002
ALICENT ENTRAVA COM UMA CARA DE
cachorro abandonado.
- O que houve? - Perguntou enquanto encarava a amiga -
- Cancela tudo - Disse se jogando no sofá derrotada -
- O que aconteceu maluca? - Fechou o livro prestando atenção total na Riddle -
- O professor novo é meu padrinho - Disse se jogando no chão, fazendo drama - Meus sonhos foram arruinados.
Não contive minha risadas, ao ver o drama dela.
- Estava mesmo cogitando a ideia de pegar ele? - Arqueei uma sobrancelha -
- E quem não? Vai me dizer que não o achou atraente?.
- Achei sim, mas ele deve ter uns quarenta anos - Deu de ombros -
- Aquele homem parece ter uns vinte anos Amelia - Olhava desacreditada para a amiga -
- Pouco me importa, aliás o trabalho é individual que ele passou - Revirei os olhos - Já chegou com trabalho, que saco.
- Preciso conseguir os ingredientes dessa poção que ele passou - Alicent se levantou enquanto limpava a saia -
- As duas princesas só sabem falar de tarefa e trabalho? - Mathias entrava na comunal com um sorriso no rosto, sendo acompanhado de Derik -
- Chegou quem não devia - Murmurou Alicent ao ver o irmão -
- Sei que me ama, maninha - Deu uma piscadela á irmã -
Mathias se sentou ao lado de Amélia, que havia voltado a ler seu livro.
- Perdemos muita coisa hoje? - Derik perguntou -
- Agora temos um professor novo - Eu respondi -
- Mais um para infernizarmos a vida - Mathias dizia com um sorriso travesso nos lábios -
- Vai nessa bobão - Alicent tacou uma almofada no irmão - O professor novo é nosso padrinho.
- O que? - Arregalou os olhos - Como assim?.
- Parece que ele é um amigo antigo do papai, ele não disse muita coisa apenas isso.
- Derik como vamos fazer pra esse cara sair? - Choramingava -
Enquanto não havia professores bons, os alunos não tiravam notas baixas. Não podiam receber notas vermelhas, pois não tinha um professor adequado.
- O loiro deu de ombros - Eu lá vou saber.
- Deveria - Mathias falava após retirar de seu bolso uma carteira de cigarro - Me joga o isqueiro aí.
- Vai morrer cedo desse jeito - Alicent disse ao ver o irmão pegar o isqueiro nas mãos -
- Não enche o meu saco não - Pediu -
- A gente deveria fazer uma festa - Murmurou Derik -
- Em comemoração de que? - Perguntei me virando para ele -
- Em nossas vidas uai, mais um dia de vida deve ser comemorado com muita farra e bebida - Falou na mais pura sem vergonha -
Derik sempre que podia arrumava uma desculpa para beber, era incrível isso.
- Brilhante - Mathias como sempre ia na onda -
As vezes acho que quando éramos pequenos trocaram a gente de família. Os dois se parecem mais irmãos do que eu que sou a própria irmã dele.
O se parecer eu digo em sentido das idiotices.
Meu celular vibrou em meu colo, peguei vendo que era uma mensagem de meu pai.
_____
pai
Ei filha, avise ao seu irmão que teremos
um jantar hoje a noite na nossa casa.
Seu irmão parece que enfia o celular no
cu e nunca vê as mensagens. E avise aos
filho do Mattheo que eles também deverão comparecer.
Ok, papai
_____
- Hoje nós teremos um jantar - Falou enquanto desligava o celular.
- Na casa de quem dessa vez? - O garoto ao lado perguntou -
- Na minha casa, vocês deverão comparecer também - Deu de ombros -
- Será que tem algo haver com o novo professor? - Alicent disse, enquanto se levantava -
- Não sei, meu pai parecia bem confortável em conversar com ele quando o apresentou para a turma - Digo ajeitando a saia -
- Já não basta ver o cara na escola, ter que ver ele em casa também vai ser foda - Derik resmungou -
[...]
Eu estava terminando de ajeitar o meu cabelo, e passei as mãos em meu vestido o desamassando.
O vestido era preto com uma enorme fenda na perna direita.
Não enrolei muito, apenas passei mais um pouco de pó no rosto e saí de meu quarto indo em direção á mesa de jantar, que era aonde todos estavam.
- Finalmente em! - Derik disse como um bom irmão que não podia perder a oportunidade de provocar a irmã -
- Não fode - Rebati -
- Vocês dois - Astória chamou a atenção dos filhos - Não se atrevam a começar com essas palhaçadas!
Não a respondi, apenas me sentei ao lado de Mathias que já estava ali. Havia uma cadeira vazia ao meu lado.
- Quem é o convidado especial, dessa vez? - Alicent perguntou, curiosa -
- Ele já deve estar quase chegando, não tenha pressa.
- Ele sempre foi de se atrasar - Mattheo revirou os olhos -
- Não é atoa que vocês dois viviam grudados e chegando atrasados - Pansy rebateu dando um tapa na nuca do marido -
- Ei! - Choramingou o homem de trinta e três anos -
- Me desculpem a demora - Um forte cheiro de perfume masculino se fez presente, um perfume diferente, parecia ser importado -
- Se você não atrasasse, aí sim iríamos nos preocupar Theo.
