00.8 ︴a batalha de narnia
00.8, NARNIA BATTLE
batalha de narnia
DON'T HURT YOUSELF
O ENORME EXÉRCITO Nárniano, elegantemente posicionado em um dos lados do vasto campo onde a batalha está prestes a começar, viu o grifo que pairava sobre o campo inimigo finalmente pousar perto de Pedro e Louise. Ambos estavam vestidos com imponentes armaduras brilhantes e montados em unicórnios brancos majestosos. A ave exibia uma expressão preocupada, embora fosse um tanto desconcertante imaginar uma ave demonstrando emoções humanas.
⎯⎯⎯ Eles vêm, Alteza, em números e armas muito maiores que os nossos. ⎯⎯ Diz o grifo.
⎯⎯⎯Números não ganham uma batalha ⎯⎯ Oreius e Louise respondem, sorrindo um para o outro.
⎯⎯⎯ Não. Mas aposto que ajudam. ⎯⎯ Pedro responde ansioso.
O gélido exército da Bruxa finalmente chega, com números superiores aos das forças de Nárnia, e isso sem mencionar os três gigantes que se juntaram a eles. A Feiticeira Branca sobe em sua carruagem particular, tracionada por gigantescos ursos polares. Vestindo um elaborado vestido de malha, ela ostenta um cocar dourado decorado com a crina de Aslam pendendo sobre ele. Os dois exércitos começam a se enfrentar. Pedro olha na direção de uma colina em busca de Edmundo e, assim que o avista, acena para o irmão. Em seguida, ele retira a espada da bainha, pronto para a batalha. Uma trombeta soa e o exército Narniano aplaude com entusiasmo.
⎯⎯⎯ Não tenho interesse em prisioneiros. Mate todos. ⎯⎯ Disse a Bruxa.
Sob o comando de Ginarrbrik, o exército da Bruxa avança, implacável em sua determinação. Enquanto isso, os grifos Narnianos lançam um ataque aéreo, arremessando pedras no caminho do batalhão adversário que se aproxima. A francesa, ergue os olhos para o céu, percebendo uma chuva de flechas disparadas por habilidosos anões. A cena é um turbilhão de ação e tensão, com cada lado preparado para enfrentar o outro em um conflito que determinará o destino de Nárnia.
⎯⎯⎯ Olhe para o céu! ⎯⎯ Louise gritou.
Pedro se vira para Oreius.
⎯⎯⎯ Você está comigo? ⎯⎯ pergunta o rei.
⎯⎯⎯Até a morte.
⎯⎯⎯ Por Nárnia e por Aslan! ⎯⎯ Pedro Gritou com todas as forças.
Montada em cima do unicórnio, Louise gira a alabarda com destreza, derrotando diversas criaturas congeladas que se interpõem em seu caminho. Ela está determinada a lutar pelo sucesso do plano que elaboraram, esperando que seja suficiente para derrotar a Bruxa e, ao mesmo tempo, minimizar as perdas entre os poucos seres restantes em Nárnia. Enquanto luta, seus olhos frequentemente se desviam em direção a o Pevensie mais velho, buscando sinais de ferimentos. A cada vez que ela verifica, sente um suspiro de alívio ao perceber que, apesar de alguns cortes em sua maioria superficiais, ele aparenta estar bem. Cada golpe de sua alabarda é uma manifestação de sua determinação em proteger a terra que tanto ama e as pessoas que são sua nova família.
⎯⎯⎯ FOGO! ⎯⎯ Edmundo grita.
Uma majestosa fênix mergulha dos céus, sua descida resultando em uma explosão de chamas que se unem para formar uma imponente parede de fogo. O exército de Nárnia responde com aplausos de admiração e esperança, energizados pela demonstração impressionante de poder. No entanto, essa breve celebração é interrompida quando a parede de fogo começa a ser corroída por um feitiço habilmente lançado pela Feiticeira Branca. A devastação causada pelo feitiço é visível, com rachaduras formando-se nas chamas e a barreira começando a ceder. A fênix, mantendo-se firme apesar da ameaça, luta para sustentar a barreira mágica. O exército de Nárnia compreende a urgência da situação e se prepara para o próximo desafio que se apresenta, prontos para enfrentar o desafio que está por vir.
⎯⎯⎯ Afaste-se! Atraia-os para as rochas! ⎯⎯ Pedro grita.
Ao recuar, Ginarrbrik solta uma flecha que atinge a perna do unicórnio de Pedro, fazendo o majestoso animal tropeçar e cair, derrubando seu cavaleiro. Lançando Pedro ao chão. A Feiticeira Branca, liderando seu exército implacável, os persegue incansavelmente, avançando até as rochas. Edmundo, ágil e alerta, reage prontamente ao ver Pedro caído no chão. Oreius, observando a determinação de Edmundo, vira-se para Pedro e, ao perceber a situação, gira em direção à Bruxa com um imponente rinoceronte ao seu lado.
