𝙘𝙖𝙥𝙞𝙩𝙪𝙡𝙤 𝙙𝙚𝙯𝙤𝙞𝙩𝙤
No dia seguinte eles se encontravam para mais um dia de treinamento, mas dessa vez seria realmente no dojô do jeito que eles estavam acostumados. Miguel, Sarah e Eli estavam no aquecimento, esperando o sensei começasse a aula enquanto ainda continuavam conversando sobre o fato de Diaz ter contado para eles que Robby poderia ser filho de Lawrence.
— Cara então eu pesquisei na internet e você tava certo. O sensei é o pai do Robby. — Falcão contou ao amigo enquanto alongava uma de suas pernas.
— Não entendo porque ele não contou pra gente. — Miguel suspirou.
— Talvez ele não goste de expor a vida pessoal dele para os alunos. — Sarah deu sua opinião.
— Eu não sei. Mas isso explica porque ele tá ferrando com a gente por ter arrebentado o Robby. Sem compaixão, menos com o filho dele. Aí é pra ser frouxo. — Falcão continuou.
— Oi gente. — Aisha apareceu na frente dele. — Vocês viram o comercial?
Eles balançaram a cabeça negativamente então a garota continuou explicando.
— O pai da Samanta abriu um dojô e tá falando mal do Cobra Kai. — ela terminou de contar entregando o celular com o comercial para Miguel enquantos os outros dois se aproximaram para conseguir ver também.
No vídeo ele falava sobre os princípios do Miyagi-do, e que dinheiro lá não importava. Apenas o caráter e que ofereceria aulas grátis para todos que quiserem entrar em seu dojô. Com certeza aquilo atrairia pessoas e talvez o dojô deles sofressem com consequências.
— A gente precisa fazer alguma coisa. O Cobra Kai não pode ser injustiçado dessa forma. — Sarah disse assim que a propaganda encerrou.
— Precisamos ajudar o sensei. — Falcão concordou com a namorada.
Ao final do treinamento Lawrence chamou seus alunos para o ajudarem a fazer uma propaganda, já que resolveu que tinha que realmente fazer alguma coisa depois de ver a propagando que seu maior rival tinha feito. Ele não poderia deixar aquilo tão barato assim.
— Vamos começar a gravar então? — o sensei perguntou enquanto se preparava para aparecer na frente de Aisha depois de ter entregado um vaso de planta que tinha trazido de seu escritório para um dos alunos que ficou a poucos passos de distância dele.
— Pode começar. Já estou gravando. — a garota contou.
Então o homem entrou na frente da câmera começando a tentar falar coisas para atrair mais alunos para o seu dojô, e fazerem eles desistirem de entrar naquela besteira que ele acreditava ser o Miyagi-do.
— Tá rolando um boato por aí do tal karatê de graça, mas todo mundo sabe que, na vida, você recebe pelo que paga. Quer arrasar na competição? — Lawrence chutou o vaso que o garoto segurava e depois voltou a olhar para a câmera. — Então venha logo para o Cobra Kai. Que se dane esse lance de meditação, você precisa de uma luta de verdade, do bom e velho karatê americano. — ele se virou para trás dando alguns socos no boneco que eles usavam para treinar aquilo. E depois continuou a falar. — Chega de autodefesa, aprenda atacar. Não seja um covarde. Venha para o Cobra Kai e deixa eu te ensinar o método do punho.
Aisha terminou de gravar e todos abriram um sorriso vendo que o mais velho tinha falado muito bem e que facilmente poderia fazer as pessoas se esquecerem da propaganda de Daniel Larusso.
— Arrasou sensei, ficou ótimo. — Aisha elogiou.
— Miyagi-do é pra babacas. O Cobra Kai vai arrasar com essa propaganda. — Sarah abriu um sorriso.
— Não esqueça de colocar a cobra no fim, tá bom? Quero que apareça bem. Faz ela cromada. E põe Thunderstruck de fundo. — o sensei passou as últimas orientações de como queria que o vídeo ficasse.
— Aposto que vai ser bem caro pra ter essa música. — Aisha comentou.
— Não, eu já tenho, a fita tá no carro. Ah, e põe aquela reshpeg no fim. Reshpeg equipe Cobra Kai. E manda para a internet. — essa fala fez as duas garotas rirem pelo jeito errado que ele falou.
— É hashtag, sensei.
— Tanto faz. — ele deu de ombros saindo de perto dos alunos e indo para a sua sala.
Sarah continuou conversando com Aisha sobre como fariam o vídeo. Até que se afastou e foi falar com seu namorado que ficou em um canto sozinho assim que Bert saiu de perto dele.
— Eu iria lá falar com você agora. — Falcão comentou depois de Sarah ter dado um selinho nele. — Que tal se a gente for tomar um sorvete depois de sair daqui?
— Eu adoraria. — Sarah respondeu sorrindo de lado. — Aí a gente aproveita pra ter um momento só nosso.
Ela colocou os braços em volta do namorado, erguendo um pouco os pés para conseguir ficar na altura dele, enquanto o mesmo deu um beijo no pescoço dela. Depois ficaram apenas se olhando.
— Desculpa atrapalhar o casal. Mas é que eu vou conversar com o sensei sobre o Robby ser filho dele, vocês querem vir junto? — Miguel apareceu e disse fazendo os dois se separarem.
— Claro, Mi. — Sarah respondeu.
— Vamos ver qual vai ser a explicação dele para não ter compaixão com todos menos o filho dele. — Eli também concordou de ir.
