𝙘𝙖𝙥𝙞𝙩𝙪𝙡𝙤 𝙙𝙚𝙯𝙚𝙨𝙨𝙚𝙞𝙨
Sarah, Eli, Bert e Aisha encaravam os alunos novos que depois do dia anterior retornaram ao dojô enquantoo o treino não começava. Os dois garotos que estavam na frente deles eram aqueles dois mesmos que o casal tinha assustado na entrada do dojô no dia anterior.
O garoto de moicano passou o braço pela cintura da namorada, trazendo ela mais pra perto enquanto ela cruzou os braços.
— Eu acho que um bom apelido para eles seria cabeça oca. — Sarah apontou para um deles. — E otario
E apontou para o outro arranca risada de seus amigos e de seu namorado, enquanto os garotos se sentiam ainda mais amendrontados por eles.
— O que acham? Imbecil 1 e imbecil 2. — Falcão também sugeriu.
— Acho que tá mais pra dondoca e panaca. — Aisha deu a sua opinião e todos riram.
— É... eu sou o chris... — um dos garotos iria dizendo mas foi interrompido por Falcão.
— Por acaso eu disse que podiam falar? — o de moicano disse tem um tom ameaçador e fez os garotos ficarem quietos novamente.
— Pessoal estão zuando com vocês. — Miguel apareceu por tras dos garotos e os comprimentou. — Além disso todo mundo sabe que vocês são o bundão e o babaca.
Eles riram novamente, mas a atenção deles foi desviada das brincadeiras para a porta do dojô que fez um barulho sinalizando que tinha entrado alguém. Foi quando avistaram um senhor que não tinham visto ali entrando e encarando atentamente todos os alunos que estavam no tatame.
— Jesus Cristo. — escutaram o homem dizer enquanto encarava dois garotos treinando.
— Quem é esse? — Falcão perguntou olhando para seus amigos.
— Sei lá. — Miguel respondeu.
— Pela cara ele não me parece ser umas das melhores pessoas para se puxar assunto agora. — Sarah também comentou sobre.
— Vou tentar mesmo assim. — Miguel avisou e fez menção de ir até o caminho que o homem estava fazendo.
— Eu vou com você. — a loira avisou e os dois caminharam e pararam bem em frente ao homem.
— Oi, eu posso te ajudar? — Miguel perguntou.
— Somos alunos do cobra kai, se quiser alguma informação pode pedir para nós. — Sarah complementou a fala de seu amigo.
— Não podem me ajudar, mas eu posso ajudar vocês. — o homem respondeu dando um sorriso de lado.
A garota até iria fazer mais perguntas à ele se não fosse por Johnny aparecendo bem na hora e interrompendo aquela conversa.
— sensei. — Miguel disse apontando para o homem atrás deles.
O homem caminhou até perto de Johnny e quando começaram a se falar os dois amigos se encararam confusos por parecer que aqueles dois já deveriam se conhecer.
— Me diz qual é o seu problema? Eu disse amanhã. — eles escutaram Johnny dizendo.
— Amanhã, hoje. Quem liga pra isso? — o homem respondeu, então o sensei respirou fundo e deu as costas para o mais velho.
— Estou sentindo que não vem coisa boa por aí. — Sarah contou a Miguel que pelo semblante também estava pensando a mesma coisa enquanto ouviam aquela conversa.
Johnny então foi para a frente da sala e como de costume todos já se alinharam. Sarah ficou ao lado de Miguel e Eli como sempre, enquanto eles aguardavam os primeiros comandos do sensei para aquela aula.
— Turma, temos uma visita. — Lawrence anunciou. — Esse é o senhor Kresse, é só um observador. Finjam que ele não está aqui.
Sarah observou que Kresse não gostou muito de como foi apresentando pelo seu sensei, fechando o pequeno sorriso que tinham entre os lábios.
— Senhor Diaz, aqueça a turma. — Johnny pediu ao garoto que saiu de seu lugar e ficou de frente para os outros alunos.
— Posição de luta. — Diaz disse depois de fazer o movimento de cumprimento, e todos ali seguiam aos comandos do garoto. — Chute frontal. — Todos deram o golpe pedido. — Ataque frontal.
Novamente os alunos fizeram o golpe que já estavam tão acostumados a treinar.
— Soco do mal. — foi o último pedido de Miguel antes de todos fazerem um dab e começarem a dar risada.