⎯⎯⎯ Pare! ⎯⎯ Pedro clama enquanto Oreius passa por ele, mas o rinoceronte é rapidamente derrubado pela investida inimiga.
Oreius, usando duas espadas com maestria, elimina Otmin, mas a Bruxa revida. Com uma terceira espada em mãos, Oreius salta na direção da Bruxa. Contudo, antes que ele possa atingi-la, um urso polar investe contra ele e a Bruxa, em um movimento ágil, abaixa-se, gira sua varinha e transforma Oreius em pedra. Um fauno exclama sua surpresa enquanto dois grifos mergulham em direção à Bruxa. Ela age com rapidez, golpeando um grifo e transformando o outro em pedra, quebrando-se em pedaços no impacto.
⎯⎯⎯ Edmundo! Eles são muitos! Saia daqui! Pegue as meninas e as leve para um lugar seguro!⎯⎯ A voz de Pedro é urgente, mas Edmundo não o obedeceu.
⎯⎯ Você o ouviu! Vamos! ⎯⎯ O Sr. Castor se junta a Edmundo, arrastando-o para longe da ameaça iminente. Edmundo, observando o avanço implacável da Bruxa em direção a Pedro, luta internamente e volta atrás:
⎯⎯⎯ Pedro ainda não é rei ⎯⎯ murmura Edmundo, reafirmando sua insistência em ajudar.
⎯⎯⎯ Edmundo! ⎯⎯ Louise grita vendo o garoto correr em direção a Bruxa, o seguindo, antes que o Sr.Castor pudesse protestar ela diz ⎯⎯ Eu sou a Grande Rainha, não me detenha!
Seguindo Edmundo pela colina, a francesa desmonta do seu unicórnio e corre o mais rápido que a pesada armadura de ferro permite em direção ao seu irmão mais novo. Com determinação, ela se aproxima dele rapidamente. Agarrando a varinha que está na mão da Feiticeira Branca, Louise a quebra ao meio com um movimento ágil, interrompendo momentaneamente o controle de Jadis. No entanto, o grito de raiva da Feiticeira é seguido por um flash de luz azul intenso, deixando Louise momentaneamente atordoada. Esse breve momento de distração é suficiente para que Jadis reaja e use sua magia para arrancar o escudo de Edmundo. Num movimento surpreendentemente rápido, ela empunha os restos da varinha e desfere um golpe, acertando Edmundo com uma ferocidade mortal. A francesa chega desesperadamente, seus passos pesados com a armadura, mas não consegue alcançá-los a tempo. O choque e o horror enchem os olhos de Louise ao testemunhar o golpe da Bruxa atingindo o garoto mais novo, e uma mistura de raiva e tristeza enche seu coração enquanto ela luta para alcançar Edmundo e confrontar a Feiticeira que causou tamanho sofrimento.
O grito ensurdecedor que Pedro solta ao longe é o que traz a garota de volta à realidade. Ela recupera sua alabarda, que estava jogada no chão, e avança em direção à bruxa, quase meio metro mais alta que ela. Jadis, ao reconhecer o rosto de Louise, percebe a semelhança entre a criança diante dela e a mulher que a Feiticeira jurou ter exterminado anos atrás. Os olhos da francesa, tão semelhantes aos da mãe que Jadis acreditava ter aniquilado, remetem a lembranças amargas e agridoces da última vez que matou uma humana. As lembranças sombrias se misturam à raiva que arde no coração da Feiticeira, alimentando seu desejo de suprimir tudo o que se opõe a ela. Jadis, envolvida em uma aura de poder e crueldade, enfrenta Louise com um olhar intenso, suas feições revelando uma mistura complexa de ódio e reconhecimento. Para a garota, a visão da Feiticeira a incita ainda mais, alimentando sua própria ira e determinação em lutar contra o mal que assola Nárnia. Enquanto as duas mulheres se enfrentam, cada uma com seu próprio passado e motivações, o confronto assume uma dimensão pessoal e emocional, transcendo as batalhas físicas que ocorrem ao seu redor.
⎯⎯⎯ Criança desgraçada! Vou te matar assim como fiz com sua mãe imunda! ⎯⎯ gritou tentando atacá-la.
Apesar do choque inicial causado pelas palavras da Bruxa, Louise canaliza a intensa raiva que sente naquele momento para fortalecer seu ataque. Seu golpe contra a Bruxa é impulsionado por essa emoção avassaladora, manifestando-se na força de seu ataque. As lâminas colidem em uma dança frenética de aço, cada golpe carregado com a intensidade do confronto entre luz e escuridão. Louise se esforça para manter o foco, sua determinação a guiando através dos movimentos complexos da batalha. Ela se move com agilidade, buscando brechas nas defesas da Bruxa, procurando uma oportunidade de vencer a implacável Feiticeira.
