o Nolan é o protagonista. Ele não sai da minha cabeça. Os desenhos que ele fez de mim. A cumplicidade dele. A dedicação dele por mim. O tanto que ele parecia se importar comigo, querer me agradar da melhor maneira como se eu fosse algum tipo de relíquia para ele.

Depois que a cabeça esfria e você a coloca no lugar, as coisas ficam claras. Agora eu consigo enxergar o que o Alex disse no baile. Ele ama você. Porque ele fez coisas por mim que, se não amasse, jamais faria.

Estou sentado na minha carteira pensando nisso. O Sr. Eastwood escreve na lousa e todos na sala estão em silêncio. Olho para a carteira ao meu lado, a que o Nolan deveria ocupar agora, mas ela está vazia. Ele ainda não veio.

Desbloqueio o celular e abro na mensagem que ele me mandou há dois dias atrás, quando me pegou saindo da casa dele. Desculpa. Ele sempre me pede desculpas como se ele sempre fosse o errado em toda situação.

Eu não tive cabeça para respondê-lo na hora. Estava muito irritado e decepcionado. Só depois que fiquei ensaiando alguma coisa em pensamento, mas não enviei. Não tive ânimo. Agora, estou aqui digitando na caixa da mensagem sem coragem para apertar para enviar.

Então, ele entra pela porta. O professor desvia da lousa e coloca um olhar severo em cima dele.

— Está atrasado, Sr. Urrea — comenta.

— Desculpe, Sr. Eastwood. Tive um contratempo.

Ele caminha e senta na carteira bem ao meu lado, a única vazia na sala inteira. Não me olha. Não vira o rosto para mim. Finge que eu não existo. Está com vergonha. Deve achar que ainda estou com raiva. Naquele dia, quando chegou ao seu quarto, deve ter visto os desenhos bagunçados em cima da mesa do computador e imaginado o que tinha acontecido. Agora, seu rosto cora sob a insistência do meu olhar. Eu sei que ele enxerga perifericamente que eu estou olhando para ele, mas nada o faz virar o rosto para o meu.

Eu desisto e volto a encarar o caderno. Queria saber pedir desculpas com a facilidade que o Nolan pede. Mas eu não fui criado assim. Tive que suportar coisas ruins desde muito cedo, não apredi a pedir desculpas. Ninguém nunca me ensinou. E, aqui, volto a olhar para o Nolan por impulso. Talvez ele me ensine a ser menos duro com tudo e todos ao meu redor.

Depois da aula, encontro o Nolan no refeitório vazio.

Como de costume, ele está na mesa mais isolada de todas, lá no canto. Todos os alunos do colégio ainda estão em aula agora, mas não o Nolan. Justo ele, o maior nerd que eu conheço, está matando aula. E eu o cacei pela escola inteira antes de achá-lo ali.

Caminho até a mesa onde ele está e me sento junto dele. Ficamos um tempo sob um silêncio constrangedor. Eu ainda estou ensaiando o que vou dizer depois de tudo o que aconteceu. Eu pensei bastante. Sempre esperei o Nolan me contar porque eu o deixo tão sem jeito, mas ele nunca me contou e agora eu sinto que não posso esperar mais. A nossa amizade está por um fio.

— Nolan?...

— Olha, Jack, eu não quero falar com você — ele me corta e se encolhe no banco. — Desculpa...

Está claro que ele está com vergonha e se sentindo exposto e humilhado, mas nós precisamos ter essa conversa. Eu já sei o que está acontecendo. Acho que, lá no fundo, eu sempre soube. Mas preciso que ele me conte com a boca dele, com as palavras dele.

— Nolan — eu bato o nó dos dedos na mesa, chamando a sua atenção —, por que você não confia em mim?

— O que? — ele me olha, sem jeito.

— Você, cara... Você ficou duro quando me viu pelado aquele dia, no banheiro. Depois, você ficou tentando me olhar enquanto eu me vestia na videochamada, mas sempre desviava o olhar para eu não achar ruim. Você acha que eu não percebi nada disso? Eu sempre presto atenção em cada reação sua. Depois, entro no seu quarto e descubro que você me desenha pelado e escreve poemas para mim. — Eu suspiro olhando direto nos olhos dele. — Eu sempre conto tudo para você. Tudo. Mas você nunca me conta nada. Parece que só eu tô sendo amigo. Por que você não confia em mim?

Ele se levanta de uma vez. Vejo os olhos dele brilhando, querendo chorar. Ele está prestes a explodir e eu sei disso. Me sinto mal por pressionar ele, mas preciso mesmo saber.

— Você acha que eu não confio em você? — ele fala com a voz embargada de choro. — Eu gosto para caralho de você, Jack! Desde o primeiro dia que te vi! Mas todo mundo se afasta de mim uma hora, e eu não queria que com você fosse igual! — Ele está chorando agora, lágrimas rolando pelas suas bochechas trêmulas. — Tudo isso que você falou é verdade! Você me deixa duro, me deixa vermelho, me deixa sem jeito, faz meu corpo ferver, porque eu gosto muito de você e não sei como pegar você para mim e nem quero que você vá embora, droga! Tá feliz agora?

Ele esconde o rosto nas mãos e se encolhe, o corpo inteiro chacoalhando com o choro. Eu me sinto um lixo por deixa-lo desse jeito. Não precisava ter sido assim.

— Eu nunca quis ir embora, Nolan — digo, mas ele nem me olha.

Por um instante, eu tenho medo. Medo de como ele vai reagir.

— Jack — Nolan limpa as lágrimas com as costas da mão —, eu tô cansado de te seguir. Todos se afastam de mim e eu sempre acabo sozinho. Não me importo mais. Vai. Você pode ir também. Pode sair. Vai lá namorar a Anne só para humilhar mais ainda o Bailey. Não é esse o seu plano? Humilhar ele? Massacrar ele que nem fez com você? Pois, vai. Só não conte comigo para mais nada... Eu vou superar você.

Ele levanta, puxa a mochila e se vira para ir embora, mas eu estou tão desesperado de perdê-lo, tão desesperado da nossa amizade acabar desse jeito, que apenas o puxo pelo braço e o beijo.

Quando vi, já tinha feito.

Nossas bocas coladas, nossas línguas conversando em silêncio, fazendo poesia. Como se a gente tivesse nascido para isso. Como se a gente tivesse sido feito para esse único momento nas nossas vidas, tendo apenas o refeitório vazio como testemunha.

Eu me separo do Nolan e as suas bochechas estão vermelhas de vergonha.

— Me desculpa, por favor. — Pela primeira vez, não é o Nolan que me pede desculpas por alguma coisa. É a minha vez de me desculpar pelo babaca que eu fui. — Não posso perder você, Nolan. Fica comigo. Não me deixa sozinho agora, por favor.

E o abraço, mas ele não me abraça de volta.

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