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𝙘𝙖𝙥𝙞𝙩𝙪𝙡𝙤 𝙨𝙚𝙩𝙚

— Todos em seus lugares. — Lawrence disse enquanto saia de sua sala, atraindo a atenção de todos os alunos ali, que depois do desastroso treino de ontem tinha diminuindo a quantidade. — Cadê todo mundo? O cratera? O piercing? O estilingue?

O sensei disse chamando os alunos pelos apelidos que tinha dado na aula anterior.

— Desistiram sensei. — Miguel respondeu a ele.

O mesmo não acreditou no que tinha acabado de ouvir, e muito menos que eles não tinham aguentado nem duas aulas e dele é já tinham desistido.

— É sério? — Lawrence perguntou desacreditado. — Muito bom, isso é um ótimo teste pra ver quem era bunda mole, agora vocês tão nessa pra vencer. Podiam estar em casa com joguinhos de computador, videogame, comendo doce. Mas estão aqui fazendo flexões, aprendendo a lutar.

O homem deu uma pequena pausa, e olhou até Eli que suspirou imaginando que novamente o homem iria falar sobre ele. Sarah que estava ao seu lado chegou um pouco mais perto, segurando levemente a mão dele, na intenção  de que o mesmo se sentisse um pouco mais seguro.

— Lábio. Até o lábio é mais durão que aqueles caras, ele não é um bunda mole. — Johnny falou impressionado com o garoto.

A loira claramente poderia ver que seu amigo tinha ficado incomodado com aquela fala, e até iria tentar ajudá-lo se o garoto não fosse mais rápido, tratando de responder ao sensei.

— por favor não me chama assim. — Eli tentou se defender, mesmo que estivesse com medo do sensei.

Talvez aquela não tivesse sido uma boa ideia, Sarah sabia que Johnny era casca grossa demais para apenas aceitar a vontade do garoto e seguir a aula normalmente.

— Como é que é? — Johnny perguntou sem acreditar, e franziu o cenho.

— Só não me chama assim por favor. — Eli pediu novamente, torcendo que para que dessa vez fosse ouvido.

— É... sensei deixa que eu cuido do aquecimento. — Miguel falou, querendo deixar aquela situação de lado mas Johnny não deu ouvidos para ele.

— Não, não, não. O lábio quer falar alguma coisa. — o mais velho disse tirando o olhar de Miguel e volrando a olhar para Eli. — Desculpa, fala, ou a sua língua também é zoada. Você é um garoto especial?

A cada palavra que Johnny falava iria chegando mais perto do garoto que segurou com mais força a mão de Sarah, que passava a mão por seu rosto preocupada com o amigo. Ela poderia sentir o quão desconfortável ele estava naquele momento.

— O médico disse que eu posso estar no espectro. — Eli respondeu ele em um tom baixo.

— Eu não sei o que é, mas sai disso agora, beleza? — Lawrence pediu. — E se não quiser que eu te chame de lábio, arruma essa coisa. Não pode operar?

Sarah estava achando que Johnny estava pegando pesado demais com Eli, então resolveu fazer com que o homem parasse com aquela brincadeira de mau gosto.

— Não fala assim dele. Vamos continuar a aula por favor. — Sarah pediu, e por alguns instantes atraiu a atenção do sensei.

— Não se intrometa senhorita, Clark. O meu papo é com o lábio. — Lawrence explicou mais uma vez.

A garota só ficou quieta e respirou fundo mais uma vez, passando a acariciar a mão do amigo com o polegar.

— Eu nasci com lábio leporino, essa é a cicatriz da cirurgia. — Eli explicou ao homem.

— Quer dizer que era pior, ou o médico piorou as coisas? Porque se esse é o resultado iria ser péssimo. — O homem deu a sua opinião, fazendo o menino passar a olhar para os pés. — Você devia processar.

Miguel e Sarah se entreolhavam chateados com a situação.

— Será que pode mudar de assunto? — Eli pediu já não aguentando mais os comentários sobre o seu rosto, e sentindo que se continuasse mais um pouco não aguentaria conter as suas lágrimas.

— Também quero isso, mas é difícil com você. Se não quiser ser um nerd com uma cicatriz no lábio, tem que ser radical, saco? Tatua a cara, ou arranca um olho, a gente te chama de pirata. Não faz isso, ainda vai ser uma aberração. — Johnny sugeriu ao garoto apontando para a cicatriz.

Essa última fala foi a gota d'água para Eli que soltou a mão de Sarah e saiu de lá o mais rápido que conseguiu, não conseguiria mais escutar todas aquelas barbaridades sobre ele.

Enquanto Sarah só o seguiu, ignorando o pedido do sensei para continuar no tatame. Precisava ir atrás de seu amigo.

— Eli! — Sarah chamou pelo amigo que andava a passos rápidos um pouco a sua frente. — Por favor me espera.

Ele parou e se virou em direção da amiga.

— Só me deixa sozinho, quero ir pra casa. — o garoto disse rapidamente e voltou a andar, impedindo que ela o alcançasse.

Sarah então parou obedecendo o pedido do amigo, dando um tempo para ele se recuperar de toda aquela situação. Sabia que não tinha sido fácil para ele escutar tudo o que Lawrence tinha dito dele.

Assim que a aula de karatê se encerrou Miguel e Sarah combinaram de ir até a sala de Johnny conversar um pouco com ele sobre a maneira que estava tratando os alunos. Sabiam que se continuasse assim logo não teria mais ninguém pra treinar novamente.

Miguel bateu na porta.

— Vai embora, hoje não tem mais aula. — Lawrence disse abrindo uma cerveja e a tomando.

— Precisa pegar tão pesado com eles? — Miguel perguntou se aproximando.

— Ah, qual é Diaz. Ali só tem fracassado. — Lawrence respondeu como se fosse óbvio.

— Alguns dos fracassados são nossos amigos. — Sarah falou também, defendendo eles.

— É. Faz sentido. — o mais velho concordou suspirando e sentando em sua cadeira.

— E são seus alunos. Queria um dojô cheio e conseguiu. — Miguel falou enquanto continuava olhando para ele.

— Mas não desse jeito. — Lawrence explicou.

Os dois amigos se olharam, a loira então cruzou os braços entendendo o que o sensei estava pensando.

— Tá, eles são fracassados. Talvez também sejamos. — a mesma disse apontando para o garoto ao seu lado. — nenhum de seus alunos são perfeitos. Nem mesmo você é perfeito.

— Ah, qual é? Vai chorar também? — o sensei perguntou sem acreditar.

— Não sensei. Deixa pra lá, é que... Não sabe como é estar na nossa pele. Até amanhã. — Miguel disse e foi saindo da sala, chateado por não ter conseguido ter a conversa que realmente queria com o mais velho.

— Só repensa um pouco a forma como trata seus alunos. Não é tão bacana ficar chamando eles por apelidos. — Sarah disse e também se dirigiu em direção a porta, saindo da sala do mesmo.

Mas percebeu que conseguiu deixar Lawrence pensativo. Ele não respondeu mais nada para os dois, e talvez tivesse percebido que ela e Miguel tinham razão.

Mas agora a garota também tinha uma outra preocupação.

Como estaria Eli depois de ter saído daquela forma do dojô.

NOTAS.

O tanto que eu tô ansiosa pro próximo capítulo não está escrito aqui. VEM AÍ O MEU FALCÃO!!

Não se esqueçam de votar e comentar para que eu saiba se estão gostando ou não.

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