
Capítulo 14
Capítulo Reescrito ✓
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Assim que chegaram no bando Luthor liderado por Erick e sua Luna Catherine, Mew e Gulf estavam maravilhados em como os domínios do novo território eram diferentes do bando Suppasit, principalmente pelo fato de que a floresta que a cercava era bem mais densa e misteriosa, e como bons lobo que eram, gostariam de se aventurar por ela na primeira oportunidade.
Gulf estava elétrico e realmente considerado o isso, mas seu cão guia não deixava, e com cão guia ele queria dizer Mew que o seguia não importa onde fosse no novo lugar.
A verdade por trás disso é que depois da conversa que tiveram sobre companheiros, Mew começou a pensar e a especular sobre o fato de que Gulf era um lobo ômega, e terras novas com gente novo poderia significar novos interessados em seu Gulf e ele não gostava disso.
Gulf é muito bonito, um verdadeiro estereótipo de ômega que atrairia olhares onde passasse. Ele desenvolveu suas curvas, era cheiroso, tinha pele branquinha e olhos azuis. Não, de maneira nenhuma ele poderia deixar Gulf andar sozinho por aí.
"— Mew, achei que estaria com o supremo. — Gulf comenta quando percebe Thomas se afastar com Erick.
— Nathan está com ele, e temos algum tempo para conhecer a cidade."
Os dois estavam vigiando um ao outro em segredo.
Quando o pequeno grupo do bando Suppasit chegou nas terras novas, muitos curiosos estavam pela entrada observando quem chegava. Thomas, Jhon e Nathan tiveram que seguir direto para a construção principal daquele território, já os outros que acompanham Wendy e Tainara foram com elas até um café local para esticar as pernas.
Ali elas fizeram uma mini palestra sobre a importância de fortalecer as alianças com os outros bandos caso renegados — lobos que vagam sozinhos após serem exilados de seus respectivos bandos — resolvam trazer problemas. Mew não estava tão interessado nisso, eles nunca entraram em guerra com renegados, fazia mais de duas gerações de líderes que não havia guerra entre eles.
Mew e Gulf junto dos demais foram apresentados a alguns adolescentes que pertencem ao bando Luthor. A primeira impressão que tiveram desses adolescentes foi boa, quer dizer, tirando um certo ômega que não tirava os olhos de Mew, estava tudo na mais perfeita paz.
"— Olá! Me chamo Dominic, é um prazer conhecê-los. — Disse o ômega sorrindo parecendo encantador.
— Me chamo Mew, e este é meu amigo, Gulf. — Mew os apresentou e o ômega do bando Luthor apenas sorriu para Gulf.
— Você não é o sobrinho do supremo do bando Suppasit? — Dominic perguntou curioso.
— Ele é, e também futuro líder! — Gulf agarrou o braço de Mew chegando mais próximo dele. — Não é Mew?
Dominic percebeu que o ômega estava marcando território com aquele alfa não marcado, e genuinamente sentiu vontade de rir, mas ele gostava de jogar com as pessoas.
— Futuro líder? Que incrível! Você tem cara de líder, de fato. — Dominic tocou seu ombros e deslizou sua palma pelo braço do Suppasit.
Gulf não gostou, mas não disse nada.
— Gulf, eu já disse que não serei líder... Nathan, meu primo, é filho do meu tio Thomas, ele será líder quando seu pai abdicar do "trono" dele. — Mew explicou.
— Sério? Que pena, eu sempre quis ser Luna de um bando, achei que teria meu sonho realizado! — Dominic soou brincalhão, mas quando ele olhou para Gulf, o ômega parecia querer rasgar dua garganta.
Ele gostava disso.
Gulf e Dominic trocaram farpas, farpas que Mew as vezes sentia o tom ácido e às vezes ele não sabia diferenciar se estavam apenas brincando ou realmente se ameaçando."
Ainda que o ciúmes fosse evidente e qualquer pessoa soubesse rapidamente que aqueles dois eram um casal, existia quem visse que ambos não eram marcados de nenhuma forma e tentavam chamar a atenção, e dessa vez foi Mew que precisou agir quando alguém achou que era uma boa ideia dar em cima logo de Gulf.
"— Para o meu gosto pessoal, ômegas masculinos são mais interessantes... — O alfa dizia para Gulf, que parecia não ligar ou só estava ignorando mesmo. — O fato de que alguns não engravidam fora do heat abre portas para muitas possibilidades...
— Fico feliz que não seja um intolerante. — Gulf sorriu amigável de maneira falsa e se afastou até onde Tainara estava conversando com Wendy para sair da linha de visão do cara.
— Esse ômega está afim, ele vai ser meu... — O alfa comentou com Mew quando o Suppasit se aproximou vendo Gulf de afastar.
— Aquele ômega? — Mew apontou Gulf e o cara sorriu.
— Esse mesmo. — Ele se voltou para Mew como se fosse um velho amigo e continuou. — Ele parece ser do tipo submisso, acho que ele toparia qualquer cena se pedir com jeitinho... Com sorte, ele só engravida em heats.
Mew riu com ele sem que o alfa soubesse que o Suppasit já havia imaginado naquele meio segundo mil e uma formas de fazê-lo parar de desperdiçar oxigênio.
