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Capítulo 18

Um ano depois...

   A água salgada batia no navio como na última vez em que estive no mar, um ano, um ano se passou desde que tudo mudou. Desde que o bando do Chapéu de Palha me ajudou a reencontrar meus pais, e então as coisas só pioraram. Olhei mais uma vez para a bússola em meu colar, e então olhei para o horizonte.

— Vamos atracar! — Minha mãe gritou, seus homens começaram a ajeitar tudo para descer.

Atracamos na Sunfluwer Rain, uma vila movimentada e com muitas especiarias. Assim que pisou na terra firme, minha mãe tirou os sapatos e sentiu a terra, em seguida alongou as costas.

— Quem ta com sede?! — Gritou para os seus companheiros, alguns moradores se dispersaram, qualquer bandeira pirata era temida igualmente, mas principalmente a bandeira da Moonlight por ter contato com a Grand Line.

— Capitã, devemos pegar alguns mantimentos? — Craig perguntou, antes que ela pudesse responder, interrompi.

— Comprar. Vamos comprar. Temos berries o suficiente pra pagar. — Acrescentei, eles trocaram olhares, Craig assentiu.

Minha mãe envolveu sua mão por cima dos meus ombros e me guiou pela estrada, avistei algumas pessoas encarando, estavam assustados. Uma garotinha deixou seu ursinho cair enquanto era puxada pela mãe, me aproximei e peguei o pequeno urso do chão, ele tinha um formato engraçado, como uma batata com nariz pontudo. Estiquei os lábios lembrando-me de alguém, um amigo.

— Aqui. — Entreguei, a garotinha sorriu. Voltei para o lado da minha mãe, ela voltou a me abraçar de lado.

— Sabe, é bom sermos temidos. — Ela sussurrou, passamos pela mulher e a criança, engoli em seco.

— Eu não sei, nem todos os piratas fazem coisas ruins.

— Querida. — Ela parou e riu para sozinha. — São piratas.

— Mas é verdade, eles podem ser bons. — Afimei, ela negou e continuou andando comigo pelo braço.

— Parece que esquece do que fizeram com seu pai. — Resmungou para si, senti meu estômago embrulhar.

Entramos no primeiro bar que avistamos, o lugar rapidamente se silenciou atraindo olhares desconfiados. Seus companheiros se espalharam pelo bar, tomando mesas e lugares.

— Quero bebida para todos os meus companheiros. — Ela pediu e sentou-se perto do bar, sentei-me ao seu lado. — Quero cerveja para mim, e para minha filha.

— Só pra ela, obrigada. — Corrigi, senti minha mãe me fuzilando com os olhos, encarei minhas mãos.

— O que há de errado com você hoje? — Não respondi, ela me encarou da cabeça aos pés. — Estou me esquecendo de alguma coisa?

— Nada. — Neguei, ela notou meu incômodo.

— Se quiser conversar, eu estou aqui. — Sugeriu, apenas concordei com a cabeça, ela pegou a cerveja e levantou erguendo-a no ar. — Vamos comemorar!

Seus homens começaram a gritar e bater os copos, peguei minha espada e saí. Ouvi a gritaria do lado de fora, sentei-me ali mesmo no chão e me encostei na parede, o Sol tocava o topo da minha cabeça esquentando-a.

— Vai pegar uma insolação. — Um velho disse logo na minha frente, ao lado estava seu cãozinho, sentado encarando seriamente.

— Obrigada pelo aviso. — Permaneci no lugar, ele notou a confusão dentro do bar e então reparou na minha espada.

— Deve ter sido uma longa viagem. — Ele disse, respirei fundo.

— Você nem imagina.

— Sabe, quando eu era mais novo, resgatei o meu companheiro aqui de um grupo de piratas. Ele até gostava deles, mas sabia que lá não era o seu lugar. — Ele disse, franzi o cenho.

