
Capítulo 10
Capítulo Reescrito ✓
É cruel pedirem para uma assexual feito eu escrever algo assim. Enfim, o que não faço chorando o que vocês me pedem rindo?
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Durante a semana, Gulf tinha episódios de recaída pelo heat e assumia uma personalidade manipuladora para ter Mew em sua cama. Isso era algo que o assustava, pois às vezes estava tranquilo em um canto e aí, Bam! Do nada sua entrada escorria algo viscoso e a dor voltava junto da tão odiada sensação de febre.
"— Mew... — Gulf o chamou manhoso, rolando na cama pois o Suppasit não estava com ele no momento que o calor voltou.
— Eu já estou aqui. — Mew surgiu na porta pegando Gulf no colo quando o ômega estendeu os braços."
Se tornou muito difícil ficar perto de Mew e não querer arrancar as roupas dele quando seu calor aumentava, então concordaram em não usarem roupas. Foi um pouco difícil se acostumar no início, mas depois de dois dias ninguém se importava mais em andar sem nada. Era mais prático.
"— Não sei porque ainda insistimos em usar roupas... — Gulf abandonou a dura missão de se vestir após se lavar no banheiro enquanto Mew trocava os lençóis da cama. — Em menos de três horas vou estar queimando de novo!"
Eles secaram várias garrafas de água, e a comida estava indo embora muito rápido quando Gulf e Mew precisavam repôr as energias. Eles até passaram a achar que os mantimentos realmente não foram nada em vão.
Mas o que de fato eles mais notaram nessa semana foi a carência de Gulf e o quão sensível ele estava. Gulf mesmo podia reconhecer isso, e ele sempre se desculpava com Mew por dar trabalho para ele e o Suppasit precisava lhe confortar e dizer que tudo bem. Se eles se afastavam em uma distância de uma ponta da cabana até a outra, o peito de Gulf batia muito rápido com medo de ser deixado em heat e saia marcando atrás de Mew e o repreendendo por "querer fugir".
Isso era até engraçado e fazia Mew rir da cara de desgosto de Gulf que o arrastava até a cama de novo só para ficar bravo e se recusar falar com ele. Mas só até se sentir péssimo por Mew e de novo eles conversarem sobre ninguém ter culpa de nada e ficarem abraçadinhos a tarde toda jogando conversa fora.
"— Deve ser uma tortura pra você... Me desculpa por te arrastar até aqui. — Gulf pediu encarando a parede.
— Eu já falei que não estou reclamando de nada, e você precisa entender que estar aqui por você é o mínimo que eu posso fazer. — Mew beijou a nuca de Gulf o apertando mais nos braços. Eles eram uma conchinha perfeita."
Mew tinha medo de estragar essa oportunidade com Gulf, pois ele quase o marcou umas cinco vezes. Mas por ser controlado, ou talvez porque Luna era boa, Mew sempre afundava as pressas no travesseiro ou simplesmente conseguia burlar os instintos e manter os caninos longe do pescoço de Gulf.
E não ajudava muito quando o próprio Kanawut dava livre acesso em seus momentos delirantes.
— Se eu me tornar viciado nisso, a culpa é toda sua! — Mew acuso com humor, deslizando suas mãos gentilmente pelo corpo do Kanawut.
Ele estava muito melhor que Gulf, um pouco suado, mas ainda sim melhor que o ômega. Por fazer o papel do ativo fora de um rut, Mew não estava tão esgotado, e sempre estaria a disposição de Gulf caso ele precisasse. Como agora.
Mew desceu sua mão pela coxa de Gulf, trazendo sua perna até sua cintura posicionando seja pau na entrada do ômega e começou a estocar ouvindo gemidos que arrastavam seu nome. Gulf queria beijar Mew, mas não conseguia fechar a boca e desistiu no meio do caminho aceitando roçar seu nariz em sua bochecha, buscando cegamente encaixar um beijo quando tivesse a oportunidade.
Em alguns momentos, Mew sentiu outra vez suas pressas saírem, e a necessidade de marcar o ômega mordendo aquela pele bronzeada consumia sua mente. Lutando mais uma vez contra esses instintos, Mew apenas se virou trazendo Gulf para cima de si e passou a estocar fundo e rápido agarrando as nádegas do ômega as separando um pouco.
— Mew! — Gulf se curvou sobre ele quando seu corpo tremeu e acabou sujando o abdômen do Suppasit.