— O que foi isso? — Johnny perguntou ao garoto parecendo estar sério.
— A gente só tá brincando. — Miguel respondeu. — Tem mais de onze meses pro próximo torneio.
— É, e além disso a gente já sabe como lutar. — Eli disse de maneira convencida e todos concordaram com ele.
— Ah é? Mesmo? Então vocês já sabem tudo. Não tem mais nada a aprender. — Johnny chamou a atenção de seus alunos.
Ele passou a caminhar pelo tatame indo em direção aonde Aisha estava ainda rindo de todos os comentários feitos por seus amigos.
— O que é tão engraçado senhorita Robinson? — o mais velho perguntou a garota de cabelos curtos.
— Desculpa sensei, você não entenderia. — Aisha se desculpou.
— Tenta vai.
— É o que a Cobra faz. — depois de contar todos começaram a rir novamente.
— O que a cobra faz? — ele quis saber.
Como resposta seus alunos apenas começaram a fazer um barulho de cobra junto com um movimento com os braços muito semelhante ao movimento que o animal realmente fazia.
— Quietos! — Johnny gritou aparentemente não gostando da brincadeira. — Amanhã as cinco da manhã. Esquina da Fulton com a Rayner. Quem não aparecer tá fora da equipe. Estão dispensados.
Ao terminar de dizer aquilo o sensei saiu do tatame caminhando até a sua sala, deixando seus alunos ali parados e confusos. Também ficaram um pouco apreensivos por correrem o risco de saírem da equipe como o mais velho tinha acabado de contar.
Pelo jeito o clima hoje não estava um dos melhores.
No dia seguinte todos alunos realmente foram ao local indicado por Johnny no horário indicado também. Sarah tinha ido na companhia de Aisha enquanto as duas conversaram por todo o caminho.
Ao chegarem lá perceberam alguns sacos de cimento e alguma carriolas, o que fez as duas ficarem confusas e ansiosas para saber o que fariam naquele dia. O que foi logo descoberto quando o sensei mandou que começassem a trabalhar para fazer uma massa que ainda não tinham descoberto para que usariam.
— Não coloquem multa água, tem que ficar bom e espesso. — Johnny orientou enquanto Aisha mexia e Sarah colocava um pouco mais de água na mistura que estavam fazendo.
— sensei, porque estamos fazendo cimento? — Miguel perguntou ao mais velho.
Sarah olhou para o lado vendo seu namorado sofrer para segurar o saco e colocar um pouco do pó dentro da carriola.
— Sem perguntas. — foi tudo que Lawrence respondeu antes de sair de perto de seus alunos.
— Eu realmente não entendi o porque de estarmos fazendo isso. Será que vamos ter que construir uma casa ao invés de lutar no próximo torneio? — Sarah brincou tentando descontrair um pouco o clima que estava bem pesado. E conseguiu já que que todos riram de seu comentário.
— Ih, Miguel, acho que se for assim dá próxima a única chance que vamos ter é de ajudante de pedreiro mesmo. — Falcão entrou na brincadeira deixando o saco que carregava no chão e dando um soco no ombro do amigo.
Eles desviaram a atenção deles quando um barulho de caminhão se fez presente no local. Pelo visto as surpresas e as tarefas deveriam estar longe de acabar.
Depois de estacionar o caminhão o homem que o dirigia saiu de dentro, indo conversar algo com Johnny que eles não conseguiam escutar, mas pareciam estar acertando algo. Até o homem sair de perto do mesmo.
— Meu deus, o que será que o sensei está pensando em fazer agora? — Aisha perguntou.
— Eu tenho é medo do que ele pode pedir pra nós fazermos. — Sarah respondeu a amiga.
O sensei chamou todos os seus alunos para frente do caminhão, e agora eles encaravam o homem a frente deles que estava prestes a dizer algo.
— Acham que só porque ganharam o torneio podem relaxar? Tenho novidades. Ganhar um campeonato não significa nada! Um verdadeiro campeão nunca para de treinar. Temos que seguir em frente ou vão ficar estagnados como estão agora. Igual a esse cimento, se esse tambor não se girar o cimento vai endurecer e ficar preso. Querem que isso aconteça com vocês?
— Não sensei!
— Ótimo. Então subam, entre lá e façam girar. — Johnny mandou e todos se olharam e começaram a cochicar sobre como seria impossível fazer aquilo que ele tinha pedido.