— Deve fazer muito tempo que você era mais novo. — Sugeri, para a minha surpresa, ele soltou uma gargalhada.

— Tem razão. Mas pense pelo lado bom, se ele está comigo até hoje é porque tomou a decisão certa. — Explicou, encarei o cãozinho na minha frente. Ele facilmente poderia ter inventado a história, mas conseguiu me fazer pensar sobre a minha situação.

— Minerva. — Minha mãe saiu do bar, me levantei e então voltei para dentro, o senhor continuou me encarando com um sorriso amigável no rosto.

Me sentei novamente, apesar de estar parada, minha mente estava longe pensando em algo. Minha mãe notou, mas sabia que não podia fazer nada para me trazer de volta naquele momento. Ela então começou a fazer planos para nossa próxima rota, enquanto o resto do bando, já bêbados, continuavam a rir e contar histórias.

Assim que entardeceu, deixamos o bar e voltamos ao navio. Deitei-me mais tarde naquela noite, minha mãe já estava dormindo quando entrei, ela roncava demonstrando que dormia profundamente. Segurei minha espada em meu cinto, parada em frente a sua cama, pensando na história que o velho me contara mais cedo. Ele havia realmente mexido comigo naquela tarde.

Determinada a mudar de ideia, enfiei o mapa com as rotas que minha mãe havia traçado mais cedo, dentro de um saco, junto de alguns suprimentos e bebida. Carreguei um dos botes atracados perto do nosso navio, e então o afastei lentamente do mesmo. Comecei a remar para longe sentindo um aperto no peito, a ideia de deixá-los sem me despedir me deixava chateada. Mas conhecia minha mãe o suficiente para dizer que ela nunca me deixaria ir embora...

Puxei a bússola pendurada em meu pescoço e estiquei os lábios pensando na ideia de reencontrar o meu povo. Depois de um ano inteiro, as coisas poderiam ter melhorado. Os céus estavam estrelados e o mar calmo. Era arriscado sair em um único bote pelo mar, mas era a hora certa para arriscar. Sem reparar, acabei adormecendo assim que o céu começou a ficar cor de salmão, mostrando sinais de que já estava próximo de amanhecer.

*

Pulei do bote com um susto, por sorte eu estava inteira e minhas coisas ainda no lugar. Mas o mar parecia o mesmo, sem sinal de ilha ou outros navios. Fui até a borda e analisei, voltei para o meio e então abri o mapa e comecei a estudar as rotas, minha cabeça estava doendo e meus lábios rachando por causa do Sol. Procurei por alguma bebida no fundo do bote, quando foi que eu havia bebido o último gole da garrafa? Não reparei.

Apenas tentei ignorar a fome e a sede, apesar do meu estômago não cooperar resmungando a cada minuto. Peguei os remos e comecei a movê-los, tentando ir para qualquer direção, a verdade é que eu estava perdida. Meia-hora depois, desisti de remar e me encolhi, abracei minhas pernas e comecei a chorar feito uma criança.

— Aí, vai afundar o bote com suas lágrimas. — Ele disse, levantei a cabeça e cobri o Sol com a mão tentando ver quem era a pessoa. Ele sorriu e estendeu a mão para mim. — To vendo que você precisa de uma ajuda.

Aceitei, ele me puxou e quase caiu junto, comecei a sentir cheiro de legumes, frutas e principalmente carne. Procurei em toda a parte no seu pequeno navio, ele pulou no bote e começou a pegar as coisas e trazer para o seu próprio navio.

— Tem comida na... você achou. — Ele disse e terminou de colocar minhas poucas coisas no navio, enquanto eu comia, ele espionava as rotas traçadas no mapa.

— Estranho você se perder com essas rotas tão bem traçadas. — Dizia, tomei o mapa de volta e enfiei no bolso.

— Isso é meu. — Falei ainda mastigando a comida, ele riu e foi até o manche.

— Tem que ter coragem pra navegar na Grand Line com um bote menor que as orelhas. — Brincou, o encarei, ele sorriu de orelha a orelha.