Mew ainda não tinha chegado lá, mas veio logo em seguida deixando seu pau deslizar para fora quando gozou e apertou Gulf. Ele ficou preso em uma bolha de admiração quando a imagem do ômega tentando sustentar seu próprio peso sobre ele passava uma imagem inocente de uma forma muito erótica.
— Por Luna... — Gulf sentia seu corpo dar leves espasmos. — Minhas pernas estão dormentes...
Mew mordeu seu braço enrolado nas cobertas para que seus caninos sumam antes que Gulf note. Morder as coisas ajudava na coceira que era ter elas soltas, e quando paravam de coçar, voltavam ao normal.
— Satisfeito por agora? — Pergunta sorrindo que o Kanawut não pulou imediatamente para fora de seu colo.
— É... Acho que sim. Isso foi-
— Bom? — Mew completou.
— Eu ia dizer gostoso, mas se prefere bom, então é bom. — Sorri saindo de cima de Mew, ficando ao lado dele meio envergonhado que o deixou sujo.
— Você acabou com as camisinhas Gulf, e eram muitas. — Riu fraco sentindo o coração bater na garganta quando o ômega deitou parcialmente sobre ele segurando seu braço.
— Eu sou um ômega em heat, não me julgue porque isso é cruel. — Disse buscando acalmar o próprio coração igualmente desenfreado.
Mas isso não adiantava muito quando os feromônios de Mew e o seu próprio estavam fundidos no ar, tão harmônicos que Gulf dúvida que exista combinação melhor.
— Não estou julgando, eu só preciso descansar um pouco. — Disse Mew sentindo vontade de dormir o resto da tarde.
Talvez para esconder a própria timidez que nunca ia embora depois de uma recaída de Gulf.
— Podemos tomar um banho antes? — Perguntou Gulf vendo Mew olha-lo.
— Juntos? — Mew sugeriu e Gulf concordou rapidinho.
Eles não costumavam tomar banho juntos, pois sempre alguém ficava para trocar os lençóis da cama enquanto o outro se lavava.
— O que foi? Seu heat de novo!? — Mew perguntou quando Gulf fez careta ao tocar os pés no chão.
— Nada! É só o meu corpo que está muito sensível ainda.... — Gulf pegou um pedaço do lençol e cobriu o rosto brevemente. — Essa tua vara de catar manga quase me rasgou...
— Gulf, não me faz rir agora por favor! — Mew não conseguiu evitar rir da fala do Kanawut. — Vem, eu posso carregar você.
— Ai... — Disse Gulf quando Mew o tomou nos braços no estilo noiva.
— Está bem mesmo?
— Eu tô sim. Ador passou, mas eu tô sentindo minha bunda escorrendo e isso é muito desconfortável... Preciso de um banho.
— Como se pede desculpas por isso? — Perguntou rindo de novo.
— Isso, vai rindo vai, quero ver quando for você em rut! — Gulf parecia bravo por estar sendo judiado.
— Gulf, eu sou um alfa, não vou passar por isso. — Explicou se dirigindo até o banheiro.
— E quem te garante que eu não vou ser ativo com você? — Disse soando divertido, mas também cansado.
— Espera, você já conta com que eu peça ajuda pra você? — Mew falou franzindo o cenho.
— E não vai? — Gulf virou o rosto para Mew com receio da resposta. — Nosso combinado era aprender tudo juntos, isso conta com o seu também. Nada mais justo do que devolver o favor que está me fazendo.... Eu dou conta!
Ao que terminou sua fala, Gulf virou o rosto para o outro lado morto de vergonha por se voluntariar dessa forma. O Suppasit ficou um pouco confuso com essa reação, mas logo sorriu e beijou a testa do Kanawut.
— Claro que vai, eu não poderia com outra pessoa. — Sorriu de covinhas quando Gulf se virou para ele de novo.
— Exatamente. — Passou outro braço pelo pescoço de Mew. — Eu confio em você, e você pode confiar em mim!
Mew só concordou com a cabeça e entrou no banheiro com Gulf.
Eles não só tomaram um banho normal, mas também brincaram com a ducha de água que se deslocava da parede e se beijaram fervorosamente em baixo da água que descia do chuveiro. Quando a água quentinha do nada virou água fria, Gulf deu um gritinho fazendo Mew rir e levar alguns tapas se protegendo ao abraçar Gulf pedindo desculpas.