Os três caminharam até o depósito onde Johnny fazia algumas mudanças para ampliar ainda mais o espaço que tinha em seu dojô. Ele tinha bastante alunos novos e agora precisava de mais espaço para conseguir dar as aulas.
— Sensei, a gente pode conversar. — Miguel foi quem disse assim que eles entraram no local.
— Se for sobre o comercial, eu já sei. — Johnny respondeu.
— Não é sobre o comercial. É sobre o Robby Keene. — Eli rebateu.
Imediatamente o mais velho olhou os três curiosos para saber o porquê tinham tocado no nome do garoto.
— E o que tem ele? — Lawrence perguntou.
— Eu vi a foto dele na sua geladeira. Eu não tava xeretando. — Miguel começou a se explicar.
— Nós sabemos que ele é seu filho. — Sarah contou de uma vez.
— Por isso ficou bravo com a gente depois do torneio, não é? — Falcão perguntou ao mais velho.
— Nós só colocamos em prática tudo que nos ensinou, e achamos que poderia ser feito até com o seu filho, sensei. — Sarah também explicou.
— Acham que foi por isso? — Johnny perguntou.
E eles ao pensarem melhor balançaram a cabeça negando.
— É, o Robby é meu filho. Mas isso não tem nada a ver em como eu dirijo o dojô e também não é da conta de vocês, entenderam? — o sensei quis saber.
— Sim sensei. — Miguel respondeu.
— Mas sensei... — Falcão iria falando mas foi interrompido.
— Nao tem essa de mais, saiam! Vão limpar os tatames pelo resto da semana. — o homem disse fazendo eles respirarem fundo.
Sarah e Eli foram os primeiros a sair da sala. E a garota começou a dizer segundos depois disso ter ocorrido.
— Eu deveria ter adivinhado que não era um bom assunto para se tocar com ele. — Sarah começou a se lamentar.
— Pelo menos agora a gente sabe da verdade. — Eli tentou ver o lado bom de toda aquela situação e ela concordou.
— Bom, pelo menos esse castigo também faz a gente ficar mais um tempinho juntos. — Sarah também tentou enxergar algum lado bom, fazendo o garoto sorrir.
— Olha, eu ainda não tinha pensado nisso. Mas vendo por esse lado não vai ser nenhum castigo. — Eli disse e ela juntou seus lábios.
No dia seguinte aconteceria o conhecido Festival Anual do Vale, um evento que atraia pessoas de todas as idades contando com diversas atrações como brinquedos para as crianças e apresentações de diversas pessoas que buscavam por destaque na maior festa que tinha na região. Por isso, não demorou muito para que a informação de que o Miyagi-do iria fazer uma apresentação no evento se espalhasse, assim que souberam Johnny resolveu que deveria fazer alguma coisa.
Ele reuniu todos os seus alunos e os ensaiou para mostrar o que todos faziam de melhor. Queria exibir o melhor karatê de todos os seus alunos. Ele também organizou tudo para que a entrada deles fosse bem quando Daniel Larusso estivesse no palco com seus alunos.
Se Larusso queria guerra, ele daria guerra para o mesmo.
— A seguir eu tenho uma surpresinha um oferecimento do grupo LarussoAuto. Uma salva de palmas para a apresentação do karatê Miyagi-do. — a apresentadora disse fazendo todos aplaudirem a entrada deles.
Enquanto Johnny passava a últimas instruções para seus alunos antes deles subirem no palco e realmente mostrarem o que era karatê de verdade.
Ao sinal do sensei as luzes que iluminavam o palco onde o Miyagi-do se apresentava se apagaram, fazendo todos olharem em direção a luz que vinha na direção deles.
— Cobra Kai! — Falcão gritou atraindo a atenção de todos enquanto o grupo de alunos entravam em duas filas repetindo o nome do dojô deles diversas vezes.
Todos ali presentes foram em direção ao palco que eles se apresentariam enquanto um rock tocava e uma bandeira com a logo do dojô bem grande aparecia no palco, sendo iluminado por diversas luzes que faziam o show ficar ainda mais completo.
Os alunos se posicionaram no palco fazendo a apresentação que tinham terminado momentos antes de estarem lá. Mostraram alguns golpes que tinham aprendido, e lutaram entre eles. Sarah e Eli acabaram trabalhando juntos nessa e conseguiram derrubar um dos garotos com apenas um golpe vindo de cada. Eles também quebraram tábuas com chutes.
Eli nessa hora puxou Demetri que estava na plateia e o deu uma das tábuas para que segurasse. O garoto fechou seus olhos quando viu que Falcão tentaria quebrar o objeto com algum golpe, mas temeu que fosse acertado também. O que não aconteceu porque Falcão com a ajuda de um dos alunos conseguiu dar um chute giratorio quebrando o objeto ao meio deixando seu amigo ali no palco apenas segurando surpreso as duas partes.
— Mandou bem! — Sarah disse para o namorado assim que todos os alunos entraram de volta no palco com toalhas com a logo do dojô que foram jogadas pra plateia que gritavam incessantemente.
Por último para encerrar o show Johnny subiu no palco organizando uma pilha de pedras que foram incendiados com fogo colocado pelos próprios alunos, e o sensei quebrou todos com um soco só. Fazendo a galera ir ainda mais a loucura.
Quando o show acabou eles se animaram porque o Cobra Kai tinha mostrado quem mandava naquela região. Tinham mostrado o que eram capazes de fazer.
NOTAS.
Não tenho muito oq dizer aqui hoje, mas espero que tenham gostado desse capítulo❤️
Até o próximo!!
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