𝙘𝙖𝙥𝙞𝙩𝙪𝙡𝙤 𝙦𝙪𝙖𝙧𝙚𝙣𝙩𝙖 𝙚 𝙦𝙪𝙖𝙩𝙧𝙤
Sarah não se recordava certamente de como as coisas tinham acontecido tão rápido em um pequeno intervalo de tempo. Mas quando se deu conta já estava no colo de Falcão, enquanto tinha seus lábios colados aos dele.
Eles ainda estavam no carro do garoto, e aproveitavam para matar toda a saudade naquela troca de carícias. Era um beijo intenso, assim como os outros que ele já deram, mas pareciam que eles estavam mais desesperados por mais, e não se queriam que aquele momento acabasse tão cedo.
Sarah sentiu os beijos dele descerem até o seu pescoço, e um sorriso se formar no rosto dele assim que percebeu o arrepio que percorreu todo o corpo dela ao sentir aquele contato. Ele sempre teria aquele efeito nela. Mesmo que ela negasse, era impossível não perceber o quanto Falcão mexia com ela.
A mesma soltou um suspiro enquanto ele ainda continuava distribuíndo beijos naquele local. Mas se afastou ao perceber que eles não ficariam apenas nisso, e partiriam para uma próxima fase. E quando se sentou de volta no banco do carona pode escutar o garoto resmungando, por ela ter parado bem naquele momento.
— Quer entrar? Minha mãe foi passar a noite na casa de uma amiga e vamos ter a casa toda só para nós dois. — Sarah fez uma proposta um tanto tentadora na opinião do garoto de moicano, que faria qualquer coisa só para matar a saudade que estava daqueles momentos com a loira.
— Não sei se é uma boa ideia. Não quero atrapalhar. — Falcão ainda ficou meio pensativo sobre isso e recebeu um olhar de reprovação da garota.
— Eu tô literalmente me jogando pra cima de você, e mete essa? — Sarah reclamou da lerdeza dele para perceber aquilo.
— Foi mal, loira. É claro que eu aceito o seu convite. Afinal, temos que terminar o que começamos. — Falcão tentou concertar a situação e aproveitou para levar uma de suas mão até a coxa dela, dando um leve aperto ali, no que resultou na garota pressionando os lábios para tentar conter um sorriso que se formou no rosto dela por ter conseguido o que queria.
— Vem. Vamos logo. — a garota chamou ele com uma certa pressa e saiu do carro, fazendo ele tirar o cinto de segurança e também abrir a porta, saindo o mais rápido que podia do automóvel.
Clark só teve tempo de abrir a porta de casa, entrar e tranca-la de novo antes de sentir seu corpo ser empurrado contra a parede, e aos mãos do garoto começarem a passear por todo o seu corpo. O olhar dele não descolava do dela por nenhum segundo, fazendo que a mesma sentisse suas buchechas queimarem por conta disso. E ela já poderia sentir sua respiração ficar desregulada só por estar tão próxima dele.
— Você não sabe o quanto eu estava com saudades disso. — Falcão contou e ela deu uma risadinha, levando sua mão para dentro da camisa dele, arranhando o quase tanquinho do garoto que também sorriu ao perceber o que ela estava fazendo.
— Então que tal se fossemos até o meu quarto para acabarmos de uma vez por todas com essa saudade. — Sarah tirou uma de suas mãos que estavam dentro da camisa dele para puxá-lo pela gola, assim colocando seus lábios.
— É tudo que eu mais quero. — foi tudo que o garoto de moicano respondeu antes da garota tomar impulso, subindo no colo dele e ele subir o mais rápido que conseguia as escadas, colocando ela no chão apenas quando chegou no quarto dela.
— Sou toda sua hoje. Na verdade não só hoje, mas pra sempre se você quiser. — Sarah contou dando um sorriso malicioso na direção dele.
— Lógico que eu quero que você seja pra sempre a minha princesa.
No outro dia Sarah tinha acordado mais cedo que Falcão e desejou que aquele momento junto dele não acabasse nunca mais. Mas, ambos tinham compromissos para aquele dia e não poderia simplesmente adirarem aquilo. Não podiam nem pensar em faltar no treino, sabendo que teriam o Cobra Kai pela frente, e tinham que estarem prontos para qualquer coisa que viesse pela frente.