O sentimento de que aquilo era o correto chegava de mansinho e se acomodava no coração de ambos, bem camuflado esperando o momento que seria descoberto e eles pudessem verbalizar seus reais sentimentos um para o outro sem que a amizade interfira.
[...]
Era noite na cabana, Mew e Gulf estavam deitados de conchinha novamente porque assim era mais confortável para eles e mais prático. Prático para que? Essa informação eles não tinham, só sabiam que era muito necessário dormir assim e ninguém se importou em responder perguntas não feitas.
— Mew... — Gulf o chamou.
— Sim? — Respondeu meio sonolento.
— Ainda somos amigos, não é? — Gulf perguntou com o sentimento de incerteza assombrando seu peito.
— É claro que sim, bobagem pensar o contrário. — Disse convicto, mas a dúvida de Gulf o fez se questionar o porque ele teria pensado que não. — Por que pergunta?
— Ah... bem, não é nada de mais.
Mew suspirou e se apoiou nos cotovelos olhando para Gulf de cima. Verdes no azul, sem hesitar.
— Gulf, sabe que pode me contar tudo, não é? — O lembrou soando sério.
— Sim, mas...
— Sem mas. Apenas me diga o que aconteceu para ficar com dúvidas de que somos melhores amigos.
— É que eu não sei o que vai acontecer com a gente depois daqui... — Disse misterioso.
— Como assim?
— Mew, eu sei que é o meu heat, mas... É que... Deixa pra lá! Vamos dormir, é bobagem minha. — Gulf puxou o pano até a cabeça e se encolheu todinho.
— Ei, volte aqui e vamos conversar... — Mew tentou puxar o pano de Gulf, mas ele não deixou e segurou firme. — Gulf Kanawut...
Gulf não o respondeu, e tampouco se mexeu. Não vendo outra alternativa, Mew se cobriu também, e por debaixo do pano, pôde ver Gulf segurando os joelhos com um olhar que gritava que estava agoniado com algo.
— Vai me contar o que está acontecendo? — Perguntou curioso.
Gulf nunca tinha problemas em apenas falar, então porque de repente agora tem?
— Mew, antes de falar, primeiro me garanta de que não vai rir de mim e nem me achar doido! — Estendeu o mindinho para o Suppasit.
— Tá bom, eu prometo que não vou rir e nem te achar doido. — Cruzou o mindinho.
— Ok, lá vai... — Respirou fundo. — Estamos a uns dias transando... — Disse como se isso fosse um segredo super secreto. — E eu sei que a gente combinou de que ia está tudo bem entre a gente no final, mas... mas eu acho que não vou conseguir ficar normal.
— Como não vai? — Mew estava atento ao que Gulf dizia.
— É que eu não sei direito, eu só estou sentindo bem aqui! — Botou a palma da mão no coração de Mew. — Eu sei que é meio louco, mas quando eu penso que depois nós vamos voltar a agir como antes eu penso que não quero nos afastar tanto e chega a ser... doloroso? — Diz incerto de suas próprias palavras confusas.
Mew ficou calado, processando, e Gulf, nesse meio tempo, já concluiu que Mew o achava louco.
— Eu disse! Não falei? Doido de pe-
— Eu também sinto isso. —Mew disse interrompendo Gulf. — Depois daqui, cada um vai pra sua casa, e a gente não vai mais dormir juntos.... Sei que parece estranho, mas me acostumei a abraçar você durante a noite. — Confessou de uma vez.
Se Gulf foi sincero, e também podia ser.
— É! Eu não quero dormir sozinho de novo... — Fez bico todo contrariado que não teria Mew todas as noites o protegendo do clima frio. — Mas a mamãe não iria me deixar dormir na sua casa, e eu também não quero parar de "praticar", eu gosto de beijar você.
Suas bochechas se tornaram tomates maduros quando Mew sorriu para ele.
— Então não temos que parar... — Pegou na mão de Gulf e entrelaçou seus dedos. — Podemos continuar! Afinal... Ainda somos amigos, esqueceu? E prometemos só praticar um com o outro.
— Sim! Você não pode beijar mais ninguém, só eu.
— Eu sei, e vale o mesmo pra você.
— Então tá combinado?
— Sim.
Gulf sorriu, e Mew o puxou para um abraço apertado com direito a afagos carinhosos nos fios de cabelo do Kanawut. Mas aí Mew sentiu o cheiro de Gulf novamente aumentar e principalmente Gulf continuar com o rosto em seu pescoço.
— Mew....
— Já sei...
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Continua...
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