— Sabe de uma coisa? — Mew tocou o ombro do alfa. — Eu costumo ser uma pessoa tranquila que evita problemas, mas é do meu ômega que você está falando, então abaixa a bola... — Mew mudou o tom de voz, o que deixou o alfa preocupado com seu ombro começando a doer a medida que o Suppasit usava força.
— Seu ômega? Cara, foi mal! Mas é que ele não é marcado, então eu achei que ele estava livre! — Tentou se explicar.
— Não está marcado porque estamos indo devagar, e eu só vou deixar você sair de boa agora porque eu não quero trazer problemas. — Mew tinha uma leve pigmentação vermelha nos olhos, o que deixou o alfa ainda mais assutado quando percebeu que ele era um puro.
— Desculpa, me desculpa mesmo! — O alfa saiu apressado, passando por Tainara, Wendy e Gulf pedindo licença.
Gulf olhou para onde o alfa estava antes notando Mew acompanhando com uma cara de poucos amigos o outro alfa sumir pelo lado de fora. Quando percebeu Gulf olhando em sua direção, Mew sorriu de covinhas acenando de leve, e Gulf acenou de volta sem entender porque Mew sorria."
Mew não sabe porque disse que Gulf era seu ômega, mas também não se doeu por isso e assumiu que só estava sendo muito protetor. Na realidade, ele sabe que tem sentimentos que vão além de amizade, mas o medo de Gulf sobre Mew ter um destinado o deixava com um pé atrás sobre tentar avançar esse relacionamento.
[...]
Estavam em uma grande mesa na cafeteria: Gulf, Mew, Dominic, Santiago, Their, Lorenzo e Alexa. Fora Mew e Gulf, todos pareciam se conhecer a muito tempo. Claro, eles eram os visitantes ali, então nada estranho.
— Que tal dizer como é o bando de vocês? — Santiago perguntou de repente se voltando para Gulf e Mew. — Qual foi a coisa mais esquisita que já viram?
— Na realidade nunca vimos nada. Nosso bando é tranquilo, não tem essas coisas...
— Ué, como que não? Vocês vieram com Thomas Suppasit, não é? Ouvi dizer que o lugar de onde vocês vieram era terrível com pragas. — Lorenzo comenta.
— Pragas? Nunca tivemos algo assim, e o registro mais recente foi a duas gerações. — Disse Gulf.
— Então os rumores são falsos?
— Que rumores? — Mew perguntou para Alexa.
— Não sei, meu pai é o beta do supremo, ele comentou lá em casa que vocês estavam com problemas. Parece que essa aliança tem a ver com isso.
Gulf e Mew se olharam e deram de ombros, eles sabem que o bando estava seguro, qualquer ameaça que pudesse surgir por ali, seria tratada rapidamente pela guarda. Mais nada realmente interessante aconteceu de importante enquanto estavam na mesa. Eles apenas se apresentaram e ouviram muitas histórias uns dois outros, e fora Dominic, Gulf se deu bem com todos.
Não que Dominic tenha feito algo para ele, mas o grande interesse que aquele ômega teve em seu melhor amigo o incomodava em níveis que o fizeram querer voltar para casa mais cedo.
Quando a noite finalmente caiu, os visitantes foram levados por um dos moradores daquele bando até onde poderiam descansar em quartos separados para eles. Gulf e Mew estavam no mesmo quarto.
— Eu quero ir para casa... — Gulf se jogou de bruços em uma das quatro camas que haviam ali.
— Não era você que estava animado para visitar outro bando? — Mew perguntou se sentando em outra cama, uma que ficava logo ao lado de Gulf.
— É, mas não para ficar seguindo a Wendy e a Tainara por aí. Eu queria poder explorar mais, conhecer mais pessoas e um pouco mais dos costumes... Não pude ver quase nada.
— Pode fazer isso quando visitarmos outros territórios sem que seja em nome do bando Suppasit, apenas nós dois como o planejado.
— Que luna te ouça Mew, mas agora eu só quero dormir e acabar logo com esse dia. — Gulf fechou os olhos e cobriu a cabeça com um travesseiro.
— Foi tão ruim assim? — Mew riu quando Gulf tirou o travesseiro do resto parecendo entediado.
— Na verdade não. Tirando o "Dominic", eu gostei de todo mundo.
— Por que tirando o Dominic?
— Ah, não fui muito com a cara dele... Apenas.
Mew riu de Gulf e o outro mostrou dedo do meio para ele. Antes que Mew pudesse argumentar, do nada a porta do quarto foi aberta, e por ela, Dominic passou com uns panos debaixo dos braços parecendo feliz em vê-los novamente.
— Oi pessoal! — Disse fechando a porta atrás de si.
— Oi. — Disse Gulf acompanhando Dominic com o olhar até ele deixar os panos em cima de uma cama logo além da de Mew.
— Oi. — Disse Mew sem entender nada.
— O que faz aqui? Achei que o horária de dormir fosse seguido a risca. — Gulf se sentou na cama ainda de cenho franzido.
— Mas é! Eu só vou ficar no quarto de vocês. Consegui uma permissão para mudar de quarto, assim podemos nos acostumar com a presença uns dos outros! — Dominic sorriu feliz olhando diretamente para Gulf, como se estivesse testando sua paciência.
— Conseguiu é? Que legal, muito legal. — Gulf tentou fingir, mas até Mew achou uma péssima atuação.
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Continua...
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