No topo do Penhasco, Aslam surge, a juba dele brilhando sob a luz do sol, criando uma presença imponente. O rugido do leão reverbera por todo o campo de batalha, infundindo coragem e esperança nos corações dos Narnianos. Enquanto Aslam surge, a batalha entre Louise e a Bruxa continua, suas armas se chocando em um conflito de forças e emoções intensas. Contudo, a atenção momentaneamente desviada de Jadis resulta em uma oportunidade que ela não desperdiça. Num movimento ágil, a Bruxa consegue desferir um golpe fatal, esfaqueando Louise da mesma forma como fez com Edmundo, jogando-a para longe, uma trágica reviravolta que traz uma dimensão de desespero à luta. Outro rugido reverbera como um trovão, ecoando em todo o campo de batalha e enchendo o ar com uma aura poderosa.
⎯⎯⎯ Impossível! ⎯⎯ A bruxa grita.
Pedro e a Bruxa começam a lutar, suas espadas colidindo em um duelo feroz que reverbera com a intensidade da batalha. Aslan e seu exército correm para se juntar à luta, seu rugido retumbando pelo campo de batalha como um chamado à ação. Enquanto a briga se desenrola, a Bruxa encontra uma abertura e consegue derrubar Pedro, fazendo-o cair ao chão com sua cota de malha. Ela se ergue sobre ele, prestes a desferir o golpe fatal. Entretanto, um súbito salto interrompe o movimento letal. Aslan surge de forma majestosa, lançando-se sobre a Bruxa com uma agilidade surpreendente. Ele a imobiliza contra o solo, sua força colossal impedindo qualquer reação da Feiticeira. O olhar furioso de Jadis encontra o imponente leão dourado, mas suas lutas são em vão contra a força avassaladora do poderoso ser. A Bruxa olha para cima, seus olhos cheios de pânico, as presas do leão brilham à medida que ele morde em direção ao rosto dela. O tempo parece acelerar ao redor deles, a tensão no ar é palpável, e Peter, ainda segurando sua espada, assiste a esse momento decisivo que selará o destino da batalha e de Nárnia.
⎯⎯⎯ Está acabado. ⎯⎯ o leão diz.
Lúcia e Susana correm em direção a Pedro gritando pelo nome dele.
⎯⎯⎯ Onde está o Edmundo? ⎯⎯ a mais velha pergunta.
Enquanto procuravam por ele, seus olhares se fixaram em Ginarrbrik, que estava prestes a atacar Edmund. Sem hesitar, Susana reagiu rapidamente, atirando no anão e derrubando-o ao chão. A tensão no ar era palpável, todos segurando o fôlego enquanto observavam a cena se desenrolar. Edmund tossia e engasgava, os efeitos da investida de Ginarrbrik ainda evidentes. Lucy, agindo com presteza, pegou seu cordial e delicadamente colocou uma única gota nos lábios de Edmund. Os olhos das outras crianças se encheram de lágrimas, expressando sua preocupação e alívio ao ver Edmund receber a cura que tão desesperadamente necessitava.
Um momento de silêncio pairou no ar enquanto todos observavam com apreensão. Edmund parou momentaneamente de se mover, seu corpo parecendo absorver os efeitos da poção mágica. Então, com um ofegante suspiro, ele sentou-se. A visão de sua recuperação trouxe um misto de emoções, e os olhos dos irmãos Pevensie refletiam alívio e alegria. Peter não conteve as lágrimas enquanto abraçava Edmund, pressionando seu rosto contra o ombro do irmão. Era um abraço carregado de emoção, a expressão genuína de preocupação e amor entre irmãos que enfrentaram tantas provações juntos. Após um momento de intensa conexão, Peter afastou-se, segurando o rosto de Edmund em suas mãos, como se assegurasse a realidade de que ele estava ali, vivo e bem. A jornada deles, marcada por desafios e perigos, os tinha unido de maneira indelével, tornando cada vitória e cada momento de proteção ainda mais significativos.
⎯⎯⎯ Quando você vai aprender a fazer o que mandam? ⎯⎯ Pedro diz para Edmundo.
Os passos do leão os fazem virar.
⎯⎯⎯ Onde está a terceira Filha de Eva? ⎯⎯ Pedro arregala os olhos, procurando pela loira.
