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capítulo I "𝐛𝐚 𝐬𝐢𝐧𝐠 𝐬𝐞"

Ba Sing Se
━━━ reino da terra


Correr não era o esporte favorito de Nari. Seus passos rápidos faziam parecer que estava em uma competição por um grande prêmio, mas o verdadeiro valor em jogo era sua vida. Ela podia sentir seu coração palpitando forte no peito, quase como se fosse saltar para fora. A respiração ofegante queimava seus pulmões, e, cada vez que olhava para trás, o medo a impulsionava a continuar, mesmo que seu corpo estivesse prestes a desmoronar.

Os guardas não estavam longe. Ela conseguia ouvir o som pesado das botas batendo contra o chão, o eco reverberando pelas ruas de pedra. Nari não entendia por que estavam atrás dela, mas uma coisa era clara: ela não podia parar. Desconhecia o terreno ao seu redor, e as ruas estreitas e labirínticas da cidade eram como um labirinto sem saída. Mesmo assim, precisava encontrar uma forma de escapar.

Sua mente oscilava entre o pânico e uma tentativa desesperada de encontrar alguma estratégia. "Eu só preciso me esconder...", pensou, virando a esquina e avistando um beco estreito e escuro.

━━━ Porque eu nasci curiosa ━ murmurou para si mesma, irritada.

As portas das casas ao redor se fechavam conforme os guardas corriam pelas ruas. Nari procurava desesperadamente um lugar para se esconder, mas sua mente estava em total confusão.

Enquanto isso, não muito distante dali, uma casa de chá exibia prateleiras repletas de frascos e sacos de ervas, cada um com rótulos detalhados indicando suas propriedades medicinais. O velho senhor, com mãos ágeis e experientes, preparava um chá especial para um cliente que aguardava pacientemente no balcão.

━━━ Estou me sentindo um completo idiota ━ suspirou o jovem, tentando ao menos estar feliz pelo seu tio, pelo menos hoje.

━━━ Não fique assim. Ela claramente está interessada em você, ou não deixaria essas gorjetas generosas ━ gargalhou o senhor, sem desviar a atenção do chá.

Zuko olhou para suas vestes novamente e, de canto de olho, observou a silhueta da garota que o esperava do lado de fora da casa de chá. Ele não queria recusar o convite dela; ela tinha sido tão simpática. Mesmo que não quisesse admitir, havia algo no comportamento enérgico dela.

━━━ Vai logo, Zuko... quer dizer, Li. ━ Iroh sorriu, dando uma cutucada no ombro dele.

O garoto revirou os olhos e começou a caminhar em direção à porta. O mais velho sorriu e continuou a sua rotina na casa de chá.

⛰️


Após algumas horas desde que seu sobrinho havia saído, o mais velho estava limpando as mesas, pronto para fechar o local, cantarolando baixinho para si. Nem os grilos barulhentos lá fora, nem os vizinhos fofoqueiros atrapalhariam sua rotina reconfortante.

No entanto, algo chamou sua atenção: a porta se abriu bruscamente. Ao olhar para o visitante, viu uma jovem com olhar assustado, cabelos assanhados e respiração pesada, refletindo desespero.

━━━ Desculpe se o assustei... sinto muito mesmo. ━ murmurou ela, tentando controlar a respiração.

O mais velho percebeu que a jovem estava fugindo de algo. Seu semblante tenso e o olhar desconfiado, que varria o local como se estivesse pronta para se defender, deixavam isso claro. No entanto, o que Iroh sentia ao observá-la não era a turbulência que ela aparentava, mas uma estranha calmaria, algo familiar que ele podia jurar já ter sentido antes.

━━━ Não precisa ter medo, você está segura aqui ━ disse ele com suavidade, indicando uma cadeira para que ela se sentasse.

Nari manteve-se alerta, mas antes que pudesse dizer algo, ele se apresentou.

━━━ Eu sou Moo-Shee. É assim que as pessoas costumam se apresentar, não é? ━ perguntou ele com um pequeno sorriso.

━━━ Nari... ━ tentando acalmar os nervos, aproximando-se da cadeira.

Ela hesitou por um instante antes de se sentar. Seus olhos continuavam inquietos, mas algo na presença de Moo-Shee, como ele se chamou, trazia uma leve tranquilidade. O ambiente da casa de chá, com suas prateleiras cheias de ervas e o aroma suave do chá recém-preparado, parecia convidá-la a respirar mais devagar. Talvez aquele senhor, com seu sorriso acolhedor, pudesse ser um bom ouvinte para seus medos.

━━━ Aqui, isso deve ajudar ━ deslizou a xícara para mais perto dela. ━━━ Este é um chá especial que acalma o espírito.

Ela olhou para a bebida com uma mistura de curiosidade e cautela. Já sabia que era chá de jasmim, mas, ao perceber o olhar gentil do homem à sua frente, pegou a xícara e tomou um gole. O calor do chá a reconfortou de imediato, como se estivesse lavando o peso que carregava no peito.