Aquele sorriso me fez congelar, lembrei-me imediatamente de Luffy. Como se algo em seu olhar, lembrasse dele.

— Você por acaso. — Disse, ele me encarou esperando uma pergunta. Hesitei por alguns segundos, ele cruzou os braços. — Por acaso conhece Monkey D. Luffy?

— O que o meu irmãozinho está aprontando agora? — Ele riu sozinho, senti um arrepio na espinha.

— Irmãozinho?! Eu sabia! Vocês são parecidos, e o seu cheiro, você fede a carne igual a ele.

— Calma garota. Eu não vejo mais meu irmão faz muito tempo. — Ele explicou, de repente minha animação foi diminuindo. — De onde se conhecem?

— Eu faço... bom, fazia parte do bando dele. Há mais ou menos um ano atrás. Luffy queria se tornar o rei dos piratas, então ele entrou na Grand Line com o seu bando.

— Um navio, um bando? Aquele garoto nunca pensou pequeno. — Ele sorriu com um olhar distante, continuei o encarando fixamente. — Por que deixou o bando?

— É uma longa história. — Minhas orelhas baixaram, amarrei os cabelos, estava começando a suar.

— Bom, estamos com tempo. — Ele arrumou as velas do navio, estiquei os lábios reconfortada. — A propósito eu sou Ace.

— Minnie Moon.

— Bom, meu irmão não deixaria qualquer um entrar pro bando dela, você deve ser especial. — Ele colocou um dos pés em cima de uma caixa e apoiou um dos braços.

— Na verdade eu acho que ele escolheu na sorte. — Segurei o queixo pensativa, Ace franziu o cenho. — Brincadeira, acho que ele não faria isso. Bom, quase isso.

— Então ele continua o mesmo cabeça dura.

— Devia ver o cartaz de procurado, estão pedindo 30 milhões de berries. — Me encostei na borda do navio, Ace arqueou as sobrancelhas.

— Até que ele leva jeito pra coisa.

— Você devia vê-lo lutando contra os homens peixe, ele salvou vilas inteiras. — Comecei a contar, Ace sentou-se na caixa e cruzou as pernas para ouvir atentamente, continuei falando cada vez mais animada. — Aí ele disse, "eu sou Monkey D. Luffy, e eu vou ser o rei dos piratas!" Eu sempre me empolgo quando ele diz isso. Teve outra vez também que...

Continuei falando, e Ace continuou ouvindo. Sua paciência era de outro mundo, ele parecia não se preocupar no tempo que ia levar para terminar de contar as histórias, parecia entretido. De qualquer forma, estávamos no mar no meio do entardecer, tínhamos uma rota longa para decidir.

*

Ficamos em torno de três dias no mar, neste meio tempo, por sorte não encontramos inimigos ou monstros marinhos. Ace me ensinou tudo o que aprendeu sobre o mar da Grand Line, poucos detalhes nos quais eu deixei passar enquanto minha mãe me ensinava a ser navegadora. Atracamos na primeira ilha que avistamos no horizonte, ela parecia habitada e aparentemente segura.

— Melhor ficar por uns dois dias, pra garantir que não estamos sendo seguidos. — Ele afirmou enquanto eu descia em terra firme.

— Está bem, eu vou só conferir as coordenadas da bússola e volto! — Levantei o pingente no colar, ele fez joinha com uma das mãos.

— Se precisar de algo, estarei no meu navio. — Avisou, concordei e o deixei, levei minha bolsa comigo.

Caminhei pela ilha com cuidado, mesmo olhando para o ponteiro dentro da minha bússola, que tremia desgovernado. O único jeito que encontrei de usar as coordenadas da bússola, era verificando ilha por ilha. Algo no magnetismo acabava atrapalhando o funcionamento da mesma, por isso tinha que visitar cada ilha no caminho para calibrar a partir de cada uma.

