oito - pelado no banheiro
(Nolan)
Eu me sinto tão... Como explicar?
O Jack é perfeito. E agora eu estou sentado na cama dele, olhando as coisas dele como se eu fosse um fã no camarim do ídolo!
Olho o chão do quarto dele, as roupas dele espalhadas por todo canto. Olho as paredes, os pôsteres de hóquei e do Michael Jackson. Ele tem também uma bandeira do Canadá ao lado de outra bandeira, do Brasil. Me pergunto porque ele tem uma bandeira do Brasil no quarto dele e sorrio, sem nem imaginar a resposta. Mais uma coisa que eu vou perguntar para ele quando tiver a oportunidade.
Eu não sei explicar bem, mas toda vez que ele fala comigo, eu sinto que a minha garganta falha e as palavras não saem para eu acompanhar o ritmo de conversa. Ele sempre fala mais rápido do que eu consigo responder de tanto que eu fico olhando e admirando ele.
Fico caçando os defeitos dele.
Ele é muito melhor do que eu.
Ele é mais forte. Não fisicamente, considerando que eu e ele temos quase a mesma altura e tipo físico. Mas ele é persistente. Não tem medo de levar sopapo. É destemido. Não desanima. Já eu sou totalmente o oposto. Um covarde. Um merda.
Será que um dia eu vou ser que nem o Jack?
E eu gosto tanto dele, mas acho que ele é hétero e não vai gostar de mim do mesmo jeito. Mas tudo bem. Eu quero apenas estar perto dele. Só não quero perder a sua amizade, porque estar perto do Jack, saber das suas coisas, ouvir o som da sua voz falando comigo, me faz querer ser uma pessoa melhor. Uma pessoa que nem ele.
Então, eu me sinto tão... Tão bem!
Só tenho que parar urgentemente de dar tanta bandeira! Quando o Jack tirou a camisa, eu quase fiquei azul e isso foi uma mancada gigante! Será que ele percebeu que eu fiquei sem saber para onde olhar? Espero mesmo que não.
Mas o corpo dele é tããão perfeito! Barriga, peitoral, braços, MEU DEUS! Que homem! E olha que eu só vi por um segundo! Mas foi o bastante para eu não esquecer mais.
E enquanto revivo essa imagem, ouço o grito dele no banheiro!
Instintivamente, corro para lá. Só não esperava que a porta do banheiro estivesse aberta. E a cortina da banheira também. E o Jack, peladão, dentro dela.
Eu travo e Jack me olha enquanto eu sinto que estou perdendo a cor.
— Des... Desculpa, Jack — falo.
— Não fica aí parado — ele diz, protegendo o nariz com a mão. — Isso aqui tá doendo, me ajuda!
Eu tento não olhar para o seu pau de cavalo balançando bem abaixo da cintura. Muita mancada ficar manjando o Jack. Não posso dar essa bandeira. Não aqui e não agora. Mas, meu Deus do céu, como é grande! Será que todos os canadenses são enormes assim ou é só o Jack?
Eu me aproximo dele quase sem respirar e ele vira as costas para mim, me passando o sabonete. Ele quer que eu esfregue as costas dele? Tipo, com as minhas mãos? Talvez eu desmaie?
— Preciso sair daqui logo, meu nariz tá me matando — ele fala.
Ok, tenho que ser rápido. Mas, puta merda, como esse cara é lindo! Olha essa bunda! Olha essas pernas!!! Eu estou apaixonado?
Minha mão toca a sua pele molhada e eu logo fico arrepiado. É impossível para mim não sentir o meu corpo todo esquentar num misto de medo e nervosismo e curiosidade cada vez que a minha mão desliza pela sua pele macia. Então, olho para a minha virilha e perco o ar. Caramba. Eu estou duro.
Jack se vira de frente para mim e eu não sei mais como esconder a minha ereção! Está muito aparente na roupa. Acho que vou morrer de vergonha. Mas ele não parece perceber a minha situação. Ele só me olha nos olhos, tira a mão do nariz e pergunta:
— Tá muito feio?
— Não — minto. O nariz dele, na verdade, tem um corte horrível. Mas ele tem olhos azuis tão puros que não consigo dizer a verdade e desmotivá-lo. — Eu faço um curativo para você.
— Valeu, cara — ele sorri.
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