— Sensei, desculpa pelas brincadeiras. — Aisha falou.
— É, a gente já aprendeu a lição. — Falcão concordou.
— Entrem! — Lawrence pediu mais uma vez abrindo a porta que dava acesso ao tambor.
— Sensei, isso parece perigoso, os gases vão fazer mal... — Miguel iria argumentando mas foi interrompido.
— Quieto! — Kresse que acompanhava a atividade de perto pediu a Miguel que apenas obedeceu ficando assustado com o comportamento do homem. — Esse homem levou vocês até ao topo e ainda questionam ele? Olhem pra vocês. Não acredito que esse bando de bundões competiu no torneio regional. Muito menos que venceu. Isso foi um grande milagre! E quem foi responsável por esse milagre? Johnny Lawrence. O melhor aluno da história do Cobra Kai. Meu aluno.
— Você foi o sensei do sensei? — Falcão perguntou.
— Pode acreditar garoto.
Aquilo também foi una surpresa para todos, pois não imaginavam que aquele homem era quem tinha ensinado tudo que o sensei deles sabia. Lawrence nunca tinha comentado dele para eles, o que era estranho já que o homem parecia falar dele com tanto orgulho.
— Vou falar que nunca treinei um aluno tão durão na minha vida. Então se quiserem saber o que é bom pra vocês, é melhor ouvirem cada bendita palavra que ele disser. — Kresse aconselhou os alunos.
Todos depois daquilo pareceram se encorajar a fazer a tarefa pedida por Lawrence.
— Eu vou entrar. — Sarah foi a primeira a dizer.
— Eu também vou sensei. — Miguel avisou.
Os dois foram em direção a escada para subirem para dentro só caminhão, observando Falcão também se aproximar deles para entrar também.
— Qual é, isso? — Miguel que foi o primeiro a entrar perguntou sem acreditar onde eles estavam indo parar.
— Meu deus, onde a gente veio parar. — Sarah comentou, enquanto ela e Eli entravam um em seguida do outro.
Os três assim que entraram acabaram escorrendo por conta do cimento que tinha lá dentro. E perceberam que também teria a difícil tarefa de conseguirem se manter em pé para depois fazer o que foi pedido para eles.
— Não fiquem parados aí, querem ficar presos? — Johnny apareceu na entrada do caminhão fazendo mais uma ordem. — Anda logo!
Todos os alunos que tinham decidido entrar foram para o mesmo lado do caminhão passando a empurrá-lo na tentativa de fazê-lo girar.
— Pessoal vamos lá, andem logo. — eles escutaram o sensei falando do lado de fora enquanto ainda faziam força.
Eles tentaram por mais alguns minutos até finalmente perceberem que estavam conseguindo, estavam girando. E depois de ficarem fazendo isso por algum tempo o sensei deu a tarefa como completa, então os alunos saíram de lá completamente sujos, devido ao esforço que fizeram. E Lawrence pegou uma mangueira, começando a jogar água nos seus alunos.
— Vocês devem se orgulhar. Eu tô orgulhoso. Mas vocês também ficaram se contassem o que fizeram hoje, mas não vão contar. Agiram como campeões. Não pararam. Não se deram por satisfeitos. Não desistiram. Se continuarem empurrando e insistindo, vocês vão chegar onde jamais imaginariam. — Johnny parabenizou seus alunos.
Depois disso os alunos terminaram de se limpar.
— Tem cimento em todo o meu cabelo. — Sarah reclamou tentando limpar enquanto Eli jogava água da mangueira nela.
— Você consegue ficar linda até suja de cimento. — Eli elogiou a loir que sorriu e tirou a mangueira da mão dele, jogando ela pro lado e juntou seus lábios em um beijo.
Os dois só não foram mais adiante porque sentiram um grande jato de água neles e quando abriram os olhos viram que era Miguel que jogava água neles.
— Bora deixar isso pra depois casal. — Miguel disse ainda jogando água neles que riram e correndo atrás do amigo para molhar ele também.
NOTAS.
Confesso que adorei escrever esse capítulo, e mais ainda como ele ficou.
Também queria agradecer pela história ter atingido 1k. Só tenho a agradecer todo mundo que vota e comenta na história, sem vocês eu realmente teria desistido da história❤️
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