Theo?.
A cadeira ao meu lado foi puxada para trás e o homem se sentou ao meu lado.
Droga.
- Boa noite a todos, peço desculpa pelo meu atraso - Theodore, disse com um sorriso presunçoso -
- Acho que já podemos comer então né? - Draco disse por final -
O jantar ocorreu muito bem, conversa vai e conversa vem, até que tocaram em um assunto que chamou minha atenção.
- As vezes acho que eu e a Pansy trocamos de filha - Minha mãe dizia com a voz um pouco mais alegre, já havia ingerido algumas taças de vinho - Olhe bem - Apontou - Não é desmerecendo, mas Mattheo sempre foi briguento, Pansy se encantou nisso e Draco nunca foi de briga. Por mais que ele fazia coisas erradas, focava bastante nos estudos.
- Exatamente! - Pansy concordou dando uma risada - Alicent prefere homens igual o Derick, não é atoa que vivem se pegando por aí! - Ok, acho que as taças de vinho foram demais, expor a filha desse modo? No meio de um jantar era demais -
Amelia torcia para que sua mãe ficasse com a boca fechada.
- Já Amelia prefere os brigões, que se puder comem a própria maconha - Astória falou -
Amelia queria se enfiar de baixo da mesa, e nunca mais sair de tanta vergonha.
- Acho que já deu de vinho por hoje, querida - Meu pai tirava a taça de vinho das mãos de minha mãe, graças a Merlin -
- Isso me lembra aos tempos em que estudávamos - Pansy continuava a falar - Astória preferia os "certinhos" - Fez aspas entre os dedos - Eu os brigões e Maitê também, a única diferença era que Maitê era inocente demais, não via maldade nas coisas.
- Já você via até demais, né senhorita - Astória ria -
O clima na mesa havia ficado um pouco tenso, com o rumo da conversa.
- Eram bons tempos - Theodore disse -
- Sim, a gente vivia fugindo do Snape - Mattheo que dizia agora -
- Snape era o professor de vocês em que?.
- Defesa contra artes das trevas e poções - Meu pai me respondeu - Ele era um pé no saco! E ainda era meu padrinho, mas no fundo era uma boa pessoa.
- Lembro da vez em que fomos à Hogsmeade - Pansy disse - Eu e Maitê saímos carregando aquele enorme urso até Hogwarts, foi incrível aquele dia.
Theodore tinha um pequeno sorriso nos lábios, ao se lembrar do dia, ele que havia comprado o urso para Maitê.
Troquei um olhar confuso com Alicent, quem era Maitê?.
- Me desculpe, atrapalhar a conversa - Digo ganhando a atenção de todos - Mas, quem seria Maitê?.
E novamente o clima havia ficado tenso.
Meu pai começou a tossir ao se engasgar com um pouco de vinho.
- Ela era uma antiga amiga nossa - Pansy me respondeu -
- Nunca ouvi falar dela - Mathias respondeu a mãe - Ela mora muito longe?.
Ninguém respondeu.
- Ela poderia estar aqui conosco, já que vocês falam dela com tanto carinho - Falei descontraída - Aonde ela mora?.
- Em lugar nenhum, ela morreu - Theodore respondeu se levantando da mesa -
- Oh, eu sinto muito - Murmurei me sentindo desconfortável -
- Está tudo bem querida, só é um assunto delicado para o Theo - Meu pai vinha até mim -
- Ela morreu de quê? - Derik perguntou -
- Ela ingeriu vinte e três comprimidos de MD - Mattheo respondeu - Ela ficou em estado febril, e infelizmente quando a fizeram vomitar os comprimidos, ja era tarde demais
- Essa droga é quase impossível de se achar em Hogwarts! Aonde ela conseguiu? - Mathias perguntava ao pai -
- As drogas eram minhas - Mattheo respondeu ao filho -
Todos se mantiveram de boca fechada, ao ver que Theodore voltava até a mesa de jantar.
O assunto dessa vez mudou, mas ainda sim era sobre a época de quando estudavam.
- As festas da nossa comunal eram as melhores! - Meu pai dizia orgulho -
- Sim, Snape ficava de cabelos em pé - Theodore ria, ele havia bebido um pouco de vinho e Whisky também - Sempre que ele me via com algum cigarro na mão ele jogava fora.
- Ainda tem festa na comunal da sonserina? - Mattheo perguntou ao filho -
- Como? - Se fez de sonso -
Não seríamos bobos de entregar assim tão fácil, acima de tudo Draco é meu pai e diretor da escola.
- Não se faça de besta garoto - Nott disse -
- Ainda tem ou não? - Meu pai perguntou dessa vez, enquanto me encarava -
- Sim - O respondi - Na maioria das vezes organizamos as festas, mas nada muito pesado - Tentei amenizar a situação -
- Não precisa mentir filha - Minha mãe disse - Sabemos muito bem, como são as festas da sonserina -
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