Seus olhos se fixaram em Louise, deitada distante no chão, imóvel e coberta por manchas de um vermelho assustador. Pedro tropeçou em sua pressa, correndo em direção à garota com lábios trêmulos e visão turva, seu coração batendo tão alto que parecia ensurdecedor. O desespero impulsionava cada passo, suas pernas pareciam de alguma forma mais pesadas a cada metro que se aproximava. Ao alcançar Louise, seus joelhos quase cederam sob a mistura de medo e alívio. Com as mãos trêmulas, ele gentilmente levantou o corpo quase frio da garota, seu toque buscando qualquer sinal de vida. Seus olhos se fixaram na mão onde o anel estava, uma lembrança do que eles compartilhavam, do que ela significava para ele. Com uma angústia palpável, Pedro segurou sua mão, balançando o corpo de Louise suavemente, implorando em sussurros quase inaudíveis para que ela acordasse.
⎯⎯⎯ Por favor... você não pode ir ainda... ⎯⎯ ele olhou para frente, procurando Lúcia com o cordial para salva-la ⎯⎯ você ainda tem que se casar comigo, lembra, rainha?
As lágrimas turvavam sua visão, o peso da incerteza quase insuportável. O loiro estava imerso em um misto de emoções, do temor pelo que poderia acontecer e da esperança teimosa de que ela iria retornar. O tempo parecia se arrastar enquanto ele segurava sua mão com uma intensidade quase desesperada, suas suplicas ecoando como um chamado no vazio, uma prece que ele esperava que alcançasse o coração dela e a trouxesse de volta à consciência. As mãos de Pedro seguram firmemente as mãos de Louise, e de forma coincidente, são as mãos nas quais os anéis estão. Uma conexão quase mágica parece se estabelecer entre eles naquele momento crucial. Enquanto ele segura sua mão, os anéis começam a brilhar, uma luminosidade suave que parece emanar de dentro das joias. Um calor reconfortante começa a se espalhar, contrastando com a frieza que permeava o corpo da garota.
O olhar de Pedro desvia-se das mãos entrelaçadas para as joias que agora brilham intensamente, as lágrimas em seus olhos emoldurando a mistura de emoções que ele sente. É como se os anéis estivessem reagindo à ligação entre eles, ao profundo vínculo que compartilham. O coração de Pedro se enche de esperança ao testemunhar esse fenômeno inexplicável, uma centelha de fé em algo maior do que eles próprios.
⎯⎯⎯ Por favor, Lou. ⎯⎯ Lúcia está cada vez mais perto ⎯⎯ Aguente só mais um pouco, a Lú já está quase aqui...
As lágrimas escorrem livremente pelo rosto de Pedro, suas emoções transbordando. Ele não pode evitar a sensação avassaladora de que existe algo mais poderoso em jogo, algo além da compreensão humana. Naquele momento de desespero e incerteza, os anéis brilhantes e quentes tornam-se um farol de esperança, uma lembrança de que, de alguma forma, eles estão unidos não apenas pelo amor que compartilham, mas por forças além do seu entendimento. Enquanto o brilho dos anéis reflete nos olhos de Pedro, ele mantém sua mão entrelaçada com a de Louise, implorando silenciosamente por um milagre que poderia trazê-la de volta à vida. Pedro encosta sua cabeça no peito imóvel de Louise, seu coração apertado de ansiedade, sua mente preenchida com a esperança de ouvir algum batimento fraco ou sentir qualquer sinal de vida.
Enquanto segura a mão dela com firmeza, suas preces silenciosas são como súplicas desesperadas para que a garota volte a respirar e se mexer. O sol começa a romper o horizonte, os raios de luz se espalhando pelo céu e atingindo a floresta. À medida que os primeiros raios tocam a paisagem, a neve começa a derreter, revelando o chão coberto por flores que agora ganham vida e cor. O cenário por mais melancólico que seja, ainda é lindo. Lúcia, que estava mais próxima do que nunca e agora acompanhada por Susana e Edmundo, para abruptamente, seu olhar fixo na cena diante dela. Ela nota os olhos de Louise se abrindo, as cores da natureza se intensificando ao seu redor e os anéis emitindo esse brilho extraordinário. O coração de Lúcia se enche de alegria e gratidão enquanto testemunha o que parece ser um verdadeiro milagre. Um sorriso ilumina seu rosto e lágrimas de emoção brotam de seus olhos.
⎯⎯⎯ Eu posso escolher o sabor do bolo do casamento? ⎯⎯A voz da francesa soa rouca, mas isso não importa. Pedro se levanta rapidamente, olhando para ela com olhos arregalados.
⎯⎯⎯ L-Lou? ⎯⎯ Os olhos dele percorrem o rosto de Louise, procurando por algum sinal de ilusão, desacreditado ele agarra ela, abraçando-a forte ⎯⎯ Nunca mais faça isso! Eu me assustei tanto...
Os outros três irmãos correm, abraçando-a junto de Pedro.
⎯⎯⎯ Eu ainda quero escolher o sabor do bolo. ⎯⎯ Ela diz com a voz abafada pelo abraço, ouvindo leves risadas dos demais irmãos.
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