Eles chegaram juntos ao dojô, e seus amigos ainda pareciam animados pelo que tinha acontecido no dia anterior, e pela maneira que Miguel tinha conseguido vencer o Cobra Kai sem que ninguém se machucasse ou uma grande confusão se instaurasse no local.
— Pelo visto, o acontecido no drive-in não foi a única coisa que aconteceu de bom ontem, né? — Kiara perguntou baixo só para Sarah escutar. A garota parecia estar distraída olhando para Falcão. Pelo visto estava estampado em sua cara que finalmente eles estavam de boa um com o outro.
— E você pensa que eu não reparei que toda a sua histórinha e do Demetri de que estavam com pressa não foi só pra me deixar sozinha com o Eli. Vocês são péssimos em arrumar desculpas. — Sarah se recordou de outra coisa que tinha acontecido no dia anterior.
— Não muda de assunto. E o importante é que a nossa ideia por mais ruim que tenha sido, ajudou vocês dois a se resolverem. — Kiara se defendeu dando de ombros, e a loira não teve outra escolha a não ser concordar. Ela estava realmente certa, se eles não tivessem deixado eles terem aquele momento apenas os dois era capaz de estarem brigados até aquele momento e nem se quer teriam tido aquela noite maravilhosa na opinião dela.
— Tá, você tá certa. — Sarah assumiu e a sua prima riu pela demora dela para fazer aquilo. — Mas como você sabe que nos resolvemos? Nem falei nada sobre isso pra você.
— Você tá literalmente olhando com ele com um sorrisinho bobo fazia uns dois minutos. Tem que ser muito burro pra não perceber que algo aconteceu entre vocês dois. — Kiara explicou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
— Tá tão na cara assim? — Sarah quis saber olhando para o garoto mais uma vez, bem na hora ele também olhou na direção dela, que não conseguiu evitar um sorriso.
— Preciso mesmo responder? É só olhar só pra vocês dois.
— Mas nós combinamos de ir com calma. Não voltamos ainda, estamos por enquanto reconstruindo com calma a relação que tínhamos antes. Não quero que as coisas aconteçam que nem da última vez. — Sarah contou para a garota que concordou.
— Tá certa. Melhor mesmo ir com calma, vocês dois sofreram bastante da primeira vez. — Kiara concordou com o que tinha acabado de escutar da loira.
As duas garotas que estavam um pouco mais afastadas do restante dos adolescentes, se aproximaram e Sarah parou ao lado de Falcão que conversava assim como todos ainda sobre o dia anterior do drive-in.
— E assim Miguel Diaz vai ser conhecido como o invocador de chuva. — Demetri começou a brincadeira, e eles riram pela forma que o garoto deu ênfase naquela frase.
— El diablo de la lluvia. — Falcão também entrou na brincadeira dizendo aquilo quase que em um grito, e deu uma risada logo em seguida. A loira também acabou soltando uma risada quando ele olhou na direção dela.
— Pelo visto ele cansou de ser o El serpiente. — Sarah entrou na conversa, sentindo na mesma hora o braço de Falcão passar por sua cintura, trazendo ele mais para perto. — Você fica ainda mais gostoso quando fala em espanhol.
Clark aproveitou a proximidade deles para sussurrar isso no ouvido do garoto, que deu um sorriso ao escutar aquilo.
— Es bueno saberlo princesa. — Falcão aproveitou para sussurrar de volta no ouvido dela, que sentiu seu corpo se arrepiar na mesma hora. E olhou para ele, pronta para lhe dar uma resposta no mesmo nível mas foi interrompida por Samanta que continuou com o assunto sobre o drive-in.
— É, mas de qualquer maneira a gente acabaria com eles. — dava para notar que a LaRusso queria que eles tivessem acabado com o Cobra Kai no confronto direto, já que tudo que ela mais queria nos últimos tempos era vencer Tory e mostrar que era melhor.
— Pode até ser, mas a coisa poderia ficar bem feia. — Miguel a respondeu dando um sorriso de lado antes deles verem Johnny se aproximando de onde estavam.
— O que podia ficar feio? — Lawrence perguntou aparentemente curioso.