Pra falar a verdade não tinha certeza de como encontrar meu povo apenas com uma bússola, afinal não era pra isso que elas originalmente serviam. Caminhei pela ilha tranquilamente seguindo o ponteiro, ele virou para a direita, depois para a esquerda, tremeu por alguns minutos e então voltou para o ponto inicial. O movimento se repetiu pelo menos duas vezes, respirei fundo e o guardei, avistei uma árvore com vários frutos redondos pendurados no topo.

Senti meu estômago roncar, saltei e peguei três das frutas, fazendo o restante cair no chão. Ao se abrir, elas tinha um líquido como água dentro, e uma casca um tanto deliciosa. Levei as frutas para o navio de Ace animada, quando voltei, ele estava dormindo com seu chapéu escondendo o rosto. Arremessei as frutas em seu colo, fazendo-o quase cair.

— Olha o que eu achei! São frutas, comi umas duas no caminho.

Ele se levantou e então abriu uma delas apenas com as mãos, enquanto comia ele notou que eu não estava acompanhada.

— Nada deles? — Perguntou, neguei em resposta, ele então foi até o manche.

O ajudei subindo a âncora, comecei a cantarolar enquanto caminhava de um lado para o outro em seu navio, enquanto Ace sorria atento ao mar.

— Eu to cansada. — Me sentei no chão e encostei na parede, adormeci ali mesmo.

Ace riu sozinho, e então continuou conduzindo seu navio. De repente um estouro me fez saltar, corri para fora do navio tentei ver algo. Havia muita neblina, e em meio à ela, Ace tentava loucamente controlar o leme.

— O que aconteceu?

— Fomos atingidos, aquela coisa lá atrás. — Apontou com a cabeça, corri até a borda.

— Mas aquilo é... — Comprimi os olhos tentando identificar a silhueta no meio de tanta neblina, de repente a sombra começou a ficar maior. — É um navio pirata! Ace! Vamos ser atacados!

— Ninguém vai atacar o meu navio. — Ele controlou os danos rapidamente, antes de respondê-lo, meu corpo paralisou como se virasse um cubo de gelo.

— Espera. — Sussurrei para mim, engoli em seco, outra bala de canhão veio direto na minha direção.

— Coelha! — Ace gritou, fui pro chão de imediato, senti meu coração batendo tão forte que poderia pular para fora do meu peito. — Cuidado! Temos que revidar ainda.

— Eu me lembro daquela bandeira, aquele navio parece familiar. — Resmunguei tentando ajudá-lo a carregar o canhão.

— Eles estão chegando perto, mas não se preocupa, eu tenho uma surpresinha. — De repente seu dedo acendeu como um fósforo, Ace colocou fogo no pavio e a bala disparou na direção do navio inimigo.

— Isso é. — Disse boquiaberta, ele sorriu de orelha a orelha.

— A Mera Mera no mi, a fruta do fogo. — Respondeu, e então começou a empurrar mais dois canhões para acompanhar seu terceiro.

Olhei para os céus, a lua estava cheia e brilhante, o mar estava começando a ficar movimentado e as nuvens começando a se juntar. Segurei o braço quente de Ace, ele me encarou confuso.

— Eu conheço aquela tripulação. E-eles são fortes, e você está no mar, não pode arriscar perder seu navio. — Expliquei, ele deu de ombros.

— Relaxa garota, eu me viro.

— Deixa comigo. — Afirmei tocando o seu braço mais uma vez, ele me encarou. Tirei o colar com a bússola de meu pescoço e entreguei para ele. — Encontra o meu povo, ajuda eles e eu ajudo você a encontrar o Luffy.

— Como pretende me encontrar?

— Dou meu jeitinho. — Pisquei, Ace soltou um riso frouxo.

— Espera chegarem mais perto. — Sugeriu, cheguei perto da borda do navio e me virei.

— Precisa não, eu sou bem rápida.

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