━━━ Obrigada ━ agradeceu a mais nova, com a voz mais suave. ━━━ Posso fazer uma pergunta, senhor?

Iroh inclinou-se ligeiramente, com o olhar atento e sereno, acenando com a cabeça em confirmação.

━━━ O senhor já... ━ ela fez uma pausa, escolhendo as palavras com cuidado. ━━━ Já teve a sensação de que pertence a algum lugar... mas não sabe onde?

Ele a olhou com curiosidade, surpreso por uma jovem estar pensando nisso tão cedo na vida. Suas palavras o fizeram lembrar de alguém importante em sua própria trajetória.

━━━ Sim, já senti isso. Mas isso está incomodando você? ━ perguntou Iroh, curioso.

━━━ Talvez sim, talvez não... é meio indeciso para mim.

━━━ Às vezes, o lugar ao qual pertencemos não é onde estamos, mas onde nossas escolhas nos levam ━ ele a respondeu, tomando um gole do chá. ━━━ Talvez você ainda esteja descobrindo onde é esse "lugar".

Nari tomou outro gole, o chá ajudou a acalmá-la de dentro para fora. Suas mãos tremiam levemente enquanto suas reflexões sobre o que Moo-Shee dissera ressoavam em sua mente. Ele parecia tão calmo, tão sábio, como se já tivesse passado por aquilo que ela tentava entender.

━━━ E se o passado não me deixar? ━ ela perguntou, quase para si mesma.

Após alguns segundos de silêncio, Iroh respondeu:

━━━ O passado sempre estará ao nosso lado, mas, quando encontramos alguém importante, ele pesa menos.

Nari ergueu o olhar, a expressão confusa, sentindo que aquelas palavras iam mais fundo do que gostaria de admitir.

━━━ Esquecer? ━ com a voz trêmula, Nari questionou. ━━━ Mas... e se eu não conseguir esquecer?

Iroh sorriu de leve, seus olhos brilhando com uma serenidade acolhedora.

━━━ Não é sobre esquecer, Nari, mas sobre seguir em frente. Às vezes, o peso do que deixamos para trás não desaparece, mas quando algo ou alguém significativo aparece, a carga se torna mais leve... até que, um dia, você percebe que já não importa tanto.

Ela sabia que precisava continuar, mesmo que o caminho fosse incerto. Sentia que seus sonhos estavam diferentes desde que saiu de casa. A cada cidade, a cada pessoa, parecia se afastar mais daquilo que conhecia, mas as palavras daquele senhor soavam como um bálsamo.

━━━ Mas não se preocupe, você ainda é jovem. O mundo está cheio de surpresas, e o destino vai levar você ao lugar certo.

Um sorriso quase involuntário escapou dos lábios de Nari, seguido por um suspiro aliviado enquanto tomava mais um gole do chá.

Os minutos, horas, até segundos se passaram diante deles, em conversas que nem imaginavam ter. A cada troca de palavras, uma nova camada de compreensão se formava, e as histórias que guardavam em silêncio pareciam, pouco a pouco, encontrar um refúgio seguro ali, naquela casa de chá.

━━━ Acho que está na hora de ir.

Iroh a observou enquanto ela pegava sua bolsa. Em seguida, ele pegou um frasco que continha várias pétalas de flor de jasmim e o entregou à garota, que ficou sem entender.

━━━ Leve isto. Posso notar que essa é a sua favorita. Além disso, as portas estarão sempre abertas para você, Nari.

Ela assentiu, pegando o frasco e o colocando com cuidado na bolsa. Em seguida, olhou ao redor, absorvendo o clima acolhedor do lugar

━━━ Obrigada por tudo, senhor Moo-Shee ━ agradeceu com um sorriso sincero. ━━━ Eu não sei se algum dia poderei retribuir a gentileza.

━━━ Não se preocupe com isso, garota Nari. Às vezes, um pouco de paz é o que todos nós precisamos, e é algo que podemos dividir com quem precisa.

"É um homem sábio", pensou Nari, observando-o com mais cuidado. Ele transmitia a sensação de um lar que nunca conhecera e de uma calma que ela jamais havia encontrado em lugar algum. Talvez, ela refletiu, a sabedoria verdadeira fosse mesmo essa capacidade de acolher sem julgamentos e de oferecer um refúgio mesmo para uma completa desconhecida.

━━━ Talvez eu volte para um chá.

━━━ Eu espero por isso ━ respondeu ele, inclinando levemente a cabeça. ━━━ E lembrarei de deixar o chá de jasmim pronto.

Ela acenou em agradecimento e, ao sair, sentiu uma paz rara, como se tivesse encontrado algo que nem sabia estar procurando. Vez por outra busca por seu lugar no mundo não fosse algo tão distante, afinal. Com uma última olhada para a casa de chá, cobriu o rosto com a capa e seguiu sua jornada.

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