— A gente ia entrar em uma briga lá no drive-in, mas o Miguel salvou o dia. — Falcão contou e olhou em direção a um dos seus melhores amigos, que deu um sorriso tímido.
— Ah é. - Johnny parecia suspreso. — E como fez isso?
— Eu falei pros Cobras irem até o campo de baisebool. Bem na hora que em que ele é regado. — Miguel contou, orgulhoso do que tinha feito para ajudar seus amigos.
— Então provocaram uma briga. Não apareceram. E molharam eles com mangueiras. — Johnny tinha uma expressão de decepção em seu rosto, fazendo eles ficarem confusos ao perceber isso.
— Eram sprinklers. — Demetri o corrigiu e acabou recebendo um olhar de reprovação só homem, e na mesma hora o garoto tratou de se retratar por ter feito aquilo. - Vou calar a boca.
— Porque? Não gostou disso, sensei? — Sarah perguntou com uma de suas sobrancelhas levantadas depois de trocar um olhar com Miguel.
— Vocês cutucaram a onça. O que acham que vai acontecer? Vão deixar passar numa boa? — Johnny perguntou e os alunos não tiveram nem tempo de ficarem pensativos sobre aquilo, já que Daniel apareceu e entrou no meio da conversa que eles tinham com o outro sensei.
— Pelo que me contaram de ontem, parece que o Miguel treinou moderação. — Daniel elogiou o garoto de forma indireta. Ele naquele momento não concordava com a forma de pensei de seu parceiro de treinamento. — Ele achou um jeito de sair de uma situação ruim sem que ninguém se machucasse. O que você queria? Que ele entrasse numa luta de canivetes? Tô orgulhoso de você, levou os ensinamentos do Miyagi-do a sério.
O olhar de descontentação vindo de Johnny era claramente visível e todos ali, que temiam que mais uma briga entre os sensei começasse. Já tinham perdido as contas de quantas seriam as vezes que eles tinham se desentendido durante os treinamentos.
Não importava o quanto se esforçassem, sempre teriam alguma diferença entre eles.
— Tá bom, LaRusso. Nós temos que conversar. — Johnny anunciou e quando o outro homem estava pronto para caminhar até um local mais afastados de onde seus alunos estavam, eles viram uma presença inesperada aparecer no dojô deles.
Sarah viu Kresse, o sensei que ela mais guardava mágoas e um pouco de raiva chegar no Miyagi-do junto de um outro homem também de cabelos brancos que ela nunca tinha visto antes. E todos ali ficaram surpresos pelo treinador do Cobra Kai estar bem ali na frente deles, praticamente invadindo o treino deles.
O que será que Kresse estaria fazendo ali? Sarah se perguntava naquele momento, mas sabia que nada de bom vinha quando se tratava daquele homem. Ela não tinha o perdoado por ser um dos maiores influenciadores para Eli ter ficado tão agressivo e irreconhecível durante algum tempo.
Johnny também olhava com certa raiva para John Kresse. Enquanto Daniel LaRusso olhava sem acreditar no que via em sua frente, a contrário de todos ali ele parecia saber muito bem quem seria aqueles dois homens, que tinham um sorriso no rosto, o que fazia Sarah sentir seu sangue ferver por suas veias.
— O que será que esse babaca tá fazendo aqui? — Sarah perguntou para seus amigos, e todos também pareciam não conseguir pensar em algum motivo para Kresse estar ali.
— Não sei. Mas de uma coisa eu tenho certeza, não deve estar vindo coisa boa por aí. — Kiara respondeu sua prima mesmo incerta do motivo.
— Senhores, acho que temos umas coisinhas para discutir. — o homem do qual Sarah não fazia a mínima ideia de quem poderia ser anunciou assim que se aproximaram dos dois senseis, que ainda estavam paralisados em seus lugares.
— Por favor, entrem gente. Nós vamos ter uma conversa a sós com eles. — Daniel pediu olhando para seus alunos, e por um momento alguns contestaram aquela ordem, mas depois viram que o clima realmente não estava muito amistoso entre os quatro homens.
Eles foram até a parte de dentro do dojô, mas ficaram próximos da porta escutando tudo que os homens falavam.
— Cala boca, bafo de pica. Estamos tentando ouvir aqui. — Kiara pediu irritada pelo garoto não parar de falar desde que eles tinham entrado ali.
— Foi mal. — Mitch ergueu as mãos em sinal de rendição, e alguns ali deram risada da situação.
— Parem de discutir, e vamos escutar o que eles estão falando. — Sarah pediu também sem paciência para toda aquela conversa, enquanto tinha os ouvidos colados na porta, na tentativa de ouvir algo.
— Daniel LaRusso. É bom te ver de novo. — eles escutaram um dos homens dizendo, e por não reconhecerem a voz julgaram ser o homem que acompanhava Kresse.
— Quem diabos é que aquele maluco de rabo de cavalo? Esses velhos psicopatas de cabelo branco surgem do nada no Cobra Kai, impressionante! — Falcão comentou e Sarah riu do garoto.
— Que tal se a gente abrisse só um pouquinho da porta pra dar uma olhadinha lá fora? Eles não vão nem perceber. — Samanta sugeriu e todos ali logo concordaram com a ideia. Também estavam curiosos para conseguir escutar mais.
— Abre logo essa porta então. — Falcão pediu com certo desespero, e então todos se juntaram na porta, para conseguir ver e ouvir o que estava acontecendo do lado de fora.
— Eu não sei de que manicômio você saiu, Silver. Ou que jogo doentio vocês estão planejando, mas se não saírem agora da minha propriedade eu juro por deus. — Daniel começou a fazer com o pedido com uma certa raiva em seu tom de voz. Era óbvio que ele já tinha visto aquele homem que eles não conheciam antes, e pelo visto boa coisa não tinha acontecido entre eles para ele agir daquela forma.
— Seu pai tá puto. Quem é ele? — Miguel perguntou observando a situação que nem os outros no canto da porta.
— Eu não faço ideia. — Samanta do outro lado da porta respondeu parecendo estar curiosa para saber quem era o homem também.
— Parece um Highlander. — foi Bert quem fez aquele comentário.
— O Highlander, só pode ter um. — Nate o corrigiu em forma de resmungo, o que fez todos desviarem seus olhares para encarar os dois garotos que tinham começado uma discussão aleatória do nada.
— Deixa a merda do Highlander pra lá, e vamos prestar atenção no que realmente importa. — Sarah pediu e bufou logo em seguida. Todos parecem ficar intimidados com a forma que a garota tinha dito aquilo.
— Tudo bem. Tá certo, eu tentei. De qualquer forma eu te prometo que os nosso alunos não vão arranjar briga antes do campeonato. E espero que os de vocês também não. — Silver fez uma promessa, e na mesma hora Kresse se aproximou, entrando na conversa dos dois.
Johnny por sua vez continuava um pouco mais atrás, apenas escutando o que era discutido pelos outros homens. Ele parecia não saber muito bem o que falar para aquele homem.
— Lembrem do nosso acordo. Se o Cobra Kai vencer o campeonato, vocês dois param de ensinar. Pra sempre. — Kresse recordou os dois senseis a sua frente.
— Isso não vai acontecer, porque vocês não vão vencer. Agora sumam daqui. — Daniel claramente já tinha perdido toda a grande paciência de sempre com aqueles dois e mais uma vez aquele mesmo pedido.
Silver foi o primeiro a sair do campo de visão deles, que acabou sendo seguido por Daniel. Kresse por sua vez se aproximou de Johnny, e como os dois falavam mais baixo daquela vez, eles não conseguiram escutar o que o mais velho tinha dito para o seu ex aluno.
— Tomara que o Johnny tenha dado uma bela de uma lição nesse velho babaca. — Sarah desejou aquilo mais do que qualquer coisa naquele momento. Ela sabia que Kresse merecia colher tudo de ruim que ele já tinha plantado.
NOTAS.
É o seguinte, a ideia é fazer uma maratona, começando a partir desse capítulo. Terão mais dois durante o resto do dia, mas para isso preciso da contribuição de vocês com votos e comentários. Por favor não sejam leitores fantasmas!
Prometo que terão coisas bem legais nesses próximos dois capítulos, e também vão marcar a reta final do ato 4.
Espero que tenham gostado!
Até